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quinta-feira, 11 de julho de 2013

AMR - Kisses Down Low (Kelly Rowland)

Análise: Primeiro single do álbum Talk a Good Game, da Kelly Rowland. Lançado em Fevereiro de 2013, alcançou #72US.


Ui, que sexy...

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Eu gostaria de saber se por aqui as pessoas sabem que é a Kelly Rowland. E gostaria também de saber se as pessoas lembram quem foram as Destiny's Child. Melhor: Que a Kelly fez parte do Destiny's e que a Beyoncé era a frontwoman do grupo. Uma vez que a carreira da esposa do Jay-Z explodiu e tornou-se bem sucedida, a relevância das outras foi soterrada. No caso da Michelle Williams, ela mesma fez isso sem ajuda por se dedicar ao Gospel, num típico suicídio comercial. Já a Kelly não fez muita coisa mesmo.

Tentei de fato lembrar algo relevante da caminha solo de Kelly, mas a única coisa mais mainstream que consegui lembrar foi sua participação no filme Freddy vs Jason. Sério. Mas estamos falando aqui do Brasil. Na Inglaterra ela teve uma relevância mais acentuada, talvez até mais que nos EUA.


"Kisses Down Low" é um R&B moderninho, o que acaba sendo negativo. Por moderninho podemos incluir o fato de batidas eletrônicas desnecessárias, em excesso. Fora outros efeitos que poderiam ter sido eliminados para dar mais clareza ao som. A voz de Kelly não é ruim, o que é um ponto positivo que deveria ser mais explorado. Se a produção não faz jus, ao menos a voz deveria salvar a coisa toda.

Como Beyoncé anda bem (apesar do último álbum não ter sido lá a grande coisa) e Michelle ninguém lembra que existe, uma volta das Destiny's Child seria muito improvável. Se você quiser se divertir, ouça os primeiros álbuns da Beyoncé dou das Destiny's. Acredite: é bem efetivo.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

AMR - Think Like a Man (Jennifer Hudson)

Análise: Single da trilha-sonora do filme Think Like a Man, da Jennifer Hudson. Lançado em Janeiro de 2012, alcançou #90US.



Prefiro "Walk Like a Man"...

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A Jennifer Hudson é aquele que, além de ser conhecida como um das melhores eliminadas do American Idol, também é conhecida como aquela que tirou a atenção total da atuação da Beyoncé no filme Dreamgirls, arrematando uma quantidade incrível de prêmios, inclusive o Oscar! Ela não devia ter entrado no American Idol, e sim num dos estúdios da Universal...

Mas além de ter se revelado uma grande atriz (e não estou me referindo ao antigo manequim da moça, que era grande), ela de fato é uma grande cantora. E apesar de ter sido eliminada da terceira temporada do American Idol pouco antes da final, acabou por ser mais popular que a vencedora, Fantasia Barrino. Apesar de não termos ainda ouvido um grande hit por aqui que justifique tal popularidade.


O single não é um hit em potencial, mas isso não significa que não possa ser algo muito bom. Os vocais de Hudson são fora de série, realmente ótimos. O R&B aqui está num nível excelente, embora seja bem algo padrão Rádio FM. Ne-Yo não está ruim em sua participação, mas considerando a capacidade e competência de Jennifer, ela poderia ter levado essa sozinha sem problema algum. O rap de Rick Ross foi apenas adequado, nada destacável.

No final, prefiro muito mais a Jennifer fazendo suas músicas na sombra dos prédios das grandes gravadoras do que cantar lá no alto perdendo a relevância. Tem coisas que são bem melhor com o status cult do que como uma máquina de fazer dinheiro. Avante, Dreamgirl!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

AMR - Don't Think They Know (Chris Brown)

Análise: Segundo single do álbum X, do Chris Brown. Lançado em Junho de 2013, alcançou #87US e #94UK.



Pra Aaliyah não tem "descanse em paz"...

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É um tanto irônico utilizarem uma participação póstuma para tentar angariar posições. Se nem os vivos podem fazer algo (um milagre, eu diria) por Chris Brown, que dirá a falecida cantora Aaliyah, que tragicamente faleceu em um desastre de avião em 2001, aos 22 anos. E estranho uma nota onde parece o Chris Brown e uma moça morta, pois podem pensar que ele esteve envolvido no falecimento...

De qualquer forma, a prática de utilizar um participação póstuma não é incomum. Michael Jackson já chegou a utilizar este artifício, quando fez uso do rap de Notorious B.I.G. em seu single "Unbreakable", de 2001. Como são poucos que sabem quem são Notorious e Aaliyah, este tipo de coisa costuma passar despercebido, claro...


De qualquer forma, a participação de Aaliyah é bem simbólica. Tirando quem realmente é fã dela e quem foi avisado, ninguém sabe que se trata de alguém com mais destaque do que uma vocalista de estúdio. Em certos momentos até mesmo parece a voz da Ciara. Mas o pior de tudo é termos a voz do Brown. Poderiam ter chamado de fato a Ciara para salvar a coisa toda...

Porém é preciso deixar claro que esta canção já existia! Tratava-se de um dueto entre Aaliyah e um componente do grupo de Hip-Hop Playa, cujo codinome é Digital Black. A canção acabou saindo em um álbum deste sujeito em 2005. Brown teve acesso até mesmo aos vocais que foram gravados e não utilizados na época para compor esta versão. Ouvindo a gravação de Brown talvez fique explicado o motivo do single ter ficado quatro anos na geladeira e depois ter sido lançado sem destaque. Chris Brown por perto também não ajuda em nada.

Poderia ter deixado passar. Brown poderia ter deixado a pobre moça descansar em paz e tentar fazer algo realmente produtivo no campo musical, mas isso obviamente é exigir demais dele. Será que o colocaram assim com uma mulher já morta para que ela não tenha acesso às pancadas dele?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

AMR - That Na Na (Akon)

Análise: Terceiro single do álbum Stadium, do Akon. Lançado em 2013.



That Na Na Na... você não é de nada?

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É... Tem alguns artistas que precisam se preocupar com sua situação no mundo da música. De Timbaland até Nicole Scherzinger, muitos artistas estão retardando os lançamentos de seus álbuns por não conseguirem emplacar um single. E no meio destes artistas em crises está o cantor de origem senegalesa Akon, que encheu o saco de todo mundo com hits cretinos como "Lonely" (estragando a canção de Bobby Vinton, a colocando como se cantada por Alvin e os Esquilos - numa palavra: ridículo) e "Don't Matter" (que parece insistir em colocar aquela voz aguda e chata pra cantar).

O único single do Akon que teve circulação razoável por aí foi "Angel" de 2010 - que conseguiu um pífio #56US e sequer foi considerado pelo povo inglês. Acreditem: este single está atrelado ao lançamento do álbum Stadium, que até agora não foi lançado. Fora este single, outros três foram lançados com resultados ainda mais constrangedores. E se a coisa continuar como está, teremos um álbum novo do Akon por volta de 2037...

Seria menos embaraçoso se o single "Angel" fosse considerado apenas um single aparte, sem relação com algum projeto maior. E menos ainda se Akon decidisse encerrar essa insanidade injustificada que é sua carreira...


O fato é que o single "That Na Na" aparentemente pretende ser umas espécie de extensão, continuação do que foi "Right Now (Na Na Na)". E não digo isso apenas pelo título semelhante, mas também por toda a estrutura. Só que algo deu (seriamente) errado neste ínterim. Enquanto "Right Now" era uma canção acima da média para o Akon (medalha de honra para ele por isso), este projeto não passa de uma espécie de passatempo tão irrelevante e chato quanto "Angel" foi. Aparentemente, Akon e seus produtores adjacentes (culpa maior sobre David Guetta) estão errando a mão feio no que um dia já foi uma mais acentuada.

Pelo visto, enquanto Akon não corrigir este problema criativo, seu álbum pode ser adiado. O que é uma boa notícia para quem não suporta a voz desafinada dele. Já para os fãs, bem, eles ainda lembram do Akon? Neste momento ele deve estar, de fato, "Lonely"...

quinta-feira, 28 de março de 2013

AMR - Troublemaker (Taio Cruz)

Análise: Segundo single do álbum TY.O, do Taio Cruz. Lançado em Dezembro de 2011, alcançou #3UK.




Hamburguermaker

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Você realmente se lembra de Taio Cruz? Bem, talvez se você ouvir o hit "Break Your Heart", tenha uma vaga lembrança de quem é o sujeito. Não? Ok... Pra resumir, Taio é um cantor inglês, descendente de brasileiros, canta uma variação de R&B meio sem sal e não consegue fazer frente aos caras que cantam o mesmo tipo de música que ele. Possivelmente isso é o bastante para saberem quem é ele.

Talvez Jason Derülo seja mais conhecido. Talvez por ser melhor, talvez por sorte. Cruz é bem mais famoso em sua terra, a Inglaterra. Porém, como Derülo vendo dos Estados Unidos, o maior mercado fonográfico do mundo e aprendeu a mágica que faz samples de artistas famosos em um single, ele é um destaque maior. Jason, ao menos, conseguiu extrair algo interessante disto...



Tá bem, tá bem. Talvez "She's Like a Star" já esteja nos ouvidos dos brasileiros. Mas ainda sim acredito que ninguém ouve esta música e diz "olha só, música do Taio Cruz!". Mas ele possivelmente tem chances de adquirir uma identidade musical reconhecível. E é interessante notar como, fisicamente, isso já está acontecendo. Diferente de seus "rivais", Cruz não ostenta um corpo musculoso (como Chris "bati na minha namorada" Brown), sendo um cara mais "normal". Legal ver que ele não é tão levado para este artificialismo saturado.

Enfim, vamos para a música. O single em questão é, logo de cara, um grande aviso de "música feita para a balada". O Auto-tune aqui é tão servido quanto o ecstase na balada. Talvez o segunda não seja tão prejudicial, no geral. O fato é que, aparentemente, Taio está conseguindo alcançar um certo nível de diferencial, como seu colega Jason Derülo. Ambas as canções ("She's Like a Star" e "Troublemaker") dizem a que veio, sendo competentes nisto. Embora não lá muito interessantes, Cruz pelo menos consegue o benefício da dúvida.

Esperar para ver o que mais ele pode proporcionar e - pelos céus - desligar a porcaria do Auto-tune. O mundo agradece...

quinta-feira, 14 de março de 2013

AMR - Let Me Love You (Ne-Yo)

Análise: Segundo single do álbum R.E.D., do Ne-Yo. Lançado em Julho de 2012, alcançou #6US e #1UK.




Que título mais auto-ajuda...

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Antes (bem antes, muito antes) Ne-Yo que Akon...

O cantor Ne-Yo, ao contrário do que possam pensar os desavisados, ainda está na ativa. Tá, isso não é tão surpreendente quanto saber que o Usher ainda está, mas de qualquer maneira, podemos nos lembrar de épocas que singles como "So Sick" e "Closer" estavam em alta por aí. Fora que Ne-Yo consegue fazer uma excelente contra-partida ao arremedo de cantor Chris Brown, na linhagem de imitadores de Michael Jackson. Ambos se inspiram e dançam de forma muito parecida ao ídolo, porém um deles se diferencia por gostar de boxe unissex...

Mas se Ne-Yo ainda não é a melhor opção que você possa pensar para o apocalipse musical que estamos passando, basta lembrar que é muito melhor ele sendo mediano do que um Akon enchendo o saco com sua voz esganiçada achando que sabe cantar além de fazer rap. Triste otimismo, aliás.


Primeiramente, tive a leve impressão de que esta canção utilizava samples de "Betty Davis Eyes" da cantora oitentista Kim Carnes. As introdução são bem aparecidas e, honestamente, considerando o que ouvi depois (e apesar de eu não gostar muito do hit da Kim Carnes), teria sido uma tremenda salvação para a canção. O maneirismo (ou deveria dizer momice) vocal que Ne-Yo utiliza no início é plenamente dispensável. Melhoraria muito o nível da coisa toda se tivesse sido diferente.

A canção começa parecendo algo mais puxado para uma balada romântica, mas depois passa para algo mais agitado. Onde já ouvimos isso? Donna Summer Mode On. O fato é que Ne-Yo já foi mais criativo, inventivo. Agora ele está muito semelhante aos produtos genéricos da área que atua, como Taio Cruz, Jason Derülo (este já mais destacado) e etc. Talvez fosse a hora dele rever todo seu trabalho anterior e pensar em algo parecido. Se quiser continuar aparecendo.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

AMR - 80's Jukebox 11

Artista: Stephanie Mills (22/03/1957) e Teddy Pendergrass (26/03/1950 - 13/01/2010)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: R&B, Soul
Hit da Jukebox: "Two Hearts" (1981, #40US - #49UK)



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Aqui temos uma gema perdida no tempo e pouco conhecida do público em geral (mas obviamente bem guardada na memória dos exploradores musicais atrás de outros clássicos enterrados). Stephanie Mills, conhecida pela canção "Never Knew Love Like This Before", sua mais famosa obra, e talvez a singular "The Medicine Song".

Teddy Pendergrass, um cantor de voz grave e forte, da estirpe de Barry White, começou cantando em igrejas quando garoto e mais para frente tocou bateria em algumas bandas. Mas foi no Harold Melvin & the Blue Notes que sua voz foi reconhecida e ele passou de baterista para vocalista. Seu hit mais bem sucedido é "Close the Door", de 1978, com #25US e #41UK. Em 1982, o cantor sofreu um grave acidente de carro que o deixou tetraplégico (ficou sem movimentos do tórax para baixo).



O single "Two Hearts" (não confundir com a frenética e divertida canção do Phil Collins) foi gravado pela dupla em 1981 e foi escrito  e produzido por James Mtume (notório por seu trabalho com Miles Davis) e Reggie Lucas (companheiro musical de James Mtume e produtor majoritário do primeiro álbum da Madonna). Aliás, Mtume e Lucas ganharam um Grammy de Melhor Canção R&B pelo single "Never Knew Love Like This Before" da própria Stephanie Mills.

Esta canção tem um groove bem envolvente e a voz suave de Stephanie fez uma bela contrapartida com a voz grave e melódica, na estirpe de cantores como Barry White. Este contraste foi bem colocado, fazendo uma parceira marcante, apesar de não ter tido o devido destaque.

Uma curiosidade: apesar de o vídeo-clipe ter sido gravado um ano antes do acidente que tirou os movimentos de Pendergrass, em momento algum você o vê em pé durante o vídeo (movendo as pernas sim, mas não de pé).

domingo, 12 de agosto de 2012

AMR - 70's Jukebox 13

Artista: Timmy Thomas (13/11/1944)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: R&B, Soul
Hits: "Why Can't We Live Together", "People are Changin'", "Gotta Give a Little Love (Ten Years After)"
Hit da Jukebox: "Why Can't We Live Together" (1972, #3US - #12UK)



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O cantor, compositor e tecladista Timmy Thomas nasceu no estado de Indiana (mesmo estado do Jackson Five) e, antes da carreira musical, chegou até a ser mágico. Já na música, trabalhou como músico de estúdio até conseguiu seu espaço e gravar seu primeiro single, "Why Can't We Live Together". Que, até os últimos trabalhos realizados por Timmy nos anos 90, permanece como seu único grande sucesso.

O single foi escrito e produzido pelo próprio Thomas, e tem como base um órgão e percussão. Um dos produtores da gravadora ouviu a demo e teve a ideia de adicionar outros instrumentos, de modo a deixar a canção mais cheia, deixando sua introspectividade, mas a ideia foi deixada de lado e a faceta intimista foi mantida. O resultado foi bom, com mais de 2 milhões de cópias vendidas.



E como não poderia deixar de ser, vários samples e covers foram feitos. A mais memorável foi a versão de um cantor chamado Mike Anthony, que em 1982 fez sua versão, um pouco mais pomposa, acrescentando letras e batidas e outros toques. Tornou-se um caso de uma cover que ficou tão boa quanto a versão original, em minha opinião.

domingo, 5 de agosto de 2012

AMR - Don't Wanna Go Home (Jason Derülo)

Análise: Primeiro single do álbum Future History. Lançado em Maio de 2011, alcançou #14US e #1UK,



Vai logo e fica quieto!


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Jason Derülo é uma espécie de Chris Brown sem luvas de boxe e um melhor talento vocal. De resto, a relevância total não é lá muito diferente - canso  de dizer que este mercado está saturado e sem qualquer novidade, algo que realmente dê para tirar deste balaio. E um bom exemplo é o fato de seu segundo álbum, Future History, ter vendido quase três vezes menos que seu álbum de estréia (13.000 cópias e 43.000 cópias, respectivamente). Ou seja, a novidade passou e nada vindo dela ficou para contar história (sacou?).

A linha do Derülo é mais puxada para o R&B, contra o misto de R&B, Hip-Hop e bosta que ouvimos do Chris Brown (como "bosta" pode-se incluir coisas como "I Can Transform Ya", "Look at Me Now" e "Kiss Kiss"). O que nos isenta de um mais do menos e nos dá um pouco mais de variedade. Mas a coisa toda não se sai tão bem quanto soa - mesmo com uma forcinha do passado.



"Don't Wanna Go Home" já está distante do rótulo R&B citado anteriormente. É um Dance feito para as pistas de dança, porém acredito que se sai melhor neste quesito se for remixado - preferencialmente em forma de mash-up com a canção do qual sampleia. No caso, estamos falando de "Show Me Love", da cantora Robin S, que fez muito sucesso em 1994 - aliás, esta canção já foi muito sampleada. Mas como o sample não foi lá muito significativo, a canção acaba por ficar em mérito próprio (sem falar que também existem fragmentos de "Day-O (The Banana Boat Song)" de Harry Belafonte ali, também deixando a coisa na mesma).

Este single foi a melhor coisa já saída da carreira de Jason e é melhor que quase tudo que tenha vindo do Chris Brown - o que é, com certeza, um puta lucro. Derülo mostrou, inclusive, que sabe dançar. Quem sabe o mundo não esquece a arte boxeadora de Brown e não dê atenção para este rapaz que, apesar de ainda não estar lá em cima, mostra que um mínimo de jeito tem.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

AMR - 60's Jukebox 9

Artista: The Searchers (1959 - presente)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Pop
Hits: "Sweets for My Sweet", "Needles and Pins", "Don't Throw Your Love Away","Love Potion No. 9"
Hit da Jukebox:  "Love Potion No. 9" (1964, #3UK)



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Antes de mais nada, a versão exposta aqui da canção "Love Potion No. 9" não é a original. A canção foi escrita pela dupla Mike Stoller e Jerry Leiber (este último falecido no ano passado), que foram responsáveis por clássicos como "Hound Dog" e "Jailhouse Rock" (imortalizadas por Elvis Presley), "Kansas City" (famosa pela interpretação dos Beatles) e "Stand By Me" (por Ben E. King e posteriormente por John Lennon). No caso, a banda que lançou originalmente a canção é a The Clovers, que tiveram alguns hit como "Don't You Know I Love You" e "Fool, Fool, Fool". Pelo The Clovers, a canção não foi lá muito bem sucedida, com um #23US.

Porém, o The Searchers, banda fundada em 1959 e que fez relativo sucesso, especialmente com versões de outros artistas, como "Sweets for My Sweet" original do The Drifters, "Needles and Pins" original da Jackie DeShannon, "Don't Throw Your Love Away" do The Orlons e, claro, "Love Potion No. 9". Fora estas, eles tiveram ainda um grande hit próprio, "Sugar and Spice", que conseguiu um #2UK.


A canção fala de um homem que quer ajuda para achar seu amor e acaba recorrendo a uma cigana que lhe apresentar a "Poção de Amor nº9", que lhe faz se apaixonar por tudo o que vê. E a canção ganhou com o The Searchers um clima diferenciado, com aquele viés de Invasão Britânica que era tão comum e característico na época - contra o R&B de mais enraizado do The Clovers. Uma boa melhora de um modo geral - eu diria uma transcrição interessante do R&B para o Rock dos anos 60.


Um comentário à parte: felizmente não eram todas as bandas que seguiam a prolixa modinha de terninhos e penteadinhos iguais. Bandas como o The Grassroots, The Monkees (quando não estavam fazendo sua "interpretação" de Beatles), talvez até o The Troggs. Porém, ainda sim é melhor do que usar calça colorida e apertada, não?

quinta-feira, 15 de março de 2012

AMR - I Am Woman (Jordin Sparks)

Análise: Single da cantora Jordin Sparks lançado em Maio de 2011, alcançou #82US.



...que resolveu emagrecer

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O último projeto lançado pela cantora Jordin Sparks (vencedora da sexta temporada do programa American Idol, que lá fora dá resultado, ao contrário da versão brasileira que consegue alavancar apenas os destaques bizarros que vão pra lá para serem humilhados), a canção "I Am Woman", foi produzido pelo Ryan Tedder. Bem, eu prestei atenção, mas não vi nenhuma outra canção de artistas produzidos pelo Tedder igual esta (nem mesmo da Beyoncé!). O que signifca que Ryan deixou o passado para trás...

Mas preciso deixar avisado a todas as cantoras que saem do American Idol que é melhor não se meterem com o Ryan Tedder, pois de uma maneira ou outra o resultado final não vai ser lá muito agradável. Jennifer Hudson já caiu nas garras dele, e Carrie Underwood só escapa por ser uma artista do Country. Fuja, Fantasia Barrino!

Mas pelo menos tem algo aqui que nos remete à Beyoncé: a entonação em prol das mulheres. Claro que a Beyoncé geralmente faz isso usando sua bunda, por isso comparações são esparsas e não passam disso. Para tentar fazer uma comparação extra, digo também que temos meras lembraças de "Run The World (Girls)". Claro que eu poderia citar também seu emagrecimento, mas vamos deixar estas besteiras de lado.


Este single tem um clima diferente, um R&B mais agressivo, longe do clima calmo e desolado de "No Air", de 2008, por exemplo (com Chris Brown participando, talvez a palavra "desolado" se justifique). Não ficou lá essas coisas, de qualquer maneira, principalmente por não faz jus à voz de Sparks, que fica praticamente toda escondida por trás dos efeitos sonoros da canção. Isso é um tipo de recurso justificável para gente como Britney Spears, não Jordin Sparks.

Talvez tenha sido, de fato, uma boa ideia uma mudança na direção, no rumo musical da cantora. É sabido que é preciso se reinventar de vez em quando. Pena que, pelo menos em primeiras tentativas, nem sempre funciona. Resta sabermos se o maior trunfo de Jordin Sparks vai continuar sendo "No Air" e o de Ryan Tedder vai ser "Halo"/"Already Gone" ou "Apologize"...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

AMR - Love on Top (Beyoncé)

Leia também: Prós/Contras Divas 2: Beyoncé
AMR - If I Were A Boy (Beyoncé)
AMR - Diva (Beyoncé)
AMR - Video Phone (Beyoncé & Lady GaGa)
AMR - Telephone (Lady Gaga & Beyoncé)
AMR - Telephone (Vídeo-clipe)
AMR - Ego (Beyoncé)
AMR - Run the World (Beyoncé)

Análise: Quarto single do álbum 4, da Beyoncé. Lançado em Dezembro de 2011, alcançou #20US e #13UK.



Ou então "butt on top"...

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Depois de um, digamos, devaneio anti-comercial e meio fora de seu gênero normal com "Run the World (Girls)", Beyoncé voltou a fazer o velho café com leite, o arroz com feijão de sempre. Quero dizer, na verdade se considerarmos o fato de Beyoncé se esforçar para ser o grande símbolo sexual norte-americano, era pra este café com leite ir vodca e neste arroz com feijão ir muita pimenta...

Mas não é o que acontece em "Love On Top". Aqui ela resolveu deixar um pouco de lado sua transbordante sensualidade para trabalhar em algo mais ameno. Tanto que o que ouvimos nesta gravação é um R&B mais tranquilo, mais contido. Nada de esfregar a bunda em faces alheias ou exacerbar seu feminismo latente. É um projeto "novo", pois o conceito e tudo o mais nos remete aos tempos mais antigos de artistas que, aliás, são referenciados por Beyoncé, como Stevie Wonder.


Pra encurtar e ir direto ao assunto: se você é fã da Beyoncé de áureos tempos de canções como "Baby Boy", "Naughty Girl", "Check On It", "Single Ladies" e outras menos cotadas, não vai se animar com o choque, digamos, cultural que receberá ao ouvir o presente single. Mas se você curte mesmo coisas como a chata de doer "Irreplaceable", "Halo" e "Ego", então possivelmente vai se sentir em casa.

Bom, é bem melhor tecnicamente. Mas eu, apesar disto, prefiro categoricamente que Beyoncé continue fazendo suas firulas feministas e sem tanta qualidade musical. O motivo? Imagina só o Elton John descendo sua qualidade musical e tocando, sei lá, pagode (huhauahuahauah). Acho que é a mesma situação. Beyoncé, keep the single ladies...

domingo, 4 de setembro de 2011

AMR - 50's Jukebox 2

Artista: Bo Diddley
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Blues, Rhythm & Blues
Hits: "Bo Diddley", "Pretty Thing", "Road Runner"
Hit da Jukebox: "Bo Diddley" (1955, #1US R&B)


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O músico Ellas Otha Batesa, mais conhecido como Bo Diddley, foi um grande referencial para a música - mais especificamente o Blues. Um dos ídolos de Eric Clapton, Diddley tinha suas peculiaridades, como a guitarra retangular e o fato de fazer questão de ter uma mulher empunhando uma guitarra em suas apresentações. Ele fazia questão de fazer a diferença de alguma forma e ser autêntico.

A música é simples e efetiva em seu intento. É R&B antigo, do bom e executado por um guitarrista conceituado e idolatrado por grandes músicos como uma grande inspiração.

Não tenho muito o que dizer sobre. A canção já diz bastante. Mas ainda sim vou postar uma curta performance que achei demais:

sábado, 6 de agosto de 2011

AMR - 50's Jukebox 1

Artista: The Platters
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: R&B, Soul, Doo-Wop
Hits: "Only You (And You Alone)", "The Great Pretender", "Smoke Gets in Your Eyes",
Hit da Jukebox: "The Great Pretender" (1955, #1US - #5UK)


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Os anos 50 foram o palco onde um dos mais importantes, duradouros e versáteis estilos musicais já criados: o Rock. Ou seja, Elvis, Little Richard, Chucky Berry vão vir à cabeça de quem discute a passagem musical da década. Mas não foi apenas de Rock que os anos 50 sedimentaram-se. O R&B também era de qualidade e importância (hoje em dia R&B é tipo o Ne-Yo ou até mesmo Chris Brown! Fala sério...) e gerou pérolas interessantes - pena que, de certa maneira, assim como em vários momentos do Rock tenha evoluído mal. Mas tudo tem seu lado bom e lado ruim.

O The Platters pode ser uma espécie de grupo da segunda divisão na época. Eles eram famosos, tinham seu público, mas não passavam muito desta linha. Singles como "Only You" e "Smoke Gets in Your Eyes" são a evidência deles, mas "The Great Pretender" é o melhor representante da passagem R&B - uma vez que as duas citadas anteriormente são mais puxadas para música romântica, algo mais calmo (o chamado Doo-Wop, algo mais harmônico, baseado na voz).


Para uma época que todo mundo achava que só se ouvia "Great Balls of Fire" ou "Tutti-Frutti", ter uma canção menos "transgressora" como "The Great Pretender" é algo no mínimo interessante. E o engraçado é algo ser assim sendo o inverso do Rock - o paradoxo. Dava para divertir-se sem as transgressões e agitos do quais tantas pessoas eram atraídas.

Freddie Mercury chegou a fazer uma cover desta canção, dizendo que ela "seria uma espécie de verdade sobre ele, sobre o que ele é nos palcos". A poderosa voz de Mercury juntamente com um vídeo-clipe onde ele "homenageia" seus vídeos com o Queen também é muito legal. Vale a pena conferir.

Como os abestados da Emi desativaram o Embled, aqui está o link: http://www.youtube.com/watch?v=1ujv9aEUSyQ

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quick - Capas Exóticas 8

Um instrumento não muito difundido e até incomum, eu diria, é a flauta. Não dá para encaixa-la em todos os casos e, quando usada em demasia, acaba ficando meio chato - se você duvida, procure ouvir qualquer gravação long play do Kenny G, pois com certeza vai achar pelo menos 85% de qualquer disco dele um saco. De qualquer maneira, se a última edição do Capas Exóticas mostrou um Shel Silverstein bizarro na capa de um disco, aqui temos um homem tocador do singelo instrumento em questão. Seu nome é Herbie Mann.

Nome do álbum: Push Push
Ano de lançamento: 1971
Estilo: R&B, Jazz


Em vez de um bizarro cenário de um homem parecendo um bicho correndo na beira de uma praia, temos um homem peludo de meia idade segurando uma flauta. Se fosse musculoso, tivesse uma metralhadora no lugar da flauta e, claro, sem pelos, convenceria bem como Rambo. Porém, aqui temos uma pré-molde do Peludão da sauna gay, amigo do Wanderney - quadro do extinto programa Casseta & Planeta Urgente.


No álbum em questão, temos clássicos como "If", da banda de Soft Rock Bread (responsáveis por grandes canções como "Baby I'm-a Want You", "The Guitar Man" e minhas favoritas, "Aubrey" e "Lost Without Your Love") e "Never Can Say Goodbye", do Jackson Five e que também ficou famosa por sua versão feita pela Gloria Gaynor. Porém a coisa, mais ou menos como Kenny G, é meio morna - temos o lendário guitarrista Duane Allman para dar uma força com algo mais. Posso dizer que Mann fez um grande trabalho em sua versão para "Sunny" de Bobby Hebb - famosa também por sua versão com o Boney M.

Quantas referências!

sábado, 21 de maio de 2011

AMR - 2000's Jukebox 7

Artista: Diddy (04/11/1969)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Hip-Hop, R&B, Rap
Hits: "Can't Nobody Hold Me Down", "I'll Be Missing You", "I Need a Girl (Part One & Two)", "Last Night"
Hit da Jukebox: "Last Night" (2007, #10US - #14UK)


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Bom, primeiramente, Diddy é um artista bem conhecido. Mas como a canção em questão é realmente do meu agrado, resolvi inclui-la nesta Jukebox. A mais rica figura da história do Hip-Hop (não, não é o Jay-Z, por incrível que pareça),com toda sua pompa e arrogância típica dos artistas do gênero - e sendo artista deste gênero - conseguiu produzir canções interessantes. A homenagem ao falecido rapper Notorius B.I.G., "I'll Be Missing You" (que sampleia "Every Breath You Take" do The Police) é bem bonita, mas por ser um sample de um grande clássico dos anos 80 e a contribuição de Diddy sendo seu rap, dificilmente dá pra colocar os créditos nele. Já na mais recente "Last Night" o crédito também não pode ser muito bem direcionado a ele pela participação de Keyshia Cole, que salva a canção por cantar, pura e simplesmente.

Mas verdade seja dita: a batida e a atmosfera criadas por Diddy e Mario Winans (produtor, cantor e multi-instrumentista e trabalhou predominantemente com Diddy, mas já teve trabalhos com Tamia e Lil Flip) é envolvente, sem ser tediosa - apesar de ser um tantinho repetitiva em alguns momentos. Poucas vezes o Hip-Hop conseguiu ser tão interessante, minimalistamente falando, quase conceitual. O que, vindo de um artista que é bem famoso, mas não tem grandes trabalhos e reconhecimentos no mainstream (mais ou menos o Jay-Z sendo casado com a Beyoncé, por exemplo) é bem relevante.


Mas é claro que quando se trata do mundo maravilhoso do Rap e Hip-Hop (e, claro, de Diddy), ele não poderia receber muitos créditos (que já lhe foram tirados em 50% por Keyshia Cole, no caso desta canção). "Last Night" utiliza como sample uma variação da batida de uma canção relativamente desconhecida: "Erotic City", do Prince, canção lançada originalmente em 1984 com um lado B. Mas tudo bem, não vou só meter o pau... O que Diddy e Mario fizeram é bem mais interessante e atrativo do que a canção do Prince. Algo que vale a pena ouvir.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

AMR - 90's Jukebox 9

Artista: Stevie B
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: R&B, Pop
Hits: "Love & Emotion", "Because I Love You (The Postman Song)", "I'll Be By Your Side"
Hit da Jukebox: "Because I Love You (The Postman Song)" (1990, #1US - #6UK)


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Cantor negro de R&B, Steven Bernard Hill nasceu na Flórida e ingressou no mundo da música nos anos 80. Conseguindo um modesto sucesso nas paradas com singles dos seus dois primeiros álbuns, Party Your Body e In My Eyes, em um estilo mais Dance, Stevie B foi ficando mais conhecido e ganhando o apelido de Rei do Freestyle, um estilo que seria uma espécie de Hip-Hop com pitadas de Latino. Mas o verdadeiro sucesso veio um pouco depois disso.

Quando eu conheci o seu single de maior sucesso, foi como a maioria das pessoas por aí acabam conhecendo uma canção mais antiga: em formato remix. E de fato o pessoal mais atual na área da música realmente gosta o suficiente desta canção para tentar da ruma repaginada nela (o que, na minha opinião, foi em vão - quando ouvi a versão original pela primeira vez, qualquer resquício de outras versões deixaram de existir).


Não me lembro exatamente qual era o remix, mas de qualquer maneira eles todos nos remetem ao mesmo tipo de sensação: música de balada. Poderia ser a versão do grupo de Eurodance Groove Coverage em 2007 ou a cover feita pelo DJ Mark 'Oh (Marko Albrecht) em 2002, ambas não direcionavam o ouvinte ao ponto do qual Stevie B conseguiu com sua versão. Uma melodia bonita e cativante tocada ao piano enquanto a voz triste e lamuriosa de Stevie B sai ressoando acaba desenvolvendo uma clima comovente (e de cumplicidade) com o a situação amorosa. Uma peça do romantismo que o tempo dificilmente apagará.

Uma peculiaridade nesta canção é a equalização vocal escolhida, filtrando a voz de Stevie B de uma maneira peculiar e curiosa. Combinando com a proposta de uma canção de amor ou não, o resultado final não foi alterado - a emoção na voz é perfeitamente sentida

Stevie conseguiu o topo das paradas e acabou não indo mais longe que isso. Talvez fosse o caso dele ter alcançado seu Magnum Opus e após isso ter tido algum bloqueio que o impedisse de ir mais longe - Mark Hollies, frontman da extinta banda Talk Talk fez sua banda lançar seus últimos álbuns como sendo peças artísticas, sem apelo comercial e após o fim da banda, lançou um álbum solo para depois se aposentar, aparentemente por achar que já tinha feito seu trabalho como músico se extender até o fim. Talvez tudo seja questão de timing, saber parar na hora certa - e o resultado, normalmente, acaba sendo uma contribuição curta, porém proveitosa, para o mundo da música.

Stevie B se tornou mais um One Hit Wonder. Mas com esta canção ele deu uma ênfase à palavra "Wonder".

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

AMR - Spotlight (Patrick Stump)

Análise: Primeiro single do álbum Soul Punk (com previsão de lançamento para Fevereiro) do Patrick Stump (membro da então banda em hiatus Fall Out Boy). Seu single de estréia lançado no mês de Novembro.



Caramba, que indecisão!

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O Fall Out Boy é para mim uma das bandas mais legais surgidas nesta década que passou. O Panic at The Disco se mostrou muito interessante com os singles "I Write Sins, Not Tragedies" e "But It's Better If You Do", mas eles acabaram não indo além destes dois projetos. Já a banda do vocalista e guitarrista Patrick Stump e do baixista Pete Wentz produziu canções como a punk "Sugar, We're Goin' Down", a divertida "Dance Dance", a alternativa e interessante "This Ain't a Scene, It's an Arms Race" e a curiosa "Thnks fr th Mmrs" (que, mais curioso ainda, foi produzida pelo Babyface!!).

As canções e os vídeo-clipes mostram uma banda inventiva e diferente. E considerando a chatice atual que ronda a cena musical, isso definitivamente não é de se jogar fora. Mas infelizmente, apesar de bem recebido, o último álbum Folie à Deux não produziu nenhum grande single ou algo divertido como os dois últimos projetos. No final das contas, a banda resolveu dar um tempo e os membros foram cuidar de seus projetos pessoais.


E o que anda fazendo Patrick Stump?

Primeiramente Stump resolveu emagrecer! O vocalista está magro e quase irreconhecível. Talvez seja para dar a si próprio uma nova faceta artista juntamente com seu primeiro trabalho solo, o álbum Soul Punk, com lançamento previsto para o mês de Fevereiro. E neste trabalho, Patrick resolveu fazer mais ou menos o que já era de costume em sua banda: umas pitadas de Punk com um pouquinho de R&B (um pouquinho) e as tradicionais pegadas Pop. O resultado deste caldeirão só poderá ser conferido no mês seguinte, mas um acetato já foi lançado para o público.

Aliás, aí está o grande porém do primeiro single de Patrick Stump. Ele marca, de uma certa maneira, uma indecisão musical por parte do artista, pois ele gravou duas versões da canção Spotlight: uma denominada "New Regrets" e outra denominada "Oh Nostalgia". Como ele é o responsável pela produção do álbum, ele manda né... Vamos falar um pouco de cada versão.

"New Regrets"


Seria a versão mais moderna da coisa, com seu clima mais dançante e o uso ostensivo de sintetizadores. Se você for analisar esta versão tecnicamente, levando em conta coisas óbvias como a atual cena musical, certamente esta versão seria a mais adequada para um lançamento comercial. Os vocais de Patrick não estão muito diferentes do que são com o Fall Out Boy, e isso com certeza é algo bom; Stump tem uma boa voz e ela se adequa bem aqui. (Aliás, a voz dele foi por muito tempo "calada" pelo fato dele antigamente ser baterista e ter caído no posto de vocalista por um acaso - inclusive caindo também no posto de guitarrista, um instrumento que ele teve que aprender imediatamente.)

"Oh Nostalgia"


Já esta versão aqui, como o título já faz referência, seria algo um pouco mais reservado, que nos remete aos tempos mais antigos mesmo (claro que nem tanto assim). No lugar dos sintetizadores temos um piano. A canção toda, comparada com a outra versão, soa um pouco intimista, com um cuidado um pouquinho maior na interpretação vocal. Os refrões não mudam muito, pois o objetivo seria mesmo o de agitar. Para quem prefere mais curtir uma música do que dançá-la, esta versão é mais interessante. Possivelmente Patrick tocou parte ou todos os instrumentos, e ouvindo as canções percebe-se que ele é também um ótimo instrumentista.


Qual das versões é melhor?

Honestamente, é difícil dizer. Simplesmente isso vai virar de ouvinte para ouvinte. As canções são legais e espero que as seguintes sejam boas (e que não causam tamanha indecisão e Patrick a ponto dele querer fazer mais de uma versão para cada). No final das contas, eu ainda sinto falta do tempo em que ele era gordinho e cantava "Dance Dance" ou "This Ain't a Scene, It's an Arms Race". Os bons tempos podem voltar, eu espero...