quinta-feira, 25 de março de 2010

Sebo - Cretinice Alheia 1

Hoje eu estava trabalhando quando ouvi do locutor da rádio 98 a seguinte (cretina) pergunta baseada no programa Big Brother:
"Se você pudesse eliminar alguém da sua vida (profissional, pessoal), quem você eliminaria?"
P
arando pra analisar esta pergunta, concluo que não poderia eliminar só uma pessoa. Seria impossível.

Então, na minha opinião, eliminem Pedro Bial, a Rede Globo e John de Mol - criador deste tremendo pega-otário, perda de tempo que é o reality show.

Desligue a tv, vá ler um livro e tente cuidar da SUA vida.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Quick - Already Gone vs Halo

VS
Quem não se lembra da banda OneRepublic com o sucesso "Apologize" remixado pelo Timbaland? Pois é. Foi desta banda que saiu o cantor, compositor e produtor Ryan Tedder, que está ganhando fama escrevendo e produzindo para artistas como Jennifer Lopez, Kelly Clarkson e Beyoncé. As duas últimas vítimas da falta de memória ou noção do produtor.

O fato é que Tedder produziu as canções "Already Gone" da Kelly e "Halo" da Beyoncé, ambos os períodos criativos próximos. O problema é que, sabe-se lá o motivo, Ryan usou o mesmo arranjo para as duas canções! É surpreendente ver como ele quase não mudou nada, mantendo até umas linhas de piano no fundo! Talvez ele tenha resolvido se inspirar no famoso produtor Rick Rubin, que se envolveu em situação parecida: Rubin produziu "Mary Jane's Last Dance" para Tom Petty & The Hearbreakers em 1993 e "Dani California" para o Red Hot Chili Peppers em 2006. Ambas com praticamente a mesma progressão de acordes. Ao menos Rick deu um intervalo de aproximadamente 13 anos, já Ryan...

No final das contas, "Halo" acabou sendo lançada primeiro e Clarkson saiu na luta pra tentar impedir que sua canção fosse lançada no álbum. Não só fracassou em convencer a gravadora das similaridades, - obviamente eles sabiam, no mínimo fizeram de propósito pela polêmica - como a canção acabou sendo lançada como single. Pra quem conhece Kelly e sabe das constantes brigas dela com a gravadora pelos rumos de sua carreira, deve ter imaginado o que isso significou pra ela. No final das contas ela foi acusada de roubar o arranjo da Beyoncé, que também não teve culpa alguma.

Ryan Tedder é o produtor de memória extremamente curta ou de habilidade extremamente limitada. E é triste como ele foi capaz de envolver suas artistas que nada tinham a ver com isso numa confusão destas. Afinal, quem realmente é atacado é o artista, o produtor acaba ficando na surdina. Foi igual com o Red Hot, não seria diferente agora.
Bem, se você é capaz de deixar um rapper/produtor/presunçoso remixar sua música com o intuito de simplesmente adicionar uns gritos de "eehh" no fundo, você definitivamente não bate bem. Vai ser borracheiro ou recepcionista, porque pra música você não tem muito futuro...
Esse remix pode ajudar um pouco a perceber as semelhanças:


domingo, 21 de março de 2010

AMR - Love Etc (Pet Shop Boys)

Análise: Primeiro single do álbum Yes do Pet Shop Boys. Lançado em Março de 2009, alcançou #14UK.

Tá certo que eles já são um tanto antigos, mas essa capa parece a blusa da minha vó...
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Nos anos 80, o Pet Shop Boys ajudou a construir a identidade musical da época. Com "West End Girls" o grupo alcançou o estrelato. Era uma canção realmente boa, acima da média de muita coisa no estilo. O duo lançou também uma cover de "Go West" do Village People, talvez com o objetivo de criar uma referência com seu hit inicial. O fato é que se a canção original não era boa, esta ficou pior ainda. E é mais ou menos neste clima que segue "Love Ect".

O projeto em questão peca um pouco pela falta de algo mais impactante. A batida inicial é legal, bastante envolvente até. Não tem aqueles efeitos desnecessários que enchem o saco das composições atuais do estilo. Mas não tem tanto assim a mostrar. Os vocais de Neil Tennant continuam os mesmos. Mas acredito que não deveria ser assim neste caso - aqui tudo acabou soando apático.


A canção lembra bastante aqueles filmes onde o protagonista vai em alguma balada pra socar algum bandido, pois é este tipo de música que toca nestas ocasiões. E não é à toa: fica como mero elemento ilustrativo, só pra ter um fundo mesmo. Mais ou menos como "Jungle Boogie" do Kool & The Gang ficou na trilha-sonora de Os Embalos de Sábado à Noite. Tipo segunda divisão do futebol.

O grupo Xenomania ajudou a dupla com a produção da faixa. O que nos faz pensar em quem botar a culpa. Claro que não dá pra exigir uma "West End Girls part 2", mas uma "Go West: The Revenge" era totalmente dispensável.


O clipe da música é bem interessante. Uma animação muito bem feita e cheia de referências - coisas de agradar muito gente como Quentin Tarantino. Jogos de plataforma e outros vindos dos anos 80 e 90 são principais referências no caso.

No fundo, o Pet Shop Boys é um duo que esteve no lugar certo, na hora certa. Isso lá em meados dos anos 80, juntamente com bandas como The Go Go's, The B-52's, talvez até o Simple Minds.

Vídeo:

Aconteceu - Boletim Musical (21/03/2010)

"Miley Cyrus desabafa : 'Odeio ser vista como um produto'"


Acho que ela deveria ter lido as letras miúdas no contrato...
Mickey Mouse só tem cara de bobo!
Será que ela vai assinar com a Trakinas agora?

"Grupo Pussycat Dolls perde duas integrantes (Ashley e Kimberley)"


Faltam muitas ainda?

"Justin Bieber odeia a escola e trata Twitter como prioridade na sua vida"


Em outra época, essa foi a trajetória do presidente Lula e olha no que deu.

AMR - 2000's Jukebox 1

Artista: Michael Gray (04/12/1979)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: House, Dance
Hits: "
Borderline", "The Weekend"
Hit da Jukebox: "
The Weekend" (2004, #UK7)


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Provavelmente a década com maior incidência de samples é esta que passou. A década de 00 (!) às vezes passa a impressão de preguiça ou falta de criatividade por tentar renovar ou reciclar peças já existentes - exatamente o que anda acontecendo com filmes. Juntamente com isso (ou justamente por isso) a carreira dos DJ's pelo mundo explodiu. Eles passaram a se multiplicar tal como os rappers. Ao menos estes caras que ficam remexendo um disco de vinil sabe fazer coisas legais.
Em 2004, o DJ Michael Gray surge com o single "The Weekend". Uma batida frenética e dançante que nos remete um pouco ao som dos anos 80. Mas claro que isso não é à toa. O mérito não poderia ser só dele. A canção utiliza samples do clássico de Oliver Cheatham, que fez muito sucesso na época com a canção "Get Down on Saturday Night".

Apesar de não utilizar muita coisa da canção, - limitou-se a usar apenas uma linha, fora um coisa ou outra na parte instrumental - Gray conseguiu fazer seu projeto soar mais interessante do que o Room 5 que sampleou praticamente a canção inteira em sua versão, "Make Luv". O resto foi obra do próprio DJ. A parte vocal conta com a cantora Shena - famosa na cena musical dance/house, o que nos faz pensar que ela deve ser tão conhecida quanto a identidade do Jack o Estripador...
O clipe tenta meio que passar aquela mensagem de "cacete, tenho que trabalhar, mas quando o fim de semana chegar...". Com mulheres dançando num bizarro ambiente que deveria ser um escritório. Agora, se trabalhassem em escritórios mulheres como aquelas, não seria necessário esperar o fim de semana.

Normalmente os DJs são conhecidos por chegarem nas baladas, colocarem seus cds pra tocar e irem tomar cerveja. Não deve ser muito diferente o que alguns fazem em estúdio. Mas dá pra ver que alguns resolvem arregaçar as mangas e fazer algum diferencial. Se Michael Gray não é o DJ mais valoroso ou conhecido, ao menos conseguiu fazer algo divertido com um clássico e nos manter entretidos por uns 10 minutos. Ou mais.

quinta-feira, 18 de março de 2010

AMR - Stylo (Gorillaz)

Análise: Primeiro single do álbum Plastic Beach da banda virtual Gorillaz. Lançado agora em Janeiro, alcançou #25 no US Billboard Alternative Songs.

Olha... realmente, já foi styloso um dia - ê saudade!

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Com "Stylo" e o álbum Plastic Beach, o Gorillaz tenta fazer algo novo em sua carreira: mudar de estilo musical, saindo de seu próprio, que até poderia ser considerado único, para entrar numa mistura de electronica com trip-hop. Isso pode dar certo, ou não...

Olhando friamente, não seria um bom negócio. Afinal, quando uma banda ou artista consegue criar algo em seu som que pode ser considerado único, original, é sinal de que conseguiu solidificar uma identidade - coisa rara, muito rara em qualquer ramo. Resumindo: entrar em estilos como os ditos acima não poderia ser uma boa idéia se você já "criou" um. Excetuando no caso do Black Eyed Peas que - apesar de não ter criado exatamente um estilo único, modelou um a sua maneira - deixou de lado o hip-hop para fazer electronica.

É inevitável comparar o single atual com a trajetória da banda através dos anos. "Clint Eastwood" era uma espécie de homenagem ao ator, com samples de sons que remetem aos filmes de bang bang que ele costumava fazer. "Feel Good Inc" e "Dare" revelaram-se muito criativas e até inovadoras de uma certa maneira. Todas sempre flertando com o hip-hop sem deixar a coisa pedante.

No caso de "Stylo" isso também acontece. Um flerte com o hip-hop. Tá certo que chamar o Mos Def pra "enfanhar" a coisa pode não parecer uma boa idéia, mas como sua voz foi condicionada afim de parecer que ele estava falando em um rádio da polícia, a coisa não ficou irritante como o rapper costuma ser.

Infelizmente, a batida da canção ficou longe de ser marcante como foram os outros singles citados. Faltou algo diferente, que ficasse na cabeça. A base da canção é muito abatida, até óbvia. E talvez os produtores tenham até captado isso. E esse poderia ser um motivo do cantor Bobby Womack ter sua ponta na canção.

Womack, famoso por sua participação no grupo The Valentinos e por trabalhar com músicos como Sam Cooke, é um proeminente cantor de R&B e Soul. Sua voz tem uma força e fluência que não se esperaria em um projeto do tipo. Pode se dizer que ele serviu até como um contra-ponto a voz do vocalista 2D (não é o Marcelo! esse não é irritante...).

O mais interessante de tudo é a acusação de plágio vinda do cantor Eddy Grant. Ele acusa o Gorillaz de plágio em cima de sua canção "Time Warp" de 1983. Realmente, algumas partes são muito parecidas. O que é de se pensar se aqui cabe um caso de plágio não-intencional; Seria interessante ver o que o Gorillaz poderia fazer "sampleando" a canção "I Don't Wanna Dance" de Grant (hauahuahaua).

No vídeo-clipe - o primeiro onde os membros aparecem na tela como modelos 3D, e não 2D como sempre foi - três membros da banda (Russel Hobbs, o baterista, está ausente por motivos desconhecidos - muito provável por ser grande demais) estão em um carro numa estrada deserta, fugindo. Aparentemente após cometer um assalto ou coisa do tipo. A perseguição inclui até mesmo o ator Bruce Willis! Seria legal ver o que Sylvester Stallone faria neste caso.

Enfim, o Gorillaz acabou fazendo um single apagado, que mais parece uma daquelas faixas enche-linguiça que lotam discos no mundo inteiro. Existem boatos de que este seria o último disco da banda, o que se considerarmos o rumo qualitativo da coisa, é a melhor a ser feito. Para eliminar a banda de desenho não bastaria mais do que uma borracha...

Não há nenhum vídeo com embed ativo, então apenas a canção:


quarta-feira, 17 de março de 2010

AMR - Pérolas do "Pop" 3: Bohemian Rhapsody

Com certeza esta é uma das mais famosas canções da história, de uma das mais famosas bandas da história. Conseguindo ser complexa, conceitual e ao mesmo tempo pop. Um tipo de música que sobreviveu ao tempo e continua sendo fascinante, mesmo após os vários anos passados da morte do vocalista e compositor, Freddie Mercury.

Canção produzida nos anos 70 por uma banda que foi mostrando sua força e criatividade com o passar do tempo e escrita por um dos maiores artistas do mundo. Fora o vídeo-clipe que é também um dos mais famosos da história. "Bohemian Rhapsody" de Freddie Mercury e o Queen.


Terceiro single mais vendido da história da Inglaterra, alcançou o topo das paradas por lá duas vezes, além de ser uma das maiores canções da história do rock

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Sobre a banda: O Queen foi formado em 1970 pelos membros Freddie Mercury (nascido Farrokh Bulsara, vocais, piano, teclado, violão, guitarra), Brian May (vocais, guitarra, violão, teclado), John Deacon (vocais, baixo, teclado) e Roger Taylor (vocais, bateria, guitarra). Apesar de banda ter tido muito de Glam Rock graças a maneira de Freddie atuar e se vestir em palco, a música do Queen é originalmente enraizada no que poderíamos chamar de Rock Clássico - ou um Hard Rock mesmo. Com o passar do tempo, a sonoridade da banda se tornou eclética, fundindo-se com o Funk. Com 14 álbuns de material original e 48 singles, venderam mais de 300 milhões de cópias de seus discos, sendo parte importante da história do rock e da música.

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Escrita por Mercury, "Bohemian Rhapsody" ou, como os membros da banda chamavam o projeto durante o desenvolvimento, "Freddie's Thing" seria um mix de estilos, que vai desde o estilo Acapella, passando pela balada simples de piano, Opera e por fim o Rock. Pelo apelido da canção, dá pra ver que os membros da banda estavam curiosos a respeito do que Freddie queria com algo tão complexo, afinal.

Como lado B do single, a canção escolhida foi "I'm in Love with My Car", escrita pelo baterista Roger Taylor. Aparentemente Taylor praticamente obrigou Freddie a colocar a canção como lado B do single por gostar muito dela - o que acabou causando algumas tensões no grupo. A maneira que ele usou para convencer Mercury foi um tanto diferente: se trancou em um armário e só saiu de lá quando o vocalista concordou com o pedido.


Freddie uniu o potencial vocal da banda - todos os membros da banda cantam, especialmente o baterista Roger Taylor, que possui um belo agudo e um alcance ótimo de notas - e as habilidades instrumentais de cada um, principalmente a sua própria no piano - habilidades em parte adquiridas nos anos em que Mercury estudou música na adolescência e que aliás, Freddie desdenhava um pouco, como comentou certa vez Brian May. A complexidade da peça composta no piano é impressionante. Chega perto de muita ópera composta para piano de grandes artistas do estilo. Além dos vocais trabalhados da banda, a guitarra potente e certeira de Brian May ajuda a dar o tom Rock que dá a assinatura da banda. A letra, um tanto confusa e dramática, foi uma maneira inteligente e genial de Mercury botar para fora todos os seus demônios em uma letra supostamente auto-biográfica.



A complexidade estrutural desta canção impedia a banda de realiza-la em sua plenitude em seus shows. A introdução Acapella era cortada, tendo em seu lugar a introdução da canção "Mustapha", do álbum Jazz (1978) para aí ser iniciada apartir da parte "Mama, just killed a man..." ou simplesmente sem esta introdução. Já no momento em que inicia a parte Opera (que representaria uma viagem ou inferno acertando contas diretamente com o "coisa ruim" ou simplesmente o intenso conflito interno), a parte correspondente do vídeo-clipe era rodada até a parte Rock chegar, onde a banda finalizava a canção.

O Queen talvez tenha feito algo próximo de "Bohemian Rhapsody" com "Innuendo", canção do último álbum (homônimo) lançado pela banda enquanto Mercury ainda estava vivo - porém já muito doente. Mudanças drásticas de tempo e mistura de estilos com letras profundas. Talvez no caso deste último álbum, a parte lírica esteja diretamente ligada ao turbilhão de pensamentos que Freddie tinha na cabeça devido a sua doença, a AIDS. O psicológico dele estava em um turbilhão só, ruindo.


A maneira de expressar a criatividade e toda a dedicação da banda pelo projeto o tornou único, sendo considerado o seu magnum opus. Chegou ao topo das paradas na Inglaterra em 1975 (época do lançamento) e em 1992 (lançada juntamente com a canção "These Are The Days Of Our Lives" do novo álbum, devido ao falecimento de Freddie e também pelo fato da canção estar na trilha sonora do filme Wayne's World, com Mike Myers).

O vídeo-clipe pode soar nada usual hoje em dia - obviamente pelas partes em "estúdio" e as vestimentas a la Glam Rock de Freddie - mas na época foi uma espécie de porta aberta entre a união de imagem e o som com o mesmo fim. Apartir daí, esta inovação foi um pouco mais tarde solidificada por Michael Jackson em 1979 (com o vídeo "Don't Stop 'Till You Get Enough").


A popularidade da banda que já era grande com suas canções - até aquele momento, músicas como "Killer Queen" e "Now I'm Here", para citar apenas duas - e com seus shows envolventes e agitados, explodia e multiplicava os caminhos de uma das bandas mais criativas da história.

E claro, a influência que Freddie tem até hoje na música é enorme - Katy Perry é fã confessa de Freddie e Stefani Germanotta, também fã, tirou seu nome artístico (Lady Gaga) da famosa canção "Radio Gaga". Ambas tem grande inspiração em Mercury, tanto em sua maneira de atuar em palco quanto em sua música.

O clássico vídeo da canção:

Aconteceu - Avril Lavigne quer conquistar fãs mais velhos


Passados 8 longos anos, terá finalmente o tempo chegado?

Avril Lavigne não perdeu tempo e enquanto ajudava a promover o filme Alice in Wonderland, deu dicas sobre o seu novo álbum. Durante uma entrevista em Londres, Avril Lavigne confirmou que o primeiro single será lançado em abril.

"O álbum está pronto. Não posso dizer o nome ainda, mas o que posso adiantar é que os nomes das músicas que vocês viram na internet são todos falsos. O single sai em abril e o álbum em junho", revelou.

Quem acha que a trilha sonora do filme vai ditar o novo álbum da cantora, está enganado: "Esta música é muito diferente do cd. As músicas não são tão sombrias quanto 'Alice'. Sei que sempre tenho músicas mais darks em meus cds, mas este álbum será diferente. Antes eu tinha uma balada e uma música 'punky poppy rock', mas este trabalho será mais homogêneo. Quero imaginar que as pessoas ouvirão este cd enquanto cozinham, quero conquistar uma faixa etária mais elevada. É hora de uma mudança".

Com o novo álbum, Avril quer se destacar também como compositora: "não me sinto pressionada a gravar um álbum atrás do outro. Preciso de inspiração. Sempre disse que preciso de um tempo entre os trabalhos. É um processo criativo e cansativo. Escrevo minhas próprias músicas e para isso é necessário tempo. Quem grava um álbum atrás do outro é porque não escreve suas próprias canções", concluiu.

Fonte : popline

Só espero que ela não vá para o extremo Norah Jones, se não o pessoal vai cochilar e cair de boca na frigideira.

terça-feira, 16 de março de 2010

Especial - Justin Bieber



Ele não sai da MTV nem do Youtube, já se apresentou para o presidente dos Estados Unidos e (para os moderninhos) está todos os dias nos Trending Topics do Twitter. Mas mesmo assim você não tem a mínima ideia de quem é esse rapaz? Pois não se preocupe - você vai saber agora.

Justin Drew Bieber (01/03/1994) é canadense de Stratford, Ontario. Com pouca idade (risos), já se saía muito bem em concursos de talentos e começou a postar vídeos de suas apresentações no Youtube. Foi dessa maneira que Scooter Braun (produtor e executivo) o descobriu e o levou para Atlanta, Georgia, para discutir uma carreira com ninguém mais, ninguém menos que Usher - que abriu as portas para uma audição com o presidente da gravadora Island Def Jam, L.A. Reid. Nada mal pra quem só queria que sua família e amigos vissem as apresentações...

O garoto é a sensação do momento no mundo adolescente. E talvez por isso você não tenha a menor ideia de quem ele é : você é adulto(a) e não dá a mínima. Mas ano passado, Bieber tinha marcada uma aparição em um shopping dos Estados Unidos e não pôde entrar pois suas fãs histéricas lotaram o recinto, inclusive pondo em risco a estrutura do local.

O motivo pelo qual Justin faz tanto sucesso talvez seja meio óbvio : ele é "mainstremicamente" bonito, tem um cabelo da moda, tem seus tiques de dança à la R&B, canta sobre algo entre amor e devoção e é fofuxo. A onda Taylor Swift aparentemente atingiu o lado "masculino" da coisa!

O que não é óbvio é que o garoto tem sim muito talento. Ele toca o violão, teclado, bateria e quem diria! O trompete também. Além de ter uma voz bonita - pelo menos nesse estágio da vida, quero ver se ele vai sobreviver à "puberdade". Mas vou ser sincera : o que está movimentando a carreira de Bieber no momento não é nenhum de seus dotes artísticos (o que poderia muito bem ser corrigido, se fosse o caso, com Auto-tune), mas sim a sede norte-americana por um produto musical para a faixa dos 12-18 anos. E se você não tem mais de 30 anos, sabe que isso não é novo. Ricky Martin no Menudo, Aaron Carter nos Backstreet Boys e Justin Timberlake no 'N SYNC são só alguns exemplos de que, pelo menos desde a década de 80, o mundo, mas melhor representado pelos Estados Unidos, precisa suprir o nicho criado para essa faixa etária. Quer dizer, a surpresa pelo garoto ter logo de cara participado de um projeto tão "prestigioso" como a regravação de We Are The World não deveria existir se lembrássemos friamente que tudo se repete, nada se cria...

A sonoridade atual de Bieber não passa da mediocridade (lembremos que medíocre = mediano, comum) e talvez isso não seja culpa dele, mas sim do fenômeno no qual ele foi imerso. Que agente ligado a uma grande gravadora mandaria o seu mais novo te$ouro fazer uma participação numa música com alguém que não vende muito, mas que tem certo prestígio artístico, como a cantora Björk? E qual a real possibilidade de um menino de 16 anos tomar as rédeas de sua carreira? E mais : qual a projeção que ele conseguiria se seu trabalho fosse menos pré-fabricado? Poucos são os artistas que conseguem fazer tudo o que querem logo de início. Ou quem saber ele não quer fazer pop-chiclete mesmo..

De qualquer maneira, após certo tempo escrevendo para esse blog, minha opinião sobre os novos artistas mudou. Há de se entender que, apesar de certas pessoas ganharem dezenas de milhões de dólares para sorrir em rede nacional, elas ainda são humanas como todos os mortais. Elas vão errar e mudar, para pior ou para melhor. Bieber ainda tem a vida toda para mudar e errar, errar e mudar de novo. Desejo a uma pessoa com tanta potencialidade assim que transgrida sem maiores problemas essa fase inicial e se torne um músico realmente produtivo. Mas para isso, a carreira de Justin deve se pautar em seu talento e não em seu estereótipo. E quanto a isso - só podemos esperar, porque vai demorar um tempinho...

segunda-feira, 15 de março de 2010

AMR - Telephone (Vídeo-clipe)

Lady Gaga parece realmente ter os genes pop no sangue. Seus clipes inicialmente eram simplistas, porém interessantes. Que conforme vão adquirindo um aspecto mais complexo, mais amplo, tornam-se também mais interessantes. E "Telephone" é, até o momento, seu projeto mais ousado.
Gaga parece estar querendo fazer mini-filmes em vez de clipes, exatamente como Michael Jackson. O que triplica o interesse em sua arte. Afinal, já não se cansaram de clipes filmados num fundo branco (tipo Beyoncé em Video Phone)? Lady Gaga parece não querer deixar algo que ainda tem muito o que mostrar morrer.


"Telephone" é absurdamente bem filmado. A tecnologia hoje em dia permite imagens cada vez mais nítidas e impressionantes. Fora que a direção de câmera também não deixa por menos - pelo menos nas cenas que compõe a estória em si, não a parte musical.
Mas claro que nem tudo é um mar de flores... Pra começar, a cena do beijo. Soou extremamente gratuita e ridícula. Até parece que a Madonna resolveu ir dar umas dicas nos sets de filmagem. Afinal, ela é especialista em se utilizar de coisas do tipo para atrair o marketing quando provavelmente seu trabalho musical não vai chamar a atenção o suficiente. Na boa, Gaga não precisa disso.
Algumas cenas de dança acabaram sendo filmadas com alguns excessos de cortes. Alguém andou picotando na sala de edição. Talvez um jogo de câmera mais elaborado ajudaria na compreensão geral das cenas. Falando em filmar mulheres, o que são aquelas carcereiras? Devem ser aquelas dançarinas de "Bad Romance" mostrando o motivo de usarem aquelas máscaras...
Algumas cenas denotam bem que o roteiro foi escrito pelo diretor Jonas Akerlund e pela própria Gaga. Só esqueceram de dizer que foi escrito durante uma seção de cogumelos alucinógenos. As cenas no "restaurante" são as mais "criativas". Quem assistiu os filmes "Adrenalina" e "Adrenalina 2: Alta Voltagem" vai se familiarizar rápido. A semelhança de estilos é tanta que só faltava Chev Chelios (personagem de Jason Statham nesta série) entrar lá e sair no sopapo com o Tyrese Gibson (namorado da Beyoncé no vídeo).
É, isso é beeeem Lady Gaga, hauahuaha!
E falando nesse negócio de estilo, essa parte de copi... digo, ser tão criativo e lembrar a série Adrenalina denota a participação, de alguma maneira, do diretor Quentin Tarantino. Ao assistir o vídeo isso fica meio óbvio. O interessante é que a van utilizada por Lady Gaga e Beyoncé é a mesma que a personagem A Noiva utilizou nos filmes da série Kill Bill - The Pussy Wagon.
A participação da Beyoncé fica meio que ilustrativa. Desta vez Gaga não sumiu ao lado da escultural ex-Destiny's Child - isso seria sacanagem demais. Mas foi uma aparição adequada, afinal.
O vídeo é realmente interessante, apesar de algumas bolas fora. Mas o interesse de algum artista de manter uma das coisas que Jackson sabia fazer de melhor é muito legal. Espero que continue assim!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Quick - Telephone (Vídeo-clipe) (Lady Gaga e Beyoncé)

quarta-feira, 10 de março de 2010

AMR - In My Head (Jason Derülo)

Análise: Segundo single do álbum homônimo do artista Jason Derülo. Lançado agora em Fevereiro, alcançou #9US e #1UK.


Jason Brown ou Chris Derülo, dá no mesmo!

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Derülo é uma espécie de substituto musical. Depois que Chris Brown resolveu jogar sua carreira - que simplesmente não era lá grande coisa - na lata do lixo batendo em uma mulher (na Rihanna!!), apareceu Jason Derülo pra tapar a lacuna que ficou com os boicotes (merecidos) na carreira de Brown. Pelo menos até Jason resolver fazer o mesmo que Chris e jogar sua carreira - que até agora não mostrou nada demais, mais ou menos igual ao Brown - fora.


Não sei bem por que, mas a maioria dos trabalhos de artistas atuais nos remete ao som de Lady Gaga. Não sei se é a onda do momento (modinha do electro-pop) ou se o pessoal resolveu mesmo adotar o estilo Gaga de ser pra tirar uns trocados em cima. O fato é que "In My Head" tem uma estrutura musical muito parecida (ou mesmo idêntica) a "Just Dance" em alguns momentos. O tempo dos versos e até a melodia vocal é muito parecida. Poderia até ser tema de um Coincidências...

Tirando a excessiva influência da Lady, não dá pra definir muito bem. Na verdade, por não ter grande distinção, a canção simplesmente cai na vala comum das canções do gênero, sem grande destaque ou algo que se salve. Ao menos podemos exaltar o fato de Jason ser muito superior no aspecto vocal, comparado com Chris.


Aparentemente, "In My Head" teria como título original "In My Bed". O que denota o uso de algum artifício sexual para chamar a atenção, típico de quem não confia muito em seu taco musical (né, Madonna?).

Em seu segundo single, tudo o que Derülo conseguiu foi soar como Lady Gaga. Espero que no futuro o dublê de Chris Brown não acabe soando como Ke$ha! Eca...

Vídeo:

segunda-feira, 8 de março de 2010

AMR - 90's Jukebox 5

Artista: Everything But The Girl (1982 - presente)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Pop, Folk, Jazz, Electronica
Hits: "
I Don't Want to Talk About It", "Missing", "Walking Wounded", "Wrong"
Hit da Jukebox: "
Missing" (1994, #50UK)



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Poucas canções poderiam representar a realidade das rádios FM dos anos 90 e, musicalmente, a década em si quanto "Missing" do Everything But The Girl. Esquisito nome né? Bem, sabemos que existem outros mais estranhos. O fato é que este é um hit radiofônico do tipo que marca uma época mesmo com uma acentuada simplicidade.

O nome foi tirado de um slogan de loja de conveniência por Tracey Thorn e Ben Watt, os responsáveis pelo duo. Adoraria ver no Brasil bandas como nomes do tipo "Amo Muito Tudo Isso" ou até mesmo "Keep Walking". O que me faz sempre pensar que ainda descubro da onde sairam nomes como Blind Melon e Frank Goes to Hollywood...

Inicialmente - ou mais necessariamente, durante uns 10 anos de carreira, aproximadamente - o duo tinha suas raízes no jazz e no folk. Neste período conseguiram um vago sucesso no seu país natal, a Inglaterra. Talvez um sucesso vago demais para qualquer banda...
Passado tanto tempo, eles resolveram mudar o rumo musical de seu projeto e torna-lo mais pop, seguindo a onda da electronica que começava a surgir e definiria parte da história musical dos anos 90. "Missing" foi lançada em 1994 e não chamou muito a atenção em seu próprio país e sequer foi reconhecida nos Estados Unidos. Mas ainda sim, conseguiram fazer algo que remetia com força ao estilo da época.
Se você excluir a ascensão do rap e outras tranqueiras dos anos 90, vai encontrar pérolas como esta. Um detalhe curioso é que foi lançado um dispensável remix da canção pelo DJ Todd Terry - que já remixou clássicos de artistas como Björk, Duran Duran, Kylie Minogue, Michael Jackson e The Rolling Stones. Mas apesar de, na minha opinião, ser algo dispensável, ajudou a canção a ganhar status e posições nas paradas - #2US e #3UK!

Se você se lembra de alguma pérola dos anos 90 nos estilo dessa canção, por favor, diga os nomes nos comentários. Seria ótimo desenterrar estes clássicos.
Versão remix por Todd Terry: