domingo, 25 de setembro de 2011

Especial - Rock in Rio 4 2011 - 24/09


Continuando o review sobre as noites do festival Rock in Rio 4 - 2011, temos bom e ruins números na noite do dia 24/09. O dia é 24 e o NxZero tocou. Hummm... isso explica muita, muita coisa...

Red Hot Chili Peppers


Possivelmente a maior atração da noite. A banda acabou sofrendo um desfalque quando o excelente guitarrista John Frusciante resolveu deixar a banda pela segunda vez. Felizmente Anthony Kiedis e banda não contrataram um segundo Dave Navarro. O guitarrista Josh Klinghoffer, que já tocou com Beck e Gnarls Barkley, assumiu o posto. E o que tivemos?

As clássicas "Under the Bridge", a cover de Stevie Wonder, "Higher Ground", "By The Way", "Californication", "Give It Away" e até a mais recente "Dani California". Josh até que é habilidoso, mas tenho a impressão que o buraco que ficou quando John extraiu suas raízes da banda não poderia ser preenchido. O solo de "Californication" deixou a desejar. No geral poderia ter sido melhor. Mas ainda sim é muito melhor do que o que vem por aí...

Obs: Com aquele bigode, se o Anthony cortar o cabelo mais curto, vai ficar a cara do ator Milhem Cortaz, o Fabio da série Tropa de Elite.


Stone Sour



Confesso que não conheço quase nada do Stone Sour. e também não sei bem o motivo deles terem sido chamados. Tapar buraco? Dependendo de que, até que podemos nos considerar no lucro. De qualquer maneira, a única canção que de fato conheço da banda, "Through the Glass" (que fez relativo sucesso aqui) foi bem executada. E considerando a situação geral, ficou tudo no positivo. Apenas falta mais alguns hits para o pessoal assimilar...


Nx Zero


Tá. Não é Axé nem Pop. Mas agora quer chamar de Rock ainda é exagero. A criação da Arsenal (os mesmos responsáveis por aquele lixo de curta vida que foi o tal de Dogão - o rapper cachorro desenho contra a pirataria que só significou gasto inútil para eles) se apresentou no Rock in Rio - e eu desconfio de ameaça de morte, macumba, intervenção divina (ou maligna). Enfim, os caras chegaram lá e é isso. Acho que a relevância disso equivale a participação da Nina Hagen no primeiro Rock in Rio!

Os caras conseguiram o prodígio de serem vaiados num festival de Rock com a Cláudia Leitte!


Snow Patrol


O pessoal alternativo do Snow Patrol também marcou presença como uma das principais atrações do dia. Não são tão populares, mas ainda sim melhores que o Nx Zero... De qualquer maneira, o maior hit deles aqui no Brasil, "Open Your Eyes". Foi satisfatório, apesar da voz do vocalista Gary Lightbody não soar tão bem ao-vivo. Mesmo assim, não há reclamações, sendo tudo bem executado pelos músicos e garantido o que, se não for um dos melhores show, pelo menos algo longe dos ruins, dos nota ZERO, sacaram?


Capital Inicial


O show do Capital foi bem interessante. Dinho provou ser um bom artista em palco, levantando a platéia com ânimo, satisfação e emoção. O set da banda incluiu "Independência", "Natasha", a recente "Depois da Meia Noite", a cover da Legião Urbana, "Que País é Esse?", "À Sua Maneira", a cover de Kiko Zambianchi e o medley do Aborto Elétrico, "Música Urbana", "Fátima" e "Veraneio Vascaína".

Das duas partes nacionais da noite, sem dúvida alguma o Capital Inicial salvou a pátria. Se você ouviu o Nx Zero e ficou com vergonha alheia, pode se consolar com o Capital, que mandou muito bem. Eles ao menos têm um repertório consistente (obviamente devido a ajuda de Renato Russo), mas isso não compromete de maneira alguma o resultado final.


Os Paralamas e os Titãs fizeram falta na parte nacional da coisa, mas o Capital segurou bem a parada. Esta, até o momento, é a noite mais Rock do festival. Vamos ver o que teremos mais adiante.

Especial - Rock in Rio 4 2011 - 23/09


Começo aqui um pequeno review da série de shows do Pop in Rio, digo, Rock in Rio. O dito maior festival de rRock do mundo realizado pelo empresário Roberto Medina foi mais Pop do que Rock. Mas vamos ao que interessa! Não vou citar em ordem, apenas citas...

Elton John


Na noite do dia 23, tivemos no Palco mundo uma das atrações mais agaurdadas para quem entende e gosta mesmo de música ou para quem tem pelo menos mais de 35 anos: Elton John. O legendário pianista e compositor inundo o palco com inúmeros clássicos de sua consagrada carreira, como "Bennie and The Jets" (uma das minhas favoritas), "I Guess That's Why They Call It The Blues", "Skyline Pidgeon", "Goodbye Yellow Brick Road", "Rocket Man" e várias outras. Com certeza, uma grande pedida para quem gosta de Rock e derivados. Mas como tudo tem seu tempo útil, ou quase, nosso Elton já não tem mais a mesma voz de antigamente - apesar de ainda bem forte e consistente. E, claro, sua inegável habilidade no piano - de cair o queixo.


Katy Perry


Da leva atual da música, temos um exemplar do que não chamar de Rock - e, por consequencia, não estar em um festival deste porte: Katy Perry. Não tenho nada contra ela, mas digamos que ela estar aqui seria o mesmo equívoco que foi Britney Spears estar no Rock in Rio 3. Pelo menos a Perry aqui cantou de verdade, em vez de apenas fazer um exercício mudo com sua mandíbula. Os grandes hits "Teenage Dream", "Firework", "Waking Up In Las Vegas" e as ótimas "I Kissed a Girl" e "Hot 'n' Cold" estiveram presentes - inclusive a chata e arrastada "Thinking of You". Ela é uma boa artista do Pop, mas tirando seus dois primeiros hits, ela não deveria estar aqui (é constrangedor ver coreografias de Pop num festival de Rock...).


Rihanna


Ela é com certeza uma das maiores divas do Pop da atualidade. E assim como citei no caso da Katy Perry, Rihanna NÃO deveria estar aqui. Eu poderia dizer também que sua presença é tão inconveniente quanto a do Carlinhos Brown no Rock in Rio 3, que até foi agredido com uma chuva de garrafas plásticas pela platéia. Mas como só o Chris Brown pode agredir a Rihanna com o que quer que seja...

Ela, que já tem mais tempo de estrada e mais discos lançados que Katy Perry (o que não é indicativo de qualidade, é claro) alternou entre momentos mais assimilativos e outros mais, digamos, "hãa... quando ela vai cantar 'Umbrella'?". Ela cantou algumas de suas melhores canções, como a recente "Only Girl (In the World)", a meio sem noção "Disturbia", aquela que mais se aproxima de Rock "Shut Up the Drive", "Don't Stop the Music", "Unfaithful" e, para quem muito queria, "Umbrella" - que ficou por última no show. Infelizmente ela acabou cometendo coisas como "Love The Way You Lie" e "Rude Boy". Quando eu achava que a voz dela estava melhorando e muito, ela deixa a desejar com uma performance vocal abaixo da média neste show. Rock in Rio, Rihanna, Rock!


Cláudia Leitte


Se eu reclamei do Pop do novo milênio de Katy Perry e Rihanna, o que dizer do Axé? Cláudia Leitte e sua bola de sabão poderia ser algo aceitável no Palco Mundo? Bem, se fosse um Rock in Elevador Lacerda, era provável, mas aqui me deixou a curiosidade de como reagiram aqueles roqueiros mais fanáticos e aprofundados no assunto, com seus cabelos compridos e camisetas pretas. Devem ter tido algum tipo de ataque ou coisa pior. Enfim...

Cláudia Leitte fez cover de Led Zeppelin com "D'yer Maker" (que na verdade é a banda tocando Reggae), Lulu Santos com "Descobridor dos Sete Mares" e "Dancing Days" (Lulu participou da primeira edição do festival) e até mesmo Jorge Ben Jor com "Taj Mahal". Obviamente por ter faltado o que tocar em um show como este. Quem vai ao Rock in Rio não quer Axé, quer Rock. Se no show de mais de 1 milhão de pessoas do Rolling Stones houveram vários delitos cometidos, neste show vários roqueiros devem ter se matado.


Shows de Abertura

Paralamas do Sucesso, Titãs, Milton Nascimento e Maria Gadú

O set dos Paralamas contou com ótimos clássicos como "Óculos", "Alagados", "Loirinha Bombril" e "Meu Erro", enquanto os Titãs tiveram "Sonífera Ilha", "Marvin" e "Epitáfio" (houve a participação da Maria Gadú). São boas canções de bandas que são de fato Rock. Porém, diferente do que foram eles num passado distante, a coisa não soou tão maravilhosa assim. A apresentações, apesar de genuína e coerente comparando com o que a noite teve, foi um tanto "dinossáurica". Com certeza foi muito divertido, principalmente comparado com o atual universo do festival. Foi como uma aula de Rock para quem ainda seria obrigado a ouvir Rihanna, Cláuida Leitte e Katy Perry...


Maria Gadú e Milton Nascimento? Rock. Acho que não preciso fazer comentários mais consistentes do que isto para descrever tla "situação". Os nomes falam por si só.

Em breve, o review da segunda noite!