terça-feira, 8 de setembro de 2009

AMR - Diva (Beyoncé)

23/12/2010 - Seguindo a lógica de aperfeiçoamento (conceito) dos artigos AMR (Análise Musical Rápida), este artigo será substituído por outro dentro do atual contexto. Para ler o texto original, clique aqui.


Análise: Terceiro single do álbum I Am... Sasha Fierce, da cantora Beyoncé. Lançado em Janeiro de 2009, alcançou #19US e #72UK.


Depende do ponto de vista...

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A cada álbum lançado Beyoncé acaba mostrando mais e mais força. Ainda como componente das Destiny's Child, ela lançou Dangerously in Love, com a divertida "Crazy in Love" e as medíocres "Baby Boy" (com o mala do Sean Paul) e "Naughty Girl". Foi daí que ela deu seu ponta-pé inicial em uma bem sucedida carreira solo.

No trabalho seguinte, B'Day, temos um trabalho mais incisivo, um pouco mais cru em alguns momentos e mais agressivo em outros. "Déjà Vu", da mesma maneira que o primeiro single do álbum anterior, abre os trabalhos de uma maneira legal, com aquele swing. Já a frenética "Ring The Alarm" parece uma confusão mental transformada em equívoco musical nada atraente. "Irreplaceable" é uma baladinha chata usada como carta na manga para a artista ter um momento "fofo" nos shows - dispensável.


Após isto tudo, Beyoncé sai com um trabalho mais conceitual - e (bem) mais interessante que o álbum anterior - chamado I Am... Sasha Fierce. "If I Were a Boy", ao contrário de Irreplaceable", é uma balada muito bonita e marcante, destacável. "Single Ladies (Put a Ring on It)" é um maior âmbito do projeto e considero meio estúpido, pois Beyoncé tem capacidade pra algo mais do que isso - é um R&B bobo e excessivamente comercial. "Halo" foi vítima da idiotice e falta de noção de Ryan Tedder, "Sweet Dreams" é sem sombra de dúvidas a melhor canção do álbum - merecia todas as atenções desperdiçadas em "Single Ladies", "Video Phone" parece ter sido criada para exaltar a "Telephone" de tão ruim e minha opinião sobre "Ego" já foi devidamente expressa e registrada aqui.

Enfim... Eu fiz toda esta divagação sobre singles da carreira da Beyoncé simplesmente porque o single alvo desta AMR é possivelmente o menos relevante de todos eles. "Diva" mostra - e prova - que Beyoncé é casada com Jay-Z e como é bom que a influência do rapper não a afete mais do que isso. A batida, além de não mostrar nada de novo, apenas consegue soar irritante.

Fora que aquelas vozes dizendo "diva" o tempo inteiro não ajudam em nada de forma alguma - quem foi que teve esta ideia de jerico?? E eu realmente sou curioso pra saber quem foi o real responsável pela linha "Diva é a versão feminina do gângster". O único comentário que me permito fazer é que se uma diva é mesmo uma versão feminina do gângster (ou gangsta, como eles gostam de se denominar), a Cher é uma espécie de Poderoso Chefão do ramo - e eu não estou falando de influência.

Todo mundo tem um tropeço com relação à gravação e lançamento de singles, e a Beyoncé encontrou em "Diva" o seu grande tropeço.