quarta-feira, 30 de março de 2011

AMR - Coincidências 6

Bem, pode até parecer perseguição da minha parte, mas o fato é que onde quer que eu vá, esse Sertanejo Universitário entra na minha mente e colide com músicas de verdade, tendo semelhanças mútuas - e como as referidas músicas de verdade são (consideravelmente) mais antigas... vamos lá!

Às vezes o Sertanejo Universitário deixa aquela cantinela de "você não me quis mais, agora que não quer sou eu" ou "você não me quis mais, agora vou curtir a vida" regada à um ritmo repetitivo e produz canções com maior apelo emocional e um pouco mais de cuidado na produção (o que se tratando deste estilo, já é uma evolução e tanto!). Uma canção que se encaixa neste parâmetro é "E Aí Já Era", da dupla Jorge & Mateus. Este single já é mais interessante do que qualquer coisa vida daquela dupla, Fernando & Sorocaba - que produzem uma letra mais descartável que a outra. Aliás, eu já citei que o mercado está saturado de nomes de duplas e que assim não existe um traço de personalidade por cima?


Além da citada canção e alvo deste artigo, a dupla ainda tem em seu currículo canções como "Pode Chorar" (com aquela ladainha de corno clássica), "Mistérios" e "Voa Beija-Flor". Seria isso basicamente, porque honestamente eu tenho medo de tentar dissertar mais sobre eles e acabar confundido-os com outra dupla qualquer...


Em 1984 o músico de extraordinária voz, Marvin Gaye, falecia de maneira trágica: morto por um tiro disparado pelo seu próprio pai após uma discussão doméstica. Gaye foi responsável por hits como "Sexual Healing", "Let's Get It On" e sua cover para "I Heard It Through the Grapevine" de Smokey Robinson (também regravada com êxito pela banda de Rock Creedance Clearwater Revival). A perda foi um choque para a música na época, deixando amigos como Diana Ross e Lionel Richie muito tristes com sua perda.


Após Ross e Richie conversarem sobre sua amizade com Marvin, a canção "Missing You" foi produzida. Escrita por Lionel e produzida por ele juntamente com James Anthony Carmichael (produtor que já trabalhou com artistas como Billy Preston e as Pointer Sisters), a canção é uma homenagem ao artista e também homenageia Florence Ballard (ex-Supremes, grupo que revelou Diana Ross) e Paul Williams (do The Temptations), todos artistas da Motown que haviam falecido não fazia muito tempo.


Aí já era mesmo...

Bem, os temas são bem diferentes - Jorge & Mateus falam sobre amor e Diana Ross canta sobre a saudade de quem já se foi. Apesar disso, não há como negar a semelhança nas introduções, que, apesar de ser a única semelhança entre os projetos, não deixa de ser notável. No caso da dupla, é utilizado o piano, enquanto para Diana um som mais suave, terno. Fora que não dá pra comparar a capacidade vocal de Diana com a de Jorge & Mateus - a voz dela flui e é agradável. Enfim...

Coincidência?

Eu acho que nem preciso dizer que as chances dos caras conhecerem essa canção são quase nulas né? Mas pode até acontecer. Neste caso, seria um pequenino plágio não-intencional. O ideal mesmo é a situação continuar assim. Já chega a quantidade de duplas sertanejas que conhecem clássicos da música internacional e fazem o desfavor de realizar (cometer seria a palavra mais adequada) uma tradução e tentar levar o mérito por algo que não lhes pertence. No final das contas, eu sinto falta dos tempos em que a música tinha mais significado...

domingo, 27 de março de 2011

Quick - Quem não gosta de George Michael?


Está em todo o lugar! Huahuahauahauhaua...

quinta-feira, 24 de março de 2011

AMR - Love Me (Justin Bieber)

Análise: Single promocional saido do EP My World, de Justin Bieber. Lançado em Outubro de 2009, alcançou #37US e #71UK.


Lovefool - Love = Fool... é isso aí, Fool!

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Nos anos 90, uma banda chamada The Cardigans surgiu produzindo um som bem Pop - nada de novidade se lembrarmos que isso é a coisa mais comum do universo. Fundada em 1992, a banda liderada pela vocalista Nina Persson produziu um clássico Pop e bem engraçadinho no álbum First Band on the Moon, de 1996: "Love Fool". A canção é daquele tipo que gruda no ouvido, uma melodia interessante e bem agradável. Quem gosta de música Pop dos anos 90 com certeza conhece e tem certa consideração por esta peça.

O que acontece é que, geralmente, este tipo de projeto não precisa nem é passível de qualquer tipo de releitura. Se você se presta a reproduzir uma obra ou fazer um referencial a ela, você precisa ter plena convicção e capacidade de fazer melhor do que sua versão original - pois podem haver casos em que a versão original não seria a melhor, a mais trabalhada, mais realizada. É como fazer cover das músicas do Queen. Ou você fazer de uma maneira que possa ser tão agradável quanto ouvir os solos de Brian May ou a voz magnífica de Freddie Mercury ou você vai catar coquinho na ladeira. Tentar reproduzir a coisa com competência ou vai apenas queimar a sua cara e, dependendo do caso, remexer uns esqueletos no caixão (como seria o caso de Freddie Mercury).

Agora, voltando...

Em 2009, Justin Bieber lançou seu primeiro projeto "consistente" chamado My World, um EP (uma gravadora que olha pro Bieber realmente não teria coragem de lhe dar a chance de um LP logo de cara) que foi sua porta de entrada para o show business - e que contém a constrangedora e infantil "One Less Lonely Girl". E, dentre as canções deste álbum, está uma chamada "Love Me", a última do tracklist. E é aí que está o problema.


Eu não resenharia uma canção do Justin Bieber do nada (ainda mais de um EP que ainda por cima foi lançado em 2009 - com raríssimas excessões, as canções de Bieber não são atrativas ou interessantes). Mas o que temos aqui é um caso clássico: artista novo fazendo cover ou uso de samples de algum artista mais antigo ou single clássico - vale lembrar, por exemplo, Katy Perry com "Use Your Love", sua versão para "Your Love" da banda de Pop Rock oitentista Outfield. E neste momento encaixamos todo este prólogo que redigi no começo deste artigo: a clássica "Lovefool", que até mesmo os próprios The Cardigans não utilizam mais, não estava necessitando de qualquer releitura e não seria Justin Bieber que faria, de alguma maneira, a coisa ficar melhor.


A canção tem todo um clima sintético, Pop sintético pré-processado. Não muda muita coisa do que Bieber anda fazendo e se esta direção não for mudada logo, podemos carimbar na testa de Justin um gigante "Carência de Originalidade". Pra quem acha que o sample de "Lovefool" poderia melhorar algo, apenas transforma, tristemente, o refrão em algo sem nenhum tipo de energia ou referencial - o único referencial, aliás, é você desligar isso e ir ouvir The Cardigans.

Por fim, a sensação é de você imaginar comer um prato de macarronada mas te servirem um prato de miojo. É como querer ouvir Michael Jackson e tocarem Justin Timberlake. É como querer assistir CQC e passar Legendários. Enfim, Justin Bieber de fato não canta mal, mas a força que faltou neste projeto é tanto que ele deve ser devidamente esquecido.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Aconteceu - (Dizem que) Filme de Justin Bieber é o mais bem sucedido

Filme de Justin Bieber supostamente desbanca This Is It de Michael Jackson


Justin Bieber mal começou a carreira e já desbancou a marca do rei do pop, Michael Jackson nos cinemas. Segundo o site Aceshowbiz, o filme Never Say never, arrecadou 100 mil dólares a mais que This Is It, documentário sobre a turnê de Jackson que aconteceria em 2009.

Ainda segundo a publicação, o longa em 3D, faturou U$ 72 milhões nos EUA em um mês e é o filme mais bem sucedido de todos os tempos. Honrado com o sucesso, o astro teen fez questão de ir até ao Twitter para agradecer. "Estou muito feliz pelo sucesso de Never Say Never, obrigado a todos por transformarem essa obra no maior filme concerto do mundo! Mas MJ ainda é o maior, não tem como. Ele é o rei do pop, longa vida ao rei!", escreveu Justin Bieber.



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Esta notícia é um exemplo mais que perfeito para sintetizarmos uma série de situações. Exemplos:

1 - Como a mídia pode ser usada com eficiência para erguer algo usando falsos argumentos. Never Say Never não superou This Is It - nem em arrecadação de bilheteria e muito menos em qualidade sonora.

2 - Como o jornalismo brasileiro em geral é extremamente incompetente em analisar e divulgar notícias (ou simplesmente se utilizando do ponto 1). O filme de Bieber acabou de ultrapassar o de Michael Jackson apenas nas bilheterias norte-americanas ($72,245,170 de Never Say Never contra $72,091,016 de This Is It). Já em âmbito mundial, Never Say Never fez $82,928,200 contra $261,183,588 de This Is It. Ou seja, não é só porque na terra dos ovos com bacon o resultado foi melhor signifique que é o melhor desempenho do mundo. Ou será que não prestaram atenção na notícia, já divulgando o resultado norte-americano como mundial?

3 - O povo que elegeu George Bush duas vezes foi mais uma vez estúpido o suficiente para assistir uma cinebiografia de um moleque de 16 anos. E eles estão no topo do mundo!

Cuidado com a mídia... ela pode até mesmo ter acusar de assassinato.

Obs: Bieber já cantando vitória por este resultado só mostra o quanto egocêntrico este garoto é. Nasce um novo Axl Rose.

Obs 2: Um moleque de 16 anos com uma cinebiografia mostra que realmente ele é egocêntrico e que o mundo está chegando ao seu fim...

Sebo - Obviedades...


O MSN pertence a Microsoft. O Internet Explorer pertence a Microsoft.

Como a toda poderosa é espertinha não?


Huahuahauhaa...

AMR - Look At Me Now (Chris Brown)


Análise: Segundo single do álbum
F.A.M.E., do Chris Brown. Lançado em Fevereiro, alcançou #11US.


Olhar pra qual dos três patetas?

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Bem, como todo mundo quer acreditar, "águas passadas não movem moinhos". E se tem alguém que está desesperadamente atrás do cumprimento deste ditado é Chris Brown. Ele está na situação "desci a sova na minha namorada, mas a vida continua" - e um julgamento que pode pôr Brown atrás das grades por 5 anos. Tudo bem, as pessoas erram e se arrependem, mas se você aí está pensando em dar um cassete na sua namorada, para pra pensar que ela não tenha a sua mesma estatura para aguentar...

Voltando para a música, o que se ouve dos trabalhos dele não nos inspira a acreditar que ele quer colocar a carreira nos trilhos. O caminho um tanto quanto alternativo e nada comercial que ele andou ciscando não serviu de nada para que ele mostre o que supostamente sabe fazer de melhor: fazer música. "I Can Transform Ya" mais parece uma demo gravada em fita K7 antiga (do tipo toda embolorada) e "Yeah 3x", apesar de ter mais ânimo (e meio que tentar emular de alguma forma a sua "Forever", não colou.


O que veio a seguir é uma colaboração com outros artistas do Hip-Hop. No caso, foram chamados Lil Wayne e Busta Rhymes. Geralmente a presença destes caras apenas garante uma chatice sem limites (como se o Chris Brown sozinho já não fosse o bastante), mas o projeto é levado parecendo mais uma espécie de disputa para ver quem consegue se dar melhor como narrador de rodeio - a velocidade com o qual eles fazem seu rap (especialmente Busta Rhymes) chega até a ser divertido (provavelmente por não se entender nada do que está sendo dito).

O clima cadenciado, intimista e cheio de climas clichês do Hip-Hop permeiam e simplesmente estão ali - não dão destaque nem chamam a atenção por qualquer motivo; e, considerando o fato de que o objetivo da coisa é comercial e que Chris Brown precisa voltar para o mainstream, a coisa toda parte para um suicídio comercial. Fora que o vídeo-clipe é underground demais e mostra uma coisa que nos vídeos anteriores não estava muito claro: Brown está começando a se mostrar um dançarino limitado, relegado a um estilo só, sem grandes surpresas. O cara já não canta bem, bate em mulher e ainda por cima não tá mais dando certo dançando? Ele vai acabar sendo apresentador de programa dominical ou integrante do programa Lengedários, tamanha inanição artística...

Enquanto Phil Collins se aposenta, e outros artistas estão na estrada apenas expondo seu imenso portefólio artístico (como Eric Clapton, Elton John e Stevie Wonder - os dois primeiros, apesar de ainda lançarem material, já não têm a mesma reinvenção de suas carreiras), gente sem brilho como Chris Brown vai continuar tentando se manter no topo com trabalhos inócuos. Vale lembrar que Brown começou com 16 anos. Justin Bieber também. Tudo o que podemos dizer é:

1 - Cuidado, Selena Gomez!

2 - Nada está tão ruim que não possa piorar...

terça-feira, 22 de março de 2011

Quick - Lobão metendo o pau...

Em Fiuk, Restart, Luan Santana e Sertanejo Universitário...


Bem, como todos nós sabemos, o Lobão deve falar mal até da própria mãe (fora que ele também está longe, muito longe de ser um artista relevante no meio musical - chegando ao ponto de ser um cara muito mais interessante falando do que cantando ou tocando). Mas vamos, como um blog que gosta de analisar com um pouquinho mais de critério, tentar sintetizar as coisas:


O Fiuk é o filho do Fábio Junior PONTO


O Restart é simplesmente uma banda sem grandes critérios e sem grandes aspirações - quando na verdade os critérios e aspirações deles são tão inúteis que se quer tem algum significado. Isso no final das contas se traduz em música ruim. Apenas para quem não é nada exigente.


O Sertanejo Universitário é defendido pelas pessoas que dizem que só querem pura diversão musical. O problema é que este estilo sintetiza a parte ruim, podre do que pode ser colocado como música para diversão, algo mais comercial. Quem realmente gosta disso, pode gostar de absolutamente qualquer porcaria.


Luan Santana é um produto do estilo citado acima. É portador de uma das piores e mais irritantes vozes já surgidas na história da música brasileira e também tem uma das mais constrangedoras letras de canções escritas em território nacional. A ruindade de sua arte traduz com fidelidade a qualidade do Sertanejo Universitário.


Saudades de quando as pessoas realmente prestavam atenção no que ouviam...

Obs: Esta é minha opinião, se você não gostou, ouça seu Restart ou Luan Santana bem alto e seja feliz com isso - eu não estou esfregando minha opinião na sua cara ou a colocando em um mural para ser seguido como uma mântra ou como a bíblia. Certo?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Aconteceu - Boletim Musical (18/03/2011)

"Justin Timberlake não quer abandonar a música"


Cara, pior notícia do que esta só se o Phil Collins anuciar o fim de sua carreira.

"Phil Collins anuncia fim de carreira"


Oh fuck!

Os bons sempre se vão. Já os ruins...

"Justin Bieber traiu Selena Gomez?"


Aham, e deve ter sido com a boneca Barbie dele.

quinta-feira, 17 de março de 2011

AMR - 90's Jukebox 10

Artista: Corona (1993 - presente)
País de Origem: Itália
Estilo: Eurodance
Hits: "The Rhythm of the Night", "Baby Baby", "Try Me Out"
Hit da Jukebox: "The Rhythm of the Night" (1993, #11US - #2UK)


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Ah, o Eurodance! Tantos exemplares deste ritmo existem registrados em CDs que dominaram os anos 90. Grupos como Alcazar (que fizeram um sucesso razoável sampleando "Spacer" do grupo Sheila & The Black Devotion, numa canção chamada "Crying at the Discoteque"), Snap! (da famosa "Rhythm Is a Dancer", considerada o primeiro exemplar de Eurodance), Eiffel 65 ("Blue [Da Ba Dee]" e "Move Your Body"), La Bouche ("Be My Lover") e artistas como Haddaway (da maçante "What Is Love"). São canções realmente memoráveis e em sua grande maioria, descartáveis. Aliás, falando em descartável, aqui no Brasil eram estes artista internacionais e porcarias como Pagode e Axé que dominavam os ouvidos alheios - comparando o Eurodance com estes ritmos brasileiros, ele se torna sem dúvida um exemplo clássico de bom gosto e conceito artístico.


Enfim, no meio disso tudo, mais especificamente em 1993, surge mais um projeto musical neste segmento. E claro, como sempre, um grande hit para colar nos ouvidos. De fato, "The Rhythm of the Night" cumpre mesmo a função de carrapato musical, grudando e botando para dançar. O grupo italiano Corona, que foi composto naquele mesmo ano, foi fundado por Francesco Bontempi e Olga Souza. O que provavelmente ninguém sabe até hoje é que Olga Souza, aquela voz que canta* "this is the rhythm of the night, the night, oh yeah, this is the rhythm of my life" pertence a uma brasileira. Olga é ex-funcionária do Banco do Brasil e dançarina que resolveu tentar a sorte na música, fazendo duas decisões acertadas: largar o emprego para investir na vida artística e cair fora do Brasil, é claro.

E uma brasileira acabou contribuindo para a, digamos, manufaturação de um grande hit internacional Dance. Não que isso mereça realmente muito crédito, pois apesar de "The Rhythm of the Night" ser realmente bem legal, soa tão datada que até parece uma nota de cruzado. Além de datada, bem descartável, sem real valor musical. Mas como existem muitas pessoas que não estão realmente preocupadas com qualidade (gente que é capaz de ouvir coisas como "Se alguém me perguntar por quê eu gosto de você, eu gosto" ou "De chocolate nosso amor é feito, então não tem jeito, gruda em mim" e gostar realmente não tem nenhum critério). Mas o que importa neste caso é simplesmente se divertir, não?

Este single e seus companheiros do Eurodance e todos os outros ritmos relacionados merecem ter o pó removido de sua superfície uma vez ou outra. E pra quem viveu sua infância nos anos 90, isso dá uma gostosa sensação de nostalgia (tipo quando você ouve qualquer coisa dos Mamonas Assassinas). Saudades...

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Esse lugar deve ser 10! Hauahuahauaha...

sábado, 12 de março de 2011

AMR - Ching Ching Ching (Nikka Costa)

Análise: Primeiro single do álbum PRO WHOA!, de Nikka Costa. Lançado em 2010, alcançou #77 nas paradas da Alemanha.


Ching? Hã?

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A filha do Don Costa cresceu. Se você não sabe de quem eu estou falando, muito provavelmente isso vai refrescar sua memória:


Se por um acaso isso não serviu, você deveria cogitar a hipótese de morar em outro lugar que não seja uma caverna...

Enfim, anos se passaram após a estréia desta estrela mirim, mais especificamente uns 30 anos! Algumas estrelas baixinhas conseguem uma carreira brilhante demonstrando muito talento para a coisa - Stevie Wonder e Michael Jackson, para citar dois grandes exemplos. Também há estrelas que não são exatamente um exemplo de qualidade artística genuína - Justin Timberlake, Bow Wow... e Justin Bieber? E existem os que acabaram ficando, digamos, em cima do muro.

Nikka Costa pode ser alocada nesta terceira categoria. Lançou ao todo 8 álbuns em toda sua carreira. E nunca mais se ouviu falar dela desde "On My Own". Ela é uma espécie de One Hit Wonder precoce. Seu pai, Don Costa, que é constantemente lembrado por seu trabalho com Frank Sinatra, lançou a carreira de sua filha - e acabou reforçando o título de One Hit Wonder após não ter influenciado mais sua vida artística - Costa faleceu em Janeiro de 1983, quando Nikka tinha 10 anos.


Após tantos anos, Nikka investiu na sua carreira percorrendo basicamente ritmos como Funk, Soul e Blues - o que denota que ela realmente queria tirar algo de qualidade de sua carreira. Porém ela nunca mais teve o destaque de outrora (excetuado um círculo fechado de poucos fãs legítimos).

Agora, aparentemente seguindo a moda, Costa lança seu novo single com uma pegada mais puxada pro... Electropop? Nah, não chega a tanto. Mas a parte do Electro é verdadeira. Talvez imaginando alcançar um público maior - ou simplesmente querendo seguir uma nova direção em sua carreira - ela resolveu realizar esta mudança. E "Ching Ching Ching" é apenas comum - principalmente se você considerar que ela já teve coisas muito melhores em sua carreira antes de tomar este novo rumo (exemplo: "Push And Pull" do álbum Everybody Got Their Something de 2001, que lembra a canção "Broken" da extinta banda feminina Antigone Rising).


A canção é uma balada agitada e bonitinha, assim como era bonitinho o rostinho infantil de Nikka (pegaram a referência)? Se você for considerar apenas "Ching Ching Ching", não houve algo que possa ser chamado de grande evolução - um retrocesso quando muito. Claro que é válido a vontade dela em querer aparecer mais, seja por uma maior projeção artística, $eja por algun$ outro$ motivo$ de$conhecido$, mas neste caso faltou talvez um pouco mais de ousadia.

Resumindo, Nikka e sua voz são sim boas. Mas eles combinam muito mais com um violão do que com artifícios eletrônicos...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quick - Capas Exóticas 5

O poder de Deus representado pela música e, principalmente, por um "karate chop" numa pilha de tijolos? É... a fé nunca foi tão violenta! Considerando isso, poderíamos considerar gente como Bruce Lee e Chuck Norris verdadeiros mensageiros de Deus. Acho que nada soaria tão curioso após o lançamento disso até a chegada do Padre Marcelo... Ele é Mike Crain, The Karatist Preacher!

Nome do álbum: God's Power
Ano de lançamento: ?
Estilo: Provavelmente Gospel...


Vou me encurtar nos comentários porque não quero fanáticos religiosos proferindo suas neuras por aqui. Mas basta dizer que os próprios representantes desta "categoria" acabam fazendo galhofa de suas próprias crenças - certamente que de maneira involuntária, mas ainda sim isso nos denota uma falta de noção vinda justamente de quem não deveria deixar isso acontecer.

A quantidade de bizarras imagens representativas de gravações religiosas que se pode encontrar é bem interessante (leia-se hilária). Alguém aí também pensou na possibilidade de Mike Crain fazer um dueto com Carl Doulgas (aquele da simbólica "Kung Fu Fighting")?

Conheço um "preacher" muito mais divertido...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Quick - Cartões Motivacionais 25

quarta-feira, 2 de março de 2011

Aconteceu - Boletim Musical (02/03/2011)

"Cantor do Black Eyed Peas é novo diretor de inovação da Intel"


Isso me lembrou aquela velha tela azul do Windows...

"CSI 'mata' Justin Bieber"


Personagem vivido pelo cantor na serie policial terá um final trágico...

Típico caso onde a vida deveria (com urgência) imitar a arte!

"Intérprete de Borat viverá Saddam Hussein no cinema"


Tá bem, essa não é musical, mas eu tenho que comentar...

Qualquer ser de bigode protuberante tem obrigatoriamente que ser interpretado por Sacha Baron Cohen? Freddie Mercury, Saddam Hussein... quem mais?



Ned Flanders?


Frank Zappa?


Mario?

Melhor nem pensar...

terça-feira, 1 de março de 2011

AMR - Run Back to Your Side (Eric Clapton)

Análise: Canção lançada no último álbum de inéditas de Eric Clapton, Clapton, de 2010. O álbum alcançou #6US e #7UK.


Um verdadeiro bluesman nunca deixa a estrada

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Um dos maiores ídolos da história da música, Eric Clapton está com 65 anos. Após uma vida recheada de problemas com drogas e álcool, gerador de grandes clássicos como "Wonderful Tonight" e "Tears in Heaven", problemas conjugais envolvendo várias amantes, a trágica perda de seu filho e de grandes amigos (como Duane Allman do The Allman Brothers, George Harrison, Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughan e Billy Preston), Clapton agora só quer curtir sua carreira gravando o que bem entende, sem se preocupar em agradar alguém ou gerar hits. E sua grande paixão, o Blues, está ali para lhe dar uma estrada para percorrer (mais um pouco).

Eric andou tocando com o Allman Brothers, com Jeff Beck (que, juntamente com Clapton e Jimmy Page, passou pela lendária banda The Yardbirds) e também com seu antigo companheiro de Blind Faith, Steve Winwood. De músicos geniais Eric vive cercado, sem dúvida. E para seu último álbum, intitulado apenas Clapton, foram chamados músicos como J.J. Cale (responsável pela canção "Cocaine", que Clapton regravou com grande êxito), Paul Carrack (ex-Ace, da ótima canção "How Long"), Sheryl Crow (da clássica canção dos anos 90, "All I Wanna Do"), Nikka Costa (aquela menininha filha do Don Costa, intérprete de "On My Own" e também Winwood. O resultado é um álbum sem compromisso, gravado tranquilamente, revisando clássicos do Blues que Clapton tanto adora - o estilo que o criou para o mundo da música.


A canção que escolhi para a resenha foi selecionada por ser a única no qual Clapton se envolveu na composição. E depois que vi que ela foi indicada para um Grammy (Melhor Performance Vocal Rock - Solo). De resto, Eric se dedicou a recriar versões para canções Blues de músicos como J.J. Cale, Robert Wilkins e Melvin Jackson, só pra citar três.

"Run Back To Your Side" tem um clima que a torna facilmente identificável como uma canção de Clapton. Sua pegada Blues-Rock é bem característica e lembra bastante a versão de sua banda Cream para a clássica "Cross Road Blues", do guitarrista Robert Johnson, em 1937 - o que, na verdade, acaba denotando um pouco de falta de criatividade. Os vocais de Clapton não mudaram muita coisa com os anos (como aconteceu com artistas como Elton John - que na verdade, em certo período de sua carreira, teve que passar por uma cirurgia envolvendo a garganta - e talvez Daryl Hall), continua um bom intérprete e um guitarrista de mão cheia.


Eric Clapton, assim como Elton John, Stevie Wonder e vários outros artistas já viram sua época passar. Mas garanto que mesmo levando suas carreiras modestamente, sem se preocupar tanto com a fabricação de hits, eles soam muito melhores e qualificados do que a grande maioria do pessoal que age hoje em dia...