Análise: Segundo single do álbum X, do Chris Brown. Lançado em Junho de 2013, alcançou #87US e #94UK.
Pra Aaliyah não tem "descanse em paz"...
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É um tanto irônico utilizarem uma participação póstuma para tentar angariar posições. Se nem os vivos podem fazer algo (um milagre, eu diria) por Chris Brown, que dirá a falecida cantora Aaliyah, que tragicamente faleceu em um desastre de avião em 2001, aos 22 anos. E estranho uma nota onde parece o Chris Brown e uma moça morta, pois podem pensar que ele esteve envolvido no falecimento...
De qualquer forma, a prática de utilizar um participação póstuma não é incomum. Michael Jackson já chegou a utilizar este artifício, quando fez uso do rap de Notorious B.I.G. em seu single "Unbreakable", de 2001. Como são poucos que sabem quem são Notorious e Aaliyah, este tipo de coisa costuma passar despercebido, claro...
De qualquer forma, a participação de Aaliyah é bem simbólica. Tirando quem realmente é fã dela e quem foi avisado, ninguém sabe que se trata de alguém com mais destaque do que uma vocalista de estúdio. Em certos momentos até mesmo parece a voz da Ciara. Mas o pior de tudo é termos a voz do Brown. Poderiam ter chamado de fato a Ciara para salvar a coisa toda...
Porém é preciso deixar claro que esta canção já existia! Tratava-se de um dueto entre Aaliyah e um componente do grupo de Hip-Hop Playa, cujo codinome é Digital Black. A canção acabou saindo em um álbum deste sujeito em 2005. Brown teve acesso até mesmo aos vocais que foram gravados e não utilizados na época para compor esta versão. Ouvindo a gravação de Brown talvez fique explicado o motivo do single ter ficado quatro anos na geladeira e depois ter sido lançado sem destaque. Chris Brown por perto também não ajuda em nada.
Poderia ter deixado passar. Brown poderia ter deixado a pobre moça descansar em paz e tentar fazer algo realmente produtivo no campo musical, mas isso obviamente é exigir demais dele. Será que o colocaram assim com uma mulher já morta para que ela não tenha acesso às pancadas dele?
"Líder do Green Day chamou Psy de 'herpes da música'"
Acho que seria mais coerente chamá-lo de gripe asiática... "Após quatro anos de sua morte, Michael Jackson é novamente acusado de abuso sexual"
Acho que vou processar Michael por me deixar viciado na música dele e exigir algum dinheiro... "Chris Brown e Rihanna novamente se separam"
"Pessoas diferentes têm vontades e necessidades diferentes", declarou Brown. Sim... ele tinha certas necessidade marciais que a Rihanna já não queria suprir. Paciência!
Análise: Primeiro single do álbum X, do Chris Brown. Lançado em Abril de 2013, alcançou #52US e #23UK.
Do Boxe ao Kung-Fu?
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Muitos artistas acabaram, por escolhas errôneas e atitudes impensadas (idiotas), jogando suas carreiras no limbo, na lata do lixo. Sem grandes chances de recuperação, eles amargam fracassos ou não conseguem mais o sucesso de outrora. No rama da atuação, podemos citar dois exemplos que penaram muito até conseguirem se reerguer: Robert Downey Jr (O Homem de Ferro) e Mickey Rourke (que atuou com Downey Jr no segundo filme da saga do herói da Marvel). Ambos se conduziram de maneira inadequada, mas conseguiram dar a volta por cima. Na música, David Bowie quase morreu pelo vício das drogas, mas se livrou. O álcool quase matou Eric Clapton. Já quem não conseguiu se recuperar: Milli Vanilli simplesmente enganaram o mundo, e todos os lados envolvidos nunca conseguiram reaver qualquer traço do que já haviam conquistado. Netinho de Paula desceu a sova em sua ex-mulher e terminou de esmorecer sua já combalida carreira.
E no meio deste balaio, temos Chris Brown. Brown que teve um início bom de carreira, tendo seu single de estréia, "Run It", no primeiro lugar nas paradas (feito realizado por poucos, o último havia sido Diddy com "Can't Nobody Hold Me Down" em 1997). Conquistou 10 singles no top 10 Norte Americano e 8 no top 10 Inglês. Enfim, passos grandes para uma carreira precoce de um garoto de 16 anos - com direito até mesmo a uma relação com outra estrela jovem e promissora (que foi o princípio do fim).
Poderia ser o início de um relacionamento meteórico como o de Beyoncé e Jay-Z. Mas Brown teve a brilhante ideia de descer a sova na Rihanna. Resultado? Com razão, Chris foi escrachado por todos os lados e sua carreira nunca mais foi a mesma. Seus dois primeiros álbuns venderam nos EUA uma média de 2 milhões de cópias. Após a agressão, o que vendeu mais não passou de 1 milhão (tivemos a vergonhosa marca de 360 mil cópias por Graffiti, primeiro álbum lançado após o escândalo - que mesmo sem esta confusão, teria vendido mal pois é de uma ruindade atroz). Neste ínterim, Rihanna teve sua carreira em ascensão, fazendo cada vez mais sucesso. Brown foi capaz até mesmo de se envolver em confusão (com direito a lesão corporal) com outros artistas: em ocasiões diferentes, Drake e Frank Ocean. Afinal, é muito inteligente da sua parte sair batendo nos outros quando já se carrega um peso enorme nas costas por ser um agressor de mulheres.
O fato é que, tirando alguns posições até que boas considerando a situação, Brown está bem em baixa na sua carreira. Mesmo a retomada de seu relacionamento com Rihanna (que pelo visto, no fundo, gostou da sensação de saco de areia que o namorado lhe proporcionou), as coisas não parecem boas para ele. Seu último nº 1 nas paradas do Tio Sam foi em 2007 (a repulsiva e cretina "Kiss Kiss") e os trabalhos lançados nos últimos álbuns tem tido um tom inacreditável de suicídio comercial, sendo uma pior que a outra. Resta-nos a curiosidade de saber o que virá com o novo álbum, X e o novo single, "Fine China".
Pagode agora?? (qualquer semelhança com o Netinho de Paula...)
Bem, surpreendentemente, sou obrigado a reconhecer que esta é a melhor canção de Chris Brown desde "Forever" de 2008! E isso definitivamente não é pouca coisa: é como um pobretão ganhar na loteria acumulada. Com produtores desconhecidos (sem gente como Swizz Beatz), a coisa toda soou muito melhor do que costuma ser. Dá de fato vontade de dançar, e tirando o falsete horrível, área que Brown não tem qualquer domínio, sua voz nem está irritante como de costume. E a imitação dos maneirismos vocais de Michael Jackson não soam nem como homenagem nem como diferencial: simplesmente fora de lugar.
A canção não é ruim, o que é um grande lucro para Brown (embora a canção não tenha chamado a atenção e possivelmente esteja a caminho do limbo). Parece que Chris Brown (ou seja lá quem o agencie) percebeu que o caminho que ele trilhava era ridículo e inócuo. Um passo a menos para o suicídio comercial.
Destaque para certos pontos do vídeo da canção:
1 - O pai da garota mostra-se muito reticente e preocupado com sua relação com o personagem de Brown. Não é sem motivo: a filha dele tá saindo com o Chris Brown! Tipo, ele deve ler jornais e deve ter visto a cara da Rihanna depois de um encontro com ele...
2 - Inacreditável um clube dançante como o que apareceu no vídeo ter um leitor ocular!!
3 - O vídeo mais aparece uma cópia forçosa de "You Rock My World". Coisas como "a garota proibida", "a briga no local", "sair dançando por todo o lugar". Brown mais aparece um destes imitadores de quinta categoria que andam por aí...
"Rihanna cancela restante da turnê norte-americana por problemas de saúde"
Ossos quebrados? Músculos doloridos? Dores de cabeça? Eu bem que falei que não era uma boa voltar com o Chris Brown... "Vocalista do NX Zero se diz surpreso por banda não estar no Rock In Rio 2013"
Ele se diz surpreso. O público se diz aliviado. "Beyoncé e Jay-Z se tornam o primeiro casal bilionário no mundo da música"
Um casal de negros em uma posição de prestígio e poder no mundo. Como diria o Rafinha Bastos: chupa Hitler!
Análise: Segundo single do álbum TY.O, do Taio Cruz. Lançado em Dezembro de 2011, alcançou #3UK.
Hamburguermaker
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Você realmente se lembra de Taio Cruz? Bem, talvez se você ouvir o hit "Break Your Heart", tenha uma vaga lembrança de quem é o sujeito. Não? Ok... Pra resumir, Taio é um cantor inglês, descendente de brasileiros, canta uma variação de R&B meio sem sal e não consegue fazer frente aos caras que cantam o mesmo tipo de música que ele. Possivelmente isso é o bastante para saberem quem é ele.
Talvez Jason Derülo seja mais conhecido. Talvez por ser melhor, talvez por sorte. Cruz é bem mais famoso em sua terra, a Inglaterra. Porém, como Derülo vendo dos Estados Unidos, o maior mercado fonográfico do mundo e aprendeu a mágica que faz samples de artistas famosos em um single, ele é um destaque maior. Jason, ao menos, conseguiu extrair algo interessante disto...
Tá bem, tá bem. Talvez "She's Like a Star" já esteja nos ouvidos dos brasileiros. Mas ainda sim acredito que ninguém ouve esta música e diz "olha só, música do Taio Cruz!". Mas ele possivelmente tem chances de adquirir uma identidade musical reconhecível. E é interessante notar como, fisicamente, isso já está acontecendo. Diferente de seus "rivais", Cruz não ostenta um corpo musculoso (como Chris "bati na minha namorada" Brown), sendo um cara mais "normal". Legal ver que ele não é tão levado para este artificialismo saturado. Enfim, vamos para a música. O single em questão é, logo de cara, um grande aviso de "música feita para a balada". O Auto-tune aqui é tão servido quanto o ecstase na balada. Talvez o segunda não seja tão prejudicial, no geral. O fato é que, aparentemente, Taio está conseguindo alcançar um certo nível de diferencial, como seu colega Jason Derülo. Ambas as canções ("She's Like a Star" e "Troublemaker") dizem a que veio, sendo competentes nisto. Embora não lá muito interessantes, Cruz pelo menos consegue o benefício da dúvida. Esperar para ver o que mais ele pode proporcionar e - pelos céus - desligar a porcaria do Auto-tune. O mundo agradece...
Análise: Segundo single do álbum R.E.D., do Ne-Yo. Lançado em Julho de 2012, alcançou #6US e #1UK.
Que título mais auto-ajuda...
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Antes (bem antes, muito antes) Ne-Yo que Akon...
O cantor Ne-Yo, ao contrário do que possam pensar os desavisados, ainda está na ativa. Tá, isso não é tão surpreendente quanto saber que o Usher ainda está, mas de qualquer maneira, podemos nos lembrar de épocas que singles como "So Sick" e "Closer" estavam em alta por aí. Fora que Ne-Yo consegue fazer uma excelente contra-partida ao arremedo de cantor Chris Brown, na linhagem de imitadores de Michael Jackson. Ambos se inspiram e dançam de forma muito parecida ao ídolo, porém um deles se diferencia por gostar de boxe unissex...
Mas se Ne-Yo ainda não é a melhor opção que você possa pensar para o apocalipse musical que estamos passando, basta lembrar que é muito melhor ele sendo mediano do que um Akon enchendo o saco com sua voz esganiçada achando que sabe cantar além de fazer rap. Triste otimismo, aliás.
Primeiramente, tive a leve impressão de que esta canção utilizava samples de "Betty Davis Eyes" da cantora oitentista Kim Carnes. As introdução são bem aparecidas e, honestamente, considerando o que ouvi depois (e apesar de eu não gostar muito do hit da Kim Carnes), teria sido uma tremenda salvação para a canção. O maneirismo (ou deveria dizer momice) vocal que Ne-Yo utiliza no início é plenamente dispensável. Melhoraria muito o nível da coisa toda se tivesse sido diferente.
A canção começa parecendo algo mais puxado para uma balada romântica, mas depois passa para algo mais agitado. Onde já ouvimos isso? Donna Summer Mode On. O fato é que Ne-Yo já foi mais criativo, inventivo. Agora ele está muito semelhante aos produtos genéricos da área que atua, como Taio Cruz, Jason Derülo (este já mais destacado) e etc. Talvez fosse a hora dele rever todo seu trabalho anterior e pensar em algo parecido. Se quiser continuar aparecendo.
Liam se diz ansioso pelo próximo hit do coreano... Já os fãs do Liam esperam dele um hit há pelo menos uns 10 anos "Chris Brown agradece Adele por desmentir desentendimento no Grammy"
Hahaha! Olha o flagra do sopapo que a Adele ia tomar. Mas como ela não é magrinha como a Rihanna, ele vai ter que usar as duas mãos...
"Chris Brown é visto em Hollywood com jaqueta de bandas de Hardcore e Metal"
Para mim, este é um novo conceito da palavra ofensa. Chris Brown vestir qualquer coisa que represente qualquer grupo é uma ofensa sistemática. "Rita Lee revelou no Twitter que perdeu patrocínio de um banco por 'baixar as calças' em show"
Pensando bem, o banco tem razão. Depois dessa, quem é que iria depositar qualquer coisa em "poupança"? "Canal de Latino no Youtube foi liberado em menos de uma semana"
Canal havia saído do ar por denúncia de usuários por violação de direitos autorais... Este canal ser liberado deveria receber denúncia para a polícia federal. Poluição sonora.
Análise: Primeiro single do álbum Future History. Lançado em Maio de 2011, alcançou #14US e #1UK,
Vai logo e fica quieto!
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Jason Derülo é uma espécie de Chris Brown sem luvas de boxe e um melhor talento vocal. De resto, a relevância total não é lá muito diferente - canso de dizer que este mercado está saturado e sem qualquer novidade, algo que realmente dê para tirar deste balaio. E um bom exemplo é o fato de seu segundo álbum, Future History, ter vendido quase três vezes menos que seu álbum de estréia (13.000 cópias e 43.000 cópias, respectivamente). Ou seja, a novidade passou e nada vindo dela ficou para contar história (sacou?).
A linha do Derülo é mais puxada para o R&B, contra o misto de R&B, Hip-Hop e bosta que ouvimos do Chris Brown (como "bosta" pode-se incluir coisas como "I Can Transform Ya", "Look at Me Now" e "Kiss Kiss"). O que nos isenta de um mais do menos e nos dá um pouco mais de variedade. Mas a coisa toda não se sai tão bem quanto soa - mesmo com uma forcinha do passado.
"Don't Wanna Go Home" já está distante do rótulo R&B citado anteriormente. É um Dance feito para as pistas de dança, porém acredito que se sai melhor neste quesito se for remixado - preferencialmente em forma de mash-up com a canção do qual sampleia. No caso, estamos falando de "Show Me Love", da cantora Robin S, que fez muito sucesso em 1994 - aliás, esta canção já foi muito sampleada. Mas como o sample não foi lá muito significativo, a canção acaba por ficar em mérito próprio (sem falar que também existem fragmentos de "Day-O (The Banana Boat Song)" de Harry Belafonte ali, também deixando a coisa na mesma).
Este single foi a melhor coisa já saída da carreira de Jason e é melhor que quase tudo que tenha vindo do Chris Brown - o que é, com certeza, um puta lucro. Derülo mostrou, inclusive, que sabe dançar. Quem sabe o mundo não esquece a arte boxeadora de Brown e não dê atenção para este rapaz que, apesar de ainda não estar lá em cima, mostra que um mínimo de jeito tem.
Análise: Quarto single do álbum Talk That Talk da Rihanna. Lançado no mês de Março, alcanõu #22 no US Bubbling Under Hot 100 Singles - ou #122US.
Bolo com creme batido... batido!
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Vou ser bem honesto aqui. Eu não tive nenhum outro motivo para comentar um single tão pouco ou nada representativo e de qualidade praticamente nula se não fosse pelo fato de uma certa participação ter ocorrido como puro golpe de marketing. Sim, a canção é uma droga, mas me vi obrigado a analisar a coisa toda porque Chris Brown deu as caras ("deu as caras", não "deu na cara", ok?) e "cantou" (alguém ainda acha que é humanamente possível Brown cantar?) ao "lado" (quantos metros de distância da Rihanna ele tem que manter?) da Rihanna. Esta é a primeira vez que ambos participam de algo juntos desde o boletim de ocorrência...
Não há muito o que dizer sobre a canção. Dentre os compositores está a própria Rihanna e a letra fala sobre sexo. Considerando a participação de Brown na peça, podemos dizer que é sexo sadomasoquista ou coisa do tipo. A canção realmente não acrescenta nada a lugar algum. O clima desolado e bagunçado da canção me faz pensar se a Rihanna não quis traduzir em música como seus pensamentos ficaram depois de servir de sparring pro Brown. E acredito que diferente de qualquer outra canção que tenha sido lançada pela Rihanna nos últimos tempos, nenhuma teve a pretensão e coragem de ser tão idiota por se basear num golpe de marketing tão besta e de mal gosto como este.
Esperamos apenas que no próximo álbum o marketing seja usado de maneira menos depreciativa. Ou seja, Rihanna, além de ficar longe do Chris Brown, fica longe da Nicki Minaj! Ela é estranha por natureza, sem precisar bater em ninguém ou qualquer coisa do tipo. Se precisar de algo pra divulgação, sempre é viável um projeto com a Madonna - mas sem beijos na boca, pois este posto a Laetitia Casta já ocupou.
Não vai ser a primeira vez que ela é vista em público com drogas. Lembrem-se: ela namorou o Chris Brown...
"Justin Bieber não quis fotografar com Restart"
Até o Bieber tá se recusando? Até entendo... seria muita ruindade musical reunida num lugar só.
Aliás, Pe Lanza conseguiu tirar foto com um desavisado Travis Baker, dizer que este foi um momento que valeu por toda sua vida. Eu sabia que a vida de um Restart não devia valer grande coisa, mas isso vai mais longe do que eu pensava. Reza a lenda que Baker disse que queria ouvir o som do Restart. Bem, isso vai servir para que ele desvie o caminho da próxima vez que ver Pe Lanza e seus Rangers.
"Madonna é acusada de oportunismo por autoridades do Malawi"
Aparentemente, Madonna queria construir 10 escolas na região, porém sem consultar autoridades locais...
Não via tanto oportunismo da Madonna desde que ela pegou Jesus para tentar contrair sua horda de milhões de seguidores...
Análise: Primeiro single do álbum Fortune, do Chris Brown. Lançado agora no dia 7 de Fevereiro.
Neste caso, eu pediria para desligar a música...
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E Chris Brown já está para lançar seu mais novo projeto musical: o álbum Fortune. E a canção escolhida como primeiro single é "Turn Up The Music", produzida pelo duo The Underdogs (que já trabalharam com Beyoncé, Britney Spears, Brian McKnight, Jojo e até mesmo Gloria Gaynor), que já produziram canções de Brown, sendo a mais conhecida "No Air" com Jordin Sparks. Apesar de o álbum ser vendido em algumas publicações como R&B/Pop, o single tem suas bases no House (e não estou falando do doutor, do contrário seria interessante), o que mostra que Brown está querendo ir mais fundo numa busca música mais diversificada - se bem que ir do Electropop ou seja lá o que ele estivesse fazendo para o House não tem nada muito profundo ou diversificado, mas sim timidamente inovador.
"Turn Up The Music" não é tão aberta, com um clima, digamos, entusiasta como "Yeah 3x", afinal, não lembro de ter ouvido uma canção House com estas características. A única característica marcante do House é o ecstasy, se é que me entende. De qualquer maneira, a diferença musical aqui comparando com fases mais antigas de Brown é notável. Só não sei dizer ainda se isto é bom, ruim ou se não faz diferença. Talvez ouvindo outras faixas do álbum.
Vou soar repetitivo demais se citar novamente as limitadas e repetitivas habilidades de Brown como dançarino. Mas como temos um pouco de vácuo em cima da "obra", tenho que preencher de algum modo....
Fora que senti também uma certa necessidade do Brown em fazer sua voz soar mais ou menos como foi em "Beautiful People", ou seja, num tom diferente alterado por instrumentos digitais. Falando livremente, Brown queria não soar como ele mesmo talvez porque tenha achado isso de bom grado no single anteriormente citado. E como eu já disse antes: isso até é um bom artifício para ela, mas de um modo geral não é lá grande coisa. O jeito é morrer e nascer outro, talentoso de preferência.
E eu acho que a coisa tá tão ruim que o pessoal do marketing já está agindo inusitadamente. Como assim? Oras, que tal este single ter ganho, em seu remix oficial, uma participação da Rihanna? Sim, ela mesmo, ex-namorada e ex-sparring de Brown. E, infelizmente, esta não é a única incursão por este tipo bizarro de divulgação. Em breve entenderão o que digo...
Análise: Primeiro single do álbum Talk That Talk, da Rihanna. Lançado agora em Setembro, alcançou #1US e #1UK.
Achou, é? Sei...
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A primeira conclusão que chego após ouvir a canção "We Found Love" é que Rihanna quer porque quer esfregar na cara de Chris Brown que está bem e feliz longe do jovem boxeador rapper. O vídeo-clipe é a prova filmada disso. Mas a moça não precisava ter gasto tempo e dinheiro para demostrar algo tão óbvio e simples, afinal, todo mundo fica bem e feliz não tomando porrada. Bem e feliz na vida pessoal e profissional. No último citado Brown já não está indo lá muito bem. Mesmo com a ajuda de Bieber (outro que tá próximo de tomar uma sova de Chris, afinal, se parece mulher), como se isso fosse lá grande coisa. Daqui a pouco o rapper vai pedir ajuda pro Luan Santana...
Mas voltando ao assunto que realmente interessa: Rihanna está em ritmo acelerado, lançando uma média de um álbum por ano. Todos nós sabemos que quantidade não reflete necessariamente em qualidade. Ou Rihanna está com um acúmulo criativo gritante ou tá precisando arrecadar grana urgente. Michael Jackson lançava um álbum a cada 4 anos e conseguia colher seus frutos durante todo este período. Certa a Rihanna que não quer correr o risco de ter uma queda de popularidade como Britney Spears, que teve que correr atrás e sair do turbilhão de escândalos e falta de interesse.
"We Found Love" investe mais na parte Electro, House da coisa. E digo que, tirando a parte vocal da Rihanna que evoluiu muito (felizmente), consigo sentir falta da época em que ela era uma cantora com um jeito mais ingênuo e simplista cantando canções meio R&B, meio Reggae. A impressão que tenho é que Rihanna nunca consegue manter a balança equilibrada: se o vocal melhora, a parte instrumental (quando é de fato utilizado algum instrumento) cai por terra. O fundo sintetizado é repetitivo, sem criatividade, mas remete ao que interessa.
Os primeiros lugares nas paradas foram injustos na minha opinião. Mas como isso não é definido por critério técnico e sim por gosto musical, não há o que se fazer. Os EUA gostam de pôr cada tipo tocando nas rádios que até mesmo se Rihanna cantasse Bolero ou Bossa Nova seria algo simpático de se ouvir. Já a terra da rainha não sei nem o que dizer. Acho que o sucesso deste single ocorreu devido falta de concorrentes - alguma coisa tinha que ficar no topo.
No final, Rihanna continua com sua popularidade em alta e longe de ser uma artista ruim - e isso com certeza é algo considerável, pois se não está ajudando pelo menos não está atrapalhando. E Chris Brown continua sem poder ir para alguns países fazer shows por causa de sua vontade de fazer caca. O povo destes países agradece e muito. Enquanto Akon, Justin Timberlake e Timbaland não estão enchendo o saco, Rihanna tem toda a liberdade para tocar sua carreira com algo que com certeza é mais instigante do que o que esses caras podem fazer...