quinta-feira, 29 de abril de 2010

AMR - 2000's Jukebox 5

Artista: Evermore & Dirty South
País de Origem: Nova Zelândia
Estilo: Rock Alternativo, Rock Indie, Electro-rock
Hit da Jukebox: "It's Too Late" (2006 - versão remix, #1AUS)


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Um banda de rock alternativo da Nova Zelândia. Acho que não conhecemos muitas destas por aí, principalmente que faça algum sucesso considerável. Geralmente elas ficam restritas ao próprio país - assim como a maioria das bandas brasileiras. Pois bem, o caso do Evermore não é muito diferente. Seu sucesso se limita, além do seu país, a Austrália e França.

Banda formada pelos irmãos Hume, em 1999. Atualmente residem na Austrália - por motivos óbvios em seguida explicados. Misturam o som indie com um pouco de música eletrônica. Apesar de não serem um sucesso absoluto no mundo, têm vendagens expressivas no geral.


Inicialmente, "It's Too Late" teve apenas um impacto menor (#16AUS e #69FR). Na Austrália, ainda teriam coisa melhor a mostrar, porém, na França este é o único single significativo. Uma banda ser mais alternativa, só sendo da Nova Zelândia mesmo. Porém...

O DJ australiano Dragan Roganović, conhecido como Dirty South resolveu fazer um remix desta canção. O projeto foi chamado de "Evermore vs Dirty South". Lançado em 2006, as modificações feitas pelo DJ acenderam o interesse na canção, fazendo-a chegar a #1AUS. Ou seja, na Austrália, claro. Pois na Nova Zelândia não mudou nada...

A canção tem leves influências de música eletrônica, com um clima um tanto soturno em algumas partes e frenético em outras. Mas mesmo sendo diversificada neste ponto, é o clima soturno que se sobrepõe. A voz do vocalista Jon Hume está em um tom de lamentação, que se encaixa com o clima. Apesar de em alguns momentos a interpretação soar exagerada, não compromete o resultado final.


O vídeo-clipe se passa numa espécie de pântano, filmado com ausência de cores, com os irmãos Hume tocando seus instrumentos e cantando uma letra um tanto pessimista. Dá até pra dizer que eles são pioneiros ao inventar o Indie-Emo.

Talvez devessem dar mais valor musicalmente a países como a Nova Zelândia (ou a Austrália, já nem sei).

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Aconteceu - Boletim Musical (28/04/2010)

"Polícia tenta 'barrar' apresentação de Justin Bieber"



O motivo disso é que a barreira de segurança foi ao chão e alguns fãs desmaiaram...

Agora, o que me deixa realmente impressionado é como tem gente o suficiente num show do Bieber pra fazer isso!

"Cher anuncia voltar aos palcos com turnê norte-americana"


E aí? Curiosos para saber como vai ser a 46ª volta da Cher ao mundo da música?

Ela com certeza já voltou mais da aposentadoria que o Roger Murtaugh, personagem do Danny Glover na série de filmes "Máquina Mortífera"!

"Susan Boyle escreve autobiografia"


E parece que ela vai contar todos os detalhes de sua existência! Desde o começo da sua vida, quando ela adentrou os estúdios do Britain's Got Talent...

terça-feira, 27 de abril de 2010

AMR - Hey, Soul Sister (Train)

Análise: Primeiro single do álbum Save Me San Francisco, da banda Train. Lançado em Agosto de 2009, alcançou #3US e #51UK.


Train - Hey, SoU2 Sister (sacaram?)

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O Train é uma banda de rock de várias vertentes: country, alternativo e até mesmo pop. Com 16 anos de estrada, são uma banda regular lá nos Estados Unidos, não tem um grande sucesso, uma fatia significativa do mercado. Eles seriam, em termos de popularidade e guardada a devida proporção, uma espécie de Tribalistas. A diferença é que eles têm algo a dizer e não sumiram devido a total falta de assunto.

Em 2006 a banda lançou o álbum For Me, It's You, que apesar de ter sido bem elogia pela crítica, não fez muito sucesso comercial. Sabe como é, crítica não enche barriga nem bolso de executivo de gravadora. Aparentemente devido a isso, a banda acaba dando um tempo, para voltar em 2009.


"Hey, Soul Sister" é o single de volta da banda e já chegou mostrando potencial. É o terceiro single mais vendido digitalmente da gravadora Columbia Records.

O primeiro deles é que o guitarrista, Jimmy Stafford, não sabia tocar o instrumento que é a base desta canção, o ululeke. Inicialmente ele tentou tocar usando a guitarra, mas não soou como o vocalista, Pat Monahan, queria. Monahan então pediu para que Stafford aprendesse o instrumento - detalhe: ele aprendeu com base em lições on line através de sites pesquisados no Google! Isso sim é inclusão digital musical...


O segundo é que a voz de Pat Monahan lembra estranhamente (ou até mesmo infelizmente, dependendo do caso) a voz de Bono Vox, do U2. Seria algo do tipo um U2 com um Bono caipira e um The Edge estagiário.

Esta canção é a parte country da banda. Country com uma pitadinha de rock. Apesar de não ser algo muito acentuado. É mais ou menos como fazer country sem querer fazer. Ainda sim, é uma canção de força, que conseguiu um talvez inesperado Top 3 nos Estados Unidos.

Agora, por que Train (Trem)? Sei lá, eu me pergunto por que As Pedras Rolando, Os Besouros, Os Fingidos, Wham!?

P.s.: A citação que compara a banda Train com Os Tribalistas não teve como objetivo ofender a banda. O Train é uma banda legal.

P.s. 2: A citação que compara a banda Train com o U2 também não teve como objetivo etc, etc...

Canção:

domingo, 25 de abril de 2010

AMR - Note to God (Charice)

Análise: Primeiro single do álbum de estréia da cantora fenômeno do Youtube, Charice. Lançado em Maio de 2009, alcançou #US44.


Youtube agindo mais efetivamente que o American Idol e o Britain's Got Talent...

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Charice é mais uma daquelas celebridades musicais descobertas no Youtube - Justin Bieber e Mallu Magalhães são dois que foram tirados da creche, digo... do anonimato para a fama. O que com certeza nos faz ficar com aquela dúvida: será que tem qualidade nisso?

A voz de Charice (nascida Charmaine Clarice Relucio Pempengco - não era melhor ser chamada de Clarice mesmo?) chamou muito a atenção por aí, assim como muitas outras cantoras de descendência asiática - um dos maiores exemplos é a cantora Younha com sua poderosa voz. A fama obtida com seus vídeos cantando no Youtube foi o bastante para assinar um contrato e tudo mais.


"Note To God" foi originalmente escrita para a cantora Jojo - então com 15 anos - pela Diane Warren. Não foi lançada como single e acabou apenas como uma mera canção no tracklist do álbum. Isso até a Diane ouvir a voz de Charice em certa ocasião e acreditar que a canção se encaixaria perfeitamente com a recente artista.

David Foster, um dos maiores produtores norte-americanos, foi chamado para trabalhar na produção do álbum e especialmente desta faixa. Ou seja, com uma letra da Diane Warren é uma produção de Foster, somado a bonita voz de Charice, temos um trabalho de alta carga emocional.


Aliás a carga foi tanta, que no lançamento do single no programa da Oprah, sua interpretação, acompanhada de um orquestra, emocionou a platéia e tirou lágrimas da apresentadora.

É realmente um canção muito bonita. Warren e Foster dificilmente decepcionam. Mas é necessário dizer que David já compôs canções (bem) mais poderosas que essa. "Note To God" só mostra realmente seu verdadeiro potencial de sua metade em diante.

sábado, 24 de abril de 2010

AMR - Love Long Distance (Gossip)

Análise: Segundo single do álbum Music for Men, da banda indie Gossip. Lançado em Setembro de 2009, não alcançou nenhuma posição nos principais charts.


Tá aí uma banda de peso, principalmente pela parte da vocalista...

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A banda indie-punk-dance (oww!) Gossip é no mínimo curiosa. Me lembro da primeira vez que os vi. Não ouvi nada deles, só os achei na net por um acaso, mas o que me chamou a atenção mesmo foi a figura da vocalista Beth Ditto. Uma cantora lésbica e bem, bem acima do peso. Ela faz performances bem ousadas em palco - o que não é exatamente algo novo ou inovador - mesmo com seu sobre-peso. O que torna a coisa no mínimo curiosa. Já imaginaram tipo a Lady Gaga com 120kg dançando "Bad Romance" no meio da platéia? Hauhauahuaha...


"Love Long Distance" reflete o padrão atual de qualidade das bandas que tocam o rock indie atual. No caso do Gossip, é um indie levemente preenchido com dance. Uma mistura que ficou muito bem executada pela banda. Esta parece ser a cara do que pode ser a música nesta nova década.

A canção é no fundo bem simples. Tem uma bateria pra segurar o ritmo de maneira interessante (quem ocupa o cargo na banda é uma mulher, Hannah Blilie), o piano bem acentuado (acredito que esta parte seja trabalho da vocalista). A propósito, a voz de Ditto é bem distinta. Acredito que se não fosse sua forma física, digamos, nada comercial, ela poderia ser jogada na mesma linha de jogo que cantoras como a Duffy. De qualquer forma, as performances devem ser muito legais.


Fora que o álbum foi produzido pelo guru-dos-artistas-que-estão-caídos-ou-que-querem-algo-diferente, Rick Rubin. Rubin está em forma, parecendo uma espécie de Quincy Jones ou George Martin versão underground.

A linha após o primeiro refrão faz referência a um dos maiores clássicos da música negra norte-americana, "I Heard It Through the Grapevine", gravado por Smokey Robinson e sua banda, o The Miracles, Gladys Knight e o seus The Pimps, a versão mais famosa com Marvin Gaye e por último, uma versão rock clássico com o Creedance Clearwater Revival.


Haja força no braço...

Enfim, "Love Long Distance" é uma canção muito atrativa, principalmente na atual situação do mercado fonográfico, onde tudo é muito igual, muito chato. Consegue angariar interesse com simplicidade. E o vídeo-clipe é mais um da linha indie/underground/alternativo. Criatividade sem limites!

Vídeo-clipe:

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Oops - Lady Gaga



Au-au!!

Aconteceu - Homem é condenado por ataque a Noel Gallagher

Homem é condenado por ataque a Noel Gallagher no Canadá


"Um homem que subiu no palco durante um show do Oasis no Canadá e empurrou Noel Gallagher, foi condenado a 12 meses de prisão domiciliar, segundo informações daNME.

Daniel Sullivan invadiu o palco onde o grupo se apresentava no 5º Festival de Island Park, na cidade de Toronto. Gallagher ficou com 3 costelas quebradas após o ataque.
Em uma declaração após o acidente, o ex-líder do Oasis disse que jamais iria se recuperar totalmente dos ferimentos.
Apesar da condenação, Sullivan terá o direito de sair da prisão domiciliar para trabalhar."

Fonte: Terra

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Esse negócio de não se recuperar totalmente é uma tremenda veadagem. Principalmente se tratando do arrogante Noel Gallagher. É capaz do agressor ter se machucado muito mais...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

AMR - Good Girls Go Bad (Cobra Starship)


Análise: Primeiro single do álbum
Hot Mess, da banda Cobra Starship, com participação de Leighton Meester. Lançado em Maio de 2009, alcançou #7US.


Por que me veio Gossip Girl na cabeça?

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O Cobra Starship é uma banda com aproximadamente 5 anos de existência e que mistura em seus estilo vários gêneros como o rock alternativo, synth-pop e o dance. Vendo isso, basta saber se esta mistureba resulta em algo audível - indigestões musicais como Tom Waits só surgem de séculos em séculos!

"Good Girls Go Bad" é uma espécie de punk-pop. Tem toda aquela agressividade e pseudo-atitude de banda punk e a viabilidade comercial do pop - sem o "gosto" plástico e sem ser descartável. Algo bem interessante hoje em dia. Tanto que a canção chegou no top 10 nos Estados Unidos.


A banda não é ruim e parece ter aprendido bastante coisa nestes 5 anos de estrada. Se bem que considerando o punk e o dance - dois estilos que não exigem lá muita prática e/ou habilidade - como gêneros centrais da banda, não dá pra colocar totalmente o mérito neles...

Gabe Saporta (um uruguaio!) é um vocalista apenas adequado para o projeto. Mas isso não significa que faça feio, pelo contrário. Se sai muito melhor nos vocais que muitos outros artistas como Timbaland, por exemplo (que o tipo de produtor que tem que mantar a boca bem longe de qualquer tipo de microfone).


Dá pra perceber também traços de electro-pop no caminho. O que com certeza deve ser resultado da "Nova Emenda Lady Gaga da Dance Music Atual" (tá bom, eu inventei isso, mas isso bem que parece existir!). O fato de Leighton Meester (da já aqui resenhada canção "Somebody to Love") participar do projeto reforça isso, pois ela é uma clara e nova expoente do electro-pop.

Sobre Leighton: sua participação aqui é bem melhor do que no seu próprio single. Enquanto em "Somebody to Love" ela mostra um canto mais introspectivo, aqui ela resolve soltar melhor a voz e provar que é uma cantora de algum valor, afinal - obviamente não estamos falando de uma canção do tipo Celine Dion né?


Enfim, pode parecer algum tipo de perseguição geral da minha parte em dizer que o refrão desta canção lembra muito a introdução de "Just Dance" da dona Gaga. Deixa pra lá vai...

AMR - 2000's Jukebox 4

Artista: Spiller (23/04/1968)
País de Origem: Itália
Estilo: Dance, House
Hits: "Groovejet (If This Ain't Love)", "Cry Baby"
Hit da Jukebox: "Groovejet (If This Ain't Love)" (2000, #1UK)


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O DJ italiano Spiller é o maior DJ do mundo. Obviamente não estamos falando de qualidade musical. Afinal, ambas a condições foram um subterfúgio para uma piada. O rapaz mede 2,06 cm e deve ter muitas dificuldade na hora de andar na rua, para não bater a cabeça em postes e etc.

O DJ trabalha em cima do dance e do house, com grande influência da Disco Music, aquele estilo musical criado nos anos 70 e que quase morreu ali mesmo - tendo sobrevida no início dos anos 80. Para reforçar o efeito disco na canção, Spiller chamou Sophie Ellis-Bextor para cantar no projeto. Ellis-Bextor é uma proeminente artista na fusão do dance com a disco - ou seja, ela é chegada em desenterrar artefatos. Na época da gravação, Sophie ainda não estava com a carreira solo lançada, pois participava da banda de rock alternativo theaudience.


"Groovejet (If This Ain't Love)" tem todos os elementos que nos remete aos tempos da discoteca. A percussão, a guitarra com a pegada meio funk (favor não confundir com o execrável batidão de favela) e até os violinos (que foi muito presente naquela época, principalmente nos trabalhos de Barry White). Se esta canção tivesse sido lançada nos anos 70, seria um hit interessante, diferenciado - de deixar o Bee Gees intrigado.

Porém, é preciso dizer que praticamente nada daí saiu lá do alto da cabeça do DJ. Como é de costume da maioria dos DJs do mundo, "Groovejet" sampleia outra canção. No caso, a canção (obviamente disco music) "Love Is You" da cantora Carol Williams. E como acontece na grande maioria dos casos, o sample ficou bem, bem melhor que a original. Principalmente comparando Sophie Ellis-Baxtor com Carol Williams.


Com este single, Spiller acabou impedindo a ex-Spice Girl Victoria Beckham de alcançar o topo das paradas com seu primeiro single, "Out of Your Mind". Porém acabou sendo retirado de lá pela medíocre (lembrem-se: medíocre não é ruim, é mediano) "Music" da Madonna.

Poucos revivals da Disco Music conseguem ser bons ou relevantes. Spiller conseguiu aqui fazer algo legal e até reciclar uma canção da época. Hoje em dia ele deve sobreviver do saudosismo daquele pessoal que adorava dançar sob as luzes dos globos de luzes. Nada mal...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Aconteceu - Boletim Musical (20/04/2010)

"Grace Jones recusaria parceira com Lady Gaga"


Parece que a Grace não gostou nada nada de Lady Gaga "se inspirar" no seu jeito "excêntrico" e "ousado"... Fora que juntar as duas para um dueto seria o mesmo que misturar óleo de fígado de bacalhau com Smirnoff Ice. Punk...

"Cancelado show de Soulja Boy em Porto Alegre"


O motivo oficial do cancelamento, dado pela produtora do show, foi "a baixa procura de ingressos".

Tenho dois comentários pra fazer:

Primeiro: AHuhaUAHuahUAHuahUAHuahUAHuaUAHuha

Segundo: Meus parabéns ao pessoal de Porto Alegre pelo bom senso e bom gosto.

"Rihanna agita público na Holanda e troca de roupa 7 vezes em show"


Esperamos que tenham sido roupas bem melhores do que as que ela anda usando ultimamente - como a da foto acima, por exemplo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

AMR - Thinking 'Bout Somethin' (Hanson)

Análise: Primeiro single do álbum Shout It Out, com lançamento previsto para Junho, do grupo pop Hanson. Lançado no dia 5 de Abril.


Com vocês, a boa e velha girl-band, digo, boy-band...

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Anos 90. Muita coisa aconteceu nesta década. Dentre elas o surgimento de coisas como o Hanson (claro que também me refiro à coisas como Backstreet Boys e 'NSync, mas neste caso a coisa é mais infantil, mais "Bieberiana"...). Quem não se lembra do grupo formado por três irmãos, - Isaac, Taylor e Zac Hanson, que mais pareciam três meninas - que foi um fenômeno teen, catapultados pelo hit "Mmm Bop" (???), que alcançou primeiro lugar nas paradas?.

Pois é, os rapazes (rapazes ;-) ) ainda estão na ativa, com inacreditáveis 8 álbuns na bagagem (alguém ouviu algum fragmento destes trabalhos ou ouviu falar nisso?), um deles para ser lançado em Junho, Shout It Out, que contém o single "Thinking 'Bout Somethin'".


Bem, pra começar, a canção tem sua base contruída sob o piano elétrico Wurlitzer (instrumento muito popular no rock, durante os anos 70 e 80, mais conhecido e especialmente utilizado pela banda Supertramp), o que dá um toque bastante diferente, porém, retrógrado. Fora que os metais usados deveriam dar um clima de força, mas além de reforçar o clima retrógrado, nos fazem lembrar ligeiramente o Lou Bega... Até que na parte da guitarra não está mal. Seja lá quem toca (será que é um deles?), domina bem o instrumento.

O álbum é todo escrito e produzido pelo grupo. Que aliás sempre foi envolvido na parte de desenvolvimento de seus trabalhos (desde o início!! quando eram crianças!!). Mas vejam só, nem Justin Bieber ou Miley Cyrus ficam se metendo na produção de seus trabalhos. O que lhes dão algum mérito. Principalmente a Bieber. Enfim...


Este trabalho atual do Hanson é bem, bem melhor do que as canções que os lançaram ao estrelato. Mas, pelo visto, ainda está longe de ser algo realmente significativo. Os anos 90 se foram e ao menos não temos mais mmm bop, da buda dop, da buda dop, mmm bop...

Vídeo:

domingo, 18 de abril de 2010

AMR - Walk With You (Ringo Starr)

Análise: Primeiro single do álbum Y Not do ex-baterista dos Beatles, Ringo Starr. Com participação de seu ex-companheiro de banda, Paul McCartney.


Quebrei a cabeça, mas não consegui fazer uma piada aqui, foi mal...

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O Ringo com certeza foi um dos caras mais superestimados e subestimados da história. Como assim? Explico...

Ringo sempre foi superestimado por ser o baterista de uma das maiores bandas da história do rock. Seu cargo era invejado por milhares de bateristas e Pete Best (baterista original dos Beatles) com certeza deve ter passado anos pensando na galinha dos ovos de ouro que perdeu.

Agora, Ringo também foi subestimado simplesmente por ser o baterista da banda. Ainda mais neste caso, onde a supremacia Lennon/McCartney existia. George Harrison ficava no meio do "fogo cruzado", tentando mostrar uma música ou outra dentre os "nãos" dados pelos companheiros dominantes do grupo. Com muito esforço consegui incluir um material seu a mais nos álbuns - no final das contas, All Things Must Pass, álbum onde George colocou boa parte das cançoes rejeitadas na época da banda, se tornou o álbum solo de um Beatle mais vendido da história.


O fato é que Ringo só escreveu duas canções (sozinho) enquanto estava com a banda, "Don't Pass Me By", e "Octopus's Garden". Talvez a explicação mais simples para isso é que Ringo não tava afim de medir forças com Lennon/McCartney, simplesmente cumprindo seu papel como baterista. Aliás, a inanição de Starr neste sentido era tanta que os outros membros até escreviam canções para Ringo cantar, de maneira a mantê-lo mais ativo na banda ("With a Little Help From My Friends" e "Yellow Submarine", por exemplo) - eles tentavam manter o costume de que todos teriam de cantar em pelo menos uma canção do álbum.

40 anos depois do fim do grupo, Ringo lança mais um álbum, Y Not, que tem a participação do seu ex-companheiro de banda, Paul McCartney. Inicialmente era apenas para McCartney tocar baixo na canção "Peace Dream", (seu principal instrumento na banda, apesar de Paul ser um multi-instrumentista, tocando desde piano até bandolim) mas acabou participando com vocais na canção "Walk With You".

A canção tem algo meio celta, gospel. Minimalistamente bem produzida, a canção passa muito longe dos sucessos de sua carreira solo, como "Back Off Boogaloo", "Photograph" e "You're Sixteen". Como não há mais aquela pressão da época do fim dos Beatles, - onde um queria disputar com o outro quais seriam os melhores trabalhos de um ex-membros da banda - Ringo apenas faz música por fazer música. Sem grandes pretensões. O que pode ser até uma vantagem, considerando a quantidade de artistas antigos que só ficam estorvando querendo aparecer (Paul Anka tirando uma casquinha de "This Is It", canção que escreveu com Michael Jackson, sintetiza bem a situação). E também pode ser desvantagem, pois o que se pode querer com algo que vai do nada pra lugar nenhum?


A participação de Paul é um plus-chamariz pra fãs do Fab Four, embora isso não seja intencional, longe disso. Claro que os vocais dele são bem melhores que o de Ringo, mas isso também já não significa muita coisa hoje em dia.

Recomende essa canção pro seu avô se ele curtia os Beatles ou se simplesmente ele gosta de ficar curtindo certos tipos de músicas enquanto descansa na cadeira de balanço. Sem risco algum.

Canção: