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sábado, 15 de junho de 2013

AMR - 2000's Jukebox 13

Artista: Kid Rock (17/01/1971)
País de Origem: Estados Unidos da América
Hits: "Only God Knows Why", "Picture", "All Summer Long"
Hit da Jukebox: "Picture" (2002, #4US)


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Kid Rock é conhecido por fazer uma porrada coisas. Uma delas é ter se envolvido em confusão com o Tommy Lee (Mötley Crüe). Os dois aliás, foram casados com a atriz Pamela Anderson. Mas o que eu quis dizer com fazer uma porrada de coisas é que o cara vai do Country até o Rap Metal (??). E embora eu não goste de Country, tenho que admitir que ele pisou no estilo com solado suave.

Em 2002, Rock chamou Sheryl Crow para gravar "Picture", canção que ele escreveu com Crow e produziu. Porém, por problemas com gravadoras e todas aquelas coisas que tanto prejudicam os trabalhos dos artistas, a versão de Crow não pôde ser lançada como single. Na versão lançada, a cantora Allison Moorer tomou os vocais ao lado de Kid Rock.


A coisa ficou tão confusa que o single chegou a ser divulgado como "Sheryl Crow ou Allison Moorer". De qualquer maneira, a coisa toda funcionou, alcançando #4US. E sendo também um belo exemplar do Country, bem produzido e bem interpretado. Até hoje Kid Rock não conseguiu fazer nada tão bem sucedido quanto esta canção. E se analisarmos mais adiante, Sheryl Crow também não conseguir ir mais longe. Mas de qualquer forma, uma linda canção.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

AMR - We Are Never Ever Getting Back Together (Taylor Swift)

Análise: Primeiro single do álbum Red, da Taylor Swift. Lançado em Agosto de 2012, alcançou #1US e #4UK.



Não tinha um nome mais comprido?

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Não. Sobre o nome da canção, não estamos falando sobre um novo single do Fall Out Boy ou do Panic at The Disco. Pelo visto, eles não são os únicos sem noção que gostam de colocar extensos nomes em suas obras. Reconheço que as motivações aqui são diferentes. Mas...


O fenômeno da música Pop e Country, Taylor Swift, continua na ativa. E pelo que posso ver, sem Kanye West para deixar a coisa constrangedora! Red, seu quarto álbum, continua seguindo a linha de sucesso dos antecessores. Swift mantém uma média de 5 milhões de cópias por álbum, bem coeso para um artista com menos de 10 anos de carreira e que não canta coisas tão populares (vide Rihanna, Madonna, Aguilera e o sexismo exacerbado).




O que Swift trouxe é algo diferente do seu habitual substrato de Country. Seu Country jovem passou para um Pop, que aliás tem uns bom elementos semelhantes ao single "Don't Tell Me" da Madonna (que coincidentemente é um Country). Também temos alguma coisa do novo single da Avril Lavigne, o "Here's to Never Growing Up" (que foi lançada depois, verdade seja dita). Ou seja: uma massaroca de estilos e referência involuntárias (eu acho). Honestamente, não ficou ruim. Agrada aos fãs dela (eles gostando ou não, se é que me entende) e não é uma força negativa neste sentido.

O problema é que, apesar de não ser ruim, não sai deste campo. Ou seja, apenas não é ruim não significa ser realmente bom, produtivo. Quando algo é recomendável apenas para fãs ou iniciados, é porque faltou algo. Talvez não seja a intenção dela agradar a todos. Mas pode ter certeza que é intenção da gravadora agradar e render...

domingo, 28 de abril de 2013

AMR - It's a Beautiful Day (Michael Bublé)

Análise: Primeiro single do álbum To Be Loved, do Michael Bublé. Lançado em Fevereiro de 2013, alcançou #94US e #10UK.



Já não dá pra dizer o mesmo da expressão dele...

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Não quero ser chato, mala ou simplesmente parecer daqueles que ficam pegando no pé, mas ainda sim pergunto: você conhece alguém que goste do Michael Bublé ou pelo menos saiba associar música ao artista? O cantor faz uma mescla de Pop Tradicional com Jazz - estilos "mortos", que já não trazem qualquer inovação ou relevância para a música contemporânea. E seu foco está em versões atualizadas de clássicos e, uma vez ou outra, acaba destacando uma trabalho original. Mas verdade seja dita: Bublé tem uma boa voz (não ao nível de Josh Groban, mas boa ainda sim).

Se você passeia pelas ondas de rádios mais renomadas e requintadas, com certeza já ouviu alguns clássicos pela voz de Michael, tais como "How Can You Mend a Broken Heart" (original do Bee Gees), "Save the Last Dance for Me" (original do The Drifters) e até mesmo "Me and Mrs. Jones" (original do Billy Paul). E, obviamente, já ouviram a composição própria "Haven't Met You Yet" - de longe, o melhor que ele já gravou em sua carreira. No geral, suas versões são tecnicamente muito bem cuidadas e peculiarmente chatas. Excetuando quem realmente gosta de versões Jazz, isso tudo realmente não é relevante ou causa comoção.



A canção em questão tem algo de Country, e algo que já havia sido utilizado em "Haven't Met You Yet". O que a princípio tornaria o projeto duplamente sem interesse: primeiro pela parta Country, segundo pela repetição que acaba não sendo algo muito criativo. Porém, apesar disso, a canção é de fato boa. Tendo sido classificada como Country Rock, a ênfase, felizmente, vai para a parte Rock da coisa. Bublé longe de regravações de Jazz, chatices incontestáveis.

O single é acima da média, o que significa um 0 x 0 - ela não é ruim, mas não tem relevância para algo mais. Michael está na senda dos ouvintes de Jazz, uma música mais easy. O que pode acontecer, no máximo, é alguns fãs não gostarem muito (honestamente, nada vai mudar). Ao menos ele é um artista que acrescenta, mesmo que mínimo. Já é mais do que bom.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Quick - Capas Exóticas 26

Temos muitas músicas compostas por aí que exaltam algum tipo de coisa. Algum objeto de desejo, um sentimento... Nomes duplos (ou triplos) são uma excelente maneira de mostrar isso. "Gimme Gimme Gimme" do Abba, por exemplo. Mas temos alguns abusos em certas substâncias. Tex Williams que o diga...

Nome do single: "Smoke! Smoke! Smoke! (That Cigarette)"
Ano de Lançamento: 1947
Estilo: Country


E parece que nosso cantor Country Tex Williams tem uma paixãozinha por fumaça tóxica e câncer. Ele é uma espécie de Wolverine a favor do tabaco. Talvez fosse mais compreensiva a capa se fossem cigarros de... marijuana. Mas cada um com a sua "obsessão"!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AMR - Just a Kiss (Lady Antebellum)

Leia também: AMR - Need You Now (Lady Antebellum)


Análise: Primeiro single do álbum Own The Night, da banda Lady Antebellum. Lançado em Maio de 2011, alcançou #7US e #78UK.



Buuu!

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Apesar de eu não gostar de Country, tenho que admitir que este grupo é algo que falta bastante na cena musical atual. O Lady Antebellum não tem o canto característico de arrasto que permeia o Country normalmente. Se querem um exemplo do que digo, basta ouvir dois estandartes do gênero: Alan Jackson e Garth Brooks. Isso porque eu resolvi na tocar no nome de Willie Nelson. O fato é que, em boa parte dos momentos, eles se deixam levar de corpo e alma por aquela sonoridade bovina que, aparentemente, está ficando em segundo plano, numa espécie de metamorfose musical bem positiva. O que me faz lembrar de Shania Twain (devo citar a Taylor Swift?).

Do mesmo modo que, em alguns momentos, Twain não parece ser uma artista Country, o Lady Antebellum vai pelo mesmo caminho. Eles fazem um estilo meio Power Ballad ou um Ballad com um pré-rótulo qualquer. O fato é que, independente de qualquer rotulação imprecisa, o placar geralmente está em cima da média - o que, não canso de repetir, se tratando da atual cena musical, é algo de extrema relevância e importância.


"Just a Kiss" foi escrita pelos três membros da banda (na ordem da foto acima: Charles Kelley, Hillary Scott e Dave Haywood) e Dallas Davidson, um cantor e compositor Country de carreira recente, mas já relativamente conhecido como compositor. E a canção nasceu apartir de um riff tocado num teclado por Dave Haywood. Daí para frente foi apenas o produtor Paul Worley (que foi o cara que descobriu as Dixie Chicks) lapidar todo o projeto para o então resultado final.

A canção é bonita e tem uma bela interpretação e harmonia vocal por parte dos três integrantes. Fora que foi de fato realmente bem produzida. Mas se é para comparar com outros produtos do gênero, digo: infelizmente não conseguiu chegar no mesmo nível emocional que "From This Moment" e "Still The One" da Shania Twain nem na acessibilidade pop de "Love Story" da Taylor Swift. Mas isso não exatamente depõe contra eles, pois os pontos positivos ainda são muitos.

Afinal, hoje em dia, ouvir uma canção Country sem imaginar a baba do boi já é uma grande coisa...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

AMR - Need You Now (Lady Antebellum)

Análise: Primeiro single do álbum Need You Now, do grupo Country Lady Antebellum. Lançado em Agosto, alcançou #2US e #21UK.


Lady o que??

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A banda Lady Antebellum (sim, é uma banda e não o nome artístico da cantora, como eu imaginava) foi criada em 2006 pelo membros Charles Kelley, Dave Haywood e Hillary Scott. São representantes da atual cena Country dos Estados Unidos (junto com bandas como LoneStar). Diga-se de passagem, são bastante bons no que fazem.

Mas o que chamou a atenção da banda junto ao público (nível mundial, não só os caipiras Norte-americanos que gostam de ficar na cadeira de balanço com seu cachorro do lado curtindo Willie Nelson) foi a canção "Need You Know". E posso dizer que, na minha opinião, isso aconteceu justamente por este single não lembrar nada muito Country. Apenas parece uma canção easy nova. A propósito, ela conseguiu ser a segunda canção Country mais baixada na net, perdendo apenas para "Love Story" de Taylor Swift.

Não tendo muitos atributos Country e sendo uma canção bonita, calma e fácil de tomar os ouvidos, Lady Antebellum consegue algo bem feito o suficiente para pelo menos dar uma passeada pelo mainstream e, quem sabe, fazer uma moradia de longa estada por ali. Isso é perfeitamente possível de acontecer - ou vocês realmente acreditavam que Lady Gaga iria conseguir passar de "Poker Face" e Katy Perry de "I Kissed a Girl"?


Tá bem... no fundo a análise não teve muito contexto devido a diferença entre temas e estilos, mas foi uma tentativa de analisar o mercado no geral (lembrem-se da força que o Country tem na terra do Tio Sam mas, porém, do quão fraco é fora de lá). No final das contas, se tratando do lado comercial e de onda atual, todo mundo vai acabar recorrendo à Taylor Swift...

A banda produziu a canção juntamente com o produtor Country Paul Worley (que já trabalhou com as Dixie Chicks), mantendo um certo esmero na produção - pelo visto, a banda já é instintivamente cuidadosa neste quesito, possivelmente característica do estilo musical. Cada instrumento está em seu lugar fazendo seu papel direitinho. Os vocais também são bons, apesar de eu achar que os do Charles Kelley poderiam ser omitidos em prol dos vocais da Hillary Scott, que sem dúvida poderia levar a canção sozinha numa boa.

Se você gosta de Country, baladas românticas e canções de banda de Country que não parecem Country, pode ouvir "Need You Now" do trio Lady Antebellum sem medo, sem problema nenhum. Vai fundo, eu recomendo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

AMR - 80's Jukebox 8

Artista: Paul Davis (1948 - 2008)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Soft Rock, Country
Hits: "I Go Crazy", "Cool Night", "'65 Love Affair"
Hit da Jukebox: "Cool Night" (1981, #11US)


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A canção "Cool Night", do cantor de Soft Rock e Country Paul Davis é, com certeza, uma das minhas canções favoritas no estilo Soft. Davis que era também razoavelmente conhecido na área do Country, conseguia produzir canções lindas como "I Go Crazy". A profundidade das letras destas canções poderiam nos levar a crer que Davis era um homem ou muito solitário ou totalmente pleno no amor. Duas coisas tão inversas que podem trazer um mesmo resultado.

A canção realmente nos remete ao que seria uma noite agradável. Dá pra imaginar aquelas noites com uma cidade com vários prédios, cheia de luzes - pessoalmente uma das minhas visões favoritas. Não tenho certeza se era essa a intenção de Paul - levando em conta que ele era mais Country, devia estar mais habituado com ambientes mais rurais. Mas de qualquer maneira, percebe-se que Davis conseguiu criar algo de interpretação universal - cada um consegue ter uma própria e agradável visão do projeto.


Na letra, o homem fala sobre o amor e tenta convencer a amada a passar a noite com ele, prometendo que se ela não gostar, ela pode ir. A letra é um tanto triste, considerando partes como "Brings back memories/Of a good life/When this love was not so old", onde dá pra reparar que já houveram tempos melhores na vida deles. Um passado onde o amor supostamente deveria durar para sempre e nenhum plano precisava ser feito, apenas o amor vivido. Esta noite fria, "noite legal" seria uma última tentativa de reviver, reanimar este antigo amor.


Paul Davis acabou falecendo em 2008, apenas um dia após seu aniversário de 60 anos. O álbum Cool Night (#52US, seu melhor resultado nas paradas) acabou sendo seu último trabalho em estúdio. Após isso, Davis teve dois singles lançados em parceria com artistas Country ("You're Still New to Me" com Marie Osmond em 1986 e "I Won't Take Less Than Your Love" com Tanya Tucker e Paul Overstreet em 1987 - em ambos os casos, primeiro lugar nas paradas Country!). Ainda foram lançados um disco The Best e um disco Greatest Hits.

domingo, 23 de maio de 2010

AMR - Coincidências 3

The Jonas Brothers é mais uma banda parida pela Disney. Ou seja, um produto criado pensando no seu público alvo: crianças e pré-adolescentes atrasados no quesito critério. Assim como High School Musical, Demi Lovato, Selena Gomez, Miley Cyrus e outros. Eles já têm uns 5 anos de carreira e alguns hits menores.


Talvez o mais bem sucedido deles seja "When You Look Me In The Eyes", lançada originalmente em Novembro de 2004 no álbum solo de Nicholas Jonas (esse cara tinha carreira antes de se juntar aos irmãos!!). Em 2008 foi lançada a versão com os irmãos, que ficou famosa.


A banda Lonestar (uma das bandas de maior sucesso no estilo Country) tem 9 canções #1 nas paradas Country e um #1 nas paradas da Billboard (Amazed, #1 - 1999) - inclusive foi o primeiro single Country a chegar lá desde "Islands In The Stream" com Kenny Rogers e Dolly Parton, em 1983. Com seus quase 20 anos de estradas e diversas formações, ainda se mantém como um dos grupos mais populares em seu país.


No ano de 2001, eles lançam um de seus maiores sucessos: "I'm Already There". Sendo seu 7º primeiro lugar nas paradas Country dos Estados Unidos, ficando no topo por mais de um mês. É uma canção de forte cunho emocional e que já foi interpretada até pelo grupo Pop irlandês Westlife (descobertos por Simon Cowell).


"When you look me in the eye, you see shame..."

Provavelmente temos aqui um plágio não-intencional. As canções são bastante diferentes entre si (particularmente, a do Lonestar é bem superior), porém partilham de um refrão muito semelhante. Vemos aqui pelo menos uns 85% de igualdade na melodia.

A letra de "I'm Already There" foi escrita pelo vocalista Richie McDonald (que saiu da banda em 2008) com o duo country Baker & Myers. Já a letra de "When You Look Me in The Eyes" foi escrita pelos irmãos Jonas juntamente com outros compositores.

O Lonestar só tem mesmo sua grande fama em seu país. Geralmente é conhecida pelas rádios que tocam canções "easy" (como é o caso de "I'm Already There"). O Country não é realmente muito admirado fora das terras do Tio Sam - aqui o negócio agora é Sertanejo Universitário (?).

Já os Jonas Brothers são aquilo: uma coisinhas engraçadinha que foi colada no muro e infelizmente vai demorar pra sair de lá. Espero que fiquem cada vez mais discretos.

Coincidência?

Bem, nem um nem outro. Os Jonas e o Lonestar apenas estão lá, e um não influencia no outro. Acho que é isso...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

AMR - Strange (Reba McEntire)

Análise: Primeiro single do álbum Keep on Loving You, de Reba McEntire. Lançado em Abril de 2009, alcançou #76US.


Será que ela tava falando do cabelo dela?

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Nossa, Reba McEntire! Tipo, quando se trata de Country - do mais antiguinho - o pessoal (pelo menos daqui) se lembra no máximo de Kenny Rogers e Dolly Parton. E mesmo assim é complicado se lembrar de algum clássico deles ("Lady" não vale, foi feita pelo Lionel Richie e é muito mais uma balada R&B) com excessão de "Islands In The Stream" (música feita pelo Bee Gees, colaboração entre os dois artistas).

Enfim, a maneira que conheci Reba não foi enquanto eu estava numa infiltração sofrida e forçada no mundo do Country - na minha opinião, um dos piores estilos musicais saídos dos EUA. Conheci Reba pela sua versão de "If I Fell", lançada no álbum-tributo Songs of Lennon &McCartney. Talvez a melhor cover desta canção já feita - tipo, Rita Lee bem que tentou, mas...


O fato é: Reba é uma artista bem sucedida no seu ramo (dentre algumas de suas conquistas, ela é a segunda artista Country com mais #1 nas paradas, somente atrás de Dolly Parton; artista Country com mais top 10 na carreira e tem 42 milhões de álbuns vendidos só nos EUA, sendo a 7ª artista de maior vendagem no país.

Claro que é fácil dizer que a Shania Twain possivelmente jogou um caminhão de areia em cima dela.

"Strange" é carro-chefe do seu último álbum, Keep On Loving You, e é um artefato curioso. Pois temos um single atual de uma artista bem rodada - o que sempre interessante, nem que seja por cinco minutos. Conclusões: a voz de Reba está muito bem conservada e o Country continua exatamente a mesma coisa, tipo um caminhão cheio de japoneses. É um estilo que se parece muito com o jazz e o blues, no sentido de serem muito limitados - com a diferença que o Country tem muita, muita sorte.


A canção é bem produzida, dando bastante valor pra parte vocal. A letra fala sobre o sofrimento de ser deixada, tratada mal enquanto mulher. Aquela mesma coisa de sempre - simplesmente a mesma coisa que o tal do Sertanejo Universitário por aqui trata: cornice pura e simples. Apenas para deixar o registro de que Reba McEntire ainda sabe cantar (muito bem) e ainda grava (canções que apesar de não serem mais relevantes, têm suas qualidades.

Fora que ela tá bem mais bonita que a Dolly "Peiton"...

Vídeo:

terça-feira, 27 de abril de 2010

AMR - Hey, Soul Sister (Train)

Análise: Primeiro single do álbum Save Me San Francisco, da banda Train. Lançado em Agosto de 2009, alcançou #3US e #51UK.


Train - Hey, SoU2 Sister (sacaram?)

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O Train é uma banda de rock de várias vertentes: country, alternativo e até mesmo pop. Com 16 anos de estrada, são uma banda regular lá nos Estados Unidos, não tem um grande sucesso, uma fatia significativa do mercado. Eles seriam, em termos de popularidade e guardada a devida proporção, uma espécie de Tribalistas. A diferença é que eles têm algo a dizer e não sumiram devido a total falta de assunto.

Em 2006 a banda lançou o álbum For Me, It's You, que apesar de ter sido bem elogia pela crítica, não fez muito sucesso comercial. Sabe como é, crítica não enche barriga nem bolso de executivo de gravadora. Aparentemente devido a isso, a banda acaba dando um tempo, para voltar em 2009.


"Hey, Soul Sister" é o single de volta da banda e já chegou mostrando potencial. É o terceiro single mais vendido digitalmente da gravadora Columbia Records.

O primeiro deles é que o guitarrista, Jimmy Stafford, não sabia tocar o instrumento que é a base desta canção, o ululeke. Inicialmente ele tentou tocar usando a guitarra, mas não soou como o vocalista, Pat Monahan, queria. Monahan então pediu para que Stafford aprendesse o instrumento - detalhe: ele aprendeu com base em lições on line através de sites pesquisados no Google! Isso sim é inclusão digital musical...


O segundo é que a voz de Pat Monahan lembra estranhamente (ou até mesmo infelizmente, dependendo do caso) a voz de Bono Vox, do U2. Seria algo do tipo um U2 com um Bono caipira e um The Edge estagiário.

Esta canção é a parte country da banda. Country com uma pitadinha de rock. Apesar de não ser algo muito acentuado. É mais ou menos como fazer country sem querer fazer. Ainda sim, é uma canção de força, que conseguiu um talvez inesperado Top 3 nos Estados Unidos.

Agora, por que Train (Trem)? Sei lá, eu me pergunto por que As Pedras Rolando, Os Besouros, Os Fingidos, Wham!?

P.s.: A citação que compara a banda Train com Os Tribalistas não teve como objetivo ofender a banda. O Train é uma banda legal.

P.s. 2: A citação que compara a banda Train com o U2 também não teve como objetivo etc, etc...

Canção:

terça-feira, 13 de abril de 2010

AMR - Coincidências 2

The Pretenders. Que curte bastante o rock dos anos 70 e 80 com certeza conhece o banda fundada por Chrissie Hynde em 1978. Mais conhecidos pelos hits "Brass in Pocket", "Back On The Chain Gang"e as mais bem sucedidas "Don't Get Me Wrong" e "I'll Stand By You".



Esta última, uma canção romântica que fala sobre apoio, foi lançada em 1994 e permance como o último grande hit lançado pela banda, ocupando #16Us e #10UK. Escrita pela própria Chrissie em parceria com Billy Steinberg e Tom Kelly (que trabalharam com artistas como Madonna, Cindy Lauper, Whitney Houston, e banda como Heart, The Dinivyls e The Bangles). A produção ficou a cargo de Ian Stanley (que tocou no Tears for Fears e produziu artistas como Natalie Imbruglia e Tori Amos e bandas como A-Ha, Propaganda e The Human League). Provavelmente a cação mais emocionada da banda.


Voltando um bom tempo no passado, a cantora Bonnie Tyler, artista do chamado "Country Rock", ainda estava pra lançar o grande hit internacional "Total Eclipse Of The Heart", de 1984, que ocupou o primeiro lugar em vários países e recebeu indicação ao Grammy.


Mas ainda em 1977, Bonnie lançou o clássico "It's a Heartache", que define bem o que era (ou o que é) o country rock e que alcançou #3US e #4UK. Um grande hit na época ,que foi cantado até pelo Rod Stewart (que parece que tava tentando algum tipo de recorde de maior número de covers feitos por um artista).


"It's an 'Ear-Ache'"

Não sei se se encaixa o famigerado subterfúgio "plágio não-intencional" aqui, mas tá bem óbvia a semelhança instrumental nos versos. Não é 100%, mas com certeza dá pra perceber algo bem substancial aqui.

A letra de "It's A Heartache" ficou a cargo de Ronnie Scott e Steve Wolfe e a produção por David Mackay. Mas como podem ver, são produtores diferentes. Não aconteceu algo sem noção como foi o caso Ryan Tedder. A preguiça ainda não havia se instalado nos estúdios...

Gosto muito do The Pretenders, uma das bandas mais legais dos anos 80. Mas invarialmente, "I'll Stand By You" me deixa pessoalmente decepcionado ter plageado outra canção. Intencional ou não intencional. Mas ainda sim não deixa de ser uma grande canção que é usada hoje em dia por vários artistas para a caridade (Girls Aloud, Carrie Underwood e Shakira usaram a canção com este objetivo).

Coincidência?

Como não acredito que tenha sido realmente intencional, digo que é uma grande homenagem para uma cantora de country rock. É isso!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Prós/Contras Divas 4: Lily Allen

Níveis

1 - Obra-Prima
2 - Muito Bom
3 - Bom
4 - Aceitável
5 - Ruim
6 - Créeuu

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Eu me pergunto o que Lily Allen poderia xingar se fosse chamada de diva… Ela parece não ser o tipo de artista que goste dessas rotulações, mas enfim…

Gosto da Allen, ela é divertida, faz o tipo “ligue o foda-se” e comparando com outros produtos no mercado, ela se torna classe A. Sabe usar a mídia ao seu favor, apesar de ser linguaruda em demasia (quanto mais aparece, mais fica conhecida, mais desperta a atenção e curiosidade e mais vende discos…). Enfim, Lily Rose Beatrice Allen.


Onde fica o botão “Foda-se”?

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Smile (Nível 2: Muito Bom)


Lily Allen conseguiu um feito incrível com este single. Um belo #1UK (duas semanas consecutivas) e certificação de ouro nos Estados Unidos (mais de 500 mil cópias). Realmente, nada mal para uma principiante. Allen escreveu a letra juntamente com Lyiola Babalola e Darren Lewis (membros do Future Cut, um duo de produtores), e fala sobre um mulher abandonada e que agora tem a chance de esmigalhar seu ex-namorado (pior que uma mulher rejeitada é uma britânica rejeitada!). Com certeza uma de suas melhores canções e séria candidata a ser seu magnus opus. Dificilmente ela alcançaria algo assim de novo...


Littlest Things (Nível 4: Aceitável)


O nome desta canção é “LDN” (uma espécie de abreviação do nome Londres em linguagem de texto por celular), mas considerando a letra e o clipe, a canção poderia muito bem se chamar “LSD”! Que viagem! É uma espécie de análise de Londres através de uma garrafa de vodka com um pouquinho de pó. Tão estranho que chega a ser divertido!

Lily divide a autoria da letra novamente com o Future Cut, fora a produção. Mais Ska para quem gosta! Apesar de que agora a coisa soa um pouco mais confusa, mas sem comprometer. Conseguiu um #6UK e acabou em trilha-sonora de filmes. A canção também contém samples, desta vez da música “London Is The Place For Me” do Trinidadian Lord Kitchener (???). Boa, mantendo o ritmo e clima, mas um pouco distante de bater o “Sorriso”…


Littlest Things (Nível 4: Aceitável)


O fato mais curioso desta canção é que ela tem samples da canção de abertura do filme “Emmanuelle” (ela mesma, a musa do pornô Softcore francês dos anos 70, que faz a mente dos adolescentes cheios de hormônios nas madrugadas de sábado da Band), composta por Pierre Bachelet Herve Roy. A base de piano é bonita, a letra fala sobre a solidão, a falta de alguém. Mark Ronson (sim, o querido da Amy Winehouse) toma a produção neste single de curta duração (3 minutos).

Mas a música tem um grande problema. Em certos momentos, Lily Allen pensa que está narrando alguma partida de futebol ou coisa parecida. Ela canta correndo como se estivesse com pressa de sair do estúdio, cantando totalmente fora de sintonia com a melodia. Tudo bem que a intenção foi boa (tentar fazer algo diferente), mas aqui soou um tanto medíocre. É a primeira canção da Lily até agora que ficou de fora do top 20 na Inglaterra, conseguindo um #21UK. Neste caso, o melhor é retirar o filme original da “Emmanuelle” na locadora (ou fazer como todo o bom brasileiro: no download…).


Alfie/Shame for You (Nível 3: Bom/Nível 5: Ruim)


Os ingleses e suas taras por singles de duplo lado A...

Alfie foi escrita pela Lily juntamente com Greg Kurstin (uma espécie de faz-tudo no mundo da música, que também produziu o single) para falar sobre a preguiça do seu irmão caçula, Alfie Allen. Ok, ok. Isso não parece nada promissor, certo? Mas o resultado não ficou ruim, afinal. Soou como algo simples e descompromissado, apenas para agradar quem não está afim de ouvir teorias musicadas, obras épicas e ao próprio Alfie.

Para terem uma idéia, “Alfie” parece uma daquelas canções educativas que eram executadas naquela programa infantil da TV Cultura, “Rá-Tim-Bum”, no final dos anos 80, começo dos anos 90 (hauhuahuhahua). Até o clipe tem um clima parecido com este programa, com influências de desenhos como “Tom & Jerry”. Pra uma canção tão simples e sem pretensão, até que foi bem nas paradas, com um belo #15UK!

Agora, “Shame for You” tem uma letra que tenta dar lição de moral em quem não é legal (pretensão, pretensão) e a idéia ruim da letra contamina a parte musical. A música tem samples de “Loving You” do cantor jamaicano Jackie Mittoo (que devia estar com uma bela enxaqueca no dia em que compôs isso). A letra ficou a cargo de Lily com o produtor Blair MacKichan.

Pena que logo “Shame for You” foi escolhida pra este lançamento. O álbum ainda tinha outras boas opções como “Everything’s Just Wonderful” (divertida e bem produzida) ou “Friday Night” (igualmente bem feita). Enfim, levou um #15UK graças à “Alfie”…


The Fear (Nível 2: Muito Bom)


O medo… Bem, este foi o pensamento que tive quando soube do novo single da Lily Allen. “The Fear” quase não foi lançado como primeiro single, “Everyone’s At It” iria ocupar este posto, mas a mudança foi feita de última hora. Sábia decisão, pois “The Fear” pulou da posição #168UK para #1UK, permanecendo lá por 4 semanas. Supreendente! Greg Kurstin fez um trabalho muito bom aqui. A letra da canção é muito inteligente, criticando a ganância e cutucando os tablóides.

Tem um vídeo-clipe do tipo “Alice no País das Maravilhas”. Mas ainda se tem aquela impressão que a música ficou “alta” demais para a voz da Lily… Foi “The Fear” que tirou Lady Gaga do primeiro lugar com sua “Just Dance“, provando que a “Invasão das Divas” é mais séria do que se pensava…

E é aqui onde Lily Allen coloca outra canção no posto, ao lado de "Smile", no eleição de magnus opus de sua carreira.


Not Fair (Nível 2: Muito Bom)


Bem, na lista de assuntos que Lily Allen quer tratar, ela já falou sobre acabar com ex-namorados, sobre viagens no ácido (hauahauah), sobre seu irmão, etc… E por que não sobre frustração e insatisfação sexual, ejaculação precoce e afins? A faixa é algo bem diferente do que Lily já fez antes e bem diferente do single anterior. É country. Pseudo-country, como os críticos andaram chamando… Mas se o pseudo-country consegue ser melhor e mais interessante que o próprio country… enfim. Greg Kurstin deve ter assistido bang-bang demais!

Peço desculpas a Reba McEntire, Willie Nelson, Garth Brooks e compania, mas é se isso for o exemplar de algum tipo de sub-gênero (Pseudo-Country), é muito melhor que o "verdadeiro"!

O clipe se passa num programa de TV Country extinto (usando imagens e dublando o falecido Porter Wagoner, músico country e apresentador do programa que realmente existiu). O mais legal é a reação dos músicos com a letra da música, hilário! Conseguiu um #5UK, o que já é um avanço, considerando “Smile” #1UK / “LDN”#6UK.

Fuck You (Nível 3: Bom)


Acho que só a Lily Allen mesmo pra conseguir fazer uma canção com tom otimista, piano alegre, letra crítica, voz tranquila e recitando “Fuck You” no refrão. Isso me lembra a canção “Sexed Up” do Robbie Williams. O single de 2003 tem um clima bem romântico, quase emocionante. Aí você resolve prestar atenção no que Williams tá cantando… coisa do tipo: “Eu espero que você se exploda”, “vai se foder, eu não gostava do seu gosto”… coisa fina… Uma canção bonita que parecia falar de amor, na verdade falando do fim do mesmo…

Enfim, “Fuck You” é uma música legalzinha, de produção simples, pra dizer no mínimo. Seria como se "Alfie" fosse produzida no período da TPM ou coisa do tipo. E o motivo de ter conseguido um #153UK/#68US é fácil de se responder: conservacionismo hipócrita puro e simples. Enfim, injustiças estão por aí por toda a parte mesmo…

22 (Nível 5: Ruim)


22” é o tipo de canção que você sabe que não é descartável. Mas que por mais que você tenha consciência da idéia de que uma canção pode melhorar qualitativamente conforme vá se repetindo as audições, infelizmente não é o caso desta. A canção se leva tão a sério que meio que acaba perdendo a graça. É mais ou menos o que acontece com 95% dos rappers: muita pretensão, pouca diversão, pouca qualidade. E o culpado? Greg Kurstin…

E simplesmente caiu nas graças do público brasileiro por um motivo óbvio: a canção foi trilha-sonora de novela da Globo, subterfúgio para qualquer artista no mundo inteiro ganhar uma nesga de atenção. Sério!

O clipe mostra duas Lilys em idades diferentes no que seria uma boate. Seria algo do tipo “antes e depois”. Fotografia estilosa. Mas infelizmente, nem o clipe ajuda a erguer a canção…

Who’d Have Known (Nível 4: Aceitável)


Canção cadenciosa, intimista até certa parte… Em certas partes dela te passa aquela sensação de “já ouvi em algum lugar”. E existem duas possibilidades: 1 - o fato de “Who’d Have Known” samplear “Shine” do Take That (os Blackstreet Boys ingleses) e 2 – ela dá a impressão de ser uma espécie de demo, esqueleto da canção “The Fear“. Ou seja… “The Fear” é uma espécie de plagio de “Shine“?

Vai entender…

O clipe é o que se tem de mais interessante… Allen interpreta uma mulher obcecada pelo Elton John! Com direito a sequestro, cativeiro e tudo mais… Bem que o próprio Elton poderia ter participado do vídeo-clipe, porém, existe um fato que pode tornar este vídeo uma espécie de ironia (do jeitinho que Lily gosta) ou simplesmente uma espécie de pedido de desculpas - graças ao acontecido abaixo, Lily perdeu a chance de sair em turnê com Elton!

Bem, imagem vale mais que palavras, mas uma pequena introdução antes:

Ambos estavam para entregar alguma premiação ou coisa do tipo, e Allen estava bêbada. John está visivelmente desconfortável com a situação e provoca Allen que rebate… enfim:


Lily Allen + Elton John = Rock ‘n’ Roll!

Extra – Oh My God (Nível 3: Bom)


Este é mais um single lançado do álbum de covers do Mark Ronson, “Version“. Que aliás, só de ouvir os primeiros minutos já dá pra meter um belo carimbo “Made By Mark Ronson”.

O interessante é que os vocais de Lily Allen se encaixaram muito bem ao estilo “Mark” de remixar. Já que Lily está com um papo de deixar por um tempo o mundo da música, ela bem que poderia pensar melhor e construir algo apenas com Ronson. Com certeza ia ser algo bem interessante.

O clipe (assim como aconteceu no caso de “Valerie“, com Amy Winehouse) não tem a participação direta de Allen. Ela é representada por um modelo 3D (bem bonitinho, por sinal). Mas fora isso, nada de especial.

Extra – Drivin’ Me Wild (Nível 4: Aceitável)


Putz… Lily Allen e um rapper. Lily é uma experimentalista, porém, o resultado aqui foi meio indigesto. Lily Allen acabou meio ofuscada e dispensável. Common (quem?) - como a maioria dos rappers - é do tipo que precisa de um vocalista cantando o refrão ou alguma parte da música por não conseguir sustentá-la sozinho. O problema é que ele não segura interesse nem no seu rap nem Lily com sua interpretação. Definitivamente ela não serve como parte comercial em canção de rap.

O clipe é confuso, meio sem sentido (LDN, LSD…) e, apesar de ser bem filmado, em partes é um tanto mal feito. Mas enfim… o resultado final não é de todo ruim…