segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

AMR - I Hate This Part (The Pussycat Dolls)

Análise: Segundo single (terceiro nos Estados Unidos) do álbum Doll Domination das Pussycat Dolls. Lançado ainda em 2008, alcançou #11US e #12UK.


Eu detesto essa parte… Qual? Comentar a capa do single, claro…

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Para quem ouviu a estréia das Pussycat Dolls no mundo comercial (antes de cantar, o grupo The Pussycat Dolls era apenas um grupo de dança, que inclusive teve a participação da atriz Carmen Electra), percebeu o potencial nada promissor do single "Don’t Cha". Uma canção que fala sobre nada com um rapper do tipo do Busta Rhymes - não que ele tenha um tipo de referencial específico, mas simplesmente por ele ser mais do mesmo. Realmente nada poderia sair daí. Nem da grudenta "Stickwitu" (grudenta até no nome) nem de "Buttons" (onde temos o rap preguiçoso – pra variar – do Snoop Dogg). Bom, na verdade não vale a pena comentar o resto dos singles do álbum de estréia, então vamos para um que sim, me chamou bastante atenção. Vindo do segundo álbum: "I Hate This Part".

Uma canção com uma melodia simples mas bela em um piano e com batidas características dos trabalhos anteriores do grupo. A produção musical aqui foi um tanto cuidadosa, principalmente se você for considerar o nível qualitativo do som das Pussycat Dolls (sim, eu estou sendo incisivo com relação a "Don't Cha"). Fora a performance da Nicole – dentro de suas possibilidades – que mostrou vontade de cantar pela primeira vez, deixando seus peitos e corpo perfeito em segundo plano. Em "Hush Hush; Hush Hush", temos mais uma performance vocal louvável dela. Sobre as outras meninas: só dá pra dizer que elas se esforçam em dançar, porque todos sabemos quem é a verdade estrela e principal imagem comercial do grupo.


O vídeo-clipe se passa no deserto e quer nos fazer acreditar que Nicole sabe tocar piano (será? bem, pode até ser verdade, mas tocar piano e ser artista Pop não é pra qualquer um… já que não podemos mais perguntar para Freddie Mercury então pergunte para Elton John ou para uma artista mais recente no ramo, Lady Gaga). O vídeo-clipe é simplista e não é algo que prenda o interesse, mas a qualidade da música preenche este campo.

Enfim, Doll Domination tem menos sacanagem e algo mais substancial musicalmente falando. Apesar de "When I Grow Up" (outra música que fala sobre nada, mas que tem uma produção divertida) e "Bottle Pop" (mesmo caso da anterior) serem mais do acervo descartável das moças, a canção "Hush Hush; Hush Hush" coloca tudo na balança.


Olhando por cima dá pra dizer que as meninas estão no meio do caminho. Mas acho que não tem como esperar nada além disso vindo delas. Afinal, o que vale no final das contas é o corpo da Nicole, a música vai ficar sempre em segundo plano - vindo por aí, a atrasadíssima carreira solo dela.

Aviso final: um grupo que junta Busta Rhymes, Snoop Dogg e Timbaland pode causar sérios danos mentais, cuidado…

AMR - 70’s Jukebox 5

Artista(s): Badfinger/Harry Nilsson/Mariah Carey
País de Origem: Inglaterra/Estados Unidos da América/Estados Unidos da América
Estilo: Rock/Rock-Pop/Pop
Hit da Jukebox: “Without You” (1972, #1US – #1UK Nilsson) – (#3US – #1UK Carey)

Esta música tem uma história um pouquinho comprida. Então vou dispondo os vídeos conforme vou desenrolando sua saga.

Without You” foi escrita por Peter Ham e Tom Evans, dois membros do Badfinger, em 1970. E fala sobre um amor intenso, tão intenso que um não poderia viver sem o outro:

“I can’t live, if living is without you
I can’t live, I can’t give anymore”

A canção foi lançada no álbum No Dice e infelizmente acabou não sendo lançada como single.
O curioso é que estes dois membros se mataram enforcados em períodos diferentes… Talvez um não tenha conseguido viver sem o outro (sem referência homoerótica pô!).



Harry Nilsson, um cantor um tanto conhecido e com alguns hits no seu país acabou conhecendo esta canção por um acaso – e chegou a confundir o Badfinger com os Beatles!! (onde esse cara viu Beatles aqui??) - e resolveu fazer sua versão dela.

A propósito, Paul McCartney, ex-Beatles, chegou a considerar esta uma das melhores canções de todos os tempos.

Without You” acabou saindo no álbum Nilsson Schmilsson e foi um tremendo sucesso, tanto nos EUA quanto na Inglaterra. Nilsson acabou consolidando a canção, coisa que o próprio Badfinder acabou não fazendo (talvez pelo fato de não ter sido devidamente divulgado por não ter sido lançado em single).


Em 1993, Mariah Carey lança o álbum Music Box, e no ano seguinte, sua versão para “Without You” (mais ou menos uma semana depois da morte de Nilsson). Mariah resolveu fazer sua versão quando ouviu a canção em um restaurante. Ótima idéia, porque sua versão com certeza se tornou a melhor e mais popular. Se Nilsson consolidou “Without You“, Carey lapidou-a, incrementando uma carga extra de emoção.

AMR - Tik Tok (Ke$ha)

Tik Tok é o 1° single do álbum Animal da nova artista Ke$ha. A faixa é um dance pop que....hummm....provavelmente é destinada às pistas, mas parece pertencer ao salão de festas do colégio.



Há uma série de coisas nessa faixa que são bem irritantes : a mais óbvia delas é a batida; o arranjo musical é baseado nas melodias dos videogames 8-bits - o que deixa a canção um tanto quanto infantil para o seu propósito baladesco, além de nerd : que raio de balada é essa? No próximo clipe ela vai levar Dungeons & Dragons para a boate? Até mesmo as meninas do INRI Cristo foram mais bem sucedidas em criar/parodiar faixas dançantes. Outra é a insistência infeliz em utilizar gírias hip-hopescas e palavreado do tipo : cerveja, crunk (dança estilo Soulja Boy e Lil' Wayne), Jack Daniel's, policiais acabando com a festa, além de ela acordar na banheira de uma casa desconhecida - mesmo com toda aquela maquiagem em seu rosto, Ke$ha ainda me dá a impressão de ser apenas uma garota que resolveu brincar com guache - o que não bate com esse desfile de termos "sou cool". Também a tentativa de parecer uma fanfarrona de primeira categoria - o resultado é uma espécie de Taylor Swift bêbada daquelas Sidras de Natal.

Mas com certeza a mais irritante delas é a semelhança com Just Dance de Lady GaGa - a temática da festa infindável é identificada automaticamente; até porque a letra é muito objetiva. A única diferença é que a "versão" de Ke$ha está mais pra um Xuxa só para Baixinhos do que pra Beber, Cair e Levantar; não que GaGa seja lá original na temática da canção citada para falarmos de "cópia", mas, se houve algum tipo de "inspiração", Ke$$$ha poderia pelo menos ter deixado a influência de Dance cair no esquecimento pra jogar o tema no mainstream novamente.

No fundo, no fundo, a música até que é viciante - mas todos esses contras me fazem querer chutá-la de volta pra creche.

Quick - Medley de músicas de Lady GaGa




OOOOOOOOOOOOOH MYYYYYYYYY GOOOOOOOOOOOOD!