terça-feira, 5 de julho de 2011

AMR - Never Let Me Go (The Human League)

Análise: Segundo single do álbum Credo, do The Human League. Lançado agora em Março.


Talvez seja a hora de já irem...

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Uma das coisas mais interessantes sobre o The Human League, na minha opinião, é que tudo começou com a ideia de fazer música, comprar instrumentos e não saber lá muita coisa de ambos. Eles são, definitivamente, uma banda que começou do zero. Tipo o Ramones. E, ao que tudo indica, Philip Oakey, Ian Craig Marsh e Philip Adrian Wright (fundadores da banda) são excelentes autodidatas, pois se apresentavam no mesmo ano em que começaram a coisa toda, 1977. Claro que o papel de Philip Oakey era relativamente mais fácil por ser vocalista, mas enfim...


A banda é melhor lembrada por singles como "Don't You Want Me" de 1981 e "Human" de 1986. Neste estágio, já haviam sido convocadas as vocalistas Joane Catherall e Susan Sulley - que estão até hoje no grupo, junto com Philip Oakey. Suas músicas com sintetizadores em tudo quanto é canto conquistou muita gente nos anos 80. Porém, como muitas coisas dos anos 80 (especialmente do final dos anos 70 até meados dos anos 80), eles acabaram não tendo mais o que dizer - com uma pequenina excessão de "Tell Me When", em 1995, que quase pegou o Top 5 da Inglaterra (#6UK). A banda conta com 34 anos de estrada.

E depois de um hiato de quase 10 anos (com um último lançamento em 2001 com Secrets), eles voltaram com Credo. E quem ajudou o grupo com a produção foi o I Monster, duo de Electronica meio psicodélico de pouca representatividade. E claro, Monster combina com Credo...


A canção, apesar de vir de um grupo proeminente dos anos 80, é relativamente atual - possivelmente graças ao duo I Monster. Aliás, podemos até qualificar o atual trabalho como Synthpop - o que, neste caso, não sei dizer se é bom ou ruim. Mas pelo menos é dançante. A participação do único membro original do The Human League, Philip Oakey, é apenas no backvocal, deixando as garotas conduzirem o barco.

O single tá longe de ser divertido como as canções do grupo costumavam ser. Talvez eles estejam querendo um trabalho mais sério, entrar numa nova fase. Se caso este seja o real objetivo, era melhor eles voltarem a tocar seu New Wave recheado de sintetizadores - só que dessa vez um pouco mais instrumental!


Nota final: O vídeo-clipe da canção é o resultado adquirido da experiência de uma pessoa que ganha uma câmera filmadora e, dentre os efeitos especiais embutidos, descobre aquele efeito de espelho. O resultado deste tipo de experiência costuma não ser lá muito agradável...