domingo, 29 de novembro de 2009

AMR - Pérolas do "Pop" 2: Losing My Religion

Esta canção tem um motivo a mais para estar aqui: é pop de um berço alternativo. Mas bota alternativo nisso! A banda R.E.M.! A banda de rock norte-americana sempre foi conhecida por seus hits alternativos como “Orange Crush“, “It’s the End of The World As We Know It (And I Feel Fine)“, “The One I Love“, dentre outros.

Mas com “Losing My Religion“, ele acabaram dando uma escapada por fora de sua bolha alternativa, angariando fãs à nível pop. Alcançou #4US e Out of Time vendeu 10 milhões de cópias. Eles fizeram algo parecido com “Shiny Happy People” (que poderia ser colocado aqui como “Desastres do Pop”, mas não é ruim o bastante). Enfim…


|Canção vencedora de dois Grammys de Melhor Performance Vocal Pop de Duo ou Grupo e Melhor Vídeo-Clipe|

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Sobre a banda: O R.E.M. (Rapid Eye Movement) foi formado em 1980 pelo membros Michael Stipe (vocais, violão, teclado, harmonica), Peter Buck (violão, guitarra, mandolin, baixo, teclado), Mike Mills (voicais, baixo, teclado) e Bill Berry (vocais, bateria). Sempre tiveram influências dos anos 60 em suas músicas, assim como o folk também. Com mais de 10 álbuns de inéditas lançados e 64 singles (4 top 10 US – 10 top 10 UK), é um dos grupos alternativos mais bem sucedidos do mundo.

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Losing My Religion” foi escrita pela banda toda. O título da canção é uma expressão usada no sul dos Estados Unidos da América, quem significa algo do tipo “perder a civilidade, as estribeiras”. E foi produzida pela banda juntamente com Scott Litt (que já trabalhou com gente como Ian Hunter [do Mott The Hoople], Carly Simon, New Order, Patti Smith, e produziu alguns remixes para o Nirvana nos últimos tempos da banda, etc…).

Peter Buck compôs o riff principal e o refrão vendo televisão, enquanto tentava aprender a tocar seu recém-comprado mandolin. Foi realmente algo bem criativo para um mero experimento num dia de tédio vendo televisão. A canção também tem lá algo de Fleetwood Mac, mais necessariamente a influência que o baixista John McVie tem sobre Mills. E o mais estranho, é que Stipe chegou a comparar sua canção com “Every Breath You Take“, do The Police, no quesito pop.


De qualquer maneira, a canção consegue ter uma força incrível sem destoar das raízes do rock alternativo a qual a banda pertence. É uma espécie de “agradar a gregos e troianos” com qualidade.

O R.E.M. alcançou #4US e #19UK, conseguindo um estrelato que de fato nunca foi lá almejado pela banda. Eles acabaram de alguma maneira sendo jogados no mainstream e não sendo mais exclusividade do pessoal underground (se bem que, mesmo antes de Out of Time, a banda já não era tão underground assim).


Sinceramente, acho o clipe um tanto confuso, apesar disso não tirar seu interesse (acho que a idéia de Stipe foi mesmo soar confuso e bizarro). O vídeo-clipe foi dirigido por Tarsem Singh (que já dirigiu vídeos das En Vogue, e até filmes longa-metragem, mas que sempre foi especialista em dirigir propagandas pra TV [tipo aquela "We Will Rock You" da Pepsi com a Britney Spears, Beyonce e P!nk].), no lugar do próprio Stipe, que costuma dirigir alguns vídeos da banda. De qualquer maneira, ganharam um Grammy e seis prêmios do MTV Video Music Awards (honestamente, quem se importa com prêmios dados pela MTV?).

Apresentação da banda: