domingo, 2 de maio de 2010

Aconteceu - Boletim Musical (02/05/2010)

"Vida de Ozzy Osbourne virará filme"


Tenho dó de quem vai interpretar o morcego...

"Cantor Fiuk declara: já fumei orégano"


Mais curiosa do que a afirmação "já fumei orégano" é a pergunta "quem é Fiuk?"

"Lindsay Lohan quer ser Madonna"


Mesmo depois que a Lindsay Lohan terminou o filme "Meu Trabalho é um Parto", ela continua tendo desejos bizarros/estranhos.

Quick - Beyoncé Oops


Jay-Z, sai dessa mente que não te pertence!!

É a mesma coisa que eu tatuar "Tietê" na minha mão.

AMR - Not Myself Tonight (Christina Aguilera)

Análise: Primeiro single do álbum Bionic, da Christina Aguilera. Lançado agora no dia 30 de Março, alcançou até o momento #23US.


Tinha que ser coisa do cramulhão - ou melhor, do Polow da Don

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Christina Aguilera é com certeza a única artista saída do Clube do Mickey com algum talento de verdade. Claro que se considerarmos que os outros eram Britney Spears e Justin Timberlake não é, realmente, difícil de se destacar. O fato é que Christina é uma grande intérprete. Sua voz poderosa surpreende pela consistência.

Mas é claro que os produtores e afins acham (ou sabem) que isso necessariamente não enche os bolsos. Então Aguilera resolveu se tornar uma vagaba promíscua, fase conhecia como "fase Stripped". Para o lançamento do álbum Stripped, Christina foi afundada numa onda de sensualidade e safadeza - vista com efetividade no vídeo-clipe da canção "Dirrty". Ou seja, nada diferente de trabalhos da Madonna e de sua colega da Disney, Britney Spears.

Porém no álbum Back to Basics, Christina resolveu mostrar que é uma artista de verdade. Reduziu a dose de sexo e aumentou a qualidade musical. Canções como "Hurt" e "Candyman" (indicada a um Grammy) mostram um produção muito mais cuidadosa e interpretações realmente boas. Resumindo: parecia mesmo que Christina queria um carreira baseada em seu talento vocal e não em como consegue rebolar e mostrar seus "dotes femininos".

Pois bem, o single "Not Myself Tonight" acaba com isso tudo. Ela não só quer voltar a sua fase vagaba Stripped, como também não sabe como voltar a isto sem se basear em outras "bases pré-moldadas".


Vamos começar pelo vídeo: Assistindo o vídeo-clipe, você não sabe dizer qual artista está realmente na tela - ou quem Aguilera quis mesmo copiar; Lady Gaga, Madonna, Gwen Stefani ou Bettie Page (hauhauahuaha). Ela está bastante parecida com a Gwen Stefani - porém, em alguns momentos, ela está bem estranha, devido o excesso de maquiagem, bem como Lady Gaga em vários momentos do vídeo-clipe "Telephone". Deste vídeo-clipe também temos os beijos lésbicos, coisa comum pra ela (como o ridículo beijo Christina-Madonna-Britney).

A "ousadia" de algumas partes do vídeo também não é nada original - cenas como as mãos dos dançarinos nos seios de Christina lembra muito a Madonna (sendo mais específico, sua apresentação no MTV Video Music Awards de 1990). Fora que algumas cenas e coreografias são uma cópia sem-vergonha de "Bad Romance" da Lady Gaga - só faltava o fogo que está no guarda-roupas da Aguilera chegar na cama onde está o amante para ser um plágio convicto.
Detalhe: ela usa novamente o efeito de multiplicar-se, que havia usado no vídeo-clipe de "Candyman" - ou seja, a originalidade dela é muito restrita, mais do que se imaginava.

Ou seja, o vídeo-clipe não é original, é minimalistamente bem filmado. Tem coreografias muito abaixo da média, parecendo em alguns momentos uma aula de aeróbica. Abusa em alguns momentos do fundo branco que tanto é utilizado hoje em dia - talvez com o intuito de focar as atenções no artista. Aliás, neste caso isso pode ser considerado uma furada, pois Aguilera está mais para um Circo de Horrores. Sua acentuada beleza sumiu em quase todos os momentos.

Já a música... Hum, um dos principais responsáveis é o Polow da Don - que produziu a imensa bomba "London Bridge" da Fergie, o que explica muita coisa. É o ingresso de Christina no Electro-pop - ou seja, sua carona em algo que está dando certo e que está com tudo no cenário musical. A canção tem seu poder de hipnotizar. Mas não passa de mais uma canção de curto tempo de vida. Descartável como um lenço de papel. Christina joga fora seu potencial vocal sem remorso nem arrependimento.


No final, não podemos culpá-la. Talvez tenha sido difícil demais para ela ser uma artista séria, que foca seu trabalho apenas em seu talento. Ela viu a oportunidade perfeita de voltar ao seu estado libidinoso de Stripped com o Electro-pop. É juntar a fome com a vontade de comer (e vontade de ganhar dinheiro também, claro).

Mas neste caso, não dá muita vontade de escutar - muito menos de ver.

Pelo menos não temos o auto-tune! Viva!

Vídeo: