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domingo, 22 de maio de 2011

AMR - You Lost Me (Christina Aguilera)



Análise: Terceiro single do álbum Bionic, da Christina Aguilera. Lançado em Julho de 2010, alcançou #119US e #153UK.


You lost chart positions...

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Christina Aguilera anda muito indecisa. No seu retorno nada desfrutável com um álbum tipo "Stripped part 2", ela já citou até sadomasoquismo. E no meio desta decepcionante decisão, cabe uma balada romântica (ou depressiva). "You Lost Me" é a sucessora da balada anterior, "Hurt" (do álbum Back to Basics, de 2006), porém não cumpre tão bem o papel e também não chega a ser tão acessível como foi, por exemplo, "I Turn to You", lá de 2000. A propósito, este single marca a carreira de Aguilera como seu primeiro a não entrar pro top 100 da Billboard (sendo introduzido no obscuro e depressivo Bubbling Under Hot 100 Singles, na posição #19). Fora que o resultado na terra da Rainha (ou do príncipe que casou com a plebéia, sei lá) foi ainda pior. Quem sabe tenha se saído melhor nas paradas de, sei lá, Trinidad e Tobago...


Não sei se não era a hora de uma balada como esta, se o pessoal estava afim de mais sadomasoquismo ou se, de fato, a canção chega a ser ruim. A canção tem sensibilidade e qualidade muito superiores se comparado com tantas coisas que são jogadas por aí no mercado - e vou evitar citações por questões óbvias: basta ter ouvido pra saber do que estou falando. Christina tem potencial e sua voz é incrível, está num patamar superior, bem longe dos seus colegas do Clube do Mickey (Timberlake e Spears). Mas mesmo assim insiste em jogar tudo na lama com coisas como "Dirrty" e "Not Myself Tonight".

Se você gosta de música lenta, romântica, depressiva e tal, pode ir fundo. Não há problema algum. Porém, em matéria de balada romântica (ou depressiva, pô!), conheço uma infinidade de opções bem mais envolventes e comoventes - inclusive vindas da própria Aguilera, que tem em "I Turn to You" uma de seus canções mais bonitas.

Se você é fã dela, vai fundo e continua ouvindo. Se você não é fã, espere pelo próximo vídeo-clipe sadomasoquista com roupas de couro e chicotes.

domingo, 2 de maio de 2010

AMR - Not Myself Tonight (Christina Aguilera)

Análise: Primeiro single do álbum Bionic, da Christina Aguilera. Lançado agora no dia 30 de Março, alcançou até o momento #23US.


Tinha que ser coisa do cramulhão - ou melhor, do Polow da Don

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Christina Aguilera é com certeza a única artista saída do Clube do Mickey com algum talento de verdade. Claro que se considerarmos que os outros eram Britney Spears e Justin Timberlake não é, realmente, difícil de se destacar. O fato é que Christina é uma grande intérprete. Sua voz poderosa surpreende pela consistência.

Mas é claro que os produtores e afins acham (ou sabem) que isso necessariamente não enche os bolsos. Então Aguilera resolveu se tornar uma vagaba promíscua, fase conhecia como "fase Stripped". Para o lançamento do álbum Stripped, Christina foi afundada numa onda de sensualidade e safadeza - vista com efetividade no vídeo-clipe da canção "Dirrty". Ou seja, nada diferente de trabalhos da Madonna e de sua colega da Disney, Britney Spears.

Porém no álbum Back to Basics, Christina resolveu mostrar que é uma artista de verdade. Reduziu a dose de sexo e aumentou a qualidade musical. Canções como "Hurt" e "Candyman" (indicada a um Grammy) mostram um produção muito mais cuidadosa e interpretações realmente boas. Resumindo: parecia mesmo que Christina queria um carreira baseada em seu talento vocal e não em como consegue rebolar e mostrar seus "dotes femininos".

Pois bem, o single "Not Myself Tonight" acaba com isso tudo. Ela não só quer voltar a sua fase vagaba Stripped, como também não sabe como voltar a isto sem se basear em outras "bases pré-moldadas".


Vamos começar pelo vídeo: Assistindo o vídeo-clipe, você não sabe dizer qual artista está realmente na tela - ou quem Aguilera quis mesmo copiar; Lady Gaga, Madonna, Gwen Stefani ou Bettie Page (hauhauahuaha). Ela está bastante parecida com a Gwen Stefani - porém, em alguns momentos, ela está bem estranha, devido o excesso de maquiagem, bem como Lady Gaga em vários momentos do vídeo-clipe "Telephone". Deste vídeo-clipe também temos os beijos lésbicos, coisa comum pra ela (como o ridículo beijo Christina-Madonna-Britney).

A "ousadia" de algumas partes do vídeo também não é nada original - cenas como as mãos dos dançarinos nos seios de Christina lembra muito a Madonna (sendo mais específico, sua apresentação no MTV Video Music Awards de 1990). Fora que algumas cenas e coreografias são uma cópia sem-vergonha de "Bad Romance" da Lady Gaga - só faltava o fogo que está no guarda-roupas da Aguilera chegar na cama onde está o amante para ser um plágio convicto.
Detalhe: ela usa novamente o efeito de multiplicar-se, que havia usado no vídeo-clipe de "Candyman" - ou seja, a originalidade dela é muito restrita, mais do que se imaginava.

Ou seja, o vídeo-clipe não é original, é minimalistamente bem filmado. Tem coreografias muito abaixo da média, parecendo em alguns momentos uma aula de aeróbica. Abusa em alguns momentos do fundo branco que tanto é utilizado hoje em dia - talvez com o intuito de focar as atenções no artista. Aliás, neste caso isso pode ser considerado uma furada, pois Aguilera está mais para um Circo de Horrores. Sua acentuada beleza sumiu em quase todos os momentos.

Já a música... Hum, um dos principais responsáveis é o Polow da Don - que produziu a imensa bomba "London Bridge" da Fergie, o que explica muita coisa. É o ingresso de Christina no Electro-pop - ou seja, sua carona em algo que está dando certo e que está com tudo no cenário musical. A canção tem seu poder de hipnotizar. Mas não passa de mais uma canção de curto tempo de vida. Descartável como um lenço de papel. Christina joga fora seu potencial vocal sem remorso nem arrependimento.


No final, não podemos culpá-la. Talvez tenha sido difícil demais para ela ser uma artista séria, que foca seu trabalho apenas em seu talento. Ela viu a oportunidade perfeita de voltar ao seu estado libidinoso de Stripped com o Electro-pop. É juntar a fome com a vontade de comer (e vontade de ganhar dinheiro também, claro).

Mas neste caso, não dá muita vontade de escutar - muito menos de ver.

Pelo menos não temos o auto-tune! Viva!

Vídeo: