quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

AMR - Scream (Usher)

Análise: Segundo single do álbum Looking 4 Myself, do Usher. Lançado em Abril de 2012, alcançou #9US e #5UK.




O Usher ainda está na ativa??


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O distante, longínquo ano de 1997 foi um ano excelente para Usher. Num ano dominado por Michael Jackson (na estrada com sua HIStory Tour) e vários outros artistas estourando e tornando os anos 90, o caldeirão de estilos que acabou se transfigurando na malfadada e malsinada década de 2000. Ele acabou por conseguindo um grande destaque com seu segundo álbum, My Away (sem referências ao clássico interpretado por Frank Sinatra). Embora você provavelmente nunca tenha ouvido falar nele até cretina, grudenta e repetitiva "Yeah".

O fato é que, depois do álbum Confessions, com a já citada "Yeah" e "My Boo" (com a igualmente sumida Alicia Keys - que ao ver sua relevância sumir aos poucos, foi esperta em conseguir um cargo como diretora criativa da BlackBerry), já não se ouve falar tanto nele. A monótona "Love in This Club" deu uma levantada nele, fora a interessante "DJ Got Us Fallin' in Love", honrosa exceção. E tirando sua participação em "Somebody to Love" do moleque esquisito Justin Bieber, Usher tem sido tão irregular quanto Britney Spears foi (lembramos então que ela chegou ao ponto de beijar outras mulheres para chamar a atenção). Mas enfim... não que a situação tenha mudado muito agora. Apenas resolvi averiguar como anda o suposto substituto do trono de Rei do Pop (horror, o horror).


E o que tenho para constatar é que Usher vai continuar na média de um hit a cada dois álbuns. "Scream" é aquele projeto que foi feito para o sucesso, sendo trabalhado de forma a ter mais substância que coisas como "Yeah", mas talvez, justamente por isso, fique no meio do caminho. A impressão que tenho é que se ele tenta fazer algo mais sério, mais centrado, mais qualitativo, a coisa desanda para o inócuo. Assim, a única coisa que ele vai conseguir é arrematar a coroa de Bobo da Corte do Pop.

Este single não chega a mostrar todo o potencial de Usher. Não que ele seja algo imenso, mas dá para ter algo mais proveitoso que isso. Também é uma questão de sorte: ele tem que lançar um trabalho quando outra pessoa melhor que ele ou outro trabalho melhor não o fizer. É uma maneira meio constrangedora de conseguir atenção, mas...

Quick - Capas Exóticas 21

Se você teve uma infância passa nos anos 90, vai se lembrar de desenhos clássicos como Os Cavaleiros do Zodíaco ou Shurato. Nesta época, era moda fazer desenhos onde os protagonistas (e os antagonistas também) usavam armaduras com poderes especiais. Não muito tempo depois, isso fosse transpassado por seres com poderes especiais, dentre outras coisas. Mas é curioso notar que muitos anos atrás, uma famosa cantora já havia utilizado uma armadura deste tipo! Piadas à parte...

Nome do álbum: Take Me Home
Ano de Lançamento: 1979
Estilo: Disco Music


Se fosse nos Cavaleiros do Zodíaco, diria que a Cher é uma guerreira da constelação de Ornitorrinco. Eu gostaria muito de saber qual foi o contexto por trás da foto e quem teve a ideia de tal extravagância. Talvez nem no Monte Olimpo isso fosse visto com bons olhos...

Para quem não conhece: "Take Me Home" vale muito a pena de ouvir. Não gosto muito da Cher, mas ela tem seus acertos. E um deles foi propiciar à Sophie Ellis-Bextor uma versão cover. Seguem:


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Especial - 55ª Edição do Grammy

Tivemos nesta edição a apresentação da premiação pelo rapper LL Cool J, melhor conhecido por seus trabalhos nos anos 90, só não me pergunte quais. Fora a adição de outros 3 prêmios, totalizando 81! Nada realmente relevante, mas...

Gravação do Ano (Record of The Year)

"Somebody That I Used to Know" do Gotye com Kimbra





Dentre todos os indicados, a canção de Gotye era a mais merecida para a posição. Com sua voz a la Sting, com a participação acertada de Kimbra e a forcinha que a base de "Seville", do compositor brasileiro Luiz Bonfá, foram a receita de sucesso para este single, que já recebeu várias versões e paródias. Você nunca ouviu Gotye antes, agora falta esperar e ver se vai ouvir depois disto (e o mesmo vale para a Kimbra).


Outros indicados da categoria


"Lonely Boy" do The Black Keys






Se o Gotye não houve abocanhado o prêmio, com certeza o The Black Keys seriam os merecedores. Poucas vezes ouvi um Rock tão fiel ao que se ouvia há muito tempo atrás (na medida do possível, lógico). Senti uma pontinha de The Doors e até mesmo Iggy pop, o que contribuiu bastante para o resultado final. Enfim, comparado com os outros artistas, pareceu antiquado. E deve ser exatamente por isso que é bom.


"Stronger (What Doesn't Kill You)" da Kelly Clarkson





A coisa mais acertada que Kelly Clarkson fez na vida foi chutar a bunda dos caras que queria basear a carreira dela em baladas românticas. Já a pior coisa foi confiar um single na mão do Ryan Tedder (ou fazer aquele filme, De Justin para Kelly - que ela só fez por questões contratuais, mostrando que desde cedo ela já se mostrava esperta com relação às ideias equivocadas dos executivos das gravadoras). Enfim, apesar de Kelly ser competente no ramo das baladas românticas, ela também é muito boa em fazer o Pop Rock. "Stronger" é mais uma perfeita amostra disso, que também foi um potencial concorrente ao prêmio. Mas já que apenas um pode ganhar...

"We Are Young" do Fun com Janelle Monáe





Poucas coisas foram tão chatas quanto este single. Por todo o falatório e repercussão, até dá pra pensar em esperar algo de fato - ledo engano, pois justamente por isto que não poderia esperar grande coisa. Os novatos do Fun (que parece nome daquelas bandas brasileiras constrangedoras como Fresno e Restart) tiveram um reforço da Janelle Monáe. Isso deveria ter ajudado um pouco, mas no final das contas, tivemos um placar zerado. Mais sorte da próxima!

"Thinkin' 'Bout You" do Frank Ocean





Frank Ocean seria mais um destes caras que vieram na mesma leva de artistas como Taio Cruz e Jason Derülo. A diferença é que ele larga toda aquela parafernália eletrônica e a deixa em seu devido lugar para usar nada mais, nada menos, que a garganta. Ou seja, Auto Tune off - o que lhe dá uma vantagem incrível sobre estes outros. O single é um tanto monótono, mas não é ruim. É mais agradável e interessante do que o do Fun. E isso já também uma grande vantagem.

"We Are Never Ever Getting Back Together" da Taylor Swift




A canção de Taylor Swift é exatamente isso aí: uma canção da Taylor Swift. Não com o mesmo apelo e novidade que já lhe foi de costume e que é reservado ao pessoal que está pisando no carpete da fama pela primeira vez, mas os fãs simplesmente não vão se decepcionar. Agora, levando em consideração estes fatos, achei difícil mesmo esta single ser considerado gravação do ano. É como considerar a Coca Cola inovadora, se é que me entendem... 


Álbum do Ano (Album of The Year)

Babel do Mumford & Sons




Os Folk-interessantes Mumford & Sons e seu vocalista com voz de Michael Stipe do R.E.M. não ganharam nenhuma das seis estatueta das quais lhes foram indicadas nos anos anteriores. Neste ano, das seis indicações, venceram duas - uma delas por Álbum do Ano. O Folk feito pelo quarteto tem qualidade e é uma banda boa (apesar de sua sonoridade poder ser confundida com falta de originalidade). O Folk ganhar um prêmio destes foi uma espécie de "A Vingança dos Nerds" do mundo da música. Seria tipo a Bossa Nova se sobressair das trevas para sobrepassar o execrado e dispensável Sertanejo Musical. Blergh... 


Outros indicados da categoria

El Camino do The Black Keys



O que foi dito sobre o Mumford & Sons logo acima poderia ser aplicado ao The Black Keys, caso eles tivessem arrematado o prêmio. O que me faz lembrar que esta edição do Grammy foi um tanto retrô. Só faltou o Chucky Berry se apresentar na cerimônia com os caras e um holograma do Elvis interagir com eles neste ínterim. Aliás, a Adele ganhar um prêmio este ano só reforça ainda mais esta impressão...

Some Nights do Fun


Bem, se aqui nós temos e, infelizmente, acabamos por supervalorizar artistas como Gabby Amarantos (que se auto-intitula como "Beyoncé Brasileira" - embora eu ache que, guardadas as devidas proporções, este título seria melhor atribuído à Ivete Sangalo). A tal da Amarantos está mais para Jennifer Hudson antes de emagrecer ou o Jabba, do Star Wars. Ah, sim! Sobre o Fun? Bem... sobe a página até a parte deles que tá tudo escrito.

Channel Orange do Frank Ocean





E ora vejam só: o álbum de Frank Ocean ver com um selo de aviso para os pais. Até parece que músicos afrodescendentes não conseguem falar ou cantar sem colocar palavrão no meio. Bem, não sendo como gente tipo Akon, que usa palavrões como vírgulas, ele tem futuro.

Blunderbuss do Jack White



Eu me pergunto: com tantos projetos paralelos (ou problemas, como preferirem definir), como Jack White consegue ter tempo para lançar um álbum solo? Mesmo com o fim do The White Stripes, ainda tem o The Raconteurs e o The Dead Weather. Fora os momentos em que ele tenta inflar seu ego tentar se colocar no mesmo patamar que Jimmy Page e outros guitarristas. Mas mesmo com seu jeito não muito convencional (esta denominação costuma ser boa na minha opinião, mas aqui soa distorcida e incorreta), o álbum foi sucesso nos Estados Unidos e Reino Unidos. Ou seja: Jack não vai precisar gastar com Prozac por um tempo...

Canção do Ano (Song of The Year)


"We Are Young" do Fun


Ha! E não é que a banda Fun ganhou uma estatueta? Bem, falando sobre o single. Uma parte dele me faz pensar que eles pegaram inspiração do Don McLean (ouçam "American Pie"). De resto, é uma canção um tanto pedante e monótona. Janelle Monáe, cantora da qual eu estava acostumado com algo mais groove, mais dançante, tenta dar uma força no refrão, para tornar a coisa toda mais forte e significativa. Acabou falhando. Bem, não poderíamos esperar muito neste caso, mas uma estatueta foi demais.


Outros indicados da categoria


"The A Team" do Ed Sheeran




Com relação ao vencedora da categoria, esta canção se mostra mais intimista, mais introspectiva. Ou seja: mais Folk Music na premiação. Apesar da invasão Folk, e de não ser lá muito marcante, ainda foi mais merecedor do prêmio do que a canção do Fun. Fora disso, não é algo que você vá se lembrar muito tempo depois - a não ser que você seja fã de Folk...


"Adorn" do Miguel




Caramba! Tipo, parece que o Ne-Yo fez algumas cirurgias e resolveu cantar com outro nome. "Adorn" não é ruim, aliás, faria a alegria de quem gosta de ouvir rádio FM especializadas em R&B. Apesar de não ser pomposa como a vencedora da estatueta, também seria mais merecedora do prêmio. Eu só me pergunto se realmente era necessário um nome artístico sem personalidade e tão genérico quanto Miguel. Dá impressão que ele vai cantar alguma coisa como "Mambo Number Five" do Lou Bega...

"Call Me Maybe" da Carly Rae Jepsen


Hum... podem adivinhar o que eu vou dizer agora? Sim, também merecia mais do que o vencedor desta categoria. Ao contrário desta, é uma canção mais frenética, divertida, com uma atuação vocal superior. Bem, de resto, eu já falei sobre ela em um artigo individual...

"Stronger (What Doesn't Kill You)" da Kelly Clarkson


E acredito que sem surpresas, temos que eu acredito que seria a mais merecedora de todos na categoria de Canção do Ano. Após a infeliz situação criada por Ryan Tedder e que envolvia até mesmo a Beyoncé, Kelly Clarkson deu a volta por cima e lançou um single cheio de energia. Como consolo, ela tem o fato que é a única de fato sobrevivente do American Idol e que se mantém sólida na indústria - fora que é muito mais legal que bandas por aí, como por exemplo, sei lá, o Fun...

Melhor Novo Artista (Best New Artist)



Fun



...

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhh!!

(O que aconteceria se derrubassem ácido sulfúrico com elementos tóxicos nos Beastie Boys? Veja a foto acima...)


Outros indicados da categoria

Alabama Shakes





Fico pensando como coisas como Alabama Shakes é rejeitado em detrimento de coisas como o Fun. Ouvir o Alabama te transporta para uma época em que a música era uma solução para a mente conturbada, não como agora, que muitas vezes conturba mentes. Injusto, muito injusto...

Hunter Hayes



Putz! O cara se chama Caçador! Bem, veio caçar uma estatueta do Grammy e errou o alvo. O rapaz é músico do Country, o que em situações normais me faria pensar que o Fun até poderia merecer mais do que ele. Porém, ouvindo uma das canções do rapaz, vemos que ele não impregna a sensação de boi mascando ou coisa do tipo. No geral, não é muito relevante, mas considerando a situação atual, merecia a estatueta acima do Fun por poucos pontos...

The Lumineers




Ora, ora. Mais Folk. Deveria ter mudado o nome do prêmio para Folk Grammy Awards. De qualquer maneira, dentre todos os artista Folk desta premiação, me pareceram os menos relevantes. Parecem uma versão pocket do Mumford & Sons. A canção de estréia deles, "Ho Hey" (Go's Let? Huahuahauah...) me lembro um pouco "I Belong to You" do Lenny Kravitz! Que ecleticismo...
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Pop - Melhor Performance Pop Solo (Best Pop Solo Performance)


"Set Fire to The Rain" da Adele




A Adele conseguiu ganhar uma estatueta este ano também. Por um trabalho feito na época em que foi premiada com outras estatuetas pelo mesmo conjunto! Ou ela realmente fez um trabalho duradouro e atemporal ou havia um quorum na categoria. Vale frisar que a versão em questão é ao-vivo. Ou seja, foi julgada uma versão muito mais propensa a imperfeições e problemas técnicos e ainda sim bateu gente como Kelly Clarkson, Katy Perry e Rihanna. Muito bem!

Pop - Melhor Duo Pop/Performance em Grupo (Best Pop Duo/Group Performance)

"Somebody That I Used to Know" do Gotye com Kimbra




Só o fato do Gotye e da Kimbra terem tirado esta estatueta do Fun e da Janelle Monáe já é o suficiente como mérito musical para eles. De qualquer maneira, Gotye Sting (hahaha) e Kimbra fizeram um trabalho excelente, merecedor do prêmio. Se bem que, considerando que eles competiram com, além do Fun, o LMFAO!!! (com "Sexy and I Know It"!). Tava fácil, não?

Pop - Melhor Álbum Vocal Pop (Best Pop Vocal Album)


Stronger da Kelly Clarkson





Aêeeee! Sem grandes surpresas, a loira arrematou este prêmio. Ela disputou com o superestimado Fun e teve uma concorrente de verdade, a P!nk. O Maroon 5 tava no páreo também, mas não teve jeito.

R&B - Melhor Performance R&B (Best R&B Performance)


"Climax" do Usher




Caramba! O Usher ainda existe! E ainda por cima, ainda canta! Dentre os concorrentes, ele era o nome mais conhecido, e apesar da canção não ser lá grande coisa, foi um prêmio surpreendentemente acertado dentro do contexto. Agora só falta o Usher andar por aí com uma camiseta bem grande escrita "I'm still alive, bitch!".


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O Miguel ganhou uma estatueta de Melhor Canção R&B, o The Black Keys conseguiu arrematou merecidamente o Melhor Performance de Rock e Melhor Canção Rock com "Lonely Boy" e Melhor Álbum Rock com El Camino. Justiça feita!

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As performances mais importantes:




Bruno Mars, Rihanna, Sting, Damian Marley e Ziggy Marley fizeram um tributo a Bob Marley. Eu imaginei que neste momento não fosse dar pra enxergar nada no palco por causa da fumaceira, mas me surpreendi...


Justin Timberlake e Jay-Z cantaram juntos. Jay-Z não canta, proclama rap e Justin Timberlake cantar até parece piada. Ele bem que poderia ter substituído a performance musical por uma cênica e ter recriado uma guerra de tortas a la Os Três Patetas. Seria muito mais divertido e gratificante. Mais ainda se ele passasse a fazer apenas isso o resto da vida...

Houve também performances em tributos a artistas que só devem conhecer num raio de 100km do local da apresentação. Taylor Swift, Kelly Clarkson, Elton John, Alicia Keys... um montão de gente.

Grammy 2013. Mais um Grammy, mais um...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

AMR - Suit & Tie (Justin Timberlake)

Análise: Primeiro single do álbum The 20/20 Experience, do Justin Timberlake. Lançado em Janeiro de 2013, alcançou #4US e #3UK.




Só falta o zíper... na boca!

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Akon e Timbaland parece que se esvaneceram da face da Terra. Coisas como 'Lil Wayne parecem não ter mais a mesma força (isso pelo menos por enquanto). Como dizem, "quando a esmola é demais, o santo desconfia". E eis que para o alívio do povo do cinema e desgraça do povo da música, Timberlake resolveu sair da sua suposta aposentadoria musical (que continuaria a ser muito bem vinda) e produzir alguma coisa a mais. Bem, se você sai de um ramo para outro e acaba retornando para o primeiro, é esperado que se tenha algum material consistente para justificar a volta. Correto?

Me lembro quando ele participou do Saturday Night Live, como Robin Gibb ao lado de Jimmy Fallon. Sintomaticamente, ele não dizia nada no papel, apenas murmurava algo ininteligível  - prenúncio de que sua atuação não seria o suficiente para tanto. Pena que ninguém reparou que musicalmente falando ele era tão apto quanto. Mas o que temos dele depois de praticamente meia década sem relevância (não que ele tivesse antes disso), após coisas como "LoveStoned" e "What Goes Around... Comes Around"?


Como já era de se esperar, o que temos de Timberlake é um vácuo, resultado abaixo de zero em todos os sentidos. Simplesmente não justifica uma volta ao mundo da música. Não sei se no cinema a coisa estava fluindo, mas de qualquer maneira, seria menos constrangedor ficar por lá mesmo. Vocalmente falando, numa foi tão relevante (como se isso fosse possível). E a ruindade do projeto é tamanha que conseguiu deixar inócua também a participação de Jay-Z. Não que fosse grande coisa, mas geralmente ele costuma ser mais destacado.

Eu acho que o fato do single ter alcançado o Top 5 nos dois países mais importantes da indústria só mostra que o pessoal do cinema trabalhou legal para que a transição do cinema  para a música seja definitiva e que ele não estorve mais para aqueles lados. Mas o pessoal da música acabou com esta bomba no colo, com esta mala sem alça nem rodinha. Para a sintetizar a situação ao nível máximo, só faltou mesmo uma reunião com o *NSYNC - o que reduziria mais ainda a figura de Justin, por ser o pior vocalista do grupo.

Enquanto Phil Collins e Toni Braxton se aposentam e rumores dizem que Kylie Minogue segue para o mesmo caminho, não deixo de sentir um tremendo desnivelamento na qualidade musical atual. Triste...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Aconteceu - Boletim Musical (19/02/2013)


"Marilyn Manson desmaia durante show no Canadá"


Uau! Me surpreende. Com uma aparência saudável destas...


"Liam Gallagher diz que adora 'Gangnam Style'"


Liam se diz ansioso pelo próximo hit do coreano...

Já os fãs do Liam esperam dele um hit há pelo menos uns 10 anos

"Chris Brown agradece Adele por desmentir desentendimento no Grammy"


Hahaha! Olha o flagra do sopapo que a Adele ia tomar. Mas como ela não é magrinha como a Rihanna, ele vai ter que usar as duas mãos...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

AMR - 80's Jukebox 12

Artista: Suzanne Vega
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Rock Alternativo, Folk, 
Hits: "Tom's Diner", "Luka"

Hit da Jukebox: "Luka" (1987, #3US - #23UK)



O vídeo-clipe oficial foi bloqueado pelo VEVO para aparecer em outros lugares que não o Youtube ¬¬

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Se você não é uma norte-americano (riponga ou não) que viveu na terra do Tio Sam nos anos 80 ou não é ouvinte assíduo de easy radios, muito provavelmente não conhecerá Suzanne Vega. Quando muito já deve ter ouvido as assobiáveis melodias de "Tom's Diner" e "Luka". Especialmente falando sobre o Brasil, onde as coisas chegam com o delay incrível, seria improvável o resto do portfólio de Vega seja conhecido.

Enfim. Suzanne Vega nasceu na California e teve seus primeiros contatos com a música aos 14 anos. Porém foi um pouco mais tarde que ela conseguiu, depois de certa luta, um contrato para lançar um álbum. Dentre as influências musicais dela, temos Lou Reed e Leonard Cohen - e acabou situando-se entre cantoras como Patti Smith e Tracy Chapman. Depois de dois álbuns, ela se saiu com o brilhante single "Luka", em 1987.


E devo avisar: apesar de sua voz tranquila, deste single ser uma canção bacana e atrativa, a temática é bem diferente: um garoto chamado Luka que sofre abuso físico! Surpreendente, não? Imagina que legal você balançar a cabeça ao ritmo da música, cantarolar junto com Vega enquanto ela fala sobre espancamentos. Tenso...

Foi um grande trabalho de Suzanne Vega, um soft que você não ouve todo o dia. Posteriormente, com trabalhos não tão bem aceitos, ela acabou lançando um single chamado "Tom's Diner". Mas este é assunto para outra Jukebox (acredito que mereça um destaque próprio).

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Quick - No Meu Tempo...

"No meu tempo..."

Imaginem só o avô dele, o disco de goma laca...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AMR - That's All She Wrote (T.I.)

Análise: Terceiro single do álbum No Mercy, do T.I.. Lançado em Janeiro de 2011, alcançou #18US e #158UK.




Ela escreveu: what the fuck?

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Honestamente, se T.I. continuar neste ritmo, as pessoas vão começar a se perguntar do que diabos se trata quando ele for citado. Isso se tal suposição já não estiver ocorrendo. Acredito que os trabalhos mais reconhecidos de T.I. tenham sido com Justin Timberlake (este que, aparentemente, largou o mundo da música para se dedicar ao cinema, num gesto de sensatez musical e insensatez cinematográfica) e Rihanna (com a péssima e horrorosa "Live Your Life", onde resgatam das profundezas do inferno musical a canção "Dragostea Din Tei"). Muito para os outros artistas, pouco para o rapper.

Tenho que dar crédito ao fato de T.I. ser um dos melhores em sua área. Sua colaboração no single "My Love" do Justin Timberlake foi acima da média, não sendo chato ou pedante e terminando na hora certa. Mas isso faria dele um mero "One Rap Wonder" desprezível. No que tenho que me perguntar: seria ele capaz de ser mais relevante do que isso?




Tirando a batida característica do Hip Hop, a canção tem um fundo musical até que promissor. Mas esta impressão logo desaba com a parte vocal, que não passa de mais do mesmo - a mesma cantilena homogênea de sempre. E o rap de T.I. está apenas adequado ao projeto, sem nenhum tipo de maneirismo ou diferencial para diferir as coisas. Eminem é o Eminem, e enquanto ele não desistir de tentar qualquer projeto sério pra voltar ao engraçadinho, ele vai se manter na falta de interesse na qual se encontra.

De um modo geral, a canção não é tão ruim assim - existem exemplares bem piores do gênero vindo de qualquer direção (obviamente não é novidade alguma). Mas pra um mercado saturado e com um apelo não tão popular, não é o suficiente para sair das sombras e buscar um lugar ao sol (o pessoal da Inglaterra entendeu bem isso). Até porque no caso destes caras haveria muita fumaça cobrindo o sol, se é que me entende...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Aconteceu - Boletim Musical (05/02/2013)

"Justin Timberlake volta aos palcos e apresenta canções inéditas"


Acho que nem a volta do NSYNC seria tão constrangedora. (afinal, tinha gente no grupo que sabia de fato cantar...)

"Rihanna reata com Chris Brown"



Espero, pelo menos, que ela tenha feito aulas de boxe desta vez...

"Noel Gallagher revela que está sofrendo de doença que causa zumbido no ouvido"



Não é zumbido não, é a música dele mesmo...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

AMR - Locked Out of Heaven (Bruno Mars)

Análise: Primeiro single do álbum Unorthodox Jukebox, do Bruno Mars. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #1US e #2UK.




A chave no paraíso, não?


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Mars se introduziu no grande meio musical sendo uma espécie de porta-voz num estilo onde voz não é o forte. Sua participação, sendo a parte cantada (verdadeiramente cantada, vamos deixar claro) nas canções de Travie McCoy e B.o.B, foi o seu cartão de visitas para o mainstream. E isso, logicamente, lhe rendeu a possibilidade de trabalhar seu potencial em carreira solo.

Acho que canções como "Just The Way You Are", "Grenade" e "The Lazy Song" dispensam apresentações. Tirando a média, estes trabalhos de Bruno Mars transitam entre o dispensável, o mediano e o bom. O que dá a Mars ao menos o ônus da dúvida - caso que eu considero bem relevante, positivamente falando, nos tempos que enfrentamos. E, inevitavelmente, teríamos um novo álbum e um novo carro-chefe, após o sucesso que Mars obteve.



No novo single, temos algo diferente. Bom, mudanças! Porém já podemos sacar coisas não muito agradáveis. Uma certa falta de criatividade, uma vez que a canção lembra um pouco "Roxanne" do The Police (e eu senti uma pontinha de "The Glamorous Life" da Sheila E nesta receita). Críticos também citaram "Talking in Your Sleep", do The Romantics. E como eu costumo dizer, isso dilui o mérito que, ao meu ver, é dividido em pelo menos três.

Isso significa que Bruno Mars está tentando fazer um revival dos anos 80 ou tentando pegar carona nele? É até possível, porém ele (ou a porra de produtores que se revezaram para realizar este trabalho, dentre eles, Mark Ronson) conseguiu passar um camada de verniz atual, que não deixa a canção tão datada. "The Lazy Song" é bem pior do que isso, mas o fato é que não ouço nada bom dele desde "Grenade" ou "Nothin' On You".

Aliás, os anos 80 parecem estar tão enraizados no sujeito que ele está até parecido com um grande ídolo mundial...

Se não se convenceu, assista ao vídeo abaixo...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Quick - A Nata da Música

Clique para ampliar!

A nata da música que já partiu para o outro lado...