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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AMR - That's All She Wrote (T.I.)

Análise: Terceiro single do álbum No Mercy, do T.I.. Lançado em Janeiro de 2011, alcançou #18US e #158UK.




Ela escreveu: what the fuck?

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Honestamente, se T.I. continuar neste ritmo, as pessoas vão começar a se perguntar do que diabos se trata quando ele for citado. Isso se tal suposição já não estiver ocorrendo. Acredito que os trabalhos mais reconhecidos de T.I. tenham sido com Justin Timberlake (este que, aparentemente, largou o mundo da música para se dedicar ao cinema, num gesto de sensatez musical e insensatez cinematográfica) e Rihanna (com a péssima e horrorosa "Live Your Life", onde resgatam das profundezas do inferno musical a canção "Dragostea Din Tei"). Muito para os outros artistas, pouco para o rapper.

Tenho que dar crédito ao fato de T.I. ser um dos melhores em sua área. Sua colaboração no single "My Love" do Justin Timberlake foi acima da média, não sendo chato ou pedante e terminando na hora certa. Mas isso faria dele um mero "One Rap Wonder" desprezível. No que tenho que me perguntar: seria ele capaz de ser mais relevante do que isso?




Tirando a batida característica do Hip Hop, a canção tem um fundo musical até que promissor. Mas esta impressão logo desaba com a parte vocal, que não passa de mais do mesmo - a mesma cantilena homogênea de sempre. E o rap de T.I. está apenas adequado ao projeto, sem nenhum tipo de maneirismo ou diferencial para diferir as coisas. Eminem é o Eminem, e enquanto ele não desistir de tentar qualquer projeto sério pra voltar ao engraçadinho, ele vai se manter na falta de interesse na qual se encontra.

De um modo geral, a canção não é tão ruim assim - existem exemplares bem piores do gênero vindo de qualquer direção (obviamente não é novidade alguma). Mas pra um mercado saturado e com um apelo não tão popular, não é o suficiente para sair das sombras e buscar um lugar ao sol (o pessoal da Inglaterra entendeu bem isso). Até porque no caso destes caras haveria muita fumaça cobrindo o sol, se é que me entende...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Especial - Gangnam Style vs ...

Gangnam Style vs ...

Oppa! Que porra é essa?

Bem, com certeza todo mundo já ouviu e até mesmo tentou imitar a coreografia peculiar do artista coreano conhecido como Psy em "Gangnam Style". A canção e vídeo criativos e inventivos conquistaram tal espaço que seu vídeo oficial no Youtube já alcançou mais de 425 milhões de visitas e quase 4 milhões de likes - isso tudo em pouco mais de 2 meses!

Mas o mundo da música funciona com engrenagens que podem nos trazer boas variações e outras péssimas. O Brasil é um grande exemplo disso. O que quero dizer? Bem, a canção "Astronauta de Mármore", do grupo Nenhum de Nós, que foi lançada em 1989 é na verdade uma versão para "Starman", do David Bowie. E o que dizer de "Catedral", canção de 1994 da Zélia Duncan? Sua versão original, "Cathedral Song", pertence a Tanita Tikaram, que a lançou em 1989. Ou seja, estes são dois exemplos que, na minha opinião, fizeram justiça aos projetos originais e foram musicalmente bem traduzidos para o povo brasileiro.

Mas também temos uma série de problemas irritantes vindos desta vertente "criativa" que tanto é explorada pelos artista deste país. E os exmplos são os mais diversos:

   

Baha Man - Who Let The Dogs Out? (2000)

Bonde do Tigrão - Só as Cachorras (2001)
Versão deprimente de uma música que já não era boa originalmente...

   

Jimi Hendrix - Hey Joe (1974)

O Rappa - Hey Joe (1996)
A versão original de "Hey Joe" não é do Jimi, mas com certeza a cover nacional foi inspirada na dele. Diga-se de passagem, totalmente dispensável...

   

Las Ketchup - Asereje (2002)

Rouge - Ragatanga (2002)
Puro Pop de 5 minutos. A versão nacional foi um verdadeiro coringa para a divulgação do recé-formado saído de um programa de TV para revelar artistas. Simplesmente não deu certo, não mesmo...

   

Vanessa Carlton - A Thousand Miles (2002)

Stephanie Crossfox - Crossfox (?)
Algo tão ridículo, babaca e constrangedor não merece mais do que estas esparsas linhas e certeiros adjetivos...

Existem mais alguns casos, mas isso fica para um outro artigo...


Esta introdução foi para dizer que, a mais nova vítima do momento (e sim, esta é a palavra, "vítima") é o pobre Psy com sua tresloucada "Gangnam Style". E quem foi o responsável pelo atrevimento de mexer no que não deveria ter sido tocado?

Quem não se lembra de "Dragostei Din Tei", do grupo O-Zone. Uma canção animada e muito chata que dispensava qualquer tipo de reprodução por outros lados. Latino fez sua constrangedora versão, chamada de "Festa no Apê". Honestamente, babaca é pouco para descrever. Latino parece ter o dom de piorar o que toca, uma espécie de Midas às avessas.



Um tempo depois de mais músicas ruins vindas do Latino, ele resolveu atacar mais outro projeto alheio - uma vez que suas próprias criações de nada valem como algo considerável. "Danza Kuduro" de Don Omar não era ruim como "Dragostea Din Tei", mas ainda sim tem seu rótulo descartável. E o mais interessante nesta caso é que Latino não requisitou autorização antes de botar suas garras neste projeto. Ou seja, plágio. Além de arruinar o que já existe, ainda é capaz de "roubar".



E o atual caso, sua "Despedida de Solteiro", causou o maior "rebuliço". Na pior de todas as versões que ele já foi capaz de fazer, Latino conseguiu um imensa repercussão negativa na internet e com fãs da canção "Gangnam Style". O vlogger Cauê Moura resolveu fazer uma versão da canção falando algumas verdades e escrachando um pouco o Latino (coisa que, aliás, não exige muito esforço) e o arremedo de cantor se mostrou incomodado. E principalmente considerando que, enquanto a versão do Latino está sendo totalmente (e merecidamente) vandalizada na rede, a versão do Cauê Moura foi muito bem recebida.



E depois que a turma do Pânico se meteu no meio em uma edição covardemente inclinada para o Latino, o assunto tornou-se mais público - ou seja, saindo no universal das redes sociais. Enfim, a história resume-se assim: Latino deu uma de aproveitador como lhe é de costume, conseguindo autorização para usar uma canção e se dar bem em cima do que não lhe é realmente atribuído. Pessoas não gostaram (obviamente e com razão) e alguém resolveu fazer uma resposta criativa e divertida que acabou irritando o alvo. Como resultado, Latino ficou conhecido na rede como "máquina de xerox".

Latino mostrou com este episódio que não passa de um artista medíocre, apenas pegando carona no sucessos alheios e bem aventurados. Não é algo muito diferente do que vê por aí no Brasil, mas com certeza é um dos piores casos já registrados. E felizmente reconhecido como tal. A coisa mais fácil que um músico pode fazer é colocar uma nova letra em uma base já feita e algo difícil é tornar isso realmente interessante. Latino, um recado: não é pra você.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

AMR - Desastres do "Pop" 4 - Dragostea Din Tei/Live Your Life

O AMR - Desastres do "Pop" desta edição será duplo. Em resumo posso dizer que se a ruindade aqui não foi piorada, com certeza foi perpetuada. Se não dá pra deixar pior, então vamos manter ruim e ativo. E é o que acontece nestes projetos tendo três envolvidos: o grupo Pop O-Zone, vindos da Moldávia (???), o rapper Clifford Harris (mais conhecido como T.I.) e a cantora Rihanna. Ou seja, o projeto original e o sample feito em cima dele. Um prato cheio. Cheio de algo indigesto, diga-se de passagem...

O O-Zone surgiu em 2004 com seu cretino hit "Dragostea Din Tei". Apesar de não ter sido muito bem vindo nos Estados Unidos (#74US), acabou sendo acolhido pelos ingleses (#3UK). Bom, não dá pra esperar muito de quem curte Five e Westlife... O fato é que o single conquistou os ingleses e consequentemente conseguiu um "lugar ao sol" no mundo. Talvez a Inglaterra não tenha errado tanto desde a carreira solo do Mick Jagger (com honrosa excessão para a canção "Goddess in the Doorway" - excluindo, claro, suas contribuições com outros artistas).


"MA-I-A Hi..." é o efeito que a música causa no cérebro...

|Essa porra virou uma febre na Inglaterra, Alemanha, França, Suiça, Itália e principalmente Japão... Provando que o mal gosto provém de várias partes do mundo e que infelizmente nenhum país é imune|

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O O-Zone foi formado em 1998 como um duo pelos membros Dan Bălan e Petru Jelihovschi. Porém Jelihovschi logo saiu, dando espaço para Arsenie Todiraş e, logo após, Radu Sîrbu. O grupo lançou 3 álbuns (sendo que apenas o último, DiscO-Zone, fez sucesso) antes de encerrar atividades em 2005.

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O ano é 2004. No mundo da música, via-se coisas como a palhaçada do show de Janet Jackson com Justin Timberlake no Super Bowl, onde orquestradamente Janet deixou um seio à mostra. O casamento de Britney Spears com o arremedo Kevin Federline. Avril Lavigne em alta com seu disco Under My Skin. Enfim, nada de muito relevante nem que fosse salvar a música.


Então que parece um hit cretino de um país improvável. Aqui no Brasil, alguns acabaram conhecendo mesmo esta canção atráves de outra entidade cretina: o cantor Latino. O hit brasileiro "Festa no Apê" (onde temos linhas clássicas como "hoje é festa lá no meu apê/pode aparecer/vai rolar bunda lê-le") define bem sua carreira artística: reciclagem de terceira com material de quinta. Fora que ele agora vive de fazer canções usando trocadilhos e citações ridículas como "vamos bebemorar", "enquanto não encontro a mulher certa, me divirto com as erradas" e "Cátia Catchaça". Constrangedor é pouco... A única coisa de verdadeira relevância que Latino fez foi o hit "Me Leva", que na verdade soa extremamente datado e nostálgico para os dias de hoje - fora que não dá pra saber quando a voz do Latino era pior, antigamente ou agora.

O fato é que, seja em romeno, em português o qualquer outra língua, "Dragostea Din Tei" tocou tanto que encheu o saco do mundo inteiro. É o legítimo e perfeito exemplar da tão temerosa categoria "Pop Chiclete". Aquilo que é vazio e inconsistente em conteúdo e musicalidade, mas que gruda no cérebro de uma maneira irritante. O hit gerou até mesmo um meme, com um jovem, ultra popular gordinho nerd chamado Gary Brolsma:


Cada um tem a fama que merece...

No final das contas, o grupo se dissolveu em 2005 (no ano seguinte ao lançamento da música e do álbum!!) e desde então nunca mais se ouviu falar neles. E a canção acabou ganhando o merecido limbo, podendo dar lugar aos próximos designados Pops Chicletes da vida.

Porém...


É.. que tal viver a sua vida de deixar os velhos hits cretinos enterrados?

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|Essa outra porra aqui conquistou o topo de vários charts pelos Estados Unidos, principalmente pela participação de Rihanna; ganhou um MTV Video Music Awards de 2009 por melhor vídeo-clipe masculino|

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T.I. (Clifford Joseph Harris, Jr.) tem quase dez anos de estrada, sete álbuns lançados e vinte singles (dois deles #1US). Com algumas passagens pela polícia, T.I. foi detido recentemente por porte de drogas juntamente com sua esposa, a também artista Tameka "Tiny" Cottle-Harris.

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Depois de conseguirmos enterrar "Dragostea Din Tei" (mas infelizmente demorando mais um pouco pra enterrar o Latino e seu Apê), as coisas pareciam em paz. Coisa irritantes como Daddy Yankee e sua malfadada "Gasolina" apareceram para ocupar o posto de porcaria da vez. Mas é claro que ninguém esperava o que viria quatro anos depois...

O rapper T.I., conhecido até o momento pela sua parceria com Justin Timberlake no single "My Love" (onde teve destaque, conseguindo fazer um rap ser mais interessante que a parte cantada da música - se bem que se é o Timberlake o cantor, não dá pra dar muito mérito...) e sua participação em "I'm a Flirt", projeto originalmente do Bow Wow com o R. Kelly, em remake feito com o próprio Kelly e T-Pain. Após estas e várias outras parecerias, ele foi crescendo mais e mais, aparecendo mais na cena Hip-Hop.


Mas então o rapper aqui teve a "brilhante" ideia de ressuscitar um cadáver podre que não deveriam sequer lembrar da existência. Quem assistiu o remake do filme A Múmia feito em 1999 deve se lembrar de quando os personagens acordam uma múmia nojenta e nauseabunda. Pois é, aqui acontece o mesmo, e o pior: com efeitos de Rap e Hip-Hop!

Você pode entrar em um estúdio e encontrar uma infinidade de instrumentos e ferramentas para produzir sons e efeitos; até mesmo bater nas paredes ou jogar uma guitarra na mesa de som. Mas por que ficar gritando "êeee" bem alto de maneira insistente? Os rappers têm esta vontade idiota de ficar gritando como se tivessem fazendo bagunça em algum lugar e isso não ajuda em nada.

Tirando o sample cretino, "Live Your Life" não passa de mais uma canção do gênero, sem nada em especial. No fim das contas, tira mesmo uma boa carona do sucesso injustificado que foi a canção do grupo O-Zone - apesar do seu rap em "My Love" ser realmente legal, T.I. é quando muito medíocre, sem atrativos. E, se não foi T.I. quem teve a ideia, a pessoa que sugeriu a canção sabia do potencial "chicletoso" dela. Ou seja, os méritos só podem ir para o O-Zone e para a Rihanna, que como estava/está em ascensão, vai atrair a atenção e ouvidos nada exigentes para qualquer coisa onde coloque sua voz.


No final, fica a lição: deixem o que não presta no lugar. Assim manteremos coisas como o Vanilla Ice (que já foi "cutucado"), Felipe Dylon e outros menos cotados bem longe de nossos ouvidos!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

AMR - Dead and Gone (T.I. e Justin Timberlake)

Análise: Quarto e último single do álbum Paper Trail de T.I., com participação de Justin Timberlake. Alcançou #2US e #4UK.


Mano Brown sabe cantar em inglês!!

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T.I. (Clifford Joseph Harris, Jr.) é um rapper regular. Não é um gênio na arte do rap - apesar de dificilmente eu ouvir um rap tão bom quanto o dele na música "My Love" de Justin Timberlake - e também não é tão ruim que chega a ser irritante - como Soulja Boy, Lil' Wayne, Ludacris, Sean Paul e outros menos cotados.

O caso é que a canção "Dead and Gone" recebeu um tratamento um tanto diferenciado na minha opinião. Tem todos os elementos normais num projeto rap, mas teve uma produção um pouco mais caprichada. A estrutura musical, com base no piano - alguém realmente acredita que Justin Timberlake seja capaz de reproduzir essa peça em um piano? - deixa a canção melancólica, para acompanhar o clima da letra - que trata sobre algo de um "eu" perdido.

T.I. tem seu jeito peculiar de fazer rap, apesar deste não ser lá um grande destaque. Infelizmente, sua voz acaba sobrepondo a bela base musical. A participação de Justin é apenas correta. T.I. quase consegue ser mais agradável fazendo rap do que Justin cantando. A propósito, na outra parte do Justin na música, sua voz é soterrada por elementos sonoros. Sintomático?
O videoclipe mostra uma estrada com T.I. e Justin num clima desolado, triste (talvez por Justin estar sentado ao piano). Naquele momento em que estava dirigindo, T.I. bem que poderia ter tido um surto de 5 minutos e ter atropelado aquele sujeito branquela na frente daquele instrumento escroto, saca mano?

Pode-se dizer que "Dead and Gone" serviria perfeitamente como um pedido de desculpas em resposta ao single-desastre-ruim-de-doer "Live Your Life" (com participação da dublê-de-Madonna Rihanna, que ressuscita a detestável canção "Dragostea Din Tei" do O-Zone - ainda consegue deixá-la pior!!).
Vídeo da canção: