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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

AMR - Renegade (Paramore)

Análise: Single saído do box set Singles Club, da banda Paramore. Lançado em Outubro de 2011.




Onde será que vi algo parecido? Ahh...

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Tá certo que o Paramore não é lá uma banda tão conhecida ou prontamente um referência para um estilo (até porque ser referencial num estilo tão diversificado e abarrotado como o Rock Alternativo não é tarefa fácil). Mas o grupo tem lá seu reconhecimento e seus fãs. Hayley Williams, que iniciou na vida artística com 14 anos, envolveu-se com o Paramore em 2004, preteriu sua carreira solo (a gravadora planejava transformá-la em uma espécie de musa Pop, na mesma veia que Avril Lavigne) em favor da banda. Não sei se foi a decisão mais inteligente para o sucesso de sua carreira, mas que foi a mais digna...

Em meados de 2007, você muito provavelmente ouviu (mesmo que contra sua vontade) o hit "Misery Business". Tocou bastante. Aliás, não só este hit, como "That's What You Get" também veio atrelada ao que foi uma certa moda naquele ano. Três anos depois, a banda saiu com "The Only Exception", que nada tinha a ver com seu som mais transgressivo (mas nem tanto) e acabou por afastar-se de tudo aquilo que havia construído no álbum Riot! - digo isso porque não houve mais nenhum outro hit de mesmo impacto na carreira deles (apesar do álbum Brand News Eyes ter sido o de melhor desempenho na carreira da banda, o single, que costumam ser os verdadeiros propulsores, não funcionaram também quanto deveriam.


"Renegade" não é de fato um single oficial de um novo projeto. É apenas uma faixa saída de um álbum promocional. Um pouco diferente do que se está habituado vindo do Paramore e bem familiarizado com a cena do Rock Alternativo de sempre. Não temos aquela marca que os outros single deixaram, aquela coisa de ouvir e saber do que se trata. Resumido, temos algo bem genérico - não é ruim, aliás é muito bom para quem gosta desta cena. Mas deixa a desejar para quem procura ao novo ou diferente.

Basicamente o Paramore conseguiu aparecer com o Riot!, mas só saberemos o que vai acontecer com o próximo álbum de inéditas. Teremos mais algum single comercial interessante ou as coisas vão simplesmente continuar como estão. Bom ou ruim, só o tempo nos dirá.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quick - Capas Exóticas 18

Bem, esta capa além de ser bem bizarra e feiíssima também carrega uma pesada carga polêmica, religiosamente falando. Claro que polêmica é coisa para descerebrados e só o mesmo têm tempo para perder com este tipo de bobagem, mas é sabido no mundo do marketing que uma das melhores maneiras de divulgação é pisar no calo dos religiosos (ou cutucar estigmas, se é que me entendem). Basicamente é o que bandas do Punk gostam de fazer (desde o anarquismo dos Sex Pistols até o encarte escandaloso feito por H. R. Giger, incluso no álbum Frankenchrist, da banda Dead Kennedys). E aqui nós temos The Dwarves!

Nome do álbum: The Dwarves Must Die
Ano de lançamento: 2004
Estilo: Punk Rock


Estes punks, definitivamente, sabem como se utilizar da bizarrice sendo criativos, tenho que admitir. Agora, acho que neste caso isso não foi necessariamente um elogio. Fora que se você reparar, duas das garotas nuas estão chorando o anão crucificado, enquanto a outra está olhando para a câmera com um olhar sexy (que não deve ter sido intencional), o que destoa a coisa toda. Vai ver ela é fã de sadomasoquismo, não?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

AMR - Desastres do "Pop" 4 - Dragostea Din Tei/Live Your Life

O AMR - Desastres do "Pop" desta edição será duplo. Em resumo posso dizer que se a ruindade aqui não foi piorada, com certeza foi perpetuada. Se não dá pra deixar pior, então vamos manter ruim e ativo. E é o que acontece nestes projetos tendo três envolvidos: o grupo Pop O-Zone, vindos da Moldávia (???), o rapper Clifford Harris (mais conhecido como T.I.) e a cantora Rihanna. Ou seja, o projeto original e o sample feito em cima dele. Um prato cheio. Cheio de algo indigesto, diga-se de passagem...

O O-Zone surgiu em 2004 com seu cretino hit "Dragostea Din Tei". Apesar de não ter sido muito bem vindo nos Estados Unidos (#74US), acabou sendo acolhido pelos ingleses (#3UK). Bom, não dá pra esperar muito de quem curte Five e Westlife... O fato é que o single conquistou os ingleses e consequentemente conseguiu um "lugar ao sol" no mundo. Talvez a Inglaterra não tenha errado tanto desde a carreira solo do Mick Jagger (com honrosa excessão para a canção "Goddess in the Doorway" - excluindo, claro, suas contribuições com outros artistas).


"MA-I-A Hi..." é o efeito que a música causa no cérebro...

|Essa porra virou uma febre na Inglaterra, Alemanha, França, Suiça, Itália e principalmente Japão... Provando que o mal gosto provém de várias partes do mundo e que infelizmente nenhum país é imune|

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O O-Zone foi formado em 1998 como um duo pelos membros Dan Bălan e Petru Jelihovschi. Porém Jelihovschi logo saiu, dando espaço para Arsenie Todiraş e, logo após, Radu Sîrbu. O grupo lançou 3 álbuns (sendo que apenas o último, DiscO-Zone, fez sucesso) antes de encerrar atividades em 2005.

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O ano é 2004. No mundo da música, via-se coisas como a palhaçada do show de Janet Jackson com Justin Timberlake no Super Bowl, onde orquestradamente Janet deixou um seio à mostra. O casamento de Britney Spears com o arremedo Kevin Federline. Avril Lavigne em alta com seu disco Under My Skin. Enfim, nada de muito relevante nem que fosse salvar a música.


Então que parece um hit cretino de um país improvável. Aqui no Brasil, alguns acabaram conhecendo mesmo esta canção atráves de outra entidade cretina: o cantor Latino. O hit brasileiro "Festa no Apê" (onde temos linhas clássicas como "hoje é festa lá no meu apê/pode aparecer/vai rolar bunda lê-le") define bem sua carreira artística: reciclagem de terceira com material de quinta. Fora que ele agora vive de fazer canções usando trocadilhos e citações ridículas como "vamos bebemorar", "enquanto não encontro a mulher certa, me divirto com as erradas" e "Cátia Catchaça". Constrangedor é pouco... A única coisa de verdadeira relevância que Latino fez foi o hit "Me Leva", que na verdade soa extremamente datado e nostálgico para os dias de hoje - fora que não dá pra saber quando a voz do Latino era pior, antigamente ou agora.

O fato é que, seja em romeno, em português o qualquer outra língua, "Dragostea Din Tei" tocou tanto que encheu o saco do mundo inteiro. É o legítimo e perfeito exemplar da tão temerosa categoria "Pop Chiclete". Aquilo que é vazio e inconsistente em conteúdo e musicalidade, mas que gruda no cérebro de uma maneira irritante. O hit gerou até mesmo um meme, com um jovem, ultra popular gordinho nerd chamado Gary Brolsma:


Cada um tem a fama que merece...

No final das contas, o grupo se dissolveu em 2005 (no ano seguinte ao lançamento da música e do álbum!!) e desde então nunca mais se ouviu falar neles. E a canção acabou ganhando o merecido limbo, podendo dar lugar aos próximos designados Pops Chicletes da vida.

Porém...


É.. que tal viver a sua vida de deixar os velhos hits cretinos enterrados?

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|Essa outra porra aqui conquistou o topo de vários charts pelos Estados Unidos, principalmente pela participação de Rihanna; ganhou um MTV Video Music Awards de 2009 por melhor vídeo-clipe masculino|

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T.I. (Clifford Joseph Harris, Jr.) tem quase dez anos de estrada, sete álbuns lançados e vinte singles (dois deles #1US). Com algumas passagens pela polícia, T.I. foi detido recentemente por porte de drogas juntamente com sua esposa, a também artista Tameka "Tiny" Cottle-Harris.

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Depois de conseguirmos enterrar "Dragostea Din Tei" (mas infelizmente demorando mais um pouco pra enterrar o Latino e seu Apê), as coisas pareciam em paz. Coisa irritantes como Daddy Yankee e sua malfadada "Gasolina" apareceram para ocupar o posto de porcaria da vez. Mas é claro que ninguém esperava o que viria quatro anos depois...

O rapper T.I., conhecido até o momento pela sua parceria com Justin Timberlake no single "My Love" (onde teve destaque, conseguindo fazer um rap ser mais interessante que a parte cantada da música - se bem que se é o Timberlake o cantor, não dá pra dar muito mérito...) e sua participação em "I'm a Flirt", projeto originalmente do Bow Wow com o R. Kelly, em remake feito com o próprio Kelly e T-Pain. Após estas e várias outras parecerias, ele foi crescendo mais e mais, aparecendo mais na cena Hip-Hop.


Mas então o rapper aqui teve a "brilhante" ideia de ressuscitar um cadáver podre que não deveriam sequer lembrar da existência. Quem assistiu o remake do filme A Múmia feito em 1999 deve se lembrar de quando os personagens acordam uma múmia nojenta e nauseabunda. Pois é, aqui acontece o mesmo, e o pior: com efeitos de Rap e Hip-Hop!

Você pode entrar em um estúdio e encontrar uma infinidade de instrumentos e ferramentas para produzir sons e efeitos; até mesmo bater nas paredes ou jogar uma guitarra na mesa de som. Mas por que ficar gritando "êeee" bem alto de maneira insistente? Os rappers têm esta vontade idiota de ficar gritando como se tivessem fazendo bagunça em algum lugar e isso não ajuda em nada.

Tirando o sample cretino, "Live Your Life" não passa de mais uma canção do gênero, sem nada em especial. No fim das contas, tira mesmo uma boa carona do sucesso injustificado que foi a canção do grupo O-Zone - apesar do seu rap em "My Love" ser realmente legal, T.I. é quando muito medíocre, sem atrativos. E, se não foi T.I. quem teve a ideia, a pessoa que sugeriu a canção sabia do potencial "chicletoso" dela. Ou seja, os méritos só podem ir para o O-Zone e para a Rihanna, que como estava/está em ascensão, vai atrair a atenção e ouvidos nada exigentes para qualquer coisa onde coloque sua voz.


No final, fica a lição: deixem o que não presta no lugar. Assim manteremos coisas como o Vanilla Ice (que já foi "cutucado"), Felipe Dylon e outros menos cotados bem longe de nossos ouvidos!

domingo, 23 de maio de 2010

AMR - Coincidências 3

The Jonas Brothers é mais uma banda parida pela Disney. Ou seja, um produto criado pensando no seu público alvo: crianças e pré-adolescentes atrasados no quesito critério. Assim como High School Musical, Demi Lovato, Selena Gomez, Miley Cyrus e outros. Eles já têm uns 5 anos de carreira e alguns hits menores.


Talvez o mais bem sucedido deles seja "When You Look Me In The Eyes", lançada originalmente em Novembro de 2004 no álbum solo de Nicholas Jonas (esse cara tinha carreira antes de se juntar aos irmãos!!). Em 2008 foi lançada a versão com os irmãos, que ficou famosa.


A banda Lonestar (uma das bandas de maior sucesso no estilo Country) tem 9 canções #1 nas paradas Country e um #1 nas paradas da Billboard (Amazed, #1 - 1999) - inclusive foi o primeiro single Country a chegar lá desde "Islands In The Stream" com Kenny Rogers e Dolly Parton, em 1983. Com seus quase 20 anos de estradas e diversas formações, ainda se mantém como um dos grupos mais populares em seu país.


No ano de 2001, eles lançam um de seus maiores sucessos: "I'm Already There". Sendo seu 7º primeiro lugar nas paradas Country dos Estados Unidos, ficando no topo por mais de um mês. É uma canção de forte cunho emocional e que já foi interpretada até pelo grupo Pop irlandês Westlife (descobertos por Simon Cowell).


"When you look me in the eye, you see shame..."

Provavelmente temos aqui um plágio não-intencional. As canções são bastante diferentes entre si (particularmente, a do Lonestar é bem superior), porém partilham de um refrão muito semelhante. Vemos aqui pelo menos uns 85% de igualdade na melodia.

A letra de "I'm Already There" foi escrita pelo vocalista Richie McDonald (que saiu da banda em 2008) com o duo country Baker & Myers. Já a letra de "When You Look Me in The Eyes" foi escrita pelos irmãos Jonas juntamente com outros compositores.

O Lonestar só tem mesmo sua grande fama em seu país. Geralmente é conhecida pelas rádios que tocam canções "easy" (como é o caso de "I'm Already There"). O Country não é realmente muito admirado fora das terras do Tio Sam - aqui o negócio agora é Sertanejo Universitário (?).

Já os Jonas Brothers são aquilo: uma coisinhas engraçadinha que foi colada no muro e infelizmente vai demorar pra sair de lá. Espero que fiquem cada vez mais discretos.

Coincidência?

Bem, nem um nem outro. Os Jonas e o Lonestar apenas estão lá, e um não influencia no outro. Acho que é isso...

domingo, 21 de março de 2010

AMR - 2000's Jukebox 1

Artista: Michael Gray (04/12/1979)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: House, Dance
Hits: "
Borderline", "The Weekend"
Hit da Jukebox: "
The Weekend" (2004, #UK7)


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Provavelmente a década com maior incidência de samples é esta que passou. A década de 00 (!) às vezes passa a impressão de preguiça ou falta de criatividade por tentar renovar ou reciclar peças já existentes - exatamente o que anda acontecendo com filmes. Juntamente com isso (ou justamente por isso) a carreira dos DJ's pelo mundo explodiu. Eles passaram a se multiplicar tal como os rappers. Ao menos estes caras que ficam remexendo um disco de vinil sabe fazer coisas legais.
Em 2004, o DJ Michael Gray surge com o single "The Weekend". Uma batida frenética e dançante que nos remete um pouco ao som dos anos 80. Mas claro que isso não é à toa. O mérito não poderia ser só dele. A canção utiliza samples do clássico de Oliver Cheatham, que fez muito sucesso na época com a canção "Get Down on Saturday Night".

Apesar de não utilizar muita coisa da canção, - limitou-se a usar apenas uma linha, fora um coisa ou outra na parte instrumental - Gray conseguiu fazer seu projeto soar mais interessante do que o Room 5 que sampleou praticamente a canção inteira em sua versão, "Make Luv". O resto foi obra do próprio DJ. A parte vocal conta com a cantora Shena - famosa na cena musical dance/house, o que nos faz pensar que ela deve ser tão conhecida quanto a identidade do Jack o Estripador...
O clipe tenta meio que passar aquela mensagem de "cacete, tenho que trabalhar, mas quando o fim de semana chegar...". Com mulheres dançando num bizarro ambiente que deveria ser um escritório. Agora, se trabalhassem em escritórios mulheres como aquelas, não seria necessário esperar o fim de semana.

Normalmente os DJs são conhecidos por chegarem nas baladas, colocarem seus cds pra tocar e irem tomar cerveja. Não deve ser muito diferente o que alguns fazem em estúdio. Mas dá pra ver que alguns resolvem arregaçar as mangas e fazer algum diferencial. Se Michael Gray não é o DJ mais valoroso ou conhecido, ao menos conseguiu fazer algo divertido com um clássico e nos manter entretidos por uns 10 minutos. Ou mais.

domingo, 27 de dezembro de 2009

AMR - Get On Your Boots (U2)

Análise: Primeiro single do álbum No Line On The Horizon da banda irlandesa U2. Primeiro álbum de inéditas desde 2004. Alcançou #37US e #12UK.



A bota no caso é pra dar um pé na bunda do (biscoito) Bono?
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Engraçada a sensação que tive ao ouvir "Get On Your Boots". Me senti numa espécie de viagem no tempo. Pois eu poderia jurar que tinha voltado para o ano de 2004 e que estava resenhando a música "Vertigo"... "Get On..." simplesmente parece um protótipo da "Vertigo", tipo uma primeira demo. A impressão que dá é que Bono acreditou que não tivessem feito jus à ela e tentou lançá-la de novo para ver se davam mais valor...

De qualquer maneira, para um lançamento vindo de uma banda como o U2, a coisa aqui soou incrivelmente fraca. Provavelmente Bono está se dedicando quase que integralmente às suas causas humanitárias (ou tentando ser pastor) e esqueceu a essência do rock. Em defesa do grupo, dá pra dizer que o restante do pessoal ainda tá no espírito da coisa...


Quer dizer, o que temos aqui é uma versão "rocker-mas-nem-tanto" de "Vertigo". O que dá pra perceber que não é nada bom. Quando uma banda ou artista começa a se reciclar desta maneira, algo está errado (é só analisar um pouco o material do White Stripes, que dá até pra ver que além de reciclar-se, eles acabaram reciclando material dos outros...).

Um exemplo de como o U2 perdeu muita de sua força é o fato deles amarrarem insistentemente projetos com outras bandas - obviamente com o objetivo de "sentar no ombro dos gigantes", ou simplesmente pegar carona. Exemplos simples como uma versão ao-vivo bem meia-boca da canção "Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band" com Paul McCartney lançada como single, a reciclagem de "One" com participação da Mary J. Blige (que ficou bem melhor que a original) e a regravação do clássico "Saints Are Coming" dos punks Skids (que até tem um pedacinho da canção "House of Rising Sun", dos The Animals, em homenagem ao pessoal de New Orleans, que sofreu com um desastre natural), juntamente com o Green Day.


Acho que o melhor termo pra definir a nova fase do U2 é "Rock Geriátrico", porque eles estão soando tão cansados que até parecem o Johnny Cash nos seus últimos suspiros.

O clipe é bem diversificado visual e tematicamente. Bem mais interessante que o de "Vertigo". Mas sem muuuito a dizer...

Vamos esperar o U2 chamar a banda Semi Precious Weapons para fazer um cover de "Wild Thing" do The Troggs ou "God Save the Queen" do Sex Pistols.

Pensando bem, é melhor nem imaginar...

Ao menos o vídeo-clipe é bem legal...

Vídeo-clipe:




quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

AMR - 3 (Britney Spears)

Leia também: AMR - Hold It Against Me (Britney Spears)
AMR - I Wanna Go (Britney Spears)
AMR - Criminal (Britney Spears)


Análise: Último single da Britney Spears saído da sua coletânea de singles The Singles Collection. Lançado em Outubro de 2009, alcançou #1US e #7UK.



Uma Britney é pouco, duas é bom, três… ah, sei lá!

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Vamos fazer uma breve volta ao tempo, relembrando um pouco da carreira de Britney Spears.

As coisas estavam indo bem para ela em 2004 de um modo geral. Então ela (ou seja lá quem decidiu isso) resolveu fazer uma cover de Bobby Brown (logo quem! [no caso, "My Prerrogative" ! Britney conseguiu o prodígio de ficar de fora do top 100 das paradas!!]) e acabou desandando em todos os sentidos. Daqui pra frente sua carreira caiu muito em popularidade, com Britney cada vez mais sumida da mídia e rendendo cada vez menos para sua gravadora. Um indicativo de que as coisas já não estavam muito bem foi o ridículo beijo Christina-Madonna-Britney – que tirando lésbicas e tarados, não interessou a ninguém com um mínimo de massa cefálica.

Aí Britney passou por um turbilhão de escândalos que acabaram tirando as coisas dos trilhos - mais ou menos do mesmo jeito que Amy Winehouse infelizmente insiste em fazer - até que ela resolveu recomeçar a trabalhar. E o mais surpreendente é que ela conseguiu resultados até que bem satisfatórios. O combo "Gimme More", "Piece of Me", "Break the Ice", "Womanizer", "Circus" e "If U Seek Amy" mostrou que ela se afastou um pouco daquele pop-chiclete-sabor-plástico que ela vinha fazendo desde o início da carreira. O problema é que ela resolveu exagerar um pouco, meio que parecendo uma espécie de rainha do Auto-Tune (aparentemente, Britney saiu do Pop pra entrar no Electropop)... E o resultado é "3".



A letra fala sobre sexo a 3 - como o pessoal mais antenado nestas coisas já teve ter associado. Lily Allen canta sobre ejaculação precoce, Britney canta sobre sexo a 3 e Madonna, escreva o que eu digo, ainda vai cantar sobre zoofilia (mais especificamente com cavalos). Nada promissor, acreditem. Ver a Penélope Nova falando sobre sexo para pessoas desavisadas e sem noção alguma do assunto (por incrível que pareça) deve ser mais interessante que a letra da música. Não que pudéssemos esperar algo mais do que isso, mas é só pra deixar avisado caso você tenha um mínimo de esperança.

Já o clipe só deixa uma coisa bem clara: Britney está louca pra mostrar (ou provar) que está magra. Depois de toda aquela discussão que foi imposta sobre o peso da moça, isso parece ter sido o objetivo principal, na frente até mesmo da música. E isso ficava um pouco evidente em vídeos como o de "Circus", mas aqui está óbvio.


Bem, eu poderia dar 3 motivos para esta música ser ignorada, mas acho que já esculhambei demais (tá, tá, eu queria muito falar sobre o single "Radar", que foi lançada em dois álbuns, em um puro disperdício de tempo e dinheiro, mas acho que já tá bom assim hauhauah).

Britney, deixe o Auto-tune pra quem realmente sabe fazer algo interessante com isso (tipo pessoas que fazem seu cachorro latir pra afinar o latido ou pessoas da internet que pegam mêmes para fazer medleys engraçadíssimos.