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sábado, 6 de julho de 2013

AMR - 2000's Jukebox 15

Artista: 30 Seconds to Mars
País de Origem: Estados Unidos da América
Hits: "The Kill", "From Yesterday", "A Beautiful Lie"
Hit da Jukebox: "The Kill" (2006, #65US - #28UK)


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Jared Leto é bem conhecido como ator, tendo atuando em filmes como Clube da Luta, Psicopata Americano, Réquiem para um Sonho e Alexandre, o Grande. Porém, não muitos anos depois de ter iniciado sua carreira de ator, Leto deu início ao seu projeto musical. Em 1998, nasceu o 30 Seconds to Mars, juntamente com Shannon Leto, irmão mais velho de Jared.

A banda corre mais para o lado Rock Alternativo e no seu respectivo chart, nunca tendo um grande hit nas principais paradas. Porém desfrutaram de grande popularidades em meados da década de 2000. Mas especificamente na época do lançamento do álbum A Beautiful Lie, de 2005. O single "From Yesterday" foi um grande destaque, mas "The Kill" foi com certeza o mais marcante.


Leto realmente é muito bom nos vocais, especialmente aqui. A canção foi produzida pela banda juntamente com o produtor Josh Abraham, que trabalhou com o Slayer, Weezer e Linkin Park, dentre vários outros. Eles emergiram na era das bandas Emo e pareciam carregar a bandeira do movimento apenas por aparentarem ser emos. Porém a qualidade musical da banda era bem superior.

Podem não ter estourado em público e crítica, mas produziram boas pérolas, carregando ainda um pouco da boa essência do bom e velho Rock. Se você curte Restart, quem sabe do 30 não possa te desintoxicar?

sexta-feira, 28 de junho de 2013

AMR - Coincidências 11

Uma das principais características que definem uma canção Rock é o peso de suas guitarras. Isso não é uma regra; nem todas as composições do Rock utilizam o artifício de preencher boa parte do ouvido com uma pesada barreira de som com a guitarra. Mas os exemplos são muitos. Dentro disso, muitas canções acabam muito parecidas — seja porque utilizam o a mesma nota no mesmo tempo, seja por meramente usar a tática de usar a guitarra rítmica o tempo todo.
Bati o ouvido em três canções específicas que utilizaram tal artifício e acabaram por se assemelhar. Obviamente, as três bandas tem o Rock como estilo em suas composições, com algumas variações. Porém, nos casos em questão, são especificamente Rock Alternativo. Seguem elas:

Coldplay




A mais antiga das três bandas. Fundada em 1996, tem como frontman o músico Chris Martin. O single "Yellow" foi o o terceiro da carreira. Lançado no ano 2000, alcançou quarta colocação nas paradas do Reino Unido, sendo o primeiro grande sucesso da banda.



Simple Plan




Iniciaram as atividades em 1999, com o vocalista Pierre Bouvier à frente do grupo. Ficaram mais conhecidos quando a moda Emo estourou em meados da década de 2000. "Perfect" foi o quarto single da carreira, alcançando a quinta posição nas paradas canadenses, sendo seu segundo sucesso por lá.



Dashboard Confessional




Também iniciaram a carreira em 1999, porém já não estão mais na ativa, tendo desbandado em 2012. O multi-instrumentista e compositor Chris Carrabba estava a frente da banda. "Vindicated" foi o quinto single da carreira e apesar de não ter disputado posições nas paradas principais, fez parte da trilha sonora do filme Homem-Aranha 2. 



A impressão é que uma inspirou a outra, mas no fundo dá para perceber que a linha genérica da guitarra rítmica é explorada à exaustão. Existem os mais diversos exemplos — praticamente quase todo o mundo do Rock de uns anos para cá. Bandas como o Fall Out Boy são recorrentes neste recurso.

Tudo então vai depender do resto, do que a banda pode fazer por cima disto. Das três bandas citadas, o mérito é do Coldplay. Não por ser a banda mais antiga das três citadas, mas por ter criado o melhor possível em seu trabalho.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

AMR - 90's Jukebox 13

Artista: Natalie Imbruglia
Origem: Austrália
Hit da Jukebox: "Torn" (1997)




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Provavelmente você deve conhecer esta canção. Algum dia você deve ter ouvido este refrão e cantarolado juntos. Canção esta imortalizada por Natalie Imbruglia, na verdade não foi grava em primeira mão por ela. Ou seja: trata-se de uma cover. Muito bem sucedida por sinal. Um pouco da história dela:

A banda que interpreta originalmente a canção se chamava Ednaswap, e era mais centra no Rock Alternativo e relacionados. Criada em 1993 por Scott Cutler, Anne Preven, Rusty Anderson, Paul Bushnell e Carla Azar. A vocalista Anne Preven juntou-se à banda posteriormente (Preven diz que quis se juntar ao grupo depois de sonhar que era componente de um banda de mesmo nome - um tanto improvável e engraçado). A banda se desfez em 1999, após o lançamento de três álbuns.



A canção "Torn" (escrita em 1993, antes da formação da banda) foi lançada no álbum de estreia, Ednaswap, de 1995 e no segundo álbum, Wacko Magneto. A primeira versão, de 1995, contém 4:23 de duração, enquanto a versão de 1997 tem 3:58 - a diferença entre as duas está em alguns efeitos vocais e guitarras. Após a canção ter sido lançada em single no ano (segundo single da carreira, após "Glow", do mesmo ano), a banda quis relançar a canção como single do segundo álbum. Porém, no mesmo ano, Natalie Imbruglia gravou sua versão (uma artista entre vários que também interpretaram a canção), que foi um imenso sucesso (inclusive sendo seu single de estreia). Tendo a canção estourado com Imbruglia, o Ednaswap acabou decidindo deixar "Torn" sem um lançamento, pois seria totalmente ofuscado e comparado. Não muito depois (1999), a banda se desfez, pois o último álbum, Wonderland Park, não conseguiu chamar a atenção.

Foi este single que catapultou Natalie para a fama. Este também é seu maior sucesso e, mundialmente falando, o único. Outros trabalhos foram moderadamente bem nas paradas, mas nenhum a nível mundial. Natalie também se dedicou ao cinema e antes da música já trabalhava na televisão. Porém, nunca consegui se dissociar da popularidade entrelaçada com o single "Torn".



Em comparação, a versão da Natalie é muito melhor e mais viável comercialmente, pois a versão original da Ednaswap é realmente o que se pode chamar de Rock Alternativo, mas bota alternativo nisso. A propósito, a segunda versão é a melhor, sendo mais "limpa", um pouco mais agitada. A versão cover dispensa comentários: foi um grande hit e uma canção realmente muito boa. Tanto na produção do Phil Thornalley (que curiosamente produziu as duas versões, original e cover) quanto os vocais da Natalie. Um clássico dos anos 90.

Ednaswap (versão 1997):

domingo, 17 de fevereiro de 2013

AMR - 80's Jukebox 12

Artista: Suzanne Vega
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Rock Alternativo, Folk, 
Hits: "Tom's Diner", "Luka"

Hit da Jukebox: "Luka" (1987, #3US - #23UK)



O vídeo-clipe oficial foi bloqueado pelo VEVO para aparecer em outros lugares que não o Youtube ¬¬

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Se você não é uma norte-americano (riponga ou não) que viveu na terra do Tio Sam nos anos 80 ou não é ouvinte assíduo de easy radios, muito provavelmente não conhecerá Suzanne Vega. Quando muito já deve ter ouvido as assobiáveis melodias de "Tom's Diner" e "Luka". Especialmente falando sobre o Brasil, onde as coisas chegam com o delay incrível, seria improvável o resto do portfólio de Vega seja conhecido.

Enfim. Suzanne Vega nasceu na California e teve seus primeiros contatos com a música aos 14 anos. Porém foi um pouco mais tarde que ela conseguiu, depois de certa luta, um contrato para lançar um álbum. Dentre as influências musicais dela, temos Lou Reed e Leonard Cohen - e acabou situando-se entre cantoras como Patti Smith e Tracy Chapman. Depois de dois álbuns, ela se saiu com o brilhante single "Luka", em 1987.


E devo avisar: apesar de sua voz tranquila, deste single ser uma canção bacana e atrativa, a temática é bem diferente: um garoto chamado Luka que sofre abuso físico! Surpreendente, não? Imagina que legal você balançar a cabeça ao ritmo da música, cantarolar junto com Vega enquanto ela fala sobre espancamentos. Tenso...

Foi um grande trabalho de Suzanne Vega, um soft que você não ouve todo o dia. Posteriormente, com trabalhos não tão bem aceitos, ela acabou lançando um single chamado "Tom's Diner". Mas este é assunto para outra Jukebox (acredito que mereça um destaque próprio).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

AMR - Renegade (Paramore)

Análise: Single saído do box set Singles Club, da banda Paramore. Lançado em Outubro de 2011.




Onde será que vi algo parecido? Ahh...

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Tá certo que o Paramore não é lá uma banda tão conhecida ou prontamente um referência para um estilo (até porque ser referencial num estilo tão diversificado e abarrotado como o Rock Alternativo não é tarefa fácil). Mas o grupo tem lá seu reconhecimento e seus fãs. Hayley Williams, que iniciou na vida artística com 14 anos, envolveu-se com o Paramore em 2004, preteriu sua carreira solo (a gravadora planejava transformá-la em uma espécie de musa Pop, na mesma veia que Avril Lavigne) em favor da banda. Não sei se foi a decisão mais inteligente para o sucesso de sua carreira, mas que foi a mais digna...

Em meados de 2007, você muito provavelmente ouviu (mesmo que contra sua vontade) o hit "Misery Business". Tocou bastante. Aliás, não só este hit, como "That's What You Get" também veio atrelada ao que foi uma certa moda naquele ano. Três anos depois, a banda saiu com "The Only Exception", que nada tinha a ver com seu som mais transgressivo (mas nem tanto) e acabou por afastar-se de tudo aquilo que havia construído no álbum Riot! - digo isso porque não houve mais nenhum outro hit de mesmo impacto na carreira deles (apesar do álbum Brand News Eyes ter sido o de melhor desempenho na carreira da banda, o single, que costumam ser os verdadeiros propulsores, não funcionaram também quanto deveriam.


"Renegade" não é de fato um single oficial de um novo projeto. É apenas uma faixa saída de um álbum promocional. Um pouco diferente do que se está habituado vindo do Paramore e bem familiarizado com a cena do Rock Alternativo de sempre. Não temos aquela marca que os outros single deixaram, aquela coisa de ouvir e saber do que se trata. Resumido, temos algo bem genérico - não é ruim, aliás é muito bom para quem gosta desta cena. Mas deixa a desejar para quem procura ao novo ou diferente.

Basicamente o Paramore conseguiu aparecer com o Riot!, mas só saberemos o que vai acontecer com o próximo álbum de inéditas. Teremos mais algum single comercial interessante ou as coisas vão simplesmente continuar como estão. Bom ou ruim, só o tempo nos dirá.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Quick - Capas Exóticas 13

Você já imaginou como seria uma fusão da Beyoncé com a Rihanna após um pacto com o coisa ruim? Bem, o músico ex-Birthday Party e líder do The Bad Seeds, Nick Cave conseguiu visualizar. Não sei se foi ele o responsável pela concepção, mas considerando a figura esquista de Cave, é muito provável. Estamos falando de uma capa de single de um projeto dele, o Grinderman. Possivelmente ninguém ouviu falar disso nem dos Bad Seeds. Não faz mal. Isso não altera a visual bizarra que segue...

Nome do álbum: Grinderman
Ano de lançamento: 2010
Estilo: Rock Alternativo


Nick Cave mostra que realmente pertence aos anos 80 e 90, pois ainda consegue sintetizar as capas dos seus trabalhos recentes nestas décadas. Este tipo de coisa é realmente oitentista....

Ela seria bem mais interessante do que a Samara ou similares em filmes de terror, não?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

AMR - 2000's Jukebox 10

Artista: My Chemical Romance (2001)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Rock Alternativo, Pop Punk, Emocore
Hit da Jukebox: "Helena" (2005, #33US - #20UK)


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Possivelmente, a primeira palavra que surge na cabeça da grande maioria das pessoas que ouvem o nome My Chemical Romance é "Emo". E não tiro a razão destas pessoas - afinal de contas, no que é que você vai pensar quando vê a figura do vocalista Gerard Way na época de "Helena"-, pois o rótulo Emo com certeza afasta muita gente que não curte lamúrias, gente se vestindo de maneiras esdrúxulas e se portando de maneira depressiva (não profunda como o Gótico). Mas o interessante é que, tirando o visual de Way, não daria exatamente para associar a banda a este estilo.

Dito isso, acho que já deu para remover uma parte do preconceito que impera sobre a banda. Não que canções como "I Don't Love You" sejam um grande cartão de visitas, longe disso. Tanto que a banda já não tem mais a mesma projeção que tinha há uns 5, 6 anos atrás. Acho que baseado nisso eles resolveram fazer canções menos, digamos, pretensiosas - e daí possivelmente nasceu "Teenagers" - que puxa a banda para algo mais Pop.


"Helena" a princípio não tem nada de distinto com relação a qualquer coisa que tocava na época ou comparando com bandas no estilo do My Chemical Romance. Começa com uma pesada guitarra rítmica e os vocais mais gritados de Gerard Way. De fato você pode ouvir isso em qualquer lugar. Mas algo nesta canção pode prender o interesse mesmo caindo na vala comum. Mas no final das contas tem de haver algo que te faça comprar o produto.

E analisando a coisa no contexto Pop, a parte mais atrativa da canção para mim (e possivelmente a parte que me influenciou em pelo menos 80% em escolher essa canção) é o refrão. É uma melancolia derramada, com uma força imensa para tentar te fazer chegar o mais próximo possível do que possa ser estar emocionado - tanto que, ouvindo, você fica com uma sensação de estar com o ouvido "cansado" pelo esforço. E, bem, é um esforço até que positivo se tratando de uma banda no meio do mar do Rock atual.

Obs: O vocalista Gerard Way é a cara do líder do The Smashing Pumpkins, Billy Corgan. Aliás, Way é superior tanto na voz de Corgan quanto com sua banda...


Gerard Way - Billy Corgan

sexta-feira, 1 de julho de 2011

AMR - 2000's Jukebox 9

Artista: Paramore (2004)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Rock Alternativo
Hits: "That's What You Get", "Misery Business", "The Only Exception"
Hit da Jukebox: "Misery Business" (2007, #26US - #17UK)


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O Paramore não é uma banda tão desconhecida assim, ainda sim resolvi escrever sobre eles porque o som deles, apesar de seguir a leva atual que não tem muito critério de qualidade, tem seu interesse - mais especificamente a canção "Misery Business", de 2007.

O Rock Alternativo da banda se mistura um pouco com o Punk Pop. Ou seja, dá pra chamar a Hayley Williams de Avril Lavigne? Sim e não. Talvez o Paramore seja bem menos açucarado que um material ou outro da Avril (coisas como "Complicated" chegam perto de coisas como "The Only Exception"), mas ambos ainda ostentam aquelas canções "Punk mais nem tanto" que não são o melhor exemplo de citação positiva ("That's What You Get", que até que é legalzinha e do outro lado, "Sk8er Boi"). No final das contas, a comparação entre Paramore (Haley Williams) e Avril Lavigne pode gerar protestos vindos dos fãs, mas que faz todo sentido faz.


A canção pode ser confundida com o primeiro single da banda, a estréia (pelo menos aqui no Brasil), pois as faixas do primeiro álbum, All We Know Is Falling, não foram lá muuuito difundidas. De qualquer maneira, a rotatividade de "Misery Business" (juntamente com outros trabalhos da banda apartir daqui) foi decisiva para uma mínima consolidação da banda.

Esta é uma das melhores canções da banda, frenética, bem trabalhada (pelo menos é acima da média) e a voz de Hayley se encaixa perfeitamente com este estilo. Aliás, a garota até deu uma forcinha, juntamente com o Eminem, para o estreante B.o.B. na canção "Airplanes" mostrando que tá conseguindo sair um pouco da estratosfera do Rock Alternativo para ir pro Hip Hop Alternativo - evolução? Não sei, hauahuahauah...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

AMR - Something About You (Cary Brothers)

Análise: Canção do álbum Under Control, do cantor de Indie Rock Cary Brothers. Álbum lançado em Abril de 2010.


Super Cary Brothers!

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Vamos sair do mainstream e ir pra algo mais profundo. Tipo o Mario quando entra pelo cano (Mario Bros, Cary Brothers, sacou??).

Cary Brothers é um músico da cena alternativa que conseguiu certo reconhecimento, tendo suas canções licenciadas para várias trilhas-sonoras de filmes e programas de televisão. Sua canção "Blue Eyes" foi sua introdução ao mainstream (pelo menos ao máximo que um músico alternativo pode chegar de um mainstream). Seu Rock não tem nada escrachado ou barulhento, como geralmente costuma ser (principalmente considerando que me senti um pouco frustrado ao ouvir tantos bons referenciais de alternativos como Sonic Youth e depois acabar ouvindo um som cru e mal diluído - o que piorou quando tentei fazer uma audição mais profunda do seu filho bastardo, o Nirvana, que apesar de ter um som bem melhor, ainda sim me frustrou).

No seu segundo álbum, Under Control, Brothers fez uma cover de "Something About You", da banda Level 42 (1985). O Level é uma banda com um som diferente, e sua versão de "Something About You" e o triste single "It's Over" são seus expoentes maiores. O segundo citado é com certeza uma das mais belas peças das melodias tristes em geral. E o Funk de branco, o New Wave do Level 42 foi transposto para o Indie de Cary Brothers. E o que aconteceu?


Não vou dizer que um ficou melhor do que o outro e coisa do tipo. O que aconteceu é que, se a canção tinha uma outra faceta, um novo caminho a ser explorado, uma sobrevida, algo mais a oferecer, isso foi aproveitado aqui. Se você quer ouvir a canção mas diferente de um Funk dançante para se cantar no chuveiro ou dançar sozinho na sala, vai com certeza colocar o trabalho de Cary e refletir. Um sentimento parecido pode ser sentido com a versão de "Lovesong" do The Cure feito pela cantora Adele - a cantora inglesa colocou emoção extra em cima da faixa, tornando a canção que Robert Smith fez de presente de casamento para sua esposa algo ainda mais belo.

Nem preciso dizer que a projeção geral que artistas como Cary Brothers tem é mínima. Se ele não é capaz de sair por aí gravando um vídeo-clipe nu, sair para uma noite de autógrafos usando um par de chifres amarelos com bolinhas azuis ou qualquer outra babaquice que venham a inventar, ele sempre estará no seu bom e velho underground* - e quem disse que isso é ruim?


* Não sei se expressei de maneira clara o que eu quis dizer. Então aí vai: Hoje em dia, ouvir a música é o que menos interessa. O que importa mesmo é fazer "barulho", aparecer pelos motivos mais torpes e fúteis. Se você é um artista de talento, consegue cativar e agradar de verdade e ainda faz tudo isso, até que é perdoável. Agora, se você consegue encontrar isso em gente como Paris Hilton, você não é alternativo, eclético ou descolado. Você é surdo.


Versão original do Level 42:

domingo, 14 de novembro de 2010

Quick - A Evolução da Música Alternativa

Clique para ampliar!


Acho que esta piada é um pouco alternativa demais...

Apresentando:

Puddle of Mudd - Blurry


Bush - Glycerine


Eu acredito (espero muito, na verdade) que as apresentações do Nirvana e do Nickelback sejam dispensáveis...

domingo, 15 de agosto de 2010

AMR - Saturday Sun (Crowded House)

Análise: Primeiro single do álbum Intriguer, do Crowded House. Lançado agora no mês de Abril.


Depois de tanto tempo, não seria "Empty House"?

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A banda Crowded House, liderada por Neil Finn, sempre foi meio que uma incógnita no mundo da música. Eles fazem um Rock (hum, Pop Rock) na média e nunca foi mais do que isso. Finn fundou a banda em 1985 e nesta época apareceu ao mundo com o hit "Don't Dream It's Over" (aquela do "hey now, hey now"), de longe o mais conhecido hit deles. Mas nunca se viu algo muito distante vindo deles. Ou seja, se fosse futebol, eles pertenceriam ao que se chama de "segunda divisão".

Banda que já teve muito integrantes, incluindo Mark Hart (vocal, guitarra e teclado), que tocou por um bom período com o Supertramp - foi uma espécie de substituto do Roger Hodgson na banda, o que fez com uma mediocridade inaceitável. Inclusive, o próprio Roger foi a um show do Supertramp nos anos 90 para conferir o resultado: ficou chocado em ver sua obra ser desconstruída daquela maneira. Mas pelo menos o trabalhor de Hart no Crowded House não compromete...


"Saturday Sun" é o mais recente single da banda que havia voltado não faz muito tempo. A banda que foi de 1985 até 1996 resolveu voltar aos trabalhos 10 anos depois. Mas nem todo mundo retornou. O baterista Paul Hester, que sofria de depressão, se enforcou em uma árvore perto de sua casa em 2006. Algo trágico, mas que não abalou a banda que resolveu seguir em frente.

O novo single soa mais como um Rock Alternativo, parecendo muito um projeto de bandas mais atuais, como um The Killers mais contido ou um Kaiser Chiefs numa viagem de ácido (???). Nada se parece com aquela banda dos anos 80 - o que significa que houve alguma evolução, uma mudança que sempre é necessária. Mas se por um lado mudou para se atualizar, não significa que tenha sido algo realmente relevante. Em alguns momentos a banda está soando muito como Coldplay, o que reforça a tese de que eles querem soar mais atuais que nunca.


O produtor Jim Scott, que já trabalhou com o Radiohead, Tom Petty, Sting, os Rolling Stones e o Red Hot Chili Peppers, faz um trabalho apenas adequado. Ele mostra que combina muito com o estilo do Radiohead - tanto que é provável ele tenha sentido falta da banda enquanto produzia do Crowded.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

AMR - Dark Side of The Sun (Tokio Hotel)

A pedidos da nossa leitora Nana, aqui vai a resenha de uma canção do Tokio Hotel!

Análise: Terceiro single do álbum Humanoid, do Tokio Hotel. Lançado agora no final de Junho.


Hum... Emonoid?

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O Tokio Hotel é uma banda que se pode definir como um misto de estilos: Rock Alternativo, Emocore ("Don't Jump" tem um bom referencial disto) e até mesmo o Glam Rock (obviamente devido a cabeleira pouco usual do vocalista Bill Kaulitz e as apresentações da banda, especialmente as baseadas no novo álbum). Pode-se até mesmo somar o Teen Pop, que foi um estilo usado inicialmente pela banda.

O fato é que a banda alemã é integrante da segunda divisão do Rock (ou qualquer vertente associável) na Europa. Muito bem sucedidos em seu próprio país, porém bem distantes de agradar aos ingleses ou aos norte-americanos - e até mesmo os japoneses, que costumam se afeiçoar com este tipo de som).


"Darkside of The Sun" é o terceiro single do novo álbum, Humanoid. Geralmente, a banda lança o single em duas línguas (alemão e inglês), porém não foi o que aconteceu neste caso - talvez não tenham encontrado algum apelo significativo para justificar um lançamento na Alemanha.

Na minha opinião, o single tem sim muito apelo para os alemães. Porém apenas para o povo alemão mesmo. A introdução meio que deixa a entender mais uma faixa no estilo da já citada "Don't Jump", mas temos algo fora do sentimentalismo um tanto emo para algo bem mais alternativo. Talvez a banda estivesse puxando um pouquinho da parte pesada do Rammstein, uma banda também alemã, como influência em seu som.


O clima mais urgente e barulhento da canção destoa e desvaloriza a voz de Kaulitz, que chega até mesmo a ser um tanto escondida pelos efeitos em alguns breves momentos. Dá para notar rapidamente que a fase Teen Pop do começo da banda cai muito melhor do que o Alternativo que a banda demonstra atualmente. Um exemplo disto é a ótima "Through The Monsoon".

No final das contas, parece mesmo que eles estavam querendo soar como a banda norte-americana Marilyn Manson. Só falta passar do Rock Alternativo para o Rock Industrial (eca!). Esperamos que Bill não resolva manipular sua aparência da maneira que Brian Warner (o Marilyn Manson da banda) faz.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

AMR - 2000's Jukebox 5

Artista: Evermore & Dirty South
País de Origem: Nova Zelândia
Estilo: Rock Alternativo, Rock Indie, Electro-rock
Hit da Jukebox: "It's Too Late" (2006 - versão remix, #1AUS)


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Um banda de rock alternativo da Nova Zelândia. Acho que não conhecemos muitas destas por aí, principalmente que faça algum sucesso considerável. Geralmente elas ficam restritas ao próprio país - assim como a maioria das bandas brasileiras. Pois bem, o caso do Evermore não é muito diferente. Seu sucesso se limita, além do seu país, a Austrália e França.

Banda formada pelos irmãos Hume, em 1999. Atualmente residem na Austrália - por motivos óbvios em seguida explicados. Misturam o som indie com um pouco de música eletrônica. Apesar de não serem um sucesso absoluto no mundo, têm vendagens expressivas no geral.


Inicialmente, "It's Too Late" teve apenas um impacto menor (#16AUS e #69FR). Na Austrália, ainda teriam coisa melhor a mostrar, porém, na França este é o único single significativo. Uma banda ser mais alternativa, só sendo da Nova Zelândia mesmo. Porém...

O DJ australiano Dragan Roganović, conhecido como Dirty South resolveu fazer um remix desta canção. O projeto foi chamado de "Evermore vs Dirty South". Lançado em 2006, as modificações feitas pelo DJ acenderam o interesse na canção, fazendo-a chegar a #1AUS. Ou seja, na Austrália, claro. Pois na Nova Zelândia não mudou nada...

A canção tem leves influências de música eletrônica, com um clima um tanto soturno em algumas partes e frenético em outras. Mas mesmo sendo diversificada neste ponto, é o clima soturno que se sobrepõe. A voz do vocalista Jon Hume está em um tom de lamentação, que se encaixa com o clima. Apesar de em alguns momentos a interpretação soar exagerada, não compromete o resultado final.


O vídeo-clipe se passa numa espécie de pântano, filmado com ausência de cores, com os irmãos Hume tocando seus instrumentos e cantando uma letra um tanto pessimista. Dá até pra dizer que eles são pioneiros ao inventar o Indie-Emo.

Talvez devessem dar mais valor musicalmente a países como a Nova Zelândia (ou a Austrália, já nem sei).

terça-feira, 27 de abril de 2010

AMR - Hey, Soul Sister (Train)

Análise: Primeiro single do álbum Save Me San Francisco, da banda Train. Lançado em Agosto de 2009, alcançou #3US e #51UK.


Train - Hey, SoU2 Sister (sacaram?)

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O Train é uma banda de rock de várias vertentes: country, alternativo e até mesmo pop. Com 16 anos de estrada, são uma banda regular lá nos Estados Unidos, não tem um grande sucesso, uma fatia significativa do mercado. Eles seriam, em termos de popularidade e guardada a devida proporção, uma espécie de Tribalistas. A diferença é que eles têm algo a dizer e não sumiram devido a total falta de assunto.

Em 2006 a banda lançou o álbum For Me, It's You, que apesar de ter sido bem elogia pela crítica, não fez muito sucesso comercial. Sabe como é, crítica não enche barriga nem bolso de executivo de gravadora. Aparentemente devido a isso, a banda acaba dando um tempo, para voltar em 2009.


"Hey, Soul Sister" é o single de volta da banda e já chegou mostrando potencial. É o terceiro single mais vendido digitalmente da gravadora Columbia Records.

O primeiro deles é que o guitarrista, Jimmy Stafford, não sabia tocar o instrumento que é a base desta canção, o ululeke. Inicialmente ele tentou tocar usando a guitarra, mas não soou como o vocalista, Pat Monahan, queria. Monahan então pediu para que Stafford aprendesse o instrumento - detalhe: ele aprendeu com base em lições on line através de sites pesquisados no Google! Isso sim é inclusão digital musical...


O segundo é que a voz de Pat Monahan lembra estranhamente (ou até mesmo infelizmente, dependendo do caso) a voz de Bono Vox, do U2. Seria algo do tipo um U2 com um Bono caipira e um The Edge estagiário.

Esta canção é a parte country da banda. Country com uma pitadinha de rock. Apesar de não ser algo muito acentuado. É mais ou menos como fazer country sem querer fazer. Ainda sim, é uma canção de força, que conseguiu um talvez inesperado Top 3 nos Estados Unidos.

Agora, por que Train (Trem)? Sei lá, eu me pergunto por que As Pedras Rolando, Os Besouros, Os Fingidos, Wham!?

P.s.: A citação que compara a banda Train com Os Tribalistas não teve como objetivo ofender a banda. O Train é uma banda legal.

P.s. 2: A citação que compara a banda Train com o U2 também não teve como objetivo etc, etc...

Canção: