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sábado, 23 de março de 2013

AMR - 80's Jukebox 15

Artista: Niteflyte
Origem: Estados Unidos da América
Hits: "If You Want It", "You're Breaking My Heart"
Hit da Jukebox: "You're Breaking My Heart" (1981)




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Bandas formadas no meio do turbilhão da Disco Music que dominou os anos 70 de seus meados até o início do anos 80, além de manter grandes hits dançantes, também tinham momentos mais calmos e amorosos. As baladas românticas eram intercaladas com as outras canções características da época. Para citar um exemplos, temos "Please Don't Go", da banda KC and The Sunshine Band (muito conhecida pela animada e exultante "That's The Way I Like It").

Um caso interessante é "MacArthur Park" da falecida Donna Summer. Uma canção que começa como uma balada romântica, mas que acabava enganando os casais apaixonados e concentrados numa dança lenta quando virava em uma agitação inesperada. Enfim, as baladas românticas, de várias formas, sempre foram enraizadas nos estilo que fosse. E um caso específico é a da desconhecida banda Niteflyte.


O Niteflyte foi uma banda da leva Disco que lançou um álbum em 1979 e deste, obteve um único hit, "If You Want It", que alcançou #37US - fazendo deles, na medida do possível, um grupo One Hit Wonder. Porém, não é para este single que quero lhes atribuir uma merecida atenção. Em geral, muitas bandas relativamente desconhecidas conseguem produzir verdadeiras pérolas - e digo isso incisivamente a respeito de baladas românticas. Com eles, não foi diferente...

O pessoal da Disco, apesar de fazer o que seria a música descartável de sua época (a música descartável mais proveitosa que já ouvi, principalmente se levarmos em conta o que tem por aí hoje em dia), sabiam bem o que faziam com os instrumentos empunhados. "You're Breaking My Heart" é uma linda canção baseada no piano, com uma letra entristecida sobre um coração quebrado e canto triste e solitário. Não chega ao nível de profusão melancólica de "More Than Just the Two of Us" do Sneaker, mas também é muito bonita.

O Niteflyte acabou por desaparecer, assim como Sneaker. Mas ambos deixaram uma marca, que embora não tenha se situado no mainstream, com certeza ficou nas mentes dos poucos privilegiados que as descobriam plenamente...

terça-feira, 12 de março de 2013

AMR - 80's Jukebox 14

Artista: Joe Esposito
Origem: Estados Unidos da América
Hits: "Lady, Lady, Lady", "You're the Best", "Come into My Life"
Hit da Jukebox: "Lady, Lady, Lady" (1983)



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Um das coisas que marcaram bem os anos 70 e 80 foram os filmes musicais ou com temática musical. Vários deles foram produzidos e acabaram ficando na memória - positiva ou negativamente. Temos o Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, filme de 1978 baseado no álbum de mesmo nome e no Abbey Road dos Beatles, que teve o Bee Gees e o Peter Frampton (ambos em alta na época, o primeiro pelo álbum Saturday Night Fever e o outro por ter o álbum ao-vivo de maior vendagem até o momento). Tivemos o clássico Grease, também de 1978, com John Travolta e Olivia Newton-John, o Dirty Dance, com Patrick Wayze e Flashdance.

No caso, vou falar de uma canção específica de um filme específico. No caso, o filme Flash Dance, lançado em 1983. O enredo trata de uma garota que sonha em ser bailarina e tenta conciliar isso com o trabalho. O filme mostra o trajeto da moça, terminando sem mostrar se ela de fato conseguiu a vaga numa escola de dança que tanto almejava. E neste ínterim, o filme prestigia o telespectador com uma das melhores trilhas já organizadas para um filme. Clássicos como "Gloria", da falecida Laura Branigan (responsável também pela ótima "Self Control"), "Maniac" do Michael Sembello, "Flashdance... What a Feeling", produzida por Giorgio Moroder e escrita pelo próprio em parceria com Keith Forsey e Irene Cara, a interprete da canção - canção, aliás, vencedora do Oscar e Globo de Ouro de Melhor Canção Original de 1984.


Uma canção da trilha que teve menos destaque que as já citadas mas que ainda sim merece atenção é a terna "Lady, Lady, Lady", de Joe Esposito. Escrita também port Keith Forsey e Giorgio Moroder (e apesar de eu não ter encontrado informações a respeito, parece também ter sido produzida por Moroder). A letra sombria fala de uma moça solitária e de alguém querendo tirá-la desta triste situação. A produção também foi bem caprichada, ao nível do Giorgio (outra canção parecida com esta em alguns aspectos, que atende este padrão é "Take My Breah Away" do Berlin, também arranjada por Moroder).

Apesar de não ter tido tanta atenção (além de ser impossível todas as canções de uma trilha terem destaque, a concorrência no caso foi bem acirrada), esta tímida canção tem uma beleza especial, única. É uma destas músicas que fica mais pro fundo do baú, que você tem trabalho de chegar até ela, tirando outras coisas de cima, mas que vale plenamente o esforço. A propósito, a melhor maneira de conhecer a plenitude é ver o filme. Um clássico, do tipo que não se fabrica mais, nunca mais...

sábado, 2 de março de 2013

AMR - 80's Jukebox 13

Artista: Freddie Mercury
País de Origem: Zanzibar
Estilo: Rock, Glam Rock
Hits: "I Was Born to Love You", 
"Living on My Own", "The Great Pretender"

Hit da Jukebox: "Living on My Own" (1985, #50UK)




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Costumo evitar escrever a Jukebox com um artista mais conhecido, mas acho que este caso poderia ser uma bela exceção. Todo mundo conhece Freddie Mercury, sua incrível persona artística e os clássicos imortais criados no Queen. Mas pouco se sabe de sua carreira solo além dos trabalhos com Montserrat Caballé e a sua cover para "The Great Pretender". Na sua curta e pouco difundida carreira solo, existe sempre uma pérola a ser explorada. E no caso, uma que foi retirada de sua concha nos anos 80, mas que acabou por brilhar em definitivo nos anos 90. "Living on My Own".

Primeiramente, a canção é bem pessoal, falando sobre a tão ferrenha solidão que o astro sentia, por mais que tivesse tanta gente aos seus pés. Ele conseguiu expor bem este lado solitário e sombrio através da letra, mas a canção em si está bem na proposta da carreira solo de Freddie: soar como algo diferente do que já tinha feito com o Queen. Era um Freddie mais Dance, mais sintético - diferente até mesmo do novo caminho musical que o Queen havia tomado anos atrás, incorporando o Funk ao seu Hard Rock.


A canção (produzida por Mercury e Mack, produtor que trabalhava constantemente com o Queen e o Electric Light Orchestra) teve um vídeo-clipe. Ele foi filmado durante a festa de 39 anos de Freddie, em Munique. O tema da festa era ir vestido daquilo o que a pessoa mais gostasse. E Freddie foi vestido de... Freddie! Estavam presentes também Barbara Valentin e Jim Hutton, as duas pessoas que dividiam o coração de Mercury no momento (sim, uma mulher disputava Freddie com Hutton, antes de Freddie tomar a decisão final). E mesmo com tanta divulgação, a canção teve apenas um #50UK.

Porém, 8 anos após o lançamento do single e dois após a morte de Freddie, um remix intitulado "Living on My Own (No More Brothers Mix)" foi lançado e surpreendentemente alcançou um #1UK por duas semanas. Acabou sendo o primeiro e único sucesso de Freddie no topo das paradas em carreira solo. No geral, o remix ficou de acordo com a década de 90, e possivelmente Mercury aprovaria o projeto. Aliás, esta versão ficou tão popular que a versão original praticamente não é conhecida. Segue a versão remix:

domingo, 17 de fevereiro de 2013

AMR - 80's Jukebox 12

Artista: Suzanne Vega
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Rock Alternativo, Folk, 
Hits: "Tom's Diner", "Luka"

Hit da Jukebox: "Luka" (1987, #3US - #23UK)



O vídeo-clipe oficial foi bloqueado pelo VEVO para aparecer em outros lugares que não o Youtube ¬¬

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Se você não é uma norte-americano (riponga ou não) que viveu na terra do Tio Sam nos anos 80 ou não é ouvinte assíduo de easy radios, muito provavelmente não conhecerá Suzanne Vega. Quando muito já deve ter ouvido as assobiáveis melodias de "Tom's Diner" e "Luka". Especialmente falando sobre o Brasil, onde as coisas chegam com o delay incrível, seria improvável o resto do portfólio de Vega seja conhecido.

Enfim. Suzanne Vega nasceu na California e teve seus primeiros contatos com a música aos 14 anos. Porém foi um pouco mais tarde que ela conseguiu, depois de certa luta, um contrato para lançar um álbum. Dentre as influências musicais dela, temos Lou Reed e Leonard Cohen - e acabou situando-se entre cantoras como Patti Smith e Tracy Chapman. Depois de dois álbuns, ela se saiu com o brilhante single "Luka", em 1987.


E devo avisar: apesar de sua voz tranquila, deste single ser uma canção bacana e atrativa, a temática é bem diferente: um garoto chamado Luka que sofre abuso físico! Surpreendente, não? Imagina que legal você balançar a cabeça ao ritmo da música, cantarolar junto com Vega enquanto ela fala sobre espancamentos. Tenso...

Foi um grande trabalho de Suzanne Vega, um soft que você não ouve todo o dia. Posteriormente, com trabalhos não tão bem aceitos, ela acabou lançando um single chamado "Tom's Diner". Mas este é assunto para outra Jukebox (acredito que mereça um destaque próprio).

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

AMR - 80's Jukebox 11

Artista: Stephanie Mills (22/03/1957) e Teddy Pendergrass (26/03/1950 - 13/01/2010)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: R&B, Soul
Hit da Jukebox: "Two Hearts" (1981, #40US - #49UK)



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Aqui temos uma gema perdida no tempo e pouco conhecida do público em geral (mas obviamente bem guardada na memória dos exploradores musicais atrás de outros clássicos enterrados). Stephanie Mills, conhecida pela canção "Never Knew Love Like This Before", sua mais famosa obra, e talvez a singular "The Medicine Song".

Teddy Pendergrass, um cantor de voz grave e forte, da estirpe de Barry White, começou cantando em igrejas quando garoto e mais para frente tocou bateria em algumas bandas. Mas foi no Harold Melvin & the Blue Notes que sua voz foi reconhecida e ele passou de baterista para vocalista. Seu hit mais bem sucedido é "Close the Door", de 1978, com #25US e #41UK. Em 1982, o cantor sofreu um grave acidente de carro que o deixou tetraplégico (ficou sem movimentos do tórax para baixo).



O single "Two Hearts" (não confundir com a frenética e divertida canção do Phil Collins) foi gravado pela dupla em 1981 e foi escrito  e produzido por James Mtume (notório por seu trabalho com Miles Davis) e Reggie Lucas (companheiro musical de James Mtume e produtor majoritário do primeiro álbum da Madonna). Aliás, Mtume e Lucas ganharam um Grammy de Melhor Canção R&B pelo single "Never Knew Love Like This Before" da própria Stephanie Mills.

Esta canção tem um groove bem envolvente e a voz suave de Stephanie fez uma bela contrapartida com a voz grave e melódica, na estirpe de cantores como Barry White. Este contraste foi bem colocado, fazendo uma parceira marcante, apesar de não ter tido o devido destaque.

Uma curiosidade: apesar de o vídeo-clipe ter sido gravado um ano antes do acidente que tirou os movimentos de Pendergrass, em momento algum você o vê em pé durante o vídeo (movendo as pernas sim, mas não de pé).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Quick - Capas Exóticas 14

Imaginem uma banda com mais de quarenta anos de existência. Seus membros são verdadeiras lendas do mundo do Rock and Roll, com suas habilidades e vitalidade incomparáveis e servindo de referência para todo mundo. Você, com certeza, consegue visualizar alguns casos, mesmo que não tenham tanto tempo de vida ou tenham acabado antes. Muito bem. Agora, todos sabemos que todas as bandas e artistas, com muito tempo de estrada ou não, sempre terão um momento constrangedor na carreira. Vide os vídeos do Modern Talking...

Agora, o que eu não esperava era uma banda como os Rolling Stones servir, de certa maneira, como inspiração para coisas tão inferiores... já vão entender o que digo.

Nome do álbum: Dirty Work
Ano de lançamento: 1986
Estilo: Rock


Hum. E aí? você já sacou o que eu quis dizer? Estas roupas com cores destoadas, de mal gosto profundo e constrangedoras até mesmo para os anos 80 lembram algo? Oras, muito simples. Basicamente o que temos de mais destoado, de mal gosto profundo e constrangedor na cena musical atual. A banda Restart!


E pensar que foi neste álbum que foi lançada a excelente versão de "Harlem Shuffle", do duo Bob & Earl, de 1963! Esqueçam a confusão com drogas durante a carreira que, aliás, culminou na morte do guitarrista Brian Jones. Deixem de lado momentos do tipo os seguranças Hell's Angels esfaqueando um fã dos Stones durante um show ou deles num show ao lado de Justin Timberlake. O momento mais constrangedor deles foi já ter se vestido de maneira tão idiota quanto o Restart...

sábado, 26 de novembro de 2011

Especial - 20 anos sem Freddie Mercury


24 de Novembro de 1991. Esta data marca a retirada de mais um tijolo do muro da sólida música internacional. Após vários terem sido retirados, como Elvis Presley e John Lennon, temos a sensação de que a força musical que teve seu ápice durante tantos anos, está enfraquecendo cada vez mais. E a perda de Freddie Mercury é mais uma destas sensações amargas que sentimos mesmo após anos passados. A falta que Mercury faz para o Rock é a mesma que Michael Jackson faz para o Pop. São peças insubstituíveis no mundo da música que enfraquecem o colosso erguido nas épocas douradas da música e que ainda sobrevivem, ainda que superficialmente, através de artistas como Stevie Wonder, Bruce Springsteen e vários outros.


Nascido em Zanzibar, África Oriental, o jovem Farrokh Bulsara (nascido em 5 de Setembro de 1946) tinha um sonho reprimido em seu mundo secreto. Junto com várias aspirações e segredos que estavam guardados dentro de si, o sonho de ser uma estrela, de ser amado e idolatrado escondia-se atrás de uma figura chamada Freddie Mercury. Com o tempo, a criatura tomaria conta deo criador irremediavelmente.

Farrokh sempre foi alimentado com cultura ocidental, o que foi definitivo para moldar sua figura e seu coração musical. Lia as tragédias de Shakespeare e ouvi com entusiamo o Rock de Elvis Presley e Little Richard e admirava o Blues norte-americano, sendo inspirado por cantoras como Billie Holiday, Dinah Washington e Sarah Vaughan. Quando Farrokh foi enviado para estudar longe dos pais, recebeu o apelido de Frederick, que depois foi abreviado para Freddie. Neste período, ele estudou, além das disciplinas tradicionais, música e interpretação, com grande ênfase em ambos. Com 12 anos de idade, participou de sua primeira banda, o The Hectics, com influências de Cliff Richard e Little Richard.

Acredito que esta foto seja a do The Hectics (com Freddie no meio)

A família Bulsara acabou por deixar Zanzibar em 1964 por motivos políticos e foram para Londres. A confortável vida que tinham devido ao trabalho de Bomi Bulsara, pai de Freddie, para o governo britânico proporcionava uma vida mais luxuosa, com babas e motoristas. Mas em Londres a realidade foi outra. Bomi e Jer, mãe de Freddie, tiveram grandes dificuldades de adaptação, mas para Freddie aquilo tudo soava espetacular. Era a vida que queria e que em Zanzibar não teria nunca. E depois de se formar em Arte e Design Gráfico, ele se sentiu livre para tentar investir e viver de sua arte.

Participou de uma banda chamada Ibex (que, mais adiante, mudou seu nome para Wreckage), enquanto a banda Smile (que tinha como membros Brian May, Roger Taylor e Tim Staffell) fazia moderado sucesso. No Wreckage, Bulsara mostrava seus instintos no palco que impressionavam a todos. Foi neste período que, durante uma nervosa apresentação, Bulsara arrancou a haste do microfone do pedestal sem querer, e ele acabou por improvisar em cima disto. Este erro acabou consolidando um dos atos mais famosos dele no palco. Outra banda que participou, o Sour Milk Sea, serviu também como mais um degrau em sua jornada pelo sucesso. Como ele precisava de um grupo que tivesse a mesma pretensão que ele (e não viu isso nestes grupos), acabou os deixando de lado para procurar algo mais condescende com seus ideais.

Não muito tempo depois, Staffell deixa o Smile e Freddie acaba sendo membro da banda, que mudou seu nome para Queen, por sugestão do próprio. Após passarem três baixistas, um deles inclusive tentando tomar o lugar de Freddie no cargo de performer, John Deacon acabou assumindo a vaga e consolidando um dos maiores grupos da história do Rock.

O Sour Milk Sea, com Freddie do lado esquerdo da foto, em 1970

Desde então, o grupo começou a trabalhar suas canções e sua presença de palco. Durante a composição da canção "My Fairy King", do primeiro álbum, Freddie terminou de definir sua persona pública, se auto-intitulando Freddie Mercury (a canção contém a linha "Mother Mercury/Look what you're done to me/I cannot run I cannot hide"). Estava moldado ali um novo homem. Farrokh Bulsara dava lugar agora ao icônico Freddie Mercury.

Um dos grandes atos do Queen foi abrir shows para a banda Mott the Hoople em 1974, e acabaram roubando a cena, sendo mais populares que a atração principal. Conforme a banda ia se desenvolvendo e adquirindo seu espaço, eram proporcionalmente explorados pelo empresário Norman Sheffield, que lhes pagavam honorários medíocres mesmo com o progresso incrível da banda. Através do advogado Jim Beach, o Queen conseguiu um acordo para se livrar de Sheffield e assim continuar. Foi então no álbum A Night at The Opera (álbum da clássica "Bohemian Rhapsody") que Freddie escreveu uma "homenagem" para o ex-empresário, "Death on Two Legs (Dedicated to...)", onde o Queen libera toda sua ira e cólera contra o explorador Norman.

O Queen nasce e conquista pouco a pouco seu território

Os anos 70 mostraram-se muito produtivos para a banda, diversos clássicos do Rock foram forjados pela banda e dominaram os ouvidos do mundo. "Killer Queen" e "Now I'm Here" do álbum Sheer Heart Attack. As duas foram os cartões de entrada da banda para o mainstream.

As quatros grandes canções do A Night at The Opera escritas por cada membro da banda ("Bohemian Rhapsody" por Freddie, "I'm in Love With My Car" por Roger, "'39" por Brian e "You're My Best Friend" por John - que teve que aprender a tocar seu piano elétrico, já que Freddie se recusou a tocá-lo por considerar o instrumento horroroso).
"Bohemian Rhapsody", o Magnum Opus da banda fez um sucesso incrível, apesar de inicialmente ter sido esnobada pela crítica. Cada membro da banda cantou as canções citadas, com exceção de John Deacon, que não considerava sua voz boa o bastante para competir com seus companheiros.

A solitária canção de Freddie, "Somebody to Love" do álbum A Day at The Races mostra um lado forte de Mercury, o lado em que procura alguém para amar e ser amado enquanto vive as batalhas da vida. Durante toda a vida, Freddie procurou este alguém e escreveu sobre (um exemplo que trata desta solidão é "Living On My Own" (que teve o vídeo-clipe gravado durante uma festa de comemoração de seus 39 anos em Montreal) do seu primeiro álbum solo, Mr Bad Guy.

Os imortais hinos "We Will Rock You" e "We Are The Champions", de Brian e Freddie, respectivamente. Freddie escreveu "Champions" pensando em um hino de vitória, especificamente no futebol. E a pretensão de Freddie foi além, sendo esta uma das canções mais lembradas e cultuadas da banda. E no último álbum dos anos 70, Jazz, saíram as pérolas "Fat Bottomed Girls", "Bicycle Race" (com seu vídeo-clipe que mostra mulheres nuas andando de bicicleta) e "Don't Stop Me Now", animada e frenética canção de Freddie do qual Brian May admitiu não gostar muito (sua participação na canção foi apenas um solo de guitarra).

Uma nova era para o Queen

Os anos 80 foram uma época de tremendas reviravoltas. A começar pelo visual de Freddie, que adotou um imagem mais masculina, com cabelos curtos, bigode e roupas de couro. Com dois projetos no começo da década, a trilha-sonora do filme Flash Gordon e o álbum The Game. Com este álbum, tivemos clássicos como "Play The Game", mas uma canção sobre encontros e desencontros amorosos, a meio Rockabilly "Crazy Little Thing Called Love" (composta por Freddie enquanto estava numa banheira!), a linda "Save Me" e a possivelmente mais famosa canção da banda, "Another One Bites the Dust", de John Deacon. Foi esta canção e a mudança geral no cenário musical que fizeram Freddie e John insistir num som mais voltado para o Funk. Brian e Roger não acreditaram muito no futuro com isso, mas resolveram tentar. Foi nesta tentativa que Hot Spaces foi concebido. O álbum foi meio que um choque musical, pois não tinha exatamente o que o público estava acostumado. Canções como "Back Chat" e "Cool Cat" são memoráveis, mas o que salvou o álbum foi a colaboração com David Bowie na faixa "Under Pressure", que nasceu de uma jam entre o cantor e a banda - David também participou da faixa "Cool Cat", mas pediu para ser retirado do projeto, por não ter achado satisfatório.

Renovação e as velhas raízes

No álbum The Works, de 1984, o Queen voltou com seu velho Rock e ainda mantendo o recém experimentado Funk em seu som. Um grande exemplo disso é "Radio Gaga" de Roger Taylor. "It's a Hard Life" é uma bela canção de Mercury ao piano e "I Want to Break Free" de Deacon se tornou um dos maiores sucessos da banda. Freddie, que nesta época estava amorosamente envolvido com Barbara Valentin, ainda estava em sua busca do grande amor, e parecia não ter encontrado isto em Barbara. Apesar de sua carreira estar no topo, o amor ainda não tinha o encontrado. No ano seguinte, sai o álbum Mr Bad Guy, com o trabalho solo de Freddie. Não foi um grande sucesso, mas mostrou o que Freddie queria expressar fora da bolha musical do Queen. "I Was Born to Love You", "Made in Heaven" e "Living on My Own" são bons exemplos da capacidade musical de Freddie como artista solo - e também demostram a carência afetiva do astro.

Dois grandes momentos para a banda foram sua participação no Live Aid e as duas noites no Rock in Rio. No Rock in Rio, o Queen foi considerado a maior atração do festival que contava com a participação de Iron Maiden, Whitesnake, AC/DC, Scorpions, Rod Stewart e Yes. Foi declarado por eles que a versão tocada no festival de "Love of My Life", com o acompanhamento da platéia, foi a mais bela já feita por eles.

No Live Aid, mostra a banda simplesmente dominando o espetáculo e se destacando com a melhor apresentação, frente a artistas como Elton John, Dire Straits, U2, David Bowie e The Who, com audiência de quase 2 bilhões de pessoas na TV. Foi um momento glorioso para a banda - que havia sido muito criticada por, recentemente, ter quebrado um boicote cultural à África do Sul. Elton John, grande amigo íntimo de Freddie, acusou o Queen de ter roubado a cena. Mas ainda tinha mais por vir...

A grande revelação - cinco anos

O lançamento de A Kind of Magic marcou outro grande momento para a banda. Canções de peso como "One Vision" e "A Kind of Magic" e as belas "Who Wants to Live Forever" e "Friends Will Be Friends" mostraram que o Queen ainda tinha muita lenha para queimar, muito a produzir. A turnê do álbum foi a mais grandiosa já feita pela banda (e até então, por qualquer banda). No ano seguinte, Freddie daria mais vazão a sua carreira solo, com o lançamento do single "The Great Pretender" (regravação do clássico do The Platters). Freddie se identificava com o rótulo de fingir o que não é assim como o personagem da canção. O ano foi marcado também pelo início do projeto com a cantora de Ópera Montserrat Caballé, o álbum Barcelona. Nesta época, Freddie acabou raspando seu bigode, uma de suas marcas registradas.

Foi neste ano de 1987 que Freddie acabou sendo diagnosticado com o vírus da AIDS. Um momento pesado para um gigante. Com todo o apoio de Jim Hutton, Freddie foi em frente e concluiu com êxito Barcelona. Depois disso, era a vez de mais um trabalho com o Queen. O álbum The Miracle foi feito com força, trazendo assuntos como a mídia que não largava o osso com a relação à banda, como "Scandal". Canções como "The Miracle", "Breakthru" e "The Invisible Man" mostravam que a banda ainda conseguia manter bem unidos e em grande qualidade o Rock e Funk. Freddie começava a sentir os males de sua doença e a banda já não saia mais para turnês, preferindo fazer vídeo-clipes em seu lugar. Após o trabalho com Caballé e o álbum do Queen, tudo o que Freddie queria era mergulhar mais ainda no trabalho, o trabalho que salvou sua vida do vazio. Então vieram os preparativos para os últimos momentos...

O show tem que continuar...

Innuendo. Este foi o último álbum lançado pela banda com Freddie ainda vivo. A força deste álbum é impressionate. Freddie canta com poder total, como se estivesse 100% saudável. Durante as gravações da canção "The Show Must Go On" (na minha opinião a mais poderosa atuação vocal de Freddie), Brian duvidou que Freddie conseguisse gravar os vocais. Freddie foi em frente, tomou uma generosa dose de vodka e disse: 'I'll fuckin do it, darling!'. O resultado foi impressionante. A canção foi gravada em apenas um take.

"I'm Going Slightly Mad" tratava de maneira sombria a doença de Freddie e seu estado mental. O vídeo-clipe filmado em preto e branco e com muita maquiagem, tentava esconder a fragilidade da qual Mercury se encontrava. "Headlong" era, originalmente, parte do álbum solo de Brian, chamado Back to the Light. Mas ao ouvir Freddie cantar, acabou por colocá-la no álbum do Queen. "Innuendo" foi o último single a alcançar um #1UK e pode ser considerado uma "Bohemian Rhapsody" 2 em termos de complexidade e estrutura. É a canção mais longa já lançada como single pela banda.

Digamos que "These Are the Days of Our Lives" foi uma espécie de despedida dos fãs e do mundo. No vídeo-clipe (também filmado em preto e branco), Freddie aparece bem magro e debilitado. Mas mesmo assim continua com sua teatralidade. Com Roger e John ao seu lado (May estava em uma viagem a gravou sua parte posteriormente), Freddie cantava e, ao final do vídeo, se despedia com um 'eu ainda amo vocês'.

Após o álbum, Freddie tentou gravar o máximo de vocais possíveis para que o restante da banda terminassem as canções. Os resultados saíram no álbum Made in Heaven. Foram feitas duas regravações da carreira solo de Freddie ("I Was Born to Love You" e "Made in Heaven"). Mas com certeza a canção mais marcante é "Mother Love", a última canção que Freddie gravou. A canção fala sobre o amor materno e tem linhas como 'mamãe, por favor, deixe-me voltar para dentro', referindo-se ao útero - lugar onde ele estaria protegido do mundo. As últimas linhas da canção foram gravadas por Brian porque Freddie já estava muito doente, sofrendo de bronco-pneumonia que acabou o matando.

24 de Novembro de 1991. O homem, a lenda foi descansar em paz, uma paz que ele nunca encontrou em qualquer canto do planeta Terra. Jim Hutton falaceu em 2010 e Mary continua morando na casa que Freddie lhe deixou de herança. Em 1992, os membros do Queen se juntaram a outros artistas e fizeram um show de homenagem. Gente como David Bowie, George Michael, Elton John e Robert Plant homenagearam a grande estrela.

Uma das maiores do seu tempo e de todos. Que descanse em paz...

terça-feira, 19 de julho de 2011

AMR - Coincidências 7

Saindo um pouco do "muito criativo" campo do Sertanejo Universitário, resolvi voltar para os anos 80 - até para levantar um pouco o nível qualitativo do blog, pois seria difícil (realmente muito difícil) fazer isso com o Sertanejo, enfim... Vamos para algo mais maduro!

Um grupo Pop muito famoso e incomum surgido nos anos 70 e que perduraram nos anos 80 é o Boney M. Criação do produtor Frank Farian (responsável pela farsa também dos anos 80 chamada Milli Vanilli - o Boney M foi uma espécie de "treinamento" para o que Farian faria com o Milli Vanilli).

Após grandes sucessos, como "Daddy Cool", "Ma Baker" e "Rivers of Babylon", o Boney M passou por alguns altos e baixos como a saída de Bobby Farrell (dançarino e muuuito tempo depois, vocalista - os vocais da banda eram feitos pelo Frank Farian, sendo Bobby apenas uma figura teatral no grupo). O vocalista Reggie Tsiboe foi chamado para cobrir a falta de Farrell e, mais tarde, no ano de 1984, lançaram o álbum Kalimba de Luna - 16 Happy Songs, álbum que marca a volta de Bobby Farrell, que atua junto com Reggie.


O single mais famoso e mais interessante (tirando uma versão de "In-A-Gadda-Da-Vida" da banda de Rock Psicodélico Iron Buttlerfly!), é "Happy Song". A canção é originalmente de um grupo chamado Baby's Gang, um projeto vindo da Itália que durou apenas alguns anos, e foi lançado em 1983. No ano seguinte, o Boney M gravou a canção com um outro grupo chamado The School Rebels (que não era lá muito diferente do Baby's Gang). A contribuição maior de Bobby foi um rap no meio da música, porém, as vocalistas Liza Mitchell e Marcia Barrett (a terceira vocalista, Maizie Williams, na verdade nem vocalista era, era tipo uma espécie de enfeite, assim como Bobby) não participaram da gravação, sendo substituídas ("visivelmente") por outras cantoras por algum motivo desconhecido.

(a parte em questão fica em 2:05)
Eles até passeiam por Abbey Road!

Em 1982, Michael Jackson lança um álbum que é um dos maiores fenômenos da música Pop: Thriller. Com ele, Jackson chegou ao super-estrelato e reinventou vários aspectos da música e do vídeo-clipe. Com 8 Grammys e com quase todas as canções nas paradas, Michael cumpriu a promessa que fez de que não seria ignorado com este álbum quando recebeu apenas dois Grammys pelo álbum Off The Wall.


Sad song...

O baixo sintetizado (ou sintetizador, sei lá) presente nas duas músicas são muito parecidos. Só que na "Happy Song", fica aquela sensação artificial, meio sem sentido. Isso mostra o quanto a obra de Jackson influenciou o mundo Pop na época. Desde esta canção (no final do vídeo-clipe dela, notem que um garota está vestindo a mesma jaqueta que Jackson usou no vídeo-clipe de "Beat It") até os trejeitos e estilo de James JT Taylor, vocal do Kool & The Gang, na época do lançamento do álbum In The Heart (não sei o motivo, mas "Tonight" me lembra muito algo no estilo da já citada "Beat It").

Coincidência?

Considerando a picaretagem de Frank Farian conduzindo seus projetos (o fato de Bobby e Maizie serem apenas figuras no grupo e o Milli Vanilli ser uma verdadeira farsa que foi desmascarada de uma maneira constrangedora), não duvido que ele tenha resolvido dar um Ctrl + C - Ctrl + V no espólio do Michael. Mas como os anos 80 ficaram aos pés do Rei do Pop, dá para livrar a cara de Farian dizendo que isso foi uma homenagem.

sábado, 2 de julho de 2011

AMR - You Are (Charlie Wilson)

Análise: Prmeiro single do álbum Just Charlie, de Charlie Wilson. Lançado em 2010, alcançou #103US.


You are too old... or not?

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Considero o The Gap Band uma das bandas mais legais dos anos 80. Canções como "Early in The Morning" (minha favorita), "You Dropped The Bomb On Me", a doida "Oops Upside Your Head" (que foi usada como sample no single do Snoop Dogg, "Snoop's Upside Ya Head", com participação do próprio Charlie Wilson) ou a divertida "Burn Rubber on Me (Why You Wanna Hurt Me"). Aparentemente, esta coisa de fazer músicas com nomes quilométricos não foi invenção de bandas como o Fall Out Boy ou o Panic at The Disco...


Infelizmente, o espaço do The Gap Band ficou bem restrito. Eles não saíram do início dos anos 80, tendo em "Party Train" sua última canção da leva Funk que teve alguma relevância (se é que teve alguma, pois apesar de ser bem legal, teve apenas um #101US nos principais, mas um #3 nos charts de R&B). Mas ainda sim o nome de Charlie Wilson se tornou algo meio notório neste meio. O pessoal do Funk, Hip-Hop e até mesmo Rap têm uma certa consideração por ele. Vários artistas já cantaram ou samplearam a banda - onde podemos citar Mary J. Blige Shaquille O'Neal, Ice Cube, Notorious BIG e o já citado Snoop Dogg (se você se lembra da canção "Beautiful" com o insuportável do Pharrell Williams, talvez não saiba que Wilson também participou da gravação). Fora que ele também é citado por ter influenciado artistas como R. Kelly.

Apesar da notoriedade musical e de quatro indicações ao Grammy em carreira solo, Charlie nunca foi lá muito bem sucedido, não alcançando o poderio fonográfico que o The Gap Band atingiu. Possivelmente por falta de tentativas, pois apesar de o The Gap Band ainda estar junto, Wilson lançou álbuns em 1992, 2000, 2005, 2008 e 2010. Considerando que sua banda só lançava basicamente projetos ao-vivo (afinal, são os shows que dão a grana ao artista), ele teve bastante tempo para explorar sua carreira. Enfim...


"You Are" é uma balada romântica. Algo diferente do que você ouve vindo do portefólio dele (talvez "Yearning for Your Love" ou "Going in Circles" cheguem perto, mas apenas pelo fato de não terem o agito Funk característico). Parece-me algo feito para tocar em casamentos ou coisa do tipo. Não que eu esteja fazendo pouco da obra, mas é que tem aquele gosto de "já foi feito antes" ou "vale a pena ver de novo?". Ao menos podemos comprovar que, mesmo próximo dos 60 anos, o respeito do pessoal por ele é bem válido - sua voz ainda continua ótima.

O gosto açucarado combinou com Charlie Wilson neste momento. Mas que dá muito mais vontade de ouvi-lo cantar coisas como "Humpin'", isso é!!

terça-feira, 7 de junho de 2011

AMR - On The Floor (Jennifer Lopez)

Análise: Primeiro single do álbum Love? da Jennifer Lopez. Lançado em Fevereiro, alcançou #3US e #1UK.


Jennifer Lambada?

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Após o álbum Brave se tornar sua pior investida comercial e Jennifer Lopez tentar comover seu público cantando sobre sapatos em "Louboutins", a chamada J-Lo agora está recorrendo ao passado para tentar se manter e aparecer. Isso é mais ou menos o que quase todo mundo anda fazendo por aí e o que os rappers já deixam anotado em seus bloquinhos de como fazer um rap. Agora eu pergunto: tendo as duas alternativas anteriores fracassado (o single "Louboutins" foi tão mal sucedido que deixou o posto de single carro-chefe e ficou de fora do álbum Love? e ajudou a encerrar o contrato com a Epic Records), será que a terceira é relevante?

Bem, vamos voltar aos anos 80. Em 1981 uma banda Folk da Bolívia, Los Kjarkas (que existem desde meados dos anos 60) lançou uma canção chamada "Llorando Se Fue". A princípio, não é exatamente uma canção muito fácil ou popular - mas houveram, ainda sim, várias outras versões feitas através dos anos 80 e até mesmo posteriormente.

E a mais famosa e mais bem sucedida versão veio de 1989 de um grupo francês chamado Kaoma. Como é que é? Kaoma é francês?? Sim, em partes. Os membros do grupo são de Martinica, Guadalupe e Brasil. E a vocalista, Loalwa Braz é a parte brasileira da coisa (carioca, pra ser mais específico). Um dos maiores sucessos da Lambada no Brasil é cantado por uma brasileira com um grupo formado na França. Isso sim é globalização!

Ou seja, de uma certa maneira, Jennifer Lopez se apoiou na lambada para seu próximo projeto. Só falta um dueto com o Beto Barbosa para a coisa ficar completa.


A presença do Pitbull ficou meio irrelevante. Esse cara já tá enchendo o saco - tá parecendo uma espécie de Timbaland versão cubana (ele tá muito, muito longe do que fez em sua participação no single do Usher, "DJ Got Us Falling in Love", que deve ser seu único momento memorável). Se tivesse colocado, sei lá, um cactus, um charuto (cubano) no lugar dele, muito provavelmente nem se notaria...

A canção é um Electropop ajustado ao estilo da chamada J-Lo, seja lá o que isso signifique. Entrega o que o pessoal quer: uma batida onde possam dançar enquanto enchem a cara. E apesar de alguns poucos momentos soar como algo dos anos 90 ou algo feito pelo Bob Sinclair (poucos, bem poucos momentos, devo ressaltar), Lopez não se saiu mal não. Esta é possivelmente sua melhor canção desde, sei lá, "I'm Glad" de 2003 ou "Love Don't Cost a Thing" de 2000.

Nos Estados Unidos, ela está sem um #1 desde 2003 (o que deve ter piorado as coisas entre ela e a Epic). Se ela continuar assim, pode voltar aos trilhos. Mas acredito que ela pode ser melhor ainda evitando duas coisas: falar de assuntos idiotas como sapatos e pele de animais.


Obs: Até mesmo um joguinho de Nintendo chegou a samplear "Llorando Se Fue". O game Parasol Stars, de 1991:

domingo, 1 de maio de 2011

AMR - 2000's Jukebox 6

Artista: Amy Macdonald
País de Origem: Escócia
Estilo: Soft Rock, Folk Rock, Indie Rock
Hits: "Poison Prince", "Mr Rock & Roll", "This Is The Life"
Hit da Jukebox: "Ths Is The Life" (2007, #2UK)


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Amy Macdonald é uma cantora que aprender música por conta própria pegando o violão de seu pai. Inspirada em uma banda de Rock Alternativo chamada Travis (da interessante "Sing") - uma fonte de inspiração peculiar e muito interessante, aliás. Com alguma habilidade considerável na bagagem, a moça saiu tocando em pubs com apenas 15 anos. Depois de mandar as demos "Mr Rock & Roll" e "This Is The Life" para algumas gravadoras, Amy conseguiu um contrato com a Vertigo.

Em 2007, sai seu álbum de estréia chamado This Is The Life. E foi dele que saiu seu cartão de visitas, a canção "This Is The Life". O álbum vendeu 3 milhões de cópias e o single chegou em segundo nas paradas da Inglaterra. Foi uma interessante estréia para uma garota de, até então, 20 anos de idade.


Sua pegada ritmada e constante marcam uma característica tanto nesta faixa quanto na "Mr Rock and Roll" - é algo alternativo e bem interessante de se ouvir. Com um dinamismo legal e nada muito sintético como muitas "musas" do alternativo por aí realizam.

Ela não conseguiu o caminho mais mainstream que artistas como Lily Allen percorreram, mas ao menos não precisou, sei lá, ser apresentadora de talk show e sair metendo a boca em todo mundo para poder aparecer e se consolidar. Tá, tá bem, ela não tá exatamente consolidada. Mas está no caminho certo. Se seu som tivesse alguns elementos mais sintéticos ela com certeza poderia ser confundida com algo dos anos 80.


Os últimos trabalhos dela não têm tido grande destaque, mas ela é jovem (atualmente com 23 anos) e uma carreira recente. Se Roy Orbison demorou cerca de 25 anos para produzir um hit relevante (foi mais ou menos esta a distância entre "Pretty Woman", de 1964, e "You Got It", de 1989), Amy ainda pode surpreender e lançar algo tão cativante e interessante como este hit - só espero que não caia no lado comercial sem-graça.