quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Quick - Lady GaGa Oops 3000 v6

Cadê a Gaguíssima nessa foto?



Achei que fosse a minha vizinha (bisca)!

Até a Cindy tá mais "selvagem"...

Ela foi só de Lady no programa, né?

AMR - I Am Not A Robot (Marina And The Diamonds)

I Am Not A Robot é o primeiro single do EP The Crown Jewels da relativamente desconhecida artista Marina And The Diamonds.


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Vamos precisar de uma pequena introdução: Marina Lambrini Diamandis, cujo nome artístico é Marina And The Diamonds, é uma cantora/lirista/tecladista do País de Gales que se tornou um tanto quanto popular no MySpace e que conseguiu lançar alguns EPs com pequenas gravadoras. Seu novo álbum, The Family Jewels, será lançado em 22 de Fevereiro deste ano. Trivia: o "And The Diamonds" de seu nome não indica uma banda suporte, mas sim os seus fãs (ela já tem algum?) no MySpace - os quais ela chama de Diamonds, fazendo referência ao sobrenome (Diamandis = diamantes em grego)

Bem, eu ia falar sobre a canção Hollywood, single do primeiro álbum de fato da cantora, mas I Am Not A Robot mostrou ter muito mais corpo musical do que esta última.

A letra fala de deixar cair as máscaras, viver de verdade. Fazer com que quem fala possa abrir os sentimentos para o outro, admitir a humanidade inerente em todos nós :

You've been acting awful tough lately
Smoking a lot of cigarettes lately
But inside, you're just a little baby
It's okay to say you've got a weak spot
You don't always have to be on top
Better to be hated than love, love, loved for what you're not

Uma letra sagaz, sem exageros; eu não sei se é de autoria da própria cantora, já que a internet ainda não acordou bem para Marina, mas tomara que seja - precisamos de mais gente assim no mercado!

Vários aspectos da música produzida por Marina me lembram Björk : o modo inusual de utilização da (maleável) voz, os clipes um tanto quanto "alternativos" e criativos e uma beleza que não é padrão - Marinazinha tem cara de bolacha, pode falar (vai ficar mais claro quando vocês assistirem ao clipe, lá embaixo). Características que, pra mim, são garantia de interesse em qualquer situação. Mas talvez não para o mainstream : é bem visível a tag indie/alternativo dos trabalhos da cantora. Hollywood já levou a coisa um pouco mais para o pop, mas, ironicamente, não é tão cativante como a canção em questão - até pela produção, não tanto pelos vocais.

Aparentemente, a produção não conta com samples nem (muito) sintetizador - só piano, bateria, backing vocals, violino e mais alguma coisa em menor tom. Na verdade, na ponte ouvimos um pouco de auto-tune (o que pode ter a ver com a referência a robôs), mas só alguns segundos - Kanye West passou longe dessa, graças a Deus. É uma canção que podemos chamar de "felizinha", daquelas que você escuta para começar o dia bem. Mas não é só porque é minimalista que não preste à algum tipo de rádio....indie, pelo menos. Infelizmente, como esse trabalho já é de outro álbum, provavelmente vai ser ignorado para dar lugar aos singles do The Family Jewels.

O videoclipe merece atenção - é diferente e ousado, e, novamente, minimalista. Apesar de parecer mais uma coletânea de um brainstorm com muitas tintas e ventiladores, usando um pouco de imaginação, dá pra identificar a letra em algumas passagens. Pela parceria com a Suvinil, Marina parece estar "fazendo o que quer" e incentivando o homem do outro lado (ou mulher?) a fazer o mesmo - e aparecendo com o busto nu, supõe-se que ela queira se mostrar vulnerável.

Marina está chegando de fininho, e talvez não seja com esse álbum que a coisa pegue fogo - mas se alguém jogar algum fósforo em toda essa tinta, vai pegar logo logo.


PS : Pra quem quiser conhecer Hollywood (a versão acústica é melhor):

Quick - Michel e banda cantam Beautiful Day, do U2

Caiam de boca :


Bem... acho que ele deveria deixar o canto para outra encarnação...