domingo, 11 de abril de 2010

AMR - 2000's Jukebox 2

Artista: Mick Jagger (26/07/1943)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock
Hits: "State of Shock" (com The Jacksons), "Hard Woman", "Dancing In The Street" (com David Bowie), "Goddness In The Doorway"
Hit da Jukebox: "Goddness In The Doorway" (2001)


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Se você não vive em uma caverna, provavelmente conhece a banda The Rolling Stones. Surgida nos anos 60 e com clássicos através dos anos, é uma das bandas mais conhecidas e bem sucedidas da história da música, e uma espécie de concorrente direta de outra banda muito conhecida: The Beatles.

Seu frontman, Mick Jagger, também é uma das personalidades mais conhecidas deste ramo. Seu fama é quase tão grande quanto de sua banda, por ser um artista muito bom em palco e também por alguns pequenos escândalos sexuais - tipo um filho com uma brasileira, chifrando esposa e etc.


Mas sua carreira solo nunca de fato decolou, sendo mais uma vertente "cult", digamos, de sua música, de sua arte. Aliás, serve quando muito como uma maneira de expor suas ideias que não seriam aceitas pelos membros do The Rolling Stones e uma maneira de irritar Keith Richards - que nunca gostou do fato de Jagger ter uma carreira paralela (e ridiculamente, pra contrariar, resolveu lançar a sua própria, num ato infantil e controverso).

"Goddness In The Doorway", faixa-título de seu último álbum, é algo realmente muito diferente do que Jagger costuma fazer com os Stones. Fugindo do rock "clássico" para algo mais alternativo. Selvagemente alternativo, diria. Pois temos aqui um esmero na produção que realmente não é comum no caso de Mick.


Tanto que em sua voz houve um cuidado maior, Jagger se esforçou mais neste quesito - apesar de sabermos que este definitivamente não é o forte dele (isso, claro, se não compararmos sua voz com a de Keith Richards). Jagger é um bom compositor, músico e artista em geral. Mas sua voz não é uma das maiores do rock, isso é fato. Numa banda de rock, muitas vezes, vozes assim são o bastante para dar conta do projeto e é só.

Jagger cuida de boa parte instrumental do projeto (e no álbum inteiro). Toca gaita, violão, guitarra e até percussão. Fora o verdadeiro exército de músicos que constam no mesmo. Bono, Wyclef Jean e Lenny Kravitz também deram o ar da graça no álbum - o que me dá a impressão que a reunião era apenas uma bebedeira com os caras que converteu-se em música.

Talvez Jagger tenha cansado da carreira solo, talvez não tenha mais nada a dizer ou mesmo estava pensando no sucesso comercial solo que nunca veio. O fato é que Goddness In The Doorway foi lançado em 2001 e foi o último projeto de Mick. Após isso, ele lançou com sua banda A Bigger Bang com a ótima "Rain Fall Down" e sairam numa turnê bem sucedida.

Quem não se lembra do público de mais de 1 milhão de fãs lá no Rio de Janeiro? Provavelmente foi batido não só um recorde de público como um recorde de contravenções. Fora os artistas babacas e metidos da Globo que estavam lá num camarote VIP de um show GRATUITO! Pô, nessas horas os traficantes deviam mostrar alguma utilidade...
Momento único do show: Luciana Gimenez na platéia assistindo Mick Jagger cantando "Oh No, Not You Again", que serviria (ou como dizem que de fato foi) como ironia para a modelo-desprivilegiada-cerebralmente.

Aconteceu - Boletim Musical (11/04/2010)

"Novo álbum : Mariah Carey volta ao estúdio e grava com Jermaine Dupri"



É verdade que ela vai compor a trilha sonora de Moby Dick?
PS : Medo do Jermaine!!

"Selena Gomes nega que esteja tentando substituir Miley Cyrus"



Como se Miley fosse insubstituível...

Bônus Miley Cyrus :

"Miley Cyrus diz que vai queimar peruca de Hannah Montana após último episódio do seriado"



Fofa, faz isso não. Sua carreira já foi queimada o suficiente nesse quesito, não desconta na peruca!

AMR - Break Your Heart (Taio Cruz)

Análise: Primeiro single do álbum Rokstarr, do cantor Taio Cruz. Lançado em Setembro de 2009, alcançou #1US (em sua versão remix) e #1UK.





Breiqui iorr rarti né mano?

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O Brasil tá mesmo se superando. Depois de dominar o Orkut (não é algo lá tão relevante... aliás, não tem relevância, de qualquer maneira) e levar a porcaria do Batidão de Favela - conhecia tola e erroneamente como Funk - para o mundo (mais necessariamente a Europa), já estamos colocando nossos chegados no topo das paradas mundiais! Taio Cruz (nascido na Inglaterra) tem suas raízes no país tropical, abençoado por deus e bonito por natureza. Mas se você prestar atenção em como a palavra "Rockstar" foi grafada no título do álbum, dá pra reparar na hora que o cara é descendente de brasileiro...
Antes de mais nada, é preciso estabelecer a existência de um fato: pode ser do Brasil, dos Estados Unidos da América, da África ou de Marte, não importa. Todos os cantores desta leva de R&B + Hip-Hop x Electropop com pitadas de rap estão praticamente fazendo as mesmas coisas. Se copiando, tais como uma máquina de fotocópia. Eles devem ter aprendido isso com o Latino, não tem outra explicação.


Talvez seja neurose, coisa da minha cabeça. Mas para mim, "Break Your Heart", assim como "In My Head" do Jason Derüllo, têm influências muito grandes da canção "Just Dance" da Lady Gaga. Estruturalmente, muito parecidas. Parece que alguém colocou num mural de recados que, por convenção, a canção máxima para inspirações no mundo do Electropop e relacionados seria essa. Se Gaga recebesse direitos autorais por isso, nem precisava mais trabalhar e vestir coisas bizarras.
Taio não tem nenhum referencial, nenhum destaque ou qualquer coisa que o diferencie do resto, que o coloque acima da pilha de mesmices existente. É engraçado ver que o máximo de distinção que ele tem conseguido perante nosso povo é o fato de ser descendente de brasileiro. Ele não deve aguentar mais gente de fora dando uma bola pra ele fazer embaixadinhas ou perguntando se aquele tal de carnaval é mesmo aquilo que se diz (Arnold Schwarzenegger não só viu como sentiu!).

Piadas sem graça a parte, Cruz também é produtor (bem, de acordo com a situação, isso é tecnicamente uma piada, mas neste caso tem muita graça!), o que duplica sua culpa na falta de personalidade de "Break Your Heart". Dá até a impressão que ele pegou um canção não utilizada pelo Jason Derülo ou Chris Brown (o que dá no mesmo) para retrabalhar ou usar do jeito que estava mesmo.
Fora que precisar de um rapper (Ludacris, em uma das piores e mais irrelevantes participações de um rapper) pra chegar no topo das paradas dos Estados Unidos é um ato extremado, embora popular. Fim de carreira - numa carreira recém-começada.

Ou seja, uma lista de êxitos vindos do Brasil pode ser feita de maneira simples:
1 - A caipirinha
2 - Carmen Miranda
3 - Jorge Benjor
4 - Sonia Braga
E assim vai...
Vídeo: