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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quick - Capas Exóticas 27

O pessoal mais novo com certeza se lembra dos clássicos filmes da Família Addams, com as interpretações fenomenais de Angelica Houston e Raúl Juliá. Alguns ainda viram o malfadado O Retorno da Família Addams com Tim Curry e Daryl Hannah. Dificilmente não lembraram dos personagens marcantes, tanto a figura exótica de Gomez Addams quanto a figura fúnebre de Lurch (o alto e assustador mordomo da família). O que poucos sabem é da série televisiva criada nos anos 60, com 64 episódios divididos em duas temporadas. E obviamente, Lurch estava dentre os personagens desta série. E não é que o mesmo chegou a ter um single lançado? Pois é... Ted Cassidy como Lurch!

Nome do single: "The Lurch"/"Wesley"
Ano de Lançamento: 1965
Estilo: Terror?


Quem imaginou que o mordomo da família Addams lançaria um single? Se você ouvir um exemplar do disco, ouviram backvocals levando a canção enquanto Cassidy usa a característica e soturna voz do Lurch. Exótico, muito, muito exótico. Será que o Coisa fez o mesmo ou só saiu em turnê dançando?

domingo, 17 de junho de 2012

Quick - Capas Exóticas 16

O artista desta edição do Capas Exóticas é falecido desde 1975. Era um compositor sul-africano que fez moderado sucesso durante os anos 50 e 60, escrevendo canções para diversos filmes e chegou até mesmo a ganhar o prêmio Ivor Novello nada mais, nada menos que cinco vezes. Antes de ir para a vida artística, John Godfrey Owen Roberts, conhecido como Paddy Roberts, foi advogado e piloto na Segunda Guerra Mundial. Agora, você me pergunta: por que tanas informações a respeito do indivíduo? Simples.

É apenas para dizer que este aparentemente renomado artista produziu, em 1963, uma álbum com um título no mínimo peculiar - e para alguns cabeçudos pode ser algo até polêmico...

Nome do álbum: Songs for Gay Dogs
Ano de lançamento: 1963
Estilo: Boa pergunta (não encontrei nada do álbum)



A ideia é bem interessante. Como não consegui encontrar qualquer acetato que fosse do álbum, estou muito curioso para saber como seriam canções dedicadas a cães que gostam de "agasalhar o croquete". Se o pessoal (infelizmente) gosta de associar "I Will Survive" com veadagem*, e adoram ouvir "Y.M.C.A." e "Macho Man", imagina como seria a versão canina. Afinal de contas, "Who Let The Dogs Out"?

Cá entre nós: não teria combinado mais (porém confesso que mais óbvio) se fosse um poodle? Bem, a capa não é em cima lá tão exótica, apenas o tema. Divertido por si só, independente das músicas que não encontrei. Au au...

* preconceito contra veadagem, não homossexualidade ;)

domingo, 6 de maio de 2012

AMR - 60's Jukebox 10

Artista: The Zombies (1961 - 1968 | 2001 - presente)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Pop
Hits: "She's Not There", "Tell Her No", "Time of the Season"
Hit da Jukebox:  "She's Not There"  (1964, #2US - #12UK)


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Parei pra pensar se o surgimento da Invasão Britânica não teria sido algum tipo de tentativa de resposta à altura ao fenômeno Elvis Presley. De uma certa maneira, deu certo. Os Estados Unidos tinham Elvis Presley, Carl Perkins e Bill Haley. Na década seguinte, a Inglaterra atirou The Beatles, The Animals, The Kinks e também The Zombies. No final das contas, eu acho que nos anos 70 dos dois sentaram juntos pra fumar maconha e que saiu todo mundo sabe...

De qualquer for, não há como falar sobre a música nos anos 60 sem citar este movimento. Afinal, depois que a Inglaterra perdeu a Guerra Revolucionária Americana, eles tinham que tentar invadir os Estados Unidos de novo (piada nerd huauhauha). Pelo menos esta é uma guerra em que todos saem ganhando - se algo assim ocorresse hoje em dia, seria de fato a definição de torturas de guerra. Mas não vamos dispersar!


"She's Not There" é a entrada do The Zombies para este mundo do Rock. Escrita por Rod Argent, tecladista da banda, ela segue a cartilha básica do Rock da época, porém com uma certa distinção se comparado com a cartilha comum (leia-se Beatles). Distinta porque esta canção não tem aquele viés que os Beatles e seus clones seguiam com canções animadas e com letras nada complexas (isso, claro, no início da carreira deles, devo frisar). Se compararmos questões vocais, John Lennon e Colin Blunstone, ambos estão na mesma linha: um vocal apropriado para o projeto e sem grandes destaques. Pode parecer uma grande heresia da minha parte, mas esta canção me lembrou um pouquinho o The Doors. É, isso é legal...

Acho que outra característica da Invasão que acho que ainda não citei é a capacidade de nomes estranhos! Tirando as mudanças na grafia, temos coisas como Os Besouros, Os Zumbis, Os Animais, As Dobras, fora os Pedras Rolando. Alguém sabe o que diabos pode ser The Troggs?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

AMR - 60's Jukebox 9

Artista: The Searchers (1959 - presente)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Pop
Hits: "Sweets for My Sweet", "Needles and Pins", "Don't Throw Your Love Away","Love Potion No. 9"
Hit da Jukebox:  "Love Potion No. 9" (1964, #3UK)



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Antes de mais nada, a versão exposta aqui da canção "Love Potion No. 9" não é a original. A canção foi escrita pela dupla Mike Stoller e Jerry Leiber (este último falecido no ano passado), que foram responsáveis por clássicos como "Hound Dog" e "Jailhouse Rock" (imortalizadas por Elvis Presley), "Kansas City" (famosa pela interpretação dos Beatles) e "Stand By Me" (por Ben E. King e posteriormente por John Lennon). No caso, a banda que lançou originalmente a canção é a The Clovers, que tiveram alguns hit como "Don't You Know I Love You" e "Fool, Fool, Fool". Pelo The Clovers, a canção não foi lá muito bem sucedida, com um #23US.

Porém, o The Searchers, banda fundada em 1959 e que fez relativo sucesso, especialmente com versões de outros artistas, como "Sweets for My Sweet" original do The Drifters, "Needles and Pins" original da Jackie DeShannon, "Don't Throw Your Love Away" do The Orlons e, claro, "Love Potion No. 9". Fora estas, eles tiveram ainda um grande hit próprio, "Sugar and Spice", que conseguiu um #2UK.


A canção fala de um homem que quer ajuda para achar seu amor e acaba recorrendo a uma cigana que lhe apresentar a "Poção de Amor nº9", que lhe faz se apaixonar por tudo o que vê. E a canção ganhou com o The Searchers um clima diferenciado, com aquele viés de Invasão Britânica que era tão comum e característico na época - contra o R&B de mais enraizado do The Clovers. Uma boa melhora de um modo geral - eu diria uma transcrição interessante do R&B para o Rock dos anos 60.


Um comentário à parte: felizmente não eram todas as bandas que seguiam a prolixa modinha de terninhos e penteadinhos iguais. Bandas como o The Grassroots, The Monkees (quando não estavam fazendo sua "interpretação" de Beatles), talvez até o The Troggs. Porém, ainda sim é melhor do que usar calça colorida e apertada, não?

domingo, 18 de março de 2012

AMR - 60's Jukebox 8

Artista: The Honeycombs (1963 - 1967)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Pop
Hits: "Have I the Right?", "Is It Because", "That's the Way"
Hit da Jukebox: "Have I the Right?" (1964, #5US - #1UK)



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Em geral, podemos dizer que as bandas dos anos 60 não tinha lá muito originalidade. Afinal, qual delas se abstiveram de utilizar o indefectível terninho preto? Ou as canções de no máximo 3 minutos de duração? Algumas têm dois vocalistas, enquanto outras têm apenas um intérprete, mas sempre haverá o duo de guitarras. Enfim, sempre existem características que definem esta classe musical - como se diz por aí: "nada se cria, tudo se copia".

Porém, uma banda criada em 1963 possuía uma característica que a distinguia das demais: o singelo, mero fato de ter como baterista uma mulher! É... os Beatles tinham o Ringo Starr, os Rolling Stones (que simplesmente não endossou este cartilha politicamente correta das bandas de Rock da época e tinham uma postura anárquica) tinham o Charlie Watts e o Honeycombs tinha Honey Lantree. Bo Diddley sempre andar com uma mulher tocando guitarra em seus shows era algo diferente, mas uma banda de Rock nos anos 60 com uma mulher na bateria é extrapolar o nível de originalidade.


E logo de cara a banda lançou um #1UK com a canção "Have I The Right?", em 1964. Os favos de mel (honeycombs) realmente sabiam ser doces, açucarados, pois a letra da canção consegue ser bem melosa, tipicamente o tipo de música que as bandas da época adoravam fazer e o pessoal adorava ouvir. Mas fora isso e o fato da bateria ser esmurrada por uma moça, não temos grandes atrativos ou grandes distinções do que se fazia na época.

Nos Estados Unidos, a canção também fez um bom sucesso, sendo impulsionada pela famigerada Invasão Britânica. Os norte-americanos estavam consumindo em massa todo o material importado com este rótulo. E já que os ingleses ela exímios na arte de produzir estas bandas...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

AMR - 60's Jukebox 7

Artista: The Lords
País de Origem: Alemanha
Estilo: Rock, Skiffle
Hits: "Shakin' All Over", "Poison Ivy", "Poor Boy"
Hit da Jukebox: "Poor Boy" (1965)



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Quando a Beatlemania e a Invasão Britânica vieram ao mundo invadindo todos os lugares com suas bandinhas de músicos arrumadinhos e melodias Pop fácies e agradáveis, a banda alemã The Lords seguiu a onda, como possivelmente a primeira banda alemã do movimento. 


O surgimento de centenas de bandas do estilo gerou uma genuína pretensão de se ganhar muito dinheiro e fama pegando carona no fenômeno e também uma disponibilidade de bons artistas, de gente que de fato sabia o que estava fazendo com seus instrumentos. Podemos dizer que foi mais ou menos o que aconteceu no Brasil com o pagode nos anos 90, só que, obviamente, sem referências qualitativas quaisquer (traduzindo: o pagode nos anos 90 explodiu, mas não significa que foi uma explosão benéfica, muito pelo contrário). Enfim...




Com um pretensioso nome, o The Lords (não menos pretensioso do que The Band, por exemplo, mas...) conseguiu algum destaque com a canção "Poor Boy", de origem desconhecida (não sei se é de autoria da banda ou regravação). Alguns confundem com uma tradicional canção chamada "Poor Boy Blues", mas não é o caso. Fora uma outra canção chamada "Poison Ivy".

Com esta canção, o The Lords mostra que, possivelmente, eram o que se tinha de melhor na Alemanha, nesta época e neste estilo musical. Claro que tinham um nível bem inferior se comparados com The Beatles, The Kinks, e o que mais tivesse de The no mainstream, mas ao menos mostraram que a Alemanha também estava no mapa do Rock na época.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

AMR - Coincidências 8

Leia também: AMR - 70’s Jukebox 4

Para os nascidos nos anos 80, poucas coisas foram tão marcantes, musicalmente falando, quanto o Dance dos anos 90. Peças clássicas como "The Rhythm of the Night", do grupo Corona (aliás, coma brasileira Olga Souza), a famosíssima "Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)" do C+C Music Factory com seu riff de guitarra imediatamente assimilável e a cantora italiana Gala com "Come Into My Life", são exemplos de como o estilo foi explorado à exaustão e definiu uma década. Enfim, são vários e vários outros projetos que trabalharam em cima do estilo: o Erasure com sua "I Love to Hate You", Cher com "Strong Enough" e "Believe", Sophie Ellis-Bextor com a ótima "Murder on the Dancefloor". É uma infinidade de opções.


Um dos vários grupos criados sobre o gênero, o La Bouche, foi criado em 1994 pelo produtor Frank Farian (sim, o mesmo responsável pelo setentista Boney M e pelo escandaloso e polêmico Milli Vanilli nos anos 90) e contava com os membros Melanie Thornton e Lane McCray. Estrearam com a moderada "Sweet Dreams", que era um exemplar comum do gênero, mas que ainda sim lembra a faceta da década. O projeto seguinte, "Be My Lover" segue a mesma linha - o que mostra que o La Bouche meio que estava preso na segunda divisão do mundo Dance.

Enquanto ativo, La Bouche lançou três álbuns. Em 2000, a vocalista Melanie resolveu seguir carreira solo e foi substituída por Natacha Wright. Porém, em 2001 foi vítima de um trágico acidente de avião, acidente que também tirou a vida de dois membros de outro grupo, o Passion Fruit. O La Bouche se dissolveu no mesmo ano.

Um dos maiores sucesso do grupo saiu do terceiro álbum, SOS. "You Won't Forget Me" foi lançado em 1997 e conseguiu um #9UK (posição superior ao seus dois primeiros e mais famosos singles, embora tenha decepcionado nos EUA com um #48US).



No distante ano de 1969, a banda de Rock neerlandesas Shocking Blue (da vocalista Mariska Veres) lançou o álbum At Home, com seu maior sucesso, a canção "Venus". Mas, além desta, outra canção também fez relativo sucesso e moldou a personalidade musical da banda. "Never Marry a Railroad Man", inclusive, já foi resenhada aqui.


Yeah, I won't forget it...

Logo no início de cada canção já dá para sacar a parte, digamos, referenciada. A melodia vocal com a qual Mariska abre a canção do Shocking Blue é idêntica à melodia com a qual Melanie abre a canção do La Bouche. Talvez a diferença seja, sei lá, 28 anos ou Rock pra Dance.

Coincidência?

Bem... Há uma distância muito grande tanto de tempo quanto de estilo entre os dois projetos. Mas há também uma grande similaridade entre as melodias vocais. De resto ambas seguem um caminho diferente e sem semelhanças. Acredito que possa caber, mais uma vez, o caso de plágio não-intencional. De qualquer maneira, fica novamente aquela dúvida pelo fato de Frank Farian ter seu dedo aqui. Milli Vanilli realmente é algo que ficou marcado no nome deste produtor.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

AMR - 60's Jukebox 5

Artista: Brian Hyland (12/11/1943)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Pop, Country
Hit da Jukebox: "Sealed With a Kiss" (1962, #3US - #3UK)


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Saindo um pouco das bandas de Rock e da Invasão Britânica, vamos pegar um cantor sem filiação com este tipo de música. Brian Hyland tem uma pegada mais Pop, mais Soft. Apesar de já ter participado de uma banda no começo da sua carreira (com apenas 14 anos), foi em sua carreira solo que lançou um de seus maiores hits, "Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polka Dot Bikini", com apenas 16 anos - o pessoal aqui no Brasil deve conhecer essa canção como "Biquini de Bolinha Amarelinha", imortalizada por Celly Campello. Os anos 60 revelaram muitos artistas precocemente. Felizmente tinham algum valor artístico real, algo com conteúdo (isso não foi uma *cof cof* referência ao Chris Brown).


Um dos grandes sucessos da carreira de Hyland, "Sealed With a Kiss" foi escrita por dois compositores não lá muito conhecidos, Peter Udell e Gary Geld - Brian Hyland usualmente interpreta as canções do duo. A primeira aparição esta canção foi por um grupo chamado The Four Voices (tão desconhecido quanto os autores), em 1960 - sem chamar muita a atenção. Ela já foi até mesma cantada por Bobby Vinton, que foi o interprete e compositor da música "Mr Lonely", grande sucesso em 1964 e que alcançou #1US - e que foi cruelmente descaracterizada pelo dublê de cantor e rapper Akon, que a usou, infelizmente, como porta de entrada para o mainstream.

A letra é muito bonita e considerada uma grande canção de amor da época. O homem que mandará seu amor para uma mulher numa carta selada com um beijo. Certamente é bem mais abrangente e complexa do que coisas como a já supra citada "I Want to Hold Your Hand".


A canção ainda seria re-lançada na Inglaterra em 1975, alcançando um #7UK - posição inferior se comparada com o lançamento original, mas ainda sim um top 10. Vale ainda conferir a versão lançada por Jason Donovan, cantor Pop australiano, que alcançou #1UK em 1989:

sábado, 12 de junho de 2010

AMR - 60's Jukebox 4

Artista: The Monkees (1966 - com várias idas e vindas até 2002)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Rock, Pop Rock
Hit da Jukebox: "I'm a Believer" (1966, #1US - #1UK)


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The Monkees, os possivelmente maiores rivais dos Beatles, tiveram um começo um tanto quanto diferente. Ou seja, não se enfiaram em lugar como o The Cavern Club (clube onde os Beatles tocaram no começo da carreira) ou o CBGB (clube onde várias bandas como Talking Heads, Blondie, Ramones, Television, Pattie Smith e sua banda, o ex-Television Richard Hell com sua banda, The Voidoids tocaram), mas sim começaram como um seriado de TV nos anos 60.


Para melhor definir a situação imaginem se aquele grupo fictício de pagode, o Sambabaca, criado pelo Casseta & Planeta, virasse realmente um projeto musical. Claro que temos que guardar as devidas proporções, mas é mais ou menos isso - afinal, o Sambabaca era uma crítica direta aos grupos de pagode nada criativos e etc, enquanto o seriado The Monkees provém de outra situação: a retratação da nova realidade musical do Rock na época.

The Monkees foi um seriado norte-americano dos anos 60 sobre uma banda de Rock fictícia, de estrita relação com o Rock 60 e obviamente com a Invasão Britânica. Aliás, os produtores se inspiraram no filme A Hard Day's Night dos Beatles para a concepção do projeto. No final das contas, os atores foram tão convincentes que a banda acabou vingando e se transformando em uma vertente musical e logo sendo posta como a versão norte-americana dos Beatles e, consequentemente, seu maior rival. E o single em questão é um dos maiores exemplos do êxito da banda no geral - primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos e da Inglaterra.


"I'm a Believer" é tipicamente o tipo de projeto que representa com exatidão o Rock da época. Com certeza muita gente confunde as bandas, acreditando que esta música é originalmente dos Beatles - afinal, é mesmo a cara deles. São tantas bandas na época que The Zombies, The Beatles e The Monkees devem soar a mesma coisa pra muita gente por aí (E é claro, não podemos esquecer do detalhe que o Rock 60 é muito, muito mais distinto que o Rock 50).


Enfim, dá pra perceber que, apesar de tudo ser baseado no Pop simples e descompromissado da época, a qualidade musical do projeto (mesmo o início da banda não sendo exatamente focado na música em si) é excelente. Concorre e ganha com folga de canções como "I Want to Hold Your Hand" dos Beatles, principalmente na parte da letra - o que se for pensar bem, qualquer coisa pode ganhar da boba letra dessa canção. Ainda bem que as coisas evoluem...

terça-feira, 1 de junho de 2010

AMR - 60's Jukebox 3

Artista: The Turtles (1965 - 1970 | 1983 - presente)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Rock, Rock Psicodélico, Pop Rock, Folk Rock
Hits: "It Ain't Me Babe", "Happy Together", "Elenore", "You Showed Me"
Hit da Jukebox: "Happy Together" (1967, #1US - #12UK)


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Talvez o maior mérito - e o maior motivo para esta banda ter sido tão conhecida em sua época - da banda The Turtles foi ter tirado do topo das paradas norte-americanas os Beatles com sua "Penny Lane", em 1967. E pra quem comparar as duas, vai ter certeza de que foi merecido. Além de "Penny Lane" não ser lá o melhor dos Beatles, "Happy Together" é uma canção bem agradável.

Pra tirar uma com a cara dos ingleses, dá até pra dizer que este "golpe" nos lembra a Guerra da Independência dos Estados Unidos: os ingleses (The Bealtes) fora de seu território, dominando outro território (os Estados Unidos) e acaba levando uma surra (ser retirado do topo das paradas) dos fazendeiros, ripongadas daquele território (The Turtles).


A banda no backstage...

Sobre a canção: uma canção alegre e otimista que fala sobre o amor com entusiasmo. Começa bem timída, simples até chegar em seus momentos majestosos. Que via aquela "trupe de tartarugas" não imaginaria uma canção tão interessante "secretada" deles.

A banda teve uma ajudinha do produtor Joe Wissert, que trabalhou com artistas como Earth Wind & Fire e Boz Scaggs (dá excelente "Lowdown"). Ele já foi até mesmo dançarino do extinto programa "American Bandstand - o cara realmente estava no ramo errado.


The Turtles são, juntamente com bandas como The Monkees e o The Grass Roots, ao mesmo tempo uma resposta aos Beatles e a tentativa dos Estados Unidos te trazer de volta para seus domínios algo que eles supostamente criaram, o Rock. O que dá pra dizer é que não importa quem conseguiu êxito nesta campanha: a música ganhou muito com a revelação de certos artistas neste ínterim.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

AMR - 60's Jukebox

Artista: Herman's Hermits (1963 - presente)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Britsh Rock, British Invasion, 60's Pop
Hit da Jukebox: "No Milk Today" (1966, #35Us - #7UK)


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A Invasão Britânica nos anos 60 pode ter revelado ao mundo uma revolução musical! Ou não...
Todos devem conhecer a principal banda a carregar esta bandeira, The Beatles. Uma das bandas mais bem sucedidas da história, eles ajudaram a abrir as portas do Rock Britânico pro mundo. O pequeno problema é que juntos com eles e com outras bandas legais, vieram tantas bandas medíocres que o mercado ficou um tantinho saturado.


Dentre boas e ruins podemos citar alguns como: The Animals ("The House of The Rising Sun", "Don't Let Me Be Misunderstood"), The Hollies ("The Air That I Breathe", "I'm Alive"), The Rolling Stones (uma porrada de hits), The Kinks ("You Really Got Me", "Sunny Afternoon"), The Moody Blues ("Go Now", "Question"), The Troggs ("Wild Thing", "Love Is All Around"), The Who (também uma porrada de hits), The Yardbirds (banda de onde saíram Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page), The Zombies ("She's Not There", "Tell Her No"), The Searchers ("Sweets For My Sweet", "Love Potion #9", "Needles and Pins"), outras fora da Inglaterra, mas que pegaram carona na coisa, como os alemães The Lords ("Poor Boy", "Late Last Sunday Evening"), os norte-americanos The Grass Roots ("Let's Live For Today", "Midnight Confessions"), The Turtles ("I Ain't Me Babe", "Happy Together"), The Monkees ("Last Train to Clarksville", "I'm a Believer", "Dreamday Believer") e muitas, muitas outras.

Os Herman's Hermits são uma delas, com seu som típico do Rock dos anos 60. Uma coisa bem Pop, tipo chiclete - usada com efetividade para encantar gatinhas na época. "I'm Into Something Good" é um exemplo perfeito do Pop chiclete feito pela banda. Mais um dos vários seguidores dos Beatles com algum talento.


"No Milk Today" foge um pouco da parte animada da coisa: temos um canção que, pelo menos no clima, indica alguma coisa mais rebuscada. Algo um tanto mais sério mas que mantém a ideologia Pop da banda. Seria uma espécie de meio termo entre o comercial e o conceitual. Se não é exatamente isso, pelo menos foi o que a banda pareceu fazer com este hit. Como não poderia deixar de ser, como praticamente todas as canções desta leva do Rock, são de consumo rápido, não tendo mais do que uns 3 minutos, no máximo.

No fim das contas eles não têm lá um número considerável de hits como os The Beatles e o The Rolling Stones, decorrente disto não têm metade da fama deles. Mas apesar destes fatos, ainda conseguiram manter certa identidade e qualidade musical. "No Milk Today" e "I'm Into Something Good" são viciantes sem serem chatas.

domingo, 11 de abril de 2010

AMR - 2000's Jukebox 2

Artista: Mick Jagger (26/07/1943)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock
Hits: "State of Shock" (com The Jacksons), "Hard Woman", "Dancing In The Street" (com David Bowie), "Goddness In The Doorway"
Hit da Jukebox: "Goddness In The Doorway" (2001)


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Se você não vive em uma caverna, provavelmente conhece a banda The Rolling Stones. Surgida nos anos 60 e com clássicos através dos anos, é uma das bandas mais conhecidas e bem sucedidas da história da música, e uma espécie de concorrente direta de outra banda muito conhecida: The Beatles.

Seu frontman, Mick Jagger, também é uma das personalidades mais conhecidas deste ramo. Seu fama é quase tão grande quanto de sua banda, por ser um artista muito bom em palco e também por alguns pequenos escândalos sexuais - tipo um filho com uma brasileira, chifrando esposa e etc.


Mas sua carreira solo nunca de fato decolou, sendo mais uma vertente "cult", digamos, de sua música, de sua arte. Aliás, serve quando muito como uma maneira de expor suas ideias que não seriam aceitas pelos membros do The Rolling Stones e uma maneira de irritar Keith Richards - que nunca gostou do fato de Jagger ter uma carreira paralela (e ridiculamente, pra contrariar, resolveu lançar a sua própria, num ato infantil e controverso).

"Goddness In The Doorway", faixa-título de seu último álbum, é algo realmente muito diferente do que Jagger costuma fazer com os Stones. Fugindo do rock "clássico" para algo mais alternativo. Selvagemente alternativo, diria. Pois temos aqui um esmero na produção que realmente não é comum no caso de Mick.


Tanto que em sua voz houve um cuidado maior, Jagger se esforçou mais neste quesito - apesar de sabermos que este definitivamente não é o forte dele (isso, claro, se não compararmos sua voz com a de Keith Richards). Jagger é um bom compositor, músico e artista em geral. Mas sua voz não é uma das maiores do rock, isso é fato. Numa banda de rock, muitas vezes, vozes assim são o bastante para dar conta do projeto e é só.

Jagger cuida de boa parte instrumental do projeto (e no álbum inteiro). Toca gaita, violão, guitarra e até percussão. Fora o verdadeiro exército de músicos que constam no mesmo. Bono, Wyclef Jean e Lenny Kravitz também deram o ar da graça no álbum - o que me dá a impressão que a reunião era apenas uma bebedeira com os caras que converteu-se em música.

Talvez Jagger tenha cansado da carreira solo, talvez não tenha mais nada a dizer ou mesmo estava pensando no sucesso comercial solo que nunca veio. O fato é que Goddness In The Doorway foi lançado em 2001 e foi o último projeto de Mick. Após isso, ele lançou com sua banda A Bigger Bang com a ótima "Rain Fall Down" e sairam numa turnê bem sucedida.

Quem não se lembra do público de mais de 1 milhão de fãs lá no Rio de Janeiro? Provavelmente foi batido não só um recorde de público como um recorde de contravenções. Fora os artistas babacas e metidos da Globo que estavam lá num camarote VIP de um show GRATUITO! Pô, nessas horas os traficantes deviam mostrar alguma utilidade...
Momento único do show: Luciana Gimenez na platéia assistindo Mick Jagger cantando "Oh No, Not You Again", que serviria (ou como dizem que de fato foi) como ironia para a modelo-desprivilegiada-cerebralmente.

domingo, 15 de novembro de 2009

AMR - 70’s Jukebox 2

Artista: Neil Sedaka (13/03/1939)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Pop
Hits: "Oh! Carol", "Calendar Girl", "Breaking Up is Hard to Do", "Laughter in The Rain", "Bad Blood"
Hit da Jukebox: "Laughter in The Rain" (1975, #1US)



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Vamos fazer um brevíssimo resumo a respeito dele...

Nascido no Brooklyn, em 1939, Neil Sedaka é um notório compositor, pianista e cantor. Demonstrando uma pré-disposição musical acima da média na época da escola, foi indicado por uma professora a tomar aulas de piano e, futuramente, conseguiu uma vaga na conceituada Juilliard School of Music. 


Quando tinha 13 anos, conheceu o compositor Howard Greenfield (na época com 16 anos). Ambos fizeram parte de um grupo de legendários compositores que trabalharam no Brill Building, um prédio famoso por sua história musical, com escritórios e estúdios musicais onde vários artistas famosos já trabalharam.




A partir daí, Neil tornou-se um artista Pop, compondo também para outros artistas. Com mais de 50 anos de carreira, já produziu mais de 50 álbuns e vários singles de sucesso. O primeiro single a recebeu destaque vem de 1958 e chama-se "The Diary". Não muito depois, no ano seguinte, um de seus trabalhos mais conhecidos: "Oh! Carol". Nos anos 60, Neil teve trabalhos como "Calendar Girl", "Little Devil" e "Happy Birthday Sweet Sixteen" em destaque. Mas o que mais cativou o público da época foi a grande "Breaking Up Is Hard to Do".

Depois de um bom tempo, Neil voltou com força nos anos 70 com duas canções: "Laughter in the Rain" e "Bad Blood" (com participação não-creditada de Elton John). "Laughter in the Rain" é uma canção bastante otimista, com um toque de piano bem trabalhado, marca registrada de Sedaka. Clima alegre, letra bonita falando sobre amor e a voz suave de Sedaka. É citada por ele como uma de suas composições favoritas. A canção foi escrita pelo Sekada e por Phil Cody (?).