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quarta-feira, 26 de junho de 2013

AMR - 2000's Jukebox 14

Artista: Janet Jackson (16/05/1966)
País de Origem: Estados Unidos da América
Hits: Diversos
Hit da Jukebox: "All For You" (2001, #1US - #3UK)



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Procuro resenhar aqui na Jukebox apenas artistas menos conhecidos, com menos prestígio. Porém, acabou abrindo exceções para alguns outros artistas fora destas condições. Desta vezes, escolhi um single da Janet Jackson, que é bem famosa, mas tem em seu espólio muitas coisas boas.

A carreira de Janet começou bem morna em meados dos anos 80. Nesta década, ela se destacou por participar de séries de tv, mas não deixou a música de lado por isso. No homônimo de 1982 (ano do lançamento do famigerado Thriller, de seu irmão mais famoso, Michael) Janet teve o auxílio de muitos produtores e cinco singles lançados. Porém o efeito foi fraquíssimo. Já em 1984 (ano de lançamento do álbum Victory, de seus irmãos The Jacksons), ela veio com Dream Street, que teve dentre seus produtores seu irmão Marlon Jackson e Giorgio Moroder. No primeiro single, "Don't Stand Another Chance", Michael Jackson contribuiu com vocais de fundo. Mas o resultado não foi tão diferente do anterior.

Dois anos depois, em 1986 (um ano antes do lançamento de Bad, do Michael), ela comete Control. Seu primeiro grande sucesso que a consolidou, tirando-lhe o rótulo de "irmã do famoso". Os produtores Jimmy Jam e Terry Lewis foram decisivos para o sucesso da nova empreitada (a dupla chegou a trabalhar com Michael nos anos 90).  A partir deste ponto Janet lançou vários singles e álbuns bem sucedidos — inclusive uma parceria com seu irmão em "Scream".


No álbum All For You, de 2001, o segundo single homônimo contou com samples da excelente "The Glow of Love", do grupo Change, que tinha como vocalista o falecido Luther Vandross. O que Janet, Jam e Lewis fizeram com este sample é algo que pouco acontece: honrar o trabalho no qual foi baseado, construindo por cima uma grande canção. "All For You" mantem o ritmo gostoso e se consolida-se como um bom single — apesar dos vocais de Janet não serem os mais espetaculares.

O single seguinte, "Someone to Call My Lover", também trabalha com samples, no caso com "Ventura Highway" da banda America. Porém o resultado obtido em "All For You" é bem superior.

Nos altos e baixos, dá pra dizer que Janet conseguiu se dissociar de seus irmãos e construir uma carreira sólida no meio da família Jackson, perdendo apenas para Michael em sucesso e popularidade. 

terça-feira, 9 de abril de 2013

AMR - Coincidências 10

Muito antes de nossos ouvidos reclamarem de coisas como One Direction e Justin Bieber, havia projetos de cunho semelhante em outras décadas. De uma certa maneira, podemos considerar os Beatles como avós de coisas como Backstreet Boys. sei que a comparação vai fazer muita gente querer bater a cabeça na parede, mas basicamente estes projetos atendiam a certos objetivos em comum. Fazer meninas gritarem histericamente enquanto compravam o máximo possível de produtos relacionados. Neste ínterim, eles eram capazes de produzir tanto coisas aberratórias e/ou aberratórias como "Ob-La-Di, Ob-La-Da" (Beatles) ou um repertório majoritariamente irrelevante (Backstreet Boys). Bem, falando nos Backstreet Boys, eles dispensam apresentações...


Os anos 90 foram profundos no que diz respeito ao que chamamos de Boy Band. Profundo dentro deste universo, claro. Muitas coisas vieram das outras décadas (anos 70 com Jackson Five, anos 80 com, sei lá, New Edition). Anos 90 foram inundados: Backstreet Boys, *Nsync, Westlife, Five. Os dois primeiros citados foram os de maiores destaques e o primeiro foi o primeiro a explodir. Singles como "As Long as You Love Me", "Quit Playing Games (with My Heart)" e "I Want It That Way" encheram os quartos de adolescentes de posters e o sacos dos pais e de quem tivesse por perto.

Os cinco primeiros álbuns tiveram vendagem excelente, mas o período após o hiato de 2002-2005 acabou defasando o grupo e eles não recuperaram a imensa popularidade. O single "Incomplete", de 2005, foi o melhor resultado até o momento. Até mesmo a saída de um dos membros do grupo ocorreu, mas como este tipo de empreitada solo não dá certo para todos (margem mínima, diga-se de passagem) e Kevin Richardson voltou ao grupo.

Em 2001, mesmo ano de lançamento do álbum Black and Blue, o grupo lançou uma coletânea chamada The Hits: Chapter One. E neste álbum, eles incluíram o single "Drowning", que havia sido gravado para o álbum de inéditas, mas que foi deixado de lado por falta de espaço. O single teve um desempenho um tanto frio na casa do tio Sam (#28US) e bem aceito na casa da rainha (#4UK).


E falando em bandas etéreas, em 1978 nascia o Duran Duran na onda do New Wave. Eles foram responsáveis por canções interessantes, como "Save a Prayer", "The Reflex" e "The Wild Boys". Porém, de meados dos anos 80 em diante, a banda esfriou, tendo "A View to a Kill" o último sucesso deles naquela década (lançado em 1985!). O álbum Duran Duran (The Wedding Album) foi uma espécie de volta, para avisar que ainda existiam, que respiravam e ainda tocava. O single de destaque desta empreitada foi "Ordinary World", lançado em 1993 e alcançou #3US e #6UK.


Ordinária Coincidência!

A estrutura central das duas canções seguem um ritmo e até ambientação muito parecidas até certo momento. Claro que o Duran Duran segue o tipo desolação do mundo e o Backstreet Boys segue a desolação do amor. Seja lá o que isso tudo possa significar. O fato é que as primeiras partes dos refrões são muito parecidas.

Se isso não foi o bastante para vocês, existe algo mais incisivo a respeito...

O cantor Mauro Scocco, cantor sueco com mais de 20 anos de carreira, lançou em 1997 um disco de melhores hits. Como estratégia comum, foi incluída uma faixa bônus, a última do disco. Ela foi intitulada "Långsamt Farväl" (algo como "Lento Adeus").


Neste caso, até o instrumento usado foi o mesmo. Praticamente a mesma linha de piano. A semelhança é absurda, passando muito, aliás, a linha da mera semelhança.

Ou seja, o single de um grupo americano que pode ter sido influenciado por artistas ingleses e um sueco. Isso sim é que chamo de globalização (e talvez, quem sabe, coincidência)!

domingo, 27 de junho de 2010

AMR - All The Lovers (Kylie Minogue)

Análise: Primeiro single do álbum Aphrodite, de Kylie Minogue. Lançado agora em Junho, alcançou #4UK.


Hum, que tal "Oh, the lover!"?

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Kylie Minogue é uma artista Pop razoavelmente reconhecida. Tendo uma carreira iniciada no final dos anos 80, tem um canções Pop e Dance bem divertidas. Seus destaques nos Estados Unidos sempre foi extremamente limitado, podemos citar "The Loco-Motion" - versão de uma canção escrita pela consagrada artista Carole King e pelo letrista Gerry Goffin, originalmente gravada pela cantora Little Eva. Vindo em segundo, "Can't Get You Out of My Head", que apesar de pegar um #7US, chegou em primeiro em vários países do mundo - inclusive impedindo que "You Rock My World", de Michael Jackson, alcançasse o topo das paradas na Inglaterra.


Destaco três canções na carreira de Minogue:

1ª - "Can't Get You Out of My Head", obviamente, por ser um hit simples e efetivo. Uma faixa dançante, nada pretensiosa e com um forte apelo Pop. Foi o mais alto momento na carreira dela, no distante ano de 2001.

2ª - "Where the Wild Roses Grow", onde Kylie foi convidada por Nick Cave (ex-Birthday Party, com sua banda The Bad Seeds) para cantar. Cave escreveu esta canção especialmente para Minogue cantar, por achar sua voz adequada para o projeto. A canção se trata de um diálogo entre vítima e assassino. Bela e profunda.

3ª - "In My Arms", uma música bem Pop, muito puxada para o Electropop até. Bem divertida, sem nenhum comprometimento de Kylie em fazer algo épico, apenas pra dançar mesmo. A figura de Minogue no vídeo-clipe e na capa do álbum nos remete à uma artista bem em alta por aí hoje em dia...


Mas infelizmente o atual single, "All The Lovers", não vai entrar na lista ocupando um 4º lugar. O arranjo futurista da canção, que lembra muito o Pet Shop Boys, soa um tanto datado. O problema parece ser justamente esse: lembrar demais alguma coisa ruim ou não aproveitável dos Pet Shop Boys. A produção poderia ser mais centrada em algo próximo do que foi feito em "In My Arms", algo menos intimista.

E pelo visto a pretensão de Kylie é mesmo ser Afrodite, a deusa do amor. No vídeo-clipe, os amantes aparecem aos montes de roupas intimas. Tudo com Minogue ao topo.

Kylie - que também participou da nova versão de "Everybody Hurts" para arrecadar fundos para as vítimas do desastre no Haiti - acaba abraçando algo mais moderno no seu novo trabalho mesmo soando anacrônica - tipo um vovô dançando break. O que acaba sendo bastante estranho. Mas mata a curiosidade de como seria a carreira de Kylie vinda dos início dos anos 80 na leva dos Pet Shop Boys ou como seria se ela se juntasse aos mesmos.

domingo, 11 de abril de 2010

AMR - 2000's Jukebox 2

Artista: Mick Jagger (26/07/1943)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock
Hits: "State of Shock" (com The Jacksons), "Hard Woman", "Dancing In The Street" (com David Bowie), "Goddness In The Doorway"
Hit da Jukebox: "Goddness In The Doorway" (2001)


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Se você não vive em uma caverna, provavelmente conhece a banda The Rolling Stones. Surgida nos anos 60 e com clássicos através dos anos, é uma das bandas mais conhecidas e bem sucedidas da história da música, e uma espécie de concorrente direta de outra banda muito conhecida: The Beatles.

Seu frontman, Mick Jagger, também é uma das personalidades mais conhecidas deste ramo. Seu fama é quase tão grande quanto de sua banda, por ser um artista muito bom em palco e também por alguns pequenos escândalos sexuais - tipo um filho com uma brasileira, chifrando esposa e etc.


Mas sua carreira solo nunca de fato decolou, sendo mais uma vertente "cult", digamos, de sua música, de sua arte. Aliás, serve quando muito como uma maneira de expor suas ideias que não seriam aceitas pelos membros do The Rolling Stones e uma maneira de irritar Keith Richards - que nunca gostou do fato de Jagger ter uma carreira paralela (e ridiculamente, pra contrariar, resolveu lançar a sua própria, num ato infantil e controverso).

"Goddness In The Doorway", faixa-título de seu último álbum, é algo realmente muito diferente do que Jagger costuma fazer com os Stones. Fugindo do rock "clássico" para algo mais alternativo. Selvagemente alternativo, diria. Pois temos aqui um esmero na produção que realmente não é comum no caso de Mick.


Tanto que em sua voz houve um cuidado maior, Jagger se esforçou mais neste quesito - apesar de sabermos que este definitivamente não é o forte dele (isso, claro, se não compararmos sua voz com a de Keith Richards). Jagger é um bom compositor, músico e artista em geral. Mas sua voz não é uma das maiores do rock, isso é fato. Numa banda de rock, muitas vezes, vozes assim são o bastante para dar conta do projeto e é só.

Jagger cuida de boa parte instrumental do projeto (e no álbum inteiro). Toca gaita, violão, guitarra e até percussão. Fora o verdadeiro exército de músicos que constam no mesmo. Bono, Wyclef Jean e Lenny Kravitz também deram o ar da graça no álbum - o que me dá a impressão que a reunião era apenas uma bebedeira com os caras que converteu-se em música.

Talvez Jagger tenha cansado da carreira solo, talvez não tenha mais nada a dizer ou mesmo estava pensando no sucesso comercial solo que nunca veio. O fato é que Goddness In The Doorway foi lançado em 2001 e foi o último projeto de Mick. Após isso, ele lançou com sua banda A Bigger Bang com a ótima "Rain Fall Down" e sairam numa turnê bem sucedida.

Quem não se lembra do público de mais de 1 milhão de fãs lá no Rio de Janeiro? Provavelmente foi batido não só um recorde de público como um recorde de contravenções. Fora os artistas babacas e metidos da Globo que estavam lá num camarote VIP de um show GRATUITO! Pô, nessas horas os traficantes deviam mostrar alguma utilidade...
Momento único do show: Luciana Gimenez na platéia assistindo Mick Jagger cantando "Oh No, Not You Again", que serviria (ou como dizem que de fato foi) como ironia para a modelo-desprivilegiada-cerebralmente.