quarta-feira, 8 de julho de 2009

Especial - Despedida definitiva - Funeral do rei do pop

Hoje foi um dia estranho. Fiquei sabendo que hoje, às 14:00 hrs, horário de Brasília, meu ídolo teria um funeral público. Não pareceu me atingir a princípio; mas nada como a dura realidade pra te acordar. Assim que o momento se aproximou, comecei a ficar triste – muito mais triste do que quando soube da morte de fato. Um sentimento que só o nome da sua turnê de adeus pode explicar – This Is It.

This Is It… eu acredito na vida após a morte, mas coloque-se na minha situação : estávamos esperando sua grande volta com a turnê, pra provar pra todos (e pra sua conta bancária também) que Michael Jackson ainda tinha seu brilho ou que talvez tivesse se aprimorado ainda mais. E de sopetão…”o sonho acabou”. É tirar o tapete debaixo dos seus pés. Durante esses 12 dias de agonia era como se meu subconsciente acreditasse que Michael ia sair de onde quer que estivesse pra gritar um sonoro “Hee hee! Te peguei!”.

Hoje, finalmente acordei para o fato de que não vou tê-lo no mesmo mundo por uns bons 60 anos – agora mais de 1 bilhão de pessoas eram testemunhas da despedida de um grande ser humano, que mudou tanto a minha vida. E você, como grande brasileiro questionador que é (hahah…enfim) já deve estar de saco cheio de ouvir gente falar “Michael Jackson mudou a minha vida” – mas essa é a mais pura e simples verdade. Entrei em contato com Jackson quando tinha 11 anos e foi nessa época que descobri o que era música de verdade. Me desculpem as Spice Girls, Backstreet Boys, São (??) os Tchans da vida : foi divertido, mas nada se compara à magia de Michael. Magia essa que fez com que, provavelmente, os conjuntos musicais tão “renomados” citados acima aparecessem. E diferente de todos meus ídolos que vieram depois (e isso eu percebi novamente ao ver a cerimônia do funeral), além de desejar ter aquele sucesso, talento e fama, desejava também levar tamanha alegria para as pessoas como ele. Me tornei mais alegre por ver tanta excelência em ação.

Só o 11 de Setembro causara-me tamanho choque como o das duas últimas semanas; acho que nem quando eu virei “mocinha” fiquei tão afetada. E agora demonstra-se porquê. É perceptível que eu, com 17 anos, não peguei os anos áureos da carreira do rei do Pop, então tudo parecia uma fábula distante. Nas últimas duas semanas, o mundo espalhou Michael Jackson para todos os lados; seja por conta de fãs ou da mídia oportunista – importante notar que a mídia só expõe o que interessa – o seu legado foi lançado para todos os lados, como se fosse necessária uma “vacinação” geral da nação; talvez fosse mesmo. E pra mim, isso provou definitivamente que nós, os fãs, sempre estivemos certos : Michael é um dos maiores “ajudantes” para a elevação de nosso planeta, quer você goste ou não. Hoje me sinto muito mais orgulhosa de, aos 11 anos, ficar tentando dançar Moonwalk na sala, tirar foto na ponta dos dois pés e preferir “Smooth Criminal” à “Asereje” .
Agradecerei novamente à você, Michael, por todo o bem que você transmitiu à mim e à humanidade – tenha ela percebido ou não. Keep Michaeling – Aaow!

PS : Agora, imagine a cena : eu no meio de uma cafeteria assistindo à cerimônia, em pé, segurando as lágrimas enquanto as funcionárias do local comentavam acerca dos convidados. “Aquele é o pai do Michael?”. Eu de dicionário Jacksoniano : “É sim”. “Quem é essa moça?”. “- É a Brooke Shields, aquela mulher da Lagoa Azul, lembra? Ela e o Michael namoraram algumas vezes“. Elas…”ahn….você é fã também?”, “sim ^__________^^^^^^^^^^^^^^^^^^xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx”. Bizarro!