quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quick - Capas Exóticas 9

Uma mulher com um canto de passarinho. Voz suave e aveludada que cativa o ouvinte. Esta com certeza é uma qualidade apreciável da artista desta edição do Capas Exóticas. Apareceu com seu hit de 1974, "Lovin' You", mostrando sua habilidade chamada "whistle register", que é o nível mais agudo da voz humana - artistas como Mariah Carey e até mesmo Christina Aguilera conseguem utilizar esta habilidade. Faleceu infelizmente de câncer de mama em 1979 aos 31 anos, mas deixou, além da voz, outro registro notável... Minnie Riperton!

Nome do álbum: Adventures in Paradise
Ano de lançamento: 1975
Estilo: Soul


Minnie está sentada ao lado de um leão em uma poltrona. Bem, isso é um tanto quanto exótico, verdade. Mas o que torna a coisa ainda mais exótica é o fato deste leão não ser de pelúcia, montagem ou coisa do tipo. De fato o felino esteve ali com Riperton. Se você ficou impressionado, precisa só ver como Sammy Davis Jr ficou quando viu o processo criativo da capa do álbum:

Se for muito curioso, pode adiantar até 1:00 do vídeo

É... Minnie quase foi devorada por um leão! E isso com certeza justifica a expressão atônita do showman Sammy Davis Jr. Considerando a voz de passarinho de Minnie, podemos fazer a perfeita analogia de Sylvester e Tweety - Piu-Piu e Frajola. A diferença aqui é que o "Frajola" é muito mais voraz na hora de tentar se refestelar com o alimento hauhauahuaha...

Para quem ainda não conhece a voz de Minnie, aqui vai o melhor exemplar possível, seu maior sucesso, "Lovin' You":

terça-feira, 28 de junho de 2011

AMR - Pérolas do "Pop" 6: Is This Love

Is This Love é uma daquelas músicas que nós já escutamos em algum lugar, mas não sabemos bem em que época de nossas vidas a ouvimos pela primeira vez - mas o importante é que ouvimos.




Este clássico está contido no álbum Whitesnake (1987 na Europa), formado pelo quadragésimo quinto line-up da banda homônima que literalmente tem como proprietário - podemos dizer assim - David Coverdale, multiinstrumentalista catapultado à fama como vocalista do lendário Deep Purple. A banda evoluiu do grupo que acompanhava Coverdale na turnê de seus primeiros álbuns pós-Purple, nomeados White Snake e Northwinds, respectivamente. Obviamente, o primeiro auxiliou um bocado na escolha do nome...




Felizmente neste caso, a canção destoa do restante do álbum - com exceção de partes de Here I Go Again, Whitesnake é puro Hard Rock, na melhor forma das hair-bands do final dos anos 80. Apesar do modus operandi mais pesado do álbum, a canção foi um grande sucesso no mainstream - atingindo #2US e #9UK - e ainda hoje é muito popular em rádios nostálgicas e de rock em geral. Aliás, provavelmente o grande público conhece a banda exclusivamente por este trabalho. Um fato interessante é que a canção foi originalmente pensada para ser gravada pela cantora Tina Turner, conforme DC relatou no livreto da edição de 20° aniversário do álbum.



Line-up de 1986


Acredito que o poder particular desta canção é de convidar o ouvinte a descobrir quais emoções realmente sente quando ouve o trabalho - emoções essas que talvez não façam sentido umas com as outras. Melancolia, alegria, sensação de solidão e um clima de mistério são algumas que me passam pela cabeça, mas provavelmente isso mudará de pessoa para pessoa. A voz sedutora de Coverdale, na maior parte da música em tons graves, funde-se com esmero ao clima soturno produzido pelo arranjo dos instrumentos e especialmente o solo de guitarra de John Sykes, que pelo contexto da canção, poderíamos pensar representar a luta interna do interlocutor ao tentar descobrir o que estava sentindo naquele momento. Independente do gosto musical de quem a possa ouvir, é inegável que o projeto é extremamente bem trabalhado. O timing do lançamento da canção também não poderia ser mais adequado : toda a cadência dos arranjos e riffs utilizados cheira a anos oitenta. O que poderíamos fazer para provar o contrário é tentar imaginar se a música seria um sucesso se lançada nos dias de hoje - se bem que a definição atual de sucesso sai com água corrente. Mesmo assim, a canção é, ironicamente, uma peça que resistiu ao teste do tempo e que deve ser guardada para sempre como um clássico do Rock.


Line-up atual


O videoclipe, por outro lado, não tem muitos atrativos a não ser a piriguetice de Tawny Kitaen e o próprio Coverdale (namorados, na época) se roçando em cima dela - o que para muitos já é entretenimento o suficiente. Ah, logicamente, dados os quase 25 anos do seu lançamento, serve também como uma boa lembrança dos velhos tempos.



Segue também versão acústica :




sábado, 25 de junho de 2011

Quick - 2 anos se passaram...

Já se passaram dois anos da morte de Michael. O tempo passou bem rápido...

Encontrei esta homenagem feita na época da morte dele no Youtube:


Ah, e hoje vazou "All In Your Name" completa:


Que Michael descanse em paz...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

AMR - Pérolas do "Pop" 5: Tears in Heaven

Uma música pode surgir da alma de um artista - ou da vontade de fazer alguma coisa grudenta para ganhar uns trocados. Você pode ouvir canções que sejam realmente profundas e tocantes como, por exemplo, uma das minhas canções favoritas de sempre, "Only Because of You" do álbum In the Eye of the Storm (1984) de Roger Hodgson (ex-Supertramp) - que ainda vou escrever um artigo sobre. Ou você pode ouvir qualquer coisa saída de qualquer Mc Créu ou Serginho e Lacraia (só pra citar dois, pra não perder tempo - sem relações com a morte da Lacraia que, musicalmente falando, ou artisticamente falando, não faz falta alguma).

Agora, se tem uma música que veio da alma (e, mais especificamente, da dor) de um artista, esta canção é "Tears in Heaven", do guitarrista inglês Eric Clapton. A perda de seu filho em um momento bom de sua vida o levou para o fundo do poço - de onde conseguiu sair bem (e de uma certa maneira, melhor do que estava antes). Além, claro, de ser uma obra muito bem feita e tocante - arte pura, até o último fio de cabelo.


Um dos maiores sucessos da carreira do guitarrista e uma grande e cativante canção. Uma das mais importantes dos anos 90, sendo uma das melhores baladas feitas na época - e tão uma peça marcante da música moderna.

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Sobre o artista: Eric Clapton iniciou sua carreira oficialmente com a lendária banda The Yardbirds. Após isso participou da John Mayall & The Bluesbreakers, o Cream, o Blind Faith, Delaney, Bonnie & Friends, Derek and the Dominos e por fim, sua carreira solo. Tendo suas raízes no Blues, Eric já passou por vários estilos, como Rock, Rock Psicodélico e Hard Rock. Conta com 20 álbuns de inéditas e vários outros projetos com outras bandas e artistas. Só seu álbum acústico vendeu 10 milhões de cópias nos Estados Unidos, sendo um dos mais bem sucedidos no estilo. É considerado um dos melhores guitarristas já surgidos, ao lado de Jimmy Hendrix, B.B. King, Duane Allman, Stevie Ray Vaughan, Mark Knopfler e vários outros. Contribuiu bastante com a difusão do Blues pelo mundo, sendo um dos artistas mais importantes da história da música.

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Clapton recebeu uma ajuda de Will Jennings (famoso compositor norte-americano, que tem em seu currículo trabalhos como "My Heart Will Go On" da Celine Dion, tema do filme Titanic de 1997, "Up Where We Belong" do Joe Cocker e Jennifer Warnes, tema do filme A Força do Destino, de 1982 e sucessos como "Valerie" e "Higher Love" do Steve Winwood, amigo e companheiro musical de Eric) para compor a letra da canção. Na verdade, Jennings se sentiu bem relutante em contribuir com Clapton em uma canção tão pessoal. De qualquer maneira, onde Eric entrou com sua alma, Will e Russ Titelman (renomado produtor norte-americano que já produziu artistas como The Monkees, George Harrison, Bee Gees, Paul Simon, The Allman Brothers e a já citada "Valerie" do Winwood) entraram com o resto, o corpo.


Eric não havia composto "Tears in Heaven" com a intenção de torna-la pública. Esta canção, assim como "My Father's Eyes" e "Circus Left Town" foram a maneira de Eric de dissipar sua dor e angústia pela perda de seu filho, naquilo que ele próprio descreveu como "um pesadelo acordado". As duas citadas chegaram, aliás, a serem tocadas no famosos disco acústico de 1992, mas acabaram sendo vetadas por Clapton, por achar que não estavam tão bem reproduzidas. Aliás, "Circus Left Town" descreve como foi o último dia que Eric passou com seu filho Conor - um passeio até o circo. E principalmente no caso de esta e "Tears in Heaven", ele consegue transmitir uma tristeza, beleza e melancolia genuínas.


Naquele ano, Lili Zanuck, diretora de cinema, quis que Eric trabalhasse na trilha-sonora de seu novo filme, Rush, que fala sobre detetives em um caso de tráfico de drogas que acabam se viciando - um campo que, infelizmente, Eric conhecia muito bem. Após Eric mostrar a Lili sua "Tears in Heaven", ela insistiu para que fosse incluída na trilha. Clapton, claro, ficou bem relutante, pois aquela canção era algo pessoal, como ele descreveu: algo que "ele fazia apenas para não ir à loucura, tocando insistentemente para si mesmo, modificando e aperfeiçoando constantemente até se tornar parte do seu ser". No final, Lili convenceu Eric.


Não muito distante disto, Eric lançou seu disco acústico onde revia clássicos do Blues e algumas canções suas. "Tears in Heaven" tornou-se o ato principal desta obra, tendo esta versão, em minha opinião, sendo melhor que a original por ser mais profunda na interpretação no geral. Titelman também se encarregou a produção deste trabalho, que contou com grandes músicos como Nathan East, Ray Cooper e Andy Fairweather-Low (colaboradores de longa data) e também Chuck Leavell, pianista também muito conhecido por seu trabalho com os Rolling Stones. A perícia impecável destes músicos ajudou bastante com a atmosfera necessária da coisa.


A perda de Conor foi decisiva para Eric em um ponto peculiar: sua dependência em álcool. Quando Conor faleceu, Eric já estava aproximadamente 2 anos sem beber. E ao ver seu filho pequeno nascer, ele foi adquirindo aos poucos a noção de que deveria parar. E a morte de Conor veio reforçar mais ainda este ponto. Certa vez, no programa de 12 passos, uma mulher disse para Eric: "Você acabou de tirar minha última desculpa para tomar um drique". Ele perguntou o que ela quis dizer e ela respondeu: "Sempre tive guardada em um cantinho da minha mente a desculpa de que, se algo acontecesse com meus filhos, eu teria uma justificativa para beber. E você me mostrou que isso não é verdade". Isso foi uma pontinha que daria início a uma iniciativa de Eric em montar um centro de reabilitação de dependentes do álcool, a Crossroads Centre.


Apesar da contribuição de Jennings e Titelman e de todo o resto do pessoal envolvido tanto no estúdio quanto na gravação do acústico, uma coisa fica mais do que clara: estas canções foram extraídas do coração e alma de um homem. São produtos da dor de uma pessoa que perdeu parte de si com a morte de uma pessoa querida e que conseguiu transpor isso através de sua arte. Sobre o acústico, Eric faz um comentário tocante:

"Russ produziu o álbum do show, e Roger parecia um pai coruja em cima do projeto, enquanto eu estava bem distante, insistindo em que deveríamos lançá-lo como edição limitada. Simplesmente não estava muito apaixonado por aquilo e, por mais que curtisse tocar todas as canções, não achava que escutá-las fosse lá tão maravilhoso. Ao ser lançado, foi o álbum de maior vendagem de minha carreira, o que serve para mostrar o quanto entendo de marketing. Foi também o mais barato de produzir e o que exigiu menor volume de preparação e trabalho. Mas, se você quer saber quanto de fato me custou, vá a Ripley e visite o túmulo de meu filho. Acho que é também por isso que foi um álbum tão popular; creio que as pessoas queriam mostrar sua solidariedade, e aqueles que não conseguiram encontrar outra forma compraram o álbum."

Eric mostrou que, apesar de toda a dor que você possa sentir, sempre podemos seguir, tirar a lição que deve se tirar e viver, com a certeza de que um dia tudo vai ficar bem. A canção foi muito bem acolhida, sendo um dos maiores sucessos da carreira de Eric e lhe rendendo três prêmios Grammy: Canção do Ano, Gravação do Ano e Melhor Performance Vocal Pop Masculina. "My Father's Eyes" e "Circus" (como ficou conhecida depois) tiveram seu lançamento oficial no álbum Pilgrim, de 1998. E após todos estes anos, em 2004 Eric resolveu aposentar "Tears in Heaven" e "My Father's Eyes" (a terceira canção não era frequentemente tocada nos shows), explicando:

"Eu não sinto mais a dor, que é muito uma parte de tocar estas canções. Eu realmente tenho que me conectar com os sentimentos que tinha quando eu as escrevi. Eles se foram e realmente não quero que voltem. Minha vida é diferente agora. Elas provavelmente precisavam de um descanso e talvez eu volte com elas com um ponto de vista diferente."

Eric provavelmente a aposentou para não sentir mais a mesma dor que sentia quanto lembrava de seu filho e talvez até para não banalizá-la. E de fato é uma canção que deve ser tocada apenas para se ouvir com a alma e o coração - pois foi de lá que ela saiu e é para onde deve ir sempre que for ouvida. Que o pequeno Conor esteja muito bem pra onde quer que tenha ido e que esteja muito feliz por imenso bem que fez para seu pai.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quick - Jon Bon Jovi se machucando

O Bon Jovi estava fazendo um show no dia 17 e, durante a apresentação, o Jon acabou rompendo os ligamentos do joelho!


Para que não se aguenta de curiosidade, é só adiantar até 28 segundos...

Deve ter doído!

Aconteceu - Boletim Musical (21/06/2011)

"Lupe Fiasco acusa Barack Obama de terrorismo"


Rapper pretende 'combater o terrorismo' através da música...

Aviso: o comentário abaixo é construído em cima de uma piada pronta

Ele usando música pra combater terrorismo? Já vou avisando: vai ser um Fiasco...

"Justin Timberlake desistiu da música?"



'É uma péssima aposta', diz o cantor sobre lançar um novo álbum...

Hahaha! Mais e mais obviedades e piadas prontas!

"Joe Jonas estreia primeira música solo"


'See No More' conta com a participação de Chris Brown...

Não tinha um jeito pior de começar não?

Quick - Capas Exóticas 8

Um instrumento não muito difundido e até incomum, eu diria, é a flauta. Não dá para encaixa-la em todos os casos e, quando usada em demasia, acaba ficando meio chato - se você duvida, procure ouvir qualquer gravação long play do Kenny G, pois com certeza vai achar pelo menos 85% de qualquer disco dele um saco. De qualquer maneira, se a última edição do Capas Exóticas mostrou um Shel Silverstein bizarro na capa de um disco, aqui temos um homem tocador do singelo instrumento em questão. Seu nome é Herbie Mann.

Nome do álbum: Push Push
Ano de lançamento: 1971
Estilo: R&B, Jazz


Em vez de um bizarro cenário de um homem parecendo um bicho correndo na beira de uma praia, temos um homem peludo de meia idade segurando uma flauta. Se fosse musculoso, tivesse uma metralhadora no lugar da flauta e, claro, sem pelos, convenceria bem como Rambo. Porém, aqui temos uma pré-molde do Peludão da sauna gay, amigo do Wanderney - quadro do extinto programa Casseta & Planeta Urgente.


No álbum em questão, temos clássicos como "If", da banda de Soft Rock Bread (responsáveis por grandes canções como "Baby I'm-a Want You", "The Guitar Man" e minhas favoritas, "Aubrey" e "Lost Without Your Love") e "Never Can Say Goodbye", do Jackson Five e que também ficou famosa por sua versão feita pela Gloria Gaynor. Porém a coisa, mais ou menos como Kenny G, é meio morna - temos o lendário guitarrista Duane Allman para dar uma força com algo mais. Posso dizer que Mann fez um grande trabalho em sua versão para "Sunny" de Bobby Hebb - famosa também por sua versão com o Boney M.

Quantas referências!

sábado, 18 de junho de 2011

AMR - Haven't Met You Yet (Michael Bublé)

Análise: Primeiro single do álbum Crazy Love, do cantor Michael Bublé. Lançado em 2009, alcançou #24US e #5UK.


O que? O Sono?

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Antes tarde do que nunca! O single em questão foi lançado em 2009, mas, como nunca escrevi nada sobre Michael Bublé, esta é a melhor chance possível.

Cantor de Jazz Michael Bublé surgiu em meados dos anos 90 e se consolidou com peças como "Everything" de 2007 e várias covers que fez durante a carreira, como "How Can You Mend a Broken Heart" do Bee Gees, "Kissing a Fool" do George Michael, "Save the Last Dance for Me" do The Drifters (de 1960!) e até mesmo "Me and Mrs Jones" de Billy Paul. Todas estas acanções condizem bem com o estilo musical do cantor.


Agora não sei bem se é pelo fato de ser Jazz, se é pelo jeito de cantar ou qualquer outra coisa. Mas, apesar de não cantar porcarias como Lil Wayne, T-Pain, Akon e outros menos cotados fazem, o trabalho de Bublé é coberto por uma névoa chatice imensurável. Apesar de ser um estilo bem melhor do que muita coisa que tem por aí (tipo Reggae ou Reggaeton), definitivamente é coisa para poucos - ou coisa para mais antigos, pois o Jazz não é o estilo mais novo do mundo. Mas de qualquer maneira, o caminho que Michael escolheu está sendo bem traçado.

E "Haven't Met You Yet" é, por incrível que pareça, um trabalho legal, nada chato. É um single mais Pop, com pouquíssimas influências do Jazz (embora elas existam, sendo a estrutura principal da canção). Um Jazz mais Pop é algo mais tragável, que se pode curtir e experimentar mais profundamente. Não que "Everything" tenha sido ruim, apenas não havia atingido este nível comercial - sem efeitos colaterais negativos, diga-se de passagem.


O single seguinte, "Hold On", já puxa para a calmaria característica do Jazz, mas ainda sim já é um pouco mais fácil que as baladas antigas que Bublé tanto gosta de gravar. Para que curte artistas como Diana Krall e Norah Jones, Michael Bublé é, sem dúvida, uma escolha agradável e, em certos momentos, até um pouco mais agitada que o tradicional. Vale até para não iniciados (pelo menos do álbum Crazy Love pra cima).

Quick - Cartões Motivacionais 29


Foi só eu ou vocês também acham que os dois da esquerda lá de trás são a cara dos caras do É o Tchan??

quarta-feira, 15 de junho de 2011

AMR - Rolling in the Deep (Adele)

Análise: Primeiro single do álbum 21, da cantora Adele. Lançado em Novembro de 2010, alcançou #1US e #2UK.


Enquanto isso, ela deita e rola nos chart da Billboard...

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A cantora inglêsa Adele Laurie Blue Adkins, de 23 anos, mais uma artista que ganhou uma forcinha da divulgação do MySpace e vencedora de 2 Grammys em 2009 (Melhor Nova Artista e Melhor Performance Vocal Pop Feminina) é a atual ocupante do topo da Billboard. Já são 5 semanas no alto e mais duas semanas ela vai passar "Born This Way" da Lady Gaga como o single de maior tempo no topo em 2011. Mas será que a canção "Rolling in the Deep" de fato merece estar lá?

Primeiramente, vamos falar sobre os vocais. Esta parte é indiscutível. É evidente a grande capacidade vocal de Adele, tanto em estúdio quanto em suas apresentações. Ela tem uma das melhores e mais potentes vozes já surgidas nos últimos tempos. Apesar de ter boa voz, Lady Gaga não chega no mesmo patamar (e já que ela preferiu o caminho mais fácil, o comercialismo de quem prefere muito mais imagens e atitudes do que a música em si...) e temos um bom produto para colocar ao lado de Amy Winehouse (que teve um Back to Black um grande trabalho, mas que teve algo melhor ainda em sua estréia com Frank). E o fato dela não ter o visual espalhafatoso das outras duas (o cabelo colméia da Amy Winehouse e, bem, todo o resto da Lady Gaga) contribui positivamente.


As composições de Adele são um misto de R&B, Soul e Jazz. A coisa toda gira basicamente sobre estes rótulos. Em alguns momentos é mais Jazz - como em suas baladas regidas pelo piano - e mais R&B e Soul, como é o caso do single em questão. Ela consegue transformar o Gótico oitentista e alternativo de Robert Smith em algo mais Soul - de fato, alma -, com sua cover de "Lovesong" (aliás, algo mais ou menos parecido com o que Cary Brothers fez com "Something About You" do Level 42 - uma transição bem sucedida de estilos).

Talvez um ponto negativo para Adele é o fato de não ter lá uma grande presença de palco. Concordo que o estilo no qual ela trabalha não permite lá um show pirotécnico ou coisa parecida, e assim como Amy Winehouse, acaba por ser um pouco inibida, tenta (é, tenta) uma presença mais marcante. Cara, até mesmo o Michael Bublé, que só falta ter escrito "Jazz" na testa se mexe bastante no palco (sua apresentação de "Crazy Little Thing Called Love" chega a surpreender).


Adele está no seu segundo álbum, tem 2 Grammys na bagagem e um poderoso #1 nos Estados Unidos (conseguiu um #1 na Inglaterra com "Someone Like You"). Ou seja, algo parecido com o que Winehouse conquistou. Só espero que a Adele consiga chegar ao estúdio para o terceiro álbum conseguindo desviar bem de escândalos, amantes, álcool e drogas no caminho. Talvez ela saiba que a música é a coisa mais importante.

Quick - Hugh e Neil no Tony Awards

Eu não sei quanto a vocês, mas eu adorei a apresentação do Neil Patrick Harris e o Hugh Jackman, o Wolverine, no Tony Awards deste ano. Os dois cantam e dançam!

Aconteceu - Boletim Musical (15/06/2011)

"Novo álbum de Amy Winehouse tem lançamento adiado"


Apesar de estar pronto, o novo álbum de Amy Winehouse só será lançado depois que a cantora sair da reabilitação

"They tried to make me go to rehab but I said 'no, no, no'"

"Scarlett Johanson regrava clássico do Jazz para trilha de filme"


Azar do clássico do Jazz e da trilha do filme - e de quem tiver que ouvir!

"Filha de Madonna quer seguir os passos da mãe"


Começando, claro, pelo excesso de pelos...


Urgh!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

AMR - 2000's Jukebox 8

Artista: Röyksopp (1998)
País de Origem: Noruega
Estilo: Electronica, Trip-Hop
Hits: "Eple", "Remind Me", "What Else Is There?"
Hit da Jukebox: "What Else Is There?" (2005, #32UK)


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Provavelmente você já ouviu por aí muitos duos ou trios que se dedicam a fazer Electronica, Dance e derivados. Temos o Chemical Brothers, o Daft Punk e até alguns sujeitos mais antigos que deram suas contribuições para o surgimento da coisa, como o grupo Kraftwerk e gente como Giorgio Moroder e Patrick Cowley. Alguns perduram outros apenas têm um rápido brilho, deixando uma marca grande ou pequena em cada era que atua.


E um destes projetos que acabaram por produzir algo interessante é o Röyksopp. Os noruegueses eram do tipo que gostavam de fazer música experimental e em cima disso fundaram seu duo. E um dos seus projetos, "What Else Is There?", faz uso de um outro ritmo pouco conhecido e longe do mainstream: o Trip-Hop. E também faz uso de outro recurso: Karin Dreijer Andersson, vocalista de outro duo de Electronica, o The Knife.


O clima sombrio construído em cima do Trip-Hop e a voz lamuriosa, chorosa e triste de Karin dão um clima obscuro e sinistro pra coisa toda. A batida, o riff de guitarra que combina com a tristeza, os sintetizadoes, tudo contribui para algo diferente do usual. E toda a ambientação criada no vídeo-clipe, incluindo o visual de Karin (que, na verdade, já estranho ao natural) é bem ao estilo dos filmes de terror mais modernos (tipo aqueles japoneses).

Se você é fã deste tipo de música, talvez ache um tanto quanto diferente. E acredito que esta seja a potencial vantagem no caso. Mas de qualquer maneira, dá pra curtir sem problemas.

domingo, 12 de junho de 2011

Quick - Cartões Motivacionais 28