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segunda-feira, 17 de junho de 2013

AMR - Can't Hold Us (Macklemore)

Análise: Terceiro single do álbum The Heist, do Macklemore. Lançado em 16 de Outubro de 2011.



E quem quer?

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E o rapper com cara de vilão dos filmes do 007 continua suas aventuras pelos charts da Billboard. Depois de um single muito bem sucedido e divertido ter ficado um mês e meio em primeiro lugar, ele conseguiu o prodígio de erguer das profundezas de 2011 o single "Can't Hold Us". É, a força de "Thrift Shop" é mesmo imensa!

A temática do "novo" single é bem diferente do single que lançou o rapaz ao estrelato. Um clima mais sério, uma produção mais centrada. Diria até mesmo contagiante, sem aquela irritação que alguns como Ludacris consegue incutir no ouvinte. Se no trabalho anterior poderíamos ter uma certa comparação com os momentos engraçadinhos do Eminem (nem tanto, claro), aqui temos algo que pode se assemelhar ao single "I'm Not Afraid", também do Eminem.


Apesar de estar começando a aparecer agora, ainda consigo enxergar melhores méritos musicais nele do que no Eminem, por exemplo. Talvez este álbum seja o magnum opus, com toda a inspiração possível que Macklemore pôde juntar. Enquanto Eminem já deixou para trás o que de melhor poderia ter feito faz tempo. Uma renovação no combalido e saturado mercado do Rap é algo bom e necessário.

Se você é fã do Eminem, não fique bravo. Acredito que as chances de você gostar do trabalho de Macklemore são grandes. A distinção não é lá tão grande. Até mesmo as semelhanças físicas (embora poucas) são notáveis.

Obs: Pensando bem, ele não lembra um vilão da série 007. Ele lembra uma lésbica...

quinta-feira, 28 de março de 2013

AMR - Troublemaker (Taio Cruz)

Análise: Segundo single do álbum TY.O, do Taio Cruz. Lançado em Dezembro de 2011, alcançou #3UK.




Hamburguermaker

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Você realmente se lembra de Taio Cruz? Bem, talvez se você ouvir o hit "Break Your Heart", tenha uma vaga lembrança de quem é o sujeito. Não? Ok... Pra resumir, Taio é um cantor inglês, descendente de brasileiros, canta uma variação de R&B meio sem sal e não consegue fazer frente aos caras que cantam o mesmo tipo de música que ele. Possivelmente isso é o bastante para saberem quem é ele.

Talvez Jason Derülo seja mais conhecido. Talvez por ser melhor, talvez por sorte. Cruz é bem mais famoso em sua terra, a Inglaterra. Porém, como Derülo vendo dos Estados Unidos, o maior mercado fonográfico do mundo e aprendeu a mágica que faz samples de artistas famosos em um single, ele é um destaque maior. Jason, ao menos, conseguiu extrair algo interessante disto...



Tá bem, tá bem. Talvez "She's Like a Star" já esteja nos ouvidos dos brasileiros. Mas ainda sim acredito que ninguém ouve esta música e diz "olha só, música do Taio Cruz!". Mas ele possivelmente tem chances de adquirir uma identidade musical reconhecível. E é interessante notar como, fisicamente, isso já está acontecendo. Diferente de seus "rivais", Cruz não ostenta um corpo musculoso (como Chris "bati na minha namorada" Brown), sendo um cara mais "normal". Legal ver que ele não é tão levado para este artificialismo saturado.

Enfim, vamos para a música. O single em questão é, logo de cara, um grande aviso de "música feita para a balada". O Auto-tune aqui é tão servido quanto o ecstase na balada. Talvez o segunda não seja tão prejudicial, no geral. O fato é que, aparentemente, Taio está conseguindo alcançar um certo nível de diferencial, como seu colega Jason Derülo. Ambas as canções ("She's Like a Star" e "Troublemaker") dizem a que veio, sendo competentes nisto. Embora não lá muito interessantes, Cruz pelo menos consegue o benefício da dúvida.

Esperar para ver o que mais ele pode proporcionar e - pelos céus - desligar a porcaria do Auto-tune. O mundo agradece...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AMR - That's All She Wrote (T.I.)

Análise: Terceiro single do álbum No Mercy, do T.I.. Lançado em Janeiro de 2011, alcançou #18US e #158UK.




Ela escreveu: what the fuck?

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Honestamente, se T.I. continuar neste ritmo, as pessoas vão começar a se perguntar do que diabos se trata quando ele for citado. Isso se tal suposição já não estiver ocorrendo. Acredito que os trabalhos mais reconhecidos de T.I. tenham sido com Justin Timberlake (este que, aparentemente, largou o mundo da música para se dedicar ao cinema, num gesto de sensatez musical e insensatez cinematográfica) e Rihanna (com a péssima e horrorosa "Live Your Life", onde resgatam das profundezas do inferno musical a canção "Dragostea Din Tei"). Muito para os outros artistas, pouco para o rapper.

Tenho que dar crédito ao fato de T.I. ser um dos melhores em sua área. Sua colaboração no single "My Love" do Justin Timberlake foi acima da média, não sendo chato ou pedante e terminando na hora certa. Mas isso faria dele um mero "One Rap Wonder" desprezível. No que tenho que me perguntar: seria ele capaz de ser mais relevante do que isso?




Tirando a batida característica do Hip Hop, a canção tem um fundo musical até que promissor. Mas esta impressão logo desaba com a parte vocal, que não passa de mais do mesmo - a mesma cantilena homogênea de sempre. E o rap de T.I. está apenas adequado ao projeto, sem nenhum tipo de maneirismo ou diferencial para diferir as coisas. Eminem é o Eminem, e enquanto ele não desistir de tentar qualquer projeto sério pra voltar ao engraçadinho, ele vai se manter na falta de interesse na qual se encontra.

De um modo geral, a canção não é tão ruim assim - existem exemplares bem piores do gênero vindo de qualquer direção (obviamente não é novidade alguma). Mas pra um mercado saturado e com um apelo não tão popular, não é o suficiente para sair das sombras e buscar um lugar ao sol (o pessoal da Inglaterra entendeu bem isso). Até porque no caso destes caras haveria muita fumaça cobrindo o sol, se é que me entende...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

AMR - Renegade (Paramore)

Análise: Single saído do box set Singles Club, da banda Paramore. Lançado em Outubro de 2011.




Onde será que vi algo parecido? Ahh...

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Tá certo que o Paramore não é lá uma banda tão conhecida ou prontamente um referência para um estilo (até porque ser referencial num estilo tão diversificado e abarrotado como o Rock Alternativo não é tarefa fácil). Mas o grupo tem lá seu reconhecimento e seus fãs. Hayley Williams, que iniciou na vida artística com 14 anos, envolveu-se com o Paramore em 2004, preteriu sua carreira solo (a gravadora planejava transformá-la em uma espécie de musa Pop, na mesma veia que Avril Lavigne) em favor da banda. Não sei se foi a decisão mais inteligente para o sucesso de sua carreira, mas que foi a mais digna...

Em meados de 2007, você muito provavelmente ouviu (mesmo que contra sua vontade) o hit "Misery Business". Tocou bastante. Aliás, não só este hit, como "That's What You Get" também veio atrelada ao que foi uma certa moda naquele ano. Três anos depois, a banda saiu com "The Only Exception", que nada tinha a ver com seu som mais transgressivo (mas nem tanto) e acabou por afastar-se de tudo aquilo que havia construído no álbum Riot! - digo isso porque não houve mais nenhum outro hit de mesmo impacto na carreira deles (apesar do álbum Brand News Eyes ter sido o de melhor desempenho na carreira da banda, o single, que costumam ser os verdadeiros propulsores, não funcionaram também quanto deveriam.


"Renegade" não é de fato um single oficial de um novo projeto. É apenas uma faixa saída de um álbum promocional. Um pouco diferente do que se está habituado vindo do Paramore e bem familiarizado com a cena do Rock Alternativo de sempre. Não temos aquela marca que os outros single deixaram, aquela coisa de ouvir e saber do que se trata. Resumido, temos algo bem genérico - não é ruim, aliás é muito bom para quem gosta desta cena. Mas deixa a desejar para quem procura ao novo ou diferente.

Basicamente o Paramore conseguiu aparecer com o Riot!, mas só saberemos o que vai acontecer com o próximo álbum de inéditas. Teremos mais algum single comercial interessante ou as coisas vão simplesmente continuar como estão. Bom ou ruim, só o tempo nos dirá.

sábado, 1 de dezembro de 2012

AMR - Somebody That I Used to Know (Gotye)

Análise: Segundo single do álbum Making Mirrors, do cantor Gotye. Lançado em Julho de 2011, alcançou #1US e #1UK.




Escolha o pior: Gotye ou Wouter?

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Não sei ao certo se esta canção chegou a receber algum destaque nos veículos comuns aqui no Brasil. Rádios do gênero, as detestáveis trilhas-sonoras de novelas igualmente detestáveis, dentre outros. Agora, se esta que é a canção mais memorável e popular parece-me não muito difundida, o que dizer do próprio artista, Gotye?

Então, aí vai um pouco dele: Wouter De Backer (??) nasceu em 1980 na Bélgica e anos depois se mudou para a Austrália, onde iniciou sua carreira musical. É membro fundador da banda The Basics (juntamente com o baixista Kris Schroeder) em 2002, onde toca bateria. Seu primeiro álbum solo saiu em 2003, com produção e letras próprias.


Sendo o segundo single do álbum (o primeiro foi "Eyes Wide Open"), "Somebody That I Used to Know", foi produzida e escrita pelo Gotye, assim como todo o material por ele interpretado. Porém, é preciso deixar bem claro que a melodia principal na qual a canção se baseia é na verdade um sample, mas precisamente da canção "Seville", de Luiz Bonfá (um compositor carioca). E como sempre gosto de frisar nestes casos, grande parte do méerito é desviada do artista para o produto em questão. Podemos atribuir pontos positivos ao Gotye pela canção certa escolhida para o sample e sua voz, que é acima da média e que lembra bastante a voz do Sting, do The Police.

Destaque para a participação excepcional da cantora Kimbra, que fez uma excelente contra parte no single.

No final das contas a canção está acima da média, feito que pode ser considerado memorável para os dias de hoje. Inclusive mostrando que samples podem ser bem feitos, ao contrário do que demostram "artistas" como Latino. Mas isto já é uma outra história - nada empolgante por sinal...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

AMR - Heart in Chains (Kate Voegele)

Análise: Primeiro single do álbum Gravity Happens, da Kate Voegele. Lançado em Maio de 2011.



Kate in Chains


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E depois de dois anos (após o lançamento do single "99 Times", que teve em seu divulgamento até mesmo uns pequenos samples em vídeos no Youtube) Kate Voegele volta a lançar um trabalho novo. A cantora de 25 anos tem 3 álbuns e 6 singles na bagagem e atua no mundo artístico desde 2003. E apesar da força inicial feita em prol de sua música, Kate acabou não sendo tão popular quanto era planejado. Mas quem foi que disse que popularidade significa qualidade?

Um momento bonito e digo até emocionante que vi atribuído a ela foi sua versão para "Hallelujah", obra feita em 1984 por Leonard Cohen. Inclusive Voegele cantou esta canção no seriado no qual atuava, One Tree Hill, onde aliás também performou o single que aqui está sendo esmiuçado - o que me faz acreditar que, no fundo, esta foi a melhor forma de divulgação do seu trabalho musical que ela poderia ter arranjado.


O single "Heart in Chains" é um trabalho mais maduro e mais bem produzido que o já citado "99 Times" - apesar de não ser tão divertido quanto seu antecessor. Parece uma tentativa extra de tentar sair do meio underground (que aparentemente ela está involuntariamente) para algo mais intere$$ante. Porém, tenho que dizer que um dos principais atrativos da moça é justamente o fato dela não ser uma grande estrela, se rendendo aos cacoetes mais óbvios e às vezes até deploráveis (como o que virou a Rihanna do início da carreira e o que é agora, ou a Beyoncé do Destiny's Child e a atual, ou até mesmo a talentosa pianista Stefani Germanotta que agora é o furacão Pop Lady Gaga). Sem o peso da gravadora querendo lhe sugar ao máximo, existe a liberdade de criar algo mais trabalhado, artisticamente falando, sem a necessidade extrema de agradar a grande massa.

Enfim, Voegele não é lá muuuito popular e isso pode ser sua principal vantagem, mesmo ela querendo se livrar disso. "99 Times" é um Pop gostoso de ouvir e "Heart in Chains" tem uma sofisticação ideal, sem exagerar nem soar pedante. Apenas liberem os ouvidos e ouçam, sem esperar letras sobre sadomasoquismo, cornices e outras coisas que costumam vender tão bem...

sábado, 11 de agosto de 2012

AMR - Sexy and I Know It (LMFAO)

Leia também: AMR - Party Rock Anthem (LMFAO)

Análise: Terceiro single do álbum Sorry for Party Rocking, do LMFAO. Lançado em Setembro de 2011, alcançou #1US e #5UK.


Hahahahaha...

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O LMFAO é realmente um duo improvável. Redfoo e SkyBlu iniciaram a parceria em 2006 e lançaram um álbum em 2009, Party Rock, sem grandes alardes ou qualquer expectativa, mas até que o #33US nas paradas pode ser minimamente considerável. Desde aquela época eles já tinham  em suas letras o clima de festividade e a aparência esquisitona puxada dos anos 80. E apesar do início discreto, o primeiro álbum teve uma indicação ao 52º Grammy na categoria Melhor Álbum Dance/Eletrônico.

"Apadrinhados" por Will.I.Am, os dois insistiram e, dois anos depois, se saíram com Sorry for Party Rocking (que com este título mais parece um pedido de desculpas pelo que produziram no passado). E desta vez eles foram bem mais longe, com o álbum chegando a #5US e #8UK. E até mesmo com uma aparição no Super Bowl com a Madonna eles mostraram que ganharam o mundo. Tá, tô exagerando, lógico. Mas de qualquer maneira, eles ganharam o ouvido da galera com "Party Rock Anthem" e "Sexy and I Know It".


Diferente do que aconteceu em "Part Rock Anthem", o LMFAO (abreviação para a ridícula frase "Laughing My Fucking Ass Off") conseguiu fazer algo realmente divertido e atrativo, perfeito para pistas de dança e para agitar. Sim, vocês não estão lendo errado: estou, de fato, elogiando algo. Obviamente, falo isso sem citar o tema tacanho e egocêntrico do qual trata o single. Talvez pior que isso seja o vídeo-clipe, que mostra homens (incluindo RedFoo e SkyBlu) chacoalhando as, digamos, "pistolas". Ou seja, é tão babaca e constrangedor que chega a ser divertido e engraçado. Sério. Dentre as participações no vídeo, estão o ator Jamie Foxx e, ora vejam só, Ron Jeremy - que deve entender mais do que qualquer um ali como chacoalhar a "pistola" (que no caso dele seria uma mangueira de bombeiro).

Aliás, o RedFoo está lembrando bastante o Weird Al Yankovic - o este vídeo parece muito algum projeto humorístico dele...

Minha conclusão final é que aquie eles acertaram o alvo. Porém, isso foi o suficiente apenas para lhes dar o ônus da dúvida. No single anterior eles apareceram, e neste mostrar serviço. Resta agora esperar e ver se conseguem manter a terceira parte do ciclo: manter-se.

domingo, 5 de agosto de 2012

AMR - Don't Wanna Go Home (Jason Derülo)

Análise: Primeiro single do álbum Future History. Lançado em Maio de 2011, alcançou #14US e #1UK,



Vai logo e fica quieto!


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Jason Derülo é uma espécie de Chris Brown sem luvas de boxe e um melhor talento vocal. De resto, a relevância total não é lá muito diferente - canso  de dizer que este mercado está saturado e sem qualquer novidade, algo que realmente dê para tirar deste balaio. E um bom exemplo é o fato de seu segundo álbum, Future History, ter vendido quase três vezes menos que seu álbum de estréia (13.000 cópias e 43.000 cópias, respectivamente). Ou seja, a novidade passou e nada vindo dela ficou para contar história (sacou?).

A linha do Derülo é mais puxada para o R&B, contra o misto de R&B, Hip-Hop e bosta que ouvimos do Chris Brown (como "bosta" pode-se incluir coisas como "I Can Transform Ya", "Look at Me Now" e "Kiss Kiss"). O que nos isenta de um mais do menos e nos dá um pouco mais de variedade. Mas a coisa toda não se sai tão bem quanto soa - mesmo com uma forcinha do passado.



"Don't Wanna Go Home" já está distante do rótulo R&B citado anteriormente. É um Dance feito para as pistas de dança, porém acredito que se sai melhor neste quesito se for remixado - preferencialmente em forma de mash-up com a canção do qual sampleia. No caso, estamos falando de "Show Me Love", da cantora Robin S, que fez muito sucesso em 1994 - aliás, esta canção já foi muito sampleada. Mas como o sample não foi lá muito significativo, a canção acaba por ficar em mérito próprio (sem falar que também existem fragmentos de "Day-O (The Banana Boat Song)" de Harry Belafonte ali, também deixando a coisa na mesma).

Este single foi a melhor coisa já saída da carreira de Jason e é melhor que quase tudo que tenha vindo do Chris Brown - o que é, com certeza, um puta lucro. Derülo mostrou, inclusive, que sabe dançar. Quem sabe o mundo não esquece a arte boxeadora de Brown e não dê atenção para este rapaz que, apesar de ainda não estar lá em cima, mostra que um mínimo de jeito tem.

sábado, 28 de julho de 2012

Quick - Justin Timberlake no SNL

Para mim, Justin Timberlake não passa de mais um destes projetos pré-moldados da mídia musical - isso não é novidade para ninguém. Mas sua participação no final da temporada 2011 do Saturday Night Live me faz admitir que finalmente ele fez algo legal.



Justin Timberlake - I Don't Want to Sing LEGENDADO por Guilhermehll  no Videolog.tv.



Vi lá no blog do grande (em ambos sentidos) Jacaré Banguela!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

AMR - Everyday is Money (Soulja Boy)

Análise: Primeiro single do álbum Maserati Boys, do Soulja Boy com Ja-Bar). Lançado em 2011.



Ou "Massante Boys"...

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É... Por incrível que parece, o arremedo de rapper Soulja Boy continua na ativa mesmo após o fracasso de The DeAndre Way e alguns shows cancelados por falta de público. Aliás, o próximo álbum solo é intitulado Promise, e eu digo: promete ser tão ruim quanto o último. O fato de se unir, tão cedo, a outro artista da mesma estirpe, dividindo um projeto, mostra a a falta de cacife do jovem rapper para seu duvidoso futuro.

Eu ainda não consegui descifrar o grande mistério de "Crank That (Soulja Boy)". É, simplesmente, uma das piores coisas já surgidas no gênero e quiça da música como um todo. Mesmo assim fez todo mundo dançar usando aquele passinho ridículo. Nesta boleia desajeitada já foram muitos outros como T-Pain e Lil Wayne, todos com resultados tão desastrados e constrangedores quanto - e infelizmente com o mesmo potencial popular. (E depois dizem que o Rock é que é do diabo...)


De qualquer maneira, "Everyday is Money" não é exatamente a cara de um projeto do Soulja Boy, o que é compreensível. Afinal, se ele continuasse com aquele estilo pedante, egocêntrico e babaca, a única coisa que ele conseguiria seria a falência. O fato de outro artista estar envolvido ajuda muito. Pois se não soa como algo do Soulja Boy já é uma vantagem e tanto! Mas, olhando sobre uma vista geral, não passa de mais um projeto de Hip Hop sem qualquer originalidade ou inventividade - coisa que já virou uma característica do gênero (cada vez mais saturado). Ouvir algo vindo de um artista como Soulja Boy esperando algo inovador é realmente perda de tempo. "Crank That" foi o cartão de visitas e "música engraçadinha" por 5 minutos e nada mais que isso. O próprio Soulja provou isso quando tento repetir a fórmula em "Pretty Boy Swag" e amargou um fracasso constrangedor.

Se você é fã da mais comercial "Kiss Me Through the Phone" tem que passar longe desta. Você não vai encontrar nada aqui, apenas perda de tempo na vida. E se você se pergunta "mas o que o Soulja Boy ainda está fazendo no mundo da música?", pode perfeitamente se perguntar: "quem diabos é Ja-Bar?". Ainda insisto que o melhor possível é ouvir o que o Sugarhill Gang produziu a décadas atrás...

Ps: você que é fã de Rap e defende coisas como isso, já sequer ouvir falar de Sugarhill Gang?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

AMR - Blow (Ke$ha)

Análise: Segundo single do álbum Cannibal, da Ke$ha. Lançado em Fevereiro de 2011, alcançou #7US e #32UK.


Job! huahuahuahaa...

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Kesha. Ou Ke$ha, tanto faz. Honestamente, eu a considero uma espécie de mistério musical universal. Mistério de como ela conseguiu alcançar tal projeção, mistério de como ela conseguiu tocar no Rock in Rio 4 (se bem que isso não é bem um mistério, o $ no nome artístico dela responde esta), mistério as pessoas continuam ouvindo mesmo após o período de novidade. Além do álbum de estréia, Animal (de onde saiu seu grande hit, "Tik Tok"), ela também seguiu a estranha onda atual de lançar EPs, e se saiu com Cannibal (Animal, Cannibal, sacou?), que é de onde foi tirado o single em questão.

Se você não gosta da Ke$ha tem que ir se "keishar" com o Flo Rida que a colocou para fazer backing vocal no seu single "Right Round" (tá certo que foi não creditado, até porque ela não era ninguém para ter seu nome estampado na capa do single). Ele não sabia o que estaria por vir: música quase tão ruim quanto a dele. Pelo menos mais pegajosa, devo frisar.


"Blow" tem um excesso de efeitos sonoros e trabalha ostensivamente em cima daquelas bases já bem conhecidas de músicas eletrônicas. Sendo que os efeitos não são altos o bastante para sobrepujar a voz e os maneirismo vocais irritantes da Ke$ha - quando havia de fato um bom motivo para eles estarem lá, não são usados da maneira correta. Não há qualquer novidade na interpretação dela - é o mais do mesmo, jogando na retranca, não mexendo no time que (supostamente) está ganhando.


Este projeto, que claramente foi feito para pistas de dança sabe-se lá de que tipo de lugar, é apenas isso e se assume como tal. Ou seja: não venha buscar aqui o que encontrou em "Tik Tok", porque as coisas estão bem distantes. Se os produtores queriam algo próximo do primeiro grande single da Ke$ha, eles beberam uísque demais...


segunda-feira, 21 de maio de 2012

AMR - Try with Me (Nicole Scherzinger)

Análise: Quinto single do álbum Killer Love da Nicole Scherzinger. Lançado em Outubro de 2011, alcançou #18UK.




Depois de 6 anos de tentativa...

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Bomba! Ou não... Não sei se todos sabem, mas Nicole Scherzinger não faz mais parte do grupo Pussycat Dolls. Acredito que muitos que lerem isso vão se perguntar "ué, mas o Pussycat Dolls ainda existe?". Por incrível que pareça, mesmo depois da saída de Nicole, ele ainda existe. O grupo agora deveria mudar o nome para "Dolls" ou "Voodoo Dolls"...

Mas o assunto não é o antigo grupo e sim a atual carreira solo da cantora. O álbum Lady Killer começou a ser produzido em 2005. 2005! O lançamento foi em 2011 e tem sido adiado desde 2007. Vale lembrar que o primeiro single do álbum, "Baby Love", foi solto na praça em 2007 e, devido ao pouco sucesso e repercussão do mesmo, o álbum foi segurado por mais uns tempos. Fora outro single (uma cover da canção "Rio", da banda inglesa Duran Duran) que foi lançado em 2008. Não é bom presságio...


Sua versão para "Rio" ficou bem acima da média, porém não é desta canção que irie falar. "Try With Me" começa como uma balada, algo que destoa bastante do que estamos acostumados a ouvir de Nicole. Porém não demora muito para a canção se mescar em um Dance - um tanto diferente também do que estamos acostumados com ela. Ou seja: pra quem quer ouvir algo mais reconfortante não vai servir por muito tempo; pra quem quer dançar, vai ter que esperar um pouco. Isso, aliás, me lembra a clássica "MacArthur Park", imortalizada na voz da recém-falecida Donna Summer. Mas a semelhança fica só aqui...

Nicole tem uma voz boa se comparada com outras cantoras de sua geração. Claro que não é algo lá muito expressivo, mas é considerável. Veremos agora que tipo de projeção ela vai conseguir longe das Pussycat Dolls. Aliás, a pergunta tem que ser: que diabos de projeção as Pussycat Dolls vão conseguir sem a Nicole?? Deixo a pergunta no ar...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

AMR - Pass At Me (Timbaland)

Análise: Segundo single do álbum Shock Value III do Timbaland. Lançado em Setembro de 2011, alcançou #104US e #40UK.



Timba quem mesmo?

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Engraçado pensa que a pelo menos uns 5 anos o Timbaland saia por aí dizendo que era o melhor produtor de sua geração, tirando vantagem de seus feitos na indústria pelos cantos e esbanjando seu egocentrismo e falta de modéstia por todos os lados. E agora a situação parece ter se voltado contra ele. O desaparecido Timbaland chamou para participar do seu álbum o aparecido Pitbull, o famoso rapper arroz de festa. Se JK queria fazer 50 anos em 5, Timbaland resumiu um carreira inteira neste mesmo tempo. Vale lembrar que Quincy Jones tem mais de 50 anos de carreira e, apesar de não ter os holofotes sobre si (até porque, a esta altura, ele não quer nem precisa disso), continua requisitado e notório.

O terceiro álbum de Timbaland continua sobre o projeto "Shock Value", que consiste em composições misturando o Rap e o Hip Hop com outros estilos, geralmente relacionados aos artistas convidados. E como se pode analisar, a fórmula está desgastada e enfraquecida, já que partimos de um primeiro álbum consideravelmente bem sucedido, passando por um segundo álbum de pouquíssima repercussão e chegamos em um terceiro álbum que ainda não foi lançado, mas pelo fato de Timbaland correr o risco de ter que se apresentar novamente para pessoas que podem ter esquecido quem ele é já nos dá uma visão da coisa. (Se bem que só o fato dele não precisar explicar que não é um cosplay do Sherman Klump, o Professor Aloprado, já é uma grande coisa.)


O single em questão é basicamente um tipo de projeto pré-moldado já específico. O que significa que todas as canções do Pitbull tem que ter mais ou menos 50% de similaridade. E o fato de Timbaland ter dividido a produção com o David Guetta e mais algum agregado e a coisa soar como uma música do grupo LMFAO (um dos nomes mais estúpidos já dados a um projeto musical) só deixa a coisa mais confusa, com gosto de chiclete mascado. Pelo menos não teve nenhuma participação nada especial de gente como Lil Wayne pra deixar a coisa mais densa. Já se ouviu isso por aí antes e não há necessidade de repetição - já foi feito melhor e pior do que isso, o que torna tudo "encher linguiça".

Eu ia me perguntar o motivo de o Timbaland não sair por aí dizendo que é o cara, o melhor no que faz e etc nestes últimos dias, mas lembrei que primeiro ele tem que lembrar o pessoal de que eles está vivo. Já Pitbull vai continuar faturando por aí com suas aparições e dificilmente vai fazer algo igual a "I Know You Want Me (Calle Ocho)" e "Hotel Room Service" outra vez. David Guetta vai continuar exatamente na mesma por tempo indeterminado e a vida vai correndo. Fico me perguntando se o sumiço da Nelly Furtado e do Justin Timberlake tem algo a ver com o agouro do rapper...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

AMR - Price Tag (Jessie J)

Análise: Segundo single do álbum Who You Are da cantora Jessie J. Lançado em Janeiro de 2011, alcançou #23US e #1UK.



Na mão do B.o.B é mais barato! (ba du tis!)

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Devo confessar que não conheço praticamente nada a respeito desta nova empreitada do ramo musical internacional. Mas vamos lá: Jessie J (nascida Jessica Ellen Cornish, em 27 de Março de 1988), com seus tenros 24 anos é uma cantora de R&B com alguns elementos de Hip-Hop ou algo do tipo. Foi introduzida ao mundo da arte aos 11 anos, participando do musical Whistle Down the Wind, idealizado por Andrew Lloyd Webber e Jim Steinman. Mais tarde, Jessie tentou um contrato com a gravadora Gut Records, mas a mesma acabou falindo nesta época. Posteriormente, ela acabou conseguindo emprego como compositora para a Sony ATV (inclusive sendo co-autora da canção "Party in The USA", da Miley Cyrus). Ela até mesmo escreveu uma canção para Britney Spears chamada "Being Britney", mas que ficou de fora da seleção de faixas para o álbum Femme Fatale. Talvez tivesse sido um grande hit. Afinal, dentre as canções rejeitadas pela Spears, encontram-se "Telephone" da Lady Gaga, 


Jessie veio trabalhando em seu álbum de estréia desde 2006 e de acordo com Jessie, o processo criativo iniciou aos seus 10 anos de idade, com a composição da canção "Big White Room". Durante este período de quase 6 anos, vários produtores passaram pelas gravações do álbum, dentre ele Dr Luke (que trabalhou com Katy Perry, Kelly Clarkson e Ke$ha), Oak (que trabalhou com Nicki Minaj) e The Invisible Man (trio londrino que trabalhou com as Sugababes e Girls Aloud). O que, a princípio, nos dá uma impressão de variedade ao trabalho de Jessie.



"Price Tag" foi produzida pelo Dr Luke e escrita por uma porrada de gente. Só pra citar: além da própria Jessie, o Dr Luke, o B.o.B (obviamente, pelo rap) e Claude Kelly (que já trabalhou com Leona Lewis, Britney Spears, Kelly Clarkson, Backstreet Boys e até Whitney Houston). A produção de Luke ficou bem colocada e a voz de Jessie J é muito boa. Porém, eu acabei enxergando um problema: ouvindo a versão acústica da canção, pude perceber uma certa (pequena, na verdade) semelhança vocal com a Duffy - o que com certeza não pode ser chamado de bom referencial. O que seja, tirando aquela cobertura toda e deixando a canção desnuda, apenas voz e violão notamos alguma fragilidade. Fora que ela tem até uma certa semelhança com nossa amiga cantora com voz de pato!

E temos o B.o.B com um rap. É basicamente a mesma coisa que você encontra em qualquer canção que tenha um rapper. Sério.

Temos uma opção diferenciada deste Pop/R&B de hoje em dia dominados por cantoras como Beyoncé e Rihanna. Você consegue assistir sem ficar prestando atenção ou comendo com os olhos a artista. Fora que é algo diferente do que se ouve. Não vai convencer fãs das já citadas artistas, mas para o pessoal admirador do Pop em geral é um nicho legal para ser explorado. Pelo menos até alcançar o stardom e virar uma espécie de Katy Perry - não que a Perry tenha ficado ruim, mas ela é uma exceção, que fique bem claro.

terça-feira, 24 de abril de 2012

AMR - Criminal (Britney Spears)

Leia também: AMR - 3 (Britney Spears)
AMR - Hold It Against Me (Britney Spears)
AMR - I Wanna Go (Britney Spears)

Análise: Quarto single do álbum Femme Fatale, da Britney Spears. Lançado em Setembro de 2011, alcançou #55US.




"He is a hunter
He's no good at all
He is a loser, he's a bum, bum, bum, bum"

Poético... tche, tcherere, tcheche...

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Britney Spears continua se mantendo bem na ativa com o passar dos anos. Após o grande estardalhaço que foi seu ensaio fotográfico para a Rolling Stone quando ela tinha apenas 17, com as vendas dos seus primeiros álbuns decolando, Spears se encontrou em uma rua sem saída. Afinal, seu grande trunfo no show business foi o marketing, e a ideia de Britney sustentar sua carreira, sucesso e fama em suas músicas é meio absurda. Após o álbum Britney, de 2001, ela precisou fazer algo mais para aparecer, algo mais ou menos no nível do ensaio fotográfico. Resultado? Um beijo na Madonna num programa de TV - na mesma época da parceria musical. A partir daí, a baixaria foi chegando em meio ao estrondo de hits como "Toxic" e "Me Against the Music" (tenho que dizer que o título desta canção é bem realista).

Quem não se lembra do conturbado casamento com Kevin Federline, o cabelo raspado, as aparições bizarras que lembravam a Amy Winehouse, agressões de carros com guarda-chuva, "tá gorda - não tá gorda". Enfim, sabe-se lá o que ocorreu neste período. Talvez um golpe de marketing para manter-se visível (embora de uma maneira estúpida), que perdurou entre o lançamento do álbum In The Zone (2003) e Blackout (2007). Isso tudo me dá a impressão de que o foco desta carreira nunca foi verdadeiramente a música, mas sim o marketing que garante a rentabilidade. Mas apesar disso, tenho a impressão de que a partir do álbum Blackout, Britney teve uma melhora na qualidade musical (excluindo, claro, sua atuação vocal indigente e pejorativamente jocosa). Pena que essa impressão só durou até o lançamento de Femme Fatale...


Digo isso porque singles como "Hold It Against Me" e "I Wanna Go" são tão representativas e interessantes quanto uma parede branca. Alguns singles dos dois últimos álbuns tinham algo mais no quesito diversão. E logo o single que, na minha opinião, conseguiu se sair melhor no meio disso tudo foi ignorado pela massa (um #55US). "Criminal", apesar de não ser a melhor coisa do mundo, pelo menos tem um diferencial e se aproxima de projetos anteriores. Alguns citaram alguns toques de Folk na canção, o que existe, de fato. Porém é preciso dizer que é algo realmente mínimo, uma pitadinha, apenas para dar um toque diferente ao projeoto - já imaginaram como seria esquisito Britney no Folk? Os empresários nem sonhariam... Detalhe: o single deveria ter se saído melhor, pois se envolveu numa polêmica sobre o estímulo de uso de armas em seu vídeo-clipe na Inglaterra. Talvez tenha sido uma polêmica um pouco séria demais...

Enfim, acho que a coisa fica no 0 x 0. Não só o impacto do single ou do álbum como toda a carreira da chamada Princesinha do Pop. E lembrando de todas as asneiras passadas na carreira de Spears, deixo aqui uma frase "muito coerente" dita por ela (pelo menos que é atribuída a ela, o que não acho difícil de acreditar, considerando a cara de pau e a vontade de ganhar dinheiro de empresários) no começo de sua carreira (não, não no Club do Mickey):


"Quero ser um bom exemplo para os jovens e não fazer nada de estúpido. As coisas ruins... acontecem porque os adolescentes perdem a autoconfiança. Se você encontra algo que o faça feliz... então terá mais confiança em si mesmo"

Britney Spears


domingo, 8 de abril de 2012

AMR - Set Fire to The Rain (Adele)

Análise: Terceiro single do álbum 21, da Adele. Lançado em 21 de Novembro de 2011, alcançou #1US e #11UK.



Set fire to the rain...??



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A cantora Adele continua sua meteórica trajetória pelo país do sucesso. Ela já conseguiu que os três primeiros singles do seu segundo álbum atingissem o topo das paradas norte-americanas e continua firme com seu vozeirão. Aparentemente temos um novo fenômeno crescendo aqui e este é, obviamente, diferente dos fenômenos que foram vistos circulando pelo hall musical dos últimos anos. Vale lembrar que Britney Spears já foi considerada um fenômeno - agora vocês entendem o que eu quero dizer e entendem que o significa da palavra "fenômeno" nos últimos anos é algo um tanto depreciativo...

O fato é que Adele está tocando bastante. E assim como os fenômenos de outrora, está tocando até demais. "Rolling in The Deep", o primeiro single e catapulta para o sucesso e "Someone Like You" são boas canções, mas que já torraram o cérebro do mais paciente, dedicado e devoto ouvinte. É aquela tal estória: tudo que é demais, estraga. Nos resta saber se teria "Set Fire to The Rain" o mesmo triste e repetitivo destino. Tá certo que ambas são introspectivas, mas o nível da canção em questão é maior ainda, exigindo uma atenção mais apurada do ouvinte - aproveitando-se do fato de que agora Adele já não é mais aquela curiosidade escancarada que outrora fora.



Parece-me que "Set Fire to The Rain" tem uma dedicação maior que os singles anteriores, mas acho que esta impressão seja pelo fato de eu achá-la mais profunda e tocante, também reforçada pelo fato de as outras se tornarem cansativas pelas ostensivas reproduções. Ela (pelo menos, ainda) não tem o mesmo número de execuções, e por isso ainda não é tão conhecida do grande público.

Dificilmente imaginei que veria o Soul circular pelos charts com tal popularidade. A Amy Winehouse conseguiu fazer isso de maneira brilhante, mas infelizmente este brilhantismo foi apagado parte por sua pouca dedicação e parte pela mídia imbecil e tacanha que gosta de viver de migalhas, com o dedo em riste para qualquer coisa que não fosse musical, como algo que de fato devesse ser levado em consideração. Sem contar o fato dos idiotas que apontam qualquer coisa a respeito do peso de Adele. Em resumo: se você gosta de música apenas ouça a música, pois Amy se foi e são poucos os que se deleitaram com sua arte sem se importar com bebedeiras e escândalos. Nem com sobrepeso.

quinta-feira, 15 de março de 2012

AMR - I Am Woman (Jordin Sparks)

Análise: Single da cantora Jordin Sparks lançado em Maio de 2011, alcançou #82US.



...que resolveu emagrecer

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O último projeto lançado pela cantora Jordin Sparks (vencedora da sexta temporada do programa American Idol, que lá fora dá resultado, ao contrário da versão brasileira que consegue alavancar apenas os destaques bizarros que vão pra lá para serem humilhados), a canção "I Am Woman", foi produzido pelo Ryan Tedder. Bem, eu prestei atenção, mas não vi nenhuma outra canção de artistas produzidos pelo Tedder igual esta (nem mesmo da Beyoncé!). O que signifca que Ryan deixou o passado para trás...

Mas preciso deixar avisado a todas as cantoras que saem do American Idol que é melhor não se meterem com o Ryan Tedder, pois de uma maneira ou outra o resultado final não vai ser lá muito agradável. Jennifer Hudson já caiu nas garras dele, e Carrie Underwood só escapa por ser uma artista do Country. Fuja, Fantasia Barrino!

Mas pelo menos tem algo aqui que nos remete à Beyoncé: a entonação em prol das mulheres. Claro que a Beyoncé geralmente faz isso usando sua bunda, por isso comparações são esparsas e não passam disso. Para tentar fazer uma comparação extra, digo também que temos meras lembraças de "Run The World (Girls)". Claro que eu poderia citar também seu emagrecimento, mas vamos deixar estas besteiras de lado.


Este single tem um clima diferente, um R&B mais agressivo, longe do clima calmo e desolado de "No Air", de 2008, por exemplo (com Chris Brown participando, talvez a palavra "desolado" se justifique). Não ficou lá essas coisas, de qualquer maneira, principalmente por não faz jus à voz de Sparks, que fica praticamente toda escondida por trás dos efeitos sonoros da canção. Isso é um tipo de recurso justificável para gente como Britney Spears, não Jordin Sparks.

Talvez tenha sido, de fato, uma boa ideia uma mudança na direção, no rumo musical da cantora. É sabido que é preciso se reinventar de vez em quando. Pena que, pelo menos em primeiras tentativas, nem sempre funciona. Resta sabermos se o maior trunfo de Jordin Sparks vai continuar sendo "No Air" e o de Ryan Tedder vai ser "Halo"/"Already Gone" ou "Apologize"...

terça-feira, 13 de março de 2012

AMR - Carousel (Vanessa Carlton)

Análise: Primeiro single do álbum Rabbits on the Run, de Vanessa Carlton. Lançado em Maio de 2011.



Por que só consigo me lembrar de "A Thousand Miles"?

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Agora no dia 12 de fevereiro, a canção "A Thousand Miles" completa 10 anos. Poucas canções lançam o artista com tanta força. Ela é, com certeza, uma das melhores canções de 2002. Dito isto, eu tenho que perguntar, baseado no fato de eu ser um ignorante quando o assunto é Vanessa Carlton: faria ela parte do seleto grupo chamado One Hit Wonder?

Após a grande estréia com a dita canção, ela ainda teve um hit de sucesso moderado chamado "Ordinay Day", que seguia uma linha mais puxada  pro Power Ballad. Fora disto, o destaque que Carlton teve no mundo da música foi muito baixo. "Ordinary Day" não teve nada perto do que "A Thousand Miles" teve em execução e destaque.



E se você considerar apenas o desempenho do atual single da cantora, "Carousel", a coisa continuará na mesma. Mas se você considerar o conteúdo e produção da peça, chegará ao mesmo resultado. Não me leve a mal. Não é ruim, apenas não é atrativo. Aquele feeling contagiante que conquistou até mesmo o Julius, pai do Chris (ou melhor, Latrell Spencer do filme As Branquelas, interpretado pelo Terry Crews), não está aqui nem em sonho.

Com certeza se você gosta de algo mais centrado e calmo, vai gostar da canção, pois ela é, digamos, mais reflexiva - pelo menos se compararmos com o que já é conhecido da moça. Indicado apenas para fãs, curiosos e ouvintes assíduos de rádios easy...

Talvez o que tenha acontecido é que o sucesso do seu primeiro single tenha ofuscado qualquer outro tipo de som mais complexo e profundo que Vanessa tenha produzido, por isso ou suas canções não parecem tão destacadas por serem, digamos, encobertas por este single ou ela prefere caminhar num caminho contrário para tentar um mérito que não seja atribuído a ele.*


* Posso explicar o que eu quero dizer com um outro caso:

Certa vez, Rupert Holmes lançou um single que o lançou do underground para todas as rádios. O single, "Escape", também conhecido como "The Pinã Colada Song" (que aliás, foi o primeiro single a estar em primeiro lugar em duas décadas diferentes, uma vez no final dos anos 79 e novamente no começo dos anos 80), tornou-se bastante popular e um tempo depois, Holmes declarou que esta canção "estragou" sua carreira. O que ele quis dizer é que nunca mais produziu nada parecido e que por este motivo, o interesse que havia sob seu portfólio se esvaiu - as pessoas esperavam dele alguma parte dois do seu maior single ou pelo menos coisas vindas daquela linha, mas o que Rupert fez foi continuar fazendo seu tipo de música habitual. Talvez seja o caso da Vanessa. Um #1 pode te alavancar, mas nem sempre pode te manter...