sexta-feira, 10 de abril de 2009

Prós/Contras Divas 2: Beyoncé

Níveis

1 - Obra-Prima
2 - Muito Bom
3 - Bom
4 - Aceitável
5 - Ruim
6 - Créeuu

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O Prós/Contras Parte 2 vai ser de uma cantora que começou muito, muito jovem, cantava junto com outras gostos… digo, outras moças, fez assim muito sucesso, até que resolveu largar o grupo e seguir uma carreira solo de sucesso, casando com um rapper (não se pode acertar sempre né…) e etc, etc, etc… Beyoncé!


Seria este o único talento da Bundon… da Beyoncé? Esperamos que não… quero dizer… ah, sei lá!

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Crazy in Love (Nível 2: Muito Bom)


"Crazy in Love" foi o primeiro single da carreira solo da Beyoncé. Sua porta de saída do Destiny's Child para uma bem sucedida carreira longe das companheiras. Canção de ritmo urgente e agitado, que funciona muito bem mesmo com a participação do Jay-Z - o rap dele se encaixou muito bem aqui! Beyoncé já estréia se apoiando nos clássicos, ou seja, sampleando uma canção antiga. No caso, "Are You My Woman (Tell Me So)" do The Chi-Lites - grupo da gravadora Motown. É a química do velho com o novo gerando um bom resultado.

Baby Boy (Nível 6: Créeuu)


Bem difícil de avaliar. A canção é ruim em todos os aspectos, tanto na letra quanto na produção. Beyoncé acaba desperdiçando sua voz numa interpretação sem sentido. O que pode piorar muito a situação se lembrarmos da participação do rapper Sean Paul - uma das vozes mais irritantes da categoria. Algo diferente demais do que se esperar de alguém que saiu de um grupo como as Destiny's Child. Pena que foi diferente pra pior aqui.

Naughty Girl (Nível 5: Ruim)


"Naughty Girl" é bem, bem pior que a anterior talvez por ir mais fundo ainda na parte promíscua da coisa. Dá pra ver bem qual era o peso que Beyoncé queria ter em sua carreira solo. Ideal para tocar nas rádios. Este projeto denota muito a grande artista vocal que Beyoncé é ou que pretendia ser. Ela parece gastar, desperdiçar seu potencial por algum empurrão comercial a mais. Mais uma vez temos um sample dos anos 70. No caso, "Love to Love You Baby" da Donna Summer, 1975. A canção original já não era grande coisa, apesar de provavelmente ter sido o primeiro grande êxito da cantora, mas aqui nada foi melhorado também...

Check On It (Nível 3: Bom)


"Check On It" foi oficialmente lançada na coletânea #1's das Destiny's Child e posteriormente na versão internacional de B'Day. Lançada como single, arrebentou nas paradas em vários países. A canção é realmente bem legal, com uma boa atuação da Beyoncé. Poderiamos considerar Slim Thug um problema nesta faixa, mas até que incomoda tanto. Talvez tenha começado aqui esta história de lançar um álbum e depois incluir uma canção nova em uma versão deluxe ou coisa do tipo e lançar como single. Ou seja, não fez parte de fato da concepção do álbum. Coisa muito comum hoje em dia...

Déjà Vu (Nível 3: Bom)


Esta canção poderia ser considerada uma "Crazy in Love part 2", por seu envolvente ritmo, urgência e balanço, ou seja, quase um empate técnico. Rodney Jerkins, o Darkchild sabe utilizar instrumentos - pelo menos, em alguns projetos que participa. Parece que ter uma mulher como Beyoncé do lado inspira Jay-Z a fazer um rap mais amarrado com a música. O vídeo-clipe, dentre outras coisas, presta homenagem a exótica dançarina Josephine Baker. Só não dá pra entender o que é a Beyoncé correndo no meio do mato (pois conheço uma sequência envolvendo corrida por milharal muuuito mais interessante). Enfim, uma grande atuação vocal, mostrando que Beyoncé entende da coisa.

Ring the Alarm (Nível 6: Créeuu)


Uma canção um pouco pesada demais em todos os sentidos. Talvez o fato de Swizz Beatz estar na produção explica muito (nota extra: vale lembrar que ele participou do fracasso "I Can Transform Ya" do Chris Brown). No caso de "Ring The Alarm", a urgência não contribui em nada e o clima denso só afunda a canção. Aparentemente a canção parece mais a tradução musical de um pesadelo (literalmente). Beyoncé declarou que esta música foi uma maneira dela botar para fora os sentimentos comprimidos pela sua personagem no filme Dream Girls. Muito, muito abaixo do potencial dela.

Irreplaceable (Nível 6: Créeuu)


Beyoncé também é o tipo de artista que quer se manter ativa no ramo de baladinhas românticas. Capacidade e voz pra isso ela tem de sobra. O problema é que neste caso a coisa ficou bem insossa. Tipo feijão sem tempero. Parece mais uma daquelas canções que sobram das produções dos discos que acaba sendo lançada como lado B de single. Um momento bem fraco da Beyoncé que acabou fazendo bastante sucesso. Mas quem é que se surpreende, não é?

Beautiful Liar (Nível 3: Bom)


Duas grandes artistas do cenário atual juntas em mais uma canção um tanto quanto, digamos, feminista. Uma produção um tanto mais rebuscada, que lembra muito mais a Shakira do que a Beyoncé. Com ótima atuação das duas, claro. No vídeo-clipe, as duas esbanjam um sensualismo tão grande que devem ter sido responsáveis por um grande número de infartos e, em casos extremos, fins de casamentos.

If I Were a Boy (Nível 2: Muito Bom)


Em "If I Were a Boy", Beyoncé sua interpretação mais emocionada, superando, em minha opinião, canções como "Flaws and All". Uma canção com uma produção muito cuidadosa e um tema que sugere que Jay-Z deve ter aprontado alguma ultimamente. Rihanna tem muito que aprender com Beyoncé nesta parte. Dá pra perceber que Beyoncé pôs muito de si própria neste trabalho e isso é algo muito bom de se ver (e ouvir!).

Single Ladies (Put a Ring on It) (Nível 4: Aceitável)


O velho papo das mulheres encalhadas. Beyoncé cantando para mulheres neste perfil é meio estranho, enfim... Esta canção foi uma infame vencedora de um Grammy (infame simplesmente porque não mereceu! até "Check On It" foi melhor o suficiente pra ganhar!). Mais parece que foi um complô para que Beyoncé ganhasse prêmios o bastante para bater um recorde. Mas é mais do que lógico que o Kanye West discorda de tudo o que eu escrever neste post (uahauhauhauh).

Halo (Nível 4: Aceítavel)


As canções "Halo" e "Already Gone", de Beyoncé e Kelly Clarkson, respectivamente, acabaram sendo alvo de uma polêmica. Vítimas da falta de criatividade e noção de Ryan Tedder, o produtor de ambas as canções (líder da banda OneRepublic).


Sobre a canção: é interessante e até bem produzida, mas que na minha opinião meio que deixou um pouco a desejar. Ficou bem no meio do caminho, principalmente para Beyoncé.

Extra: um posterior single, "Ego" (que se encaixa naquele esquema de canção lançada no álbum bem depois) também foi resenhado aqui na Crackolandia!
Confiram: Beyoncé - Ego

AMR - Pérolas do "Pop" 1: All I Wanna Do

Bem, analisando algumas coisas no mundo pop (que é sempre lembrado com preconceitos do tipo "se é popular é ruim", "se é polular é descartável"), sempre pode-se achar alguma coisa que seja bem feita mesmo sendo feito para consumo imediato (ou não, sei lá)! Resumindo: assim como em qualquer outra área, o pop também tem seu lado bom e ruim… Sendo assim, começo duas espécies de sub-seções: "Pérolas do Pop" e "Desastres do Pop", começado pelo primeiro…


| Canção vencedora de dois Grammys de Gravação do Ano e Melhor Performance Vocal Pop Feminina e que também rendeu a Sheryl um de Melhor Novo Artista|

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Antes de mais nada, falemos um pouco sobre ela: Sheryl Suzanne Crow!

Nascida em 11 de Fevereiro de 1962, ela é multi-instrumentista que começou a carreira como backvocal do Michael Jackson na sua primeira turnê mundial, a Bad Tour, que durou de 1987 até 1989.
Após isso, Sheryl foi fazendo pequenos trabalhos no campo da música até conseguir sua estréia com o álbum Tuesday Night Music Club e o single “All I Wanna Do“.

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All I Wanna Do” foi escrita por uma porrada de gente, entres eles, a própria Sheryl Crow e Bill Bottrell (que já trabalhou com o Eletric Light Orchestra, o supergrupo Traveling Wilburys, Tom Petty, Elton John, Madonna, Rosanne Cash, Michael Jackson, Linda Perry e outros). Foi baseada num poema chamado “Fun” (Diversão) escrito pelo poeta Wyn Cooper.


Inclusive, a produção ficou por conta do próprio Bottrell, que resolveu investir aqui nas slide guitars (aquelas chamadas por alguns de “guitarra de mesa”, que são verticais e têm um som diferenciado por, geralmente, não ser usados os dedos para executar os acordes), que se encaixaram bem e deram incrivelmente certo na canção. Crow ganhou merecidamente o Grammy pela performance vocal (isso nos tempos que o Grammy ainda tinha alguma credibilidade… Hoje em dia, qualquer mané dá com a testa num teclado ou berra feito um macaco e ganha um Grammy), que está muito acima da média e se sobrepõe diante de certas coisas que estavam aparecendo nos anos 90 (Crystal Waters que me desculpe, mas aqui a Sheryl conseguiu ser muito mais proveitosa no sentido de fazer um pop com qualidade - tá certo que com uma certa raiz folk, coisa que nada tem a ver com a Waters, mas enfim...).


Sheryl alcançou 2ª posição nos charts dos US e 4ª nos charts da UK (isso também num tempo onde não era todo mundo que chegava lá no alto… hoje em dia coisas como Soulja Boy Tell 'Em e coisas piores figuram por lá… lamentável…) e as vendas do single devem ter chego a 1 milhão de cópias no mundo (500 mil só nos US e 200 na UK) e é o magnum opus da cantora.
Deixo aqui o clipe da canção (que do qual existem duas versões, uma com e outra sem o Billy da letra, que sabe-se lá porque, foi cortado). Aqui está a versão com Billy: