quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sebo - Copa do Mundo

Algo me diz que esta vitória do Brasil vai trazer sérias consequências...

AMR - Everything to Me (Monica)

Análise: Primeiro single do álbum Still Standing, da cantora Monica. Lançado em Fevereiro, alcançou #44US.



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Cantora negra de voz bonita, diria até forte. Dá pra fazer uma lista grande com estes quesitos. Mas no caso vamos pegar a Monica. Hum, Monica? Primeiramente, um prólogo...

Em 1998, LaShawn Daniels, Fred Jerkins III e Rodney Jerkins, o Darkchild, inseparável trio (que já trabalhou com artistas como o Rei do Pop, Michael Jackson), juntamente com a Brandy - outra cantora negra de voz bonita - escreveu uma canção (produzida pelo Darkchild) com o título "The Boy Is Mine" para o álbum homônimo da Monica. A canção seria uma versão feminina do clássico de Michael Jackson e Paul McCartney "The Girl Is Mine", do álbum Thriller. Na verdade, não foi de fato uma versão, as semelhanças estão apenas no título e na ideia, ou seja, sem samples.


O fato é que se formos comparar a ideia original com este projeto, e até mesmo no geral, Darkchild foi no máximo mediano. A canção tem elementos de Hip-Hop demais, destoando do clima, Ou seja, certas coisas dos anos 90 são realmente chatas, e o Hip-Hop na época estava em seu auge. Claro que isso não impediu do single chegar em #1 nos Estados Unidos e #2 na Inglaterra, vendendo 2 milhões e 400 mil cópias em cada país, respectivamente. Brandy e Monica foram catapultadas para o topo, tendo a chance de fazer suas carreiras decolarem.

O álbum The Boy Is Mine foi um sucesso com 3 milhões de cópias e três #1 nos Estados Unidos. Monica se viu no alto, confortável para manter sua carreira. Porém, All Eyez on Me, After The Storm e The Makings of Me não tiveram o mesmo êxito. Darkchild participou dos dois primeiros, enquanto último ficou a cargo de gente como Jermaine Dupri e Missy Eliott. Basicamente é esta a carreira da Monica.


Então, em 2010, é lançado o single "Everything to Me" com a Missy Eliott na produção. Temos um sample (praticamente toda ela) da canção "Silly", Deniece Williams - que tira boa parte dos poucos méritos de Missy Eliott e Monica. Mesmo com estas duas no comando, o Hip-Hop não está presente neste trabalho, que está direcionado para algo mais Soul, um R&B as antigas. O tratamento vocal foi bem cuidado, Monica queria mesmo mostrar que sabe cantar. Este com certeza foi o maior acerto da canção, apesar do #44US, que faz Monica completar 11 anos sem estar no topo pelas mãos de Darkchild.

Talvez seja a hora de Monica chamar Rodney Jerkins e Brandy (que também não andou tendo lá muita sorte) novamente e desenvolverem uma outra nova versão de algum clássico, talvez "Ya Mo B There", de Michael McDonald e James Ingram. Pensando melhor, é melhor deixar pra lá...

Pergunto-me ironicamente o que Monica quis dizer com o título do álbum, "Still Standing".