terça-feira, 1 de dezembro de 2009

AMR - Desastres do “Pop” 1: Crank That (Soulja Boy)


Bem, vou ser muito, muito direto aqui: esta aqui é uma das maiores bostas que já ouvi! Tipo, de sair fumacinha e tudo. O tipo de coisa que pode ser usada como tortura psicológica para se arrancar informações de um prisioneiro ou até mesmo para fazer sua criança comer tudo o que tá no prato.

O título (e sub-título bem modesto e sem egocentrismo) é “Crank That (Soulja Boy)“. A “canção” chegou a ficar 7 semanas no topo das paradas dos EUA (o que mostra que a qualidade musical baixou extremamente por lá, a população de rappers aumentou e que 2012 realmente é inevitável) e só poderia mesmo ter sido produzida por um pentelho de 17 anos. Que também é responsável pela constrangedora “Kiss Me Thru the Phone” (realmente, se tratando desse cara, só por telefone mesmo).


Nossa, como ele é rico! Aqui no Brasil tem um monte destes e nem falamos nada…


|Essa porra recebeu uma indicação de Melhor Canção Rap no Grammy e mesmo sendo tão ruim não conseguiu ganhar, que primor…|

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O cara se chama DeAndre Cortez Way, mas se auto-intitulou ridiculamente de “Soulja Boy Tell ‘Em”. Nasceu em 1990 e é classificado como “produtor” (o que deve deixar gente como Quincy Jones e George Martin enojados de pertencerem à classe!).

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Vamos tentar analisar isso humanamente: alguém gosta de gritos? Se você não for um drogado ou masoquista em potencial, provavelmente não gosta de gritos, principalmente em música. O primeiro grande defeito é esse: Pra que chamar um bando de desocupados pra ficar gritando no fundo de uma gravação? Fora que a canção no geral parece ter sido feita de improviso, ali na hora mesmo, depois de uma noitada cheia de bebida ou coisa do gênero. Você pode fazer várias coisas na vida na base do improviso e fazer bem, mas no caso da música, você precisa ter no mínimo talento. E acho que não é preciso dizer que aqui sobram gritos e falta talento…


Detalhe: Soulja deve ter gravado isso nos fundos da casa dele. Afinal, parece que ele pegou o que tinha de lixo lá pra usar como instrumento (inclusive um disco do 50 Cent. Sacaram?).
Esse cara é uma espécie de máquina de fazer dinheiro, assim com a maioria dos rappers. Dá saudade de coisas como Sugarhill Gang (aquilo sim era rap de interesse).

Sobre o vídeo, não encontrei nenhum com embed ativo para encaixar aqui no blog, aqui vai o link pra quem interessar: http://www.youtube.com/watch?v=LpocrqvP2Yg

E pra compensar, uma música do Sugarhill Gang, “Apache (Jump On It)“:

AMR - Não Me Leve A Mal (Let Me Live) (Wanessa [Camargo])


Segundo single do álbum Meu Momento, Não Me Leve A Mal parece ser uma espécie de remix de algumas das cantoras mais populares atualmente : Shakira, Beyoncé e Jennifer Lopez, com participação especial de Alicia Keys e Victoria Beckham no figurino. O arranjo é interessante, mas não muito – soa americanizada/cópia demais (como se todas hoje em dia não fossem).

http://www.youtube.com/watch?v=8yKo5guLDFY

O embed foi desativado pelo usuário ¬¬..

E….falando em americanizado, o single é cantado em português e inglês – daí o nome bilíngue – talvez numa tentativa de atingir maiores públicos musicais. A impressão que fica é que Wanessa – que já apelou até para Ja Rule – está atirando para todos os lados para conseguir maior atenção, o que eu sinceramente não sei se vai funcionar a longo prazo. O material que ela anda apresentando, como dito anteriormente, é só uma recombinação de fatores de sucesso – tática que se prova ineficaz quando o assunto é deixar uma marca maior do que 2 ou 3 meses na música. O videoclipe não segue outro rumo : é cheio de referências a estilos e cantoras do mundo pop; podemos destacar como mais gritantes a cena da parede vinda claramente de Ego de Beyoncé e o visual cabelo-lambidinho à la Vicky Beckham na mesma parte do vídeo.

Wanessinha – que não usa mais o nome “Camargo” – voltou, mas será que pra ficar? Se for nesse ritmo, tomara que não.