segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

AMR - Coincidências 1

Quem nunca se indignou quando percebeu que um artista copiou a obra de outro, ou simplesmente alegou que um artista quis homenagear o outro com uma citação musical e etc?

Como eu estou pouco criativo hoje, resolvi inventar esse nome estúpido - pelo menos como tapa-buraco - para falar sobre um assunto que acho interessante: o plagio ou "homenagem".

Iniciarei com uma canção clássica dos anos 90 que fez muito sucesso e a cabeça de muita gente por sua beleza. "
All My Life" da dupla K-CI & Jojo (não, o Jojo não é a aquela garota que, apesar da voz boa e forte, já enjoou com aquela música "Too Little Too Late"). Que alcançou o topo das paradas norte-americanas e encantou o mundo todo.

A canção foi feita especialmente para a recém-nascida filha de Jojo e só não foi um One Hit Wonder da banda porque 2Pac já havia os ajudado a alçar a primeira posição.


Uma bela canção, realmente...

Um belo dia, eu resolvi fazer mais uma das minhas explorações arqueológicas musicais pela net e desenterrei a canção "
Hold Me 'Til The Morning Comes". Canção de Paul Anka com uma baita ajuda de Peter Cetera, ex-Chicago. A canção é do começo dos anos 80 e faz parte da volta - ou tentativa - de Paul Anka ao mainstream. Inclusive, desta mesma época datam as colaborações de Anka com Michael Jackson na agora mundialmente conhecida "This Is It" (conhecida anteriormente como "I Never Heard", na voz da cantora Sa-Fire) e "Love Never Felt So Good" (canção praticamente desconhecida do público maior e bem conhecida pelos fãs do Rei do Pop).



Visto isso, enfim resolvi conferir o que Peter Cetera poderia fazer junto com um cantor como Paul Anka...


"Não é de chicagar de raiva?"

Enfim, existem outras versões desta canção pela net. O que me faz crer que vários takes desta canção foram feitos, com mudanças no instrumental e vocais.

Bem, podemos dizer que não foi plágio intencional nem homenagem. Simplesmente dizer que aconteceu o mesmo com George Harrison e seu plágio não-intencional de "My Sweet Lord" em cima de "He's So Fine" das Chiffons.

Fora que "All My Life" tem elementos da canção "Cliffs of Dover" do guitarrista Eric Johson, de 1990 - que pelo visto também quis homenagear Anka - e também elementos de "Dancing In The Moonlight" do King Harvest.
Ok, ok. Vamos chamar isso simplesmente de influência. Mas, só por curiosidade, experimentem ouvir "Say Goodbye" do Chris Brown. Coincidência?
Homenagem vai... Nunca se sabe o que esperar de um fã do Chris Brown...

Aconteceu - Men at Work acusado de plágio


"Men at Work" ou "Kids at Kookaburra"
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Sydney (Austrália), 4 fev (EFE).- Um tribunal de justiça de Sydney
declarou hoje que a música "Down Under", da banda australiana Men at Work, foi plagiada em parte de uma popular canção folk composta em 1934.
O magistrado do Tribunal Federal informou que há um grau de similaridades
entre "Kookaburra" e "Down Under" o que leva a concluir que houve uma
reprodução. "Kookaburra sits in the old gum tree" foi escrita pela professora
Marion Sinclair há 76 anos.
"Down Under" dominou as paradas musicais de 1981 na Austrália, Estados Unidos e Reino Unido, e se transformou em uma espécie de hino nacional para os australianos.
A companhia que está movendo a ação, Larrikin Music, calculou que a
indenização oscilará entre 40% e 60% dos lucros obtidos pela Sony BMG Music
Entertainment e EMI Songs Austrália.
Fonte: EFE

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Vejam só: Uma canção de 1934 é supostamente plagiada por uma canção de 1981 que é, finalmente, acusada formalmente em 2010. Do jeito que as coisas vão, o pagamento da indenização só será feito em 2049. Ou para os tatatatatataranetos de Marion.

Sobre o plágio: é, a melodia é idêntica...

Quick - Beyoncé Oops

Beyoncé na sacada do Hotel Fasano, no Rio :


Fofa, quer que a gente te dê um pouco de creme?

Especial - Review Beyoncé no Morumbi (São Paulo, 06/02/2010)

Poucas coisas são mais gratificantes para fãs de música do que um show do seu cantor preferido. O Brasil está com sorte nesses últimos tempos : entramos na rota de Madonna, Metallica, AC/DC, Coldplay virá em março e Lady GaGa provavelmente em julho.

Mas sábado (6) foi dia de Beyoncé. E que dia!


O blog Crackolândia esteve presente no show da Superstar e vai contar na íntegra o que rolou antes, durante e depois do show, na primeira visita "profissional" de Bey ao Brasil!

Índice :

1 - A espera no Morumbi ;
2 - Pré-show de Ivete Sangalo;
3 - Show de Beyoncé;
4 - Saída do show;
5 - Impressões finais.

P.S. : O índice é realmente necessário. O texto está gigantesco.

A espera no Morumbi

Eu e meus dois amigos chegamos por volta das 15h no estádio. Era para os portões abrirem às 15h em ponto, só que não vimos muita movimentação até 15h20min, mais ou menos. A imbecil aqui achou que o portão 6 fosse do outro lado do estádio, mas era só descer a porcaria da Giovanni Gronchi...mas achando o rabinho da fila, não demorou muito e já estávamos dentro.

A revista policial foi ridícula; se eu estivesse portando uma arma, teria acertado a peruca da Beyonça fácil fácil. Ficamos apavorados com a possibilidade de não poder levar as câmeras, mas não aconteceu absolutamente nada. Alguns creyços tiveram que jogar os guarda-chuvas (de 2 metros de comprimento) pro outro lado da grade - ato do qual se arrependeriam em pouco tempo - e também garrafinhas de água. Claro, tudo pra você comprar por 10 vezes o preço normal.

Naquele instante (15h40min, talvez), a entrada era absolutamente tranquila. Todas as alas estavam relativamente vazias, só a pista VIP que se apertava pra ficar perto do palco; e falando em importância, há notícias de pessoas que estavam acampando na porta do estádio desde terça-feira. É o velho sistema de revezamento das barracas, mas de qualquer maneira um grande sacrifício.

O Sol estava de rachar e a maioria das pessoas com shortinhos e regatas. Alguns (creyços, novamente) até sem camisa. Nenhuma nuvem no céu...mas gente, quem mora em São Paulo e arredores sabe que São Pedro sempre dá truque, né? Pois bem : próximo das 17h, o céu começou a fechar. Eu achei que ia ser coisa rápida, nem comprei capa de chuva (naquele momento custando 5 reais). Tinha até aquelas sombrinhas de loja de R$ 1,99...tava bem. Bem mal.

Começou uma chuva fraquinha, fresquinha....tava até bom - claro, nós debaixo do meu super Umbrella, eh eh - e o céu estava um tanto quanto limpo. Mas parecia fase de videogame : a cada 10 minutos, ficava cada vez pior : mais forte, pingos maiores, mais vento, raios caindo nos prédios ao lado e....granizo!

Nesse ponto, muita gente estava pensando que o show ia ser cancelado, porque..bem, o "piso" da pista estava totalmente encharcado, as beiradas do gramado cheias d'água, a primeira fileira das arquibancadas inundadinha e os telões adjacentes ao palco caíram.

Eu demorei pra pensar e deixei minha mochila do lado de fora da capa. Resultado : o canhoto do ingresso desintegrou. Nãaaaoooooooo!

Mais ou menos na metade da chuva, decidimos comprar as benditas capas, que agora estavam custando 10 reais, é mole? E a porcaria teve coragem de rasgar ainda! Não que isso seja uma surpresa. Nem preciso dizer que fiquei completamente encharcada. tenho dó das meninas que estavam de chico : o banheiro estava incrivelmente nojento (o feminino !!) e não tinha papel higiênico. Algumas toscas tiveram ainda a capacidade de cagar em cima do assento da privada - tava foda o negócio, hein?.

Resumo da chuva :

Antes
Depois


Telão down, haha

Mas passou...ufa. Ficaram muitas horas tentando ajeitar tudo, mas quando Ivete entrou, os telões laterais ainda não estavam colocados. Meda!

Pré-show de Ivete Sangalo

Podem falar o que quiser : "não gosto de Axé". "Não gosto de música brasileira". Pois bem meus queridos e queridas, eu também não gosto - mas todos devemos abrir uma exceção à essa energia fantástica de Ivetão. A cantora abriu com Na Base Do Beijo às 19h50min, depois seguiu com Arerê, Dalila, Berimbau Metalizado, Festa, uma romantinquinha que eu não sei o nome e possivelmente mais alguma, não nessa ordem. Eu não conhecia (e continuo não conhecendo) metade das canções citadas, mas cantar "michê, michê" ou "auê, auê" dava pro gasto.


Nós estávamos na arquibancada laranja, do outro lado do palco - sorte que eu comprei uns binóculos, se não já era. Mas deu pra ver o tombinho de Ivete. Depois do acontecimento, ela tirou os sapatos e continuou o show, haha. Depois comentou : "Madonna escorregou, Beyoncé escorregou. Eu fui imitar elas, gente. Isso significa que eu sou uma diva também."

Ainda soltou coisas do tipo : "Eu tô em São Paulo, porra!" e "Esse é o país mais foda do mundo!". Essa é das minhas!

Porém, o show não durou o tempo estipulado : a própria Sangalo contou que sua agenda mudava de cinco em cinco minutos. Desceu no campo de Marte, depois o tempo melhorou, voltou pro helicóptero. Ia fazer um show de 1h40min, mas no final ficou 40 min mesmo. Tudo por causa do tempo alocka. Ah, e falando em fracassos, a tal banda As Valkyrias não teve condições de se apresentar, devido ao temporal. Me disseram que é o tipo de banda que a MTV promove só pra dar uma de "caçadora de talentos". Se for o caso, que bom que não deu certo.

Mesmo com uma enorme legião de fãs por todo o Brasil, todos queriam que Ivete desse lugar ao prato principal. Até ela mesma brincou : "Já tô ouvindo o pessoal cantando pra mim : to the left, to the left", hahaha. E no clima de brincadeira, Ivete saiu...para os fãs esperarem mais 1h20min por Bundoncé. Nesse tempo, os telões haviam sido recolocados e parecia tudo certo. A arquibancada era bem animada, rolava "ondinha" (eu não sei o nome disso) o tempo todo, e até vaia generalizada pela demora. Não deviam, pois o show estava marcado pra começar às 22h. E quando ela atrasou, nem vaiaram tanto assim, mas...

Quando as luzes do estádio apagaram, todos pararam o que estavam fazendo e começaram a gritar freneticamente.


Show de Beyoncé

Tudo aconteceu tão depressa daqui em diante, que eu nem sei bem a ordem dos fatos, mas vamos lá :

As cortinas abriram e viamos a silhueta de Bey por entre muita fumaça. Recebida por dezenas de milhares de pessoas, ela começou Crazy In Love/Deja Vu fazendo poses, igualzinho ao resto da turnê. Logo já tinhamos passado por Naughty Girl, Freakum Dress e Get Me Bodied. Depois dessas canções, ela parou para falar com a plateia. Ela parecia muito feliz, espantada com a reação daquela multidão. Foi o primeiro momento em que ela ficou parada, e deu pra dar uma boa olhada pra ela.



Foi uma coisa muito interessante. Quando a gente vê alguém famoso ao vivo, ficamos meio deslumbrados. E foi exatamente o que aconteceu. Parece que a gente confirma que a pessoa não é um robô - e parece também que os famosos sabem disso. Foram uns 5 minutos para conexão entre o maior ídolo de muitos ali e os fãs.

Em vez de ficar gritando "Brazil", "I Love Brazil", "Presidente Lula!" como algumas pessoas, Ela disse : "Eu quero que vocês saibam que esse é provavelmente o maior show que eu já fiz na história". Você pode pensar que ela fala isso em todo o lugar, como eu pensei na hora, mas provavelmente ela estava certa : o jornal Estadão reportou um público estimado em 70 mil cabeças e a Folha 60 mil. Qualquer que seja o número mais correto, poucos lugares do mundo carregam tanta gente. Ouvi falar que ela disse que era o melhor público para o qual ela já tinha se apresentado, mas sinceramente eu não ouvi. Quem sabe alguém confundiu com a fala sobre o tamanho da plateia.

Bey Agradeceu a galera por recebê-la e arriscou um "Sao Paulo", e perguntou : "Quem veio aqui hoje à noite pra dançar?". Se ela pudesse me ouvir, eu teria dito : "Eu vim aqui pra ver VOCÊ dançar, sua louca!", mas como sempre, a galera urrava por qualquer palavra da mulher.

"Eu quero saber qual lado faz mais barulho". O que foi muito curioso, pois como estavam todos afobados e muita gente não entendia o que ela dizia, sempre todo mundo gritava mesmo sem ser o seu lado o solicitado.

"Is it my right side?" "AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH".
"Is it my left side?" "AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH".




Sinceramente, algumas canções eu não conhecia. Por exemplo Smash Into You misturado com Ave Maria - que por sinal teve um vocal incrível. Bey ficou em cima de uma escada com um vestido branco, enquanto o telão atrás passava um vídeo de ondas quebrando no mar. Em um certo momento da canção, as dançarinas de Bey colocaram uma espécie de "saia" armada na cintura de Bey. Ficou bonito, e as luzes de palco batiam naquilo e refletiam cores - mas ela ficou parecendo uma água-viva.

In The Arms Of The Angel foi uma adição muito bem vinda. A potência de sua voz aguentava qualquer coisa! Outra que eu não conhecia era Broken-Hearted Girl, e acredito que muitos que foram de gaiatos (como eu ) também não. Mas a próxima era bem conhecida : If I Were A Boy. Na minha opinião, um dos pontos altos da noite. Novamente grandes vocais, grande figurino, grande tudo. E para os fãs de Alanis Morissette, You Oughta Know no mix.


Outro ponto alto : eu não tenho certeza se foi nesse momento, mas apareceu um vídeo em que Bey está num ambiente esfumaçado, e então ela pega uma moeda que está escondida no decote do vestido. De um lado, está Beyoncé, e do outro, Xuxa Fierce. Ela joga a moeda, e quem a pega é Sasha - já sabemos quem vai tomar o palco agora! Na sequência, Sweet Dreams, só com o vídeo, em que Sasha, com aparência robótica, pagando peitinho, está fazendo sei lá o que com uma onça no meio do Pólo Norte. Bey estava se trocando/descansando para Diva. O vídeo fez uma transição entre as canções - com direito a efeitos incríveis - e a cantora aparece no topo da escada novamente com suas dançarinas, e com vestimentas que lembravam Jay-Z; condizendo com a letra, claro.



Radio, e logo depois Ego - outro grande momento. Ainda mais especial porque Kanye não estava lá. Depois de Hello, rolou Listen acapella, para a surpresa de muitos. Todo mundo cantando, menos eu, haha. Depois disso ou antes de Listen, a guitarrista tocou uns solos de músicas de Michael Jackson e a tecladista tocou alguma música qualquer - os dois muito bonitos, mas o segundo começou a dar sono. Em algum momento, as backing vocals de Bey ficaram jogando/cantando um dirty talk pra plateia, só que ninguém estava entendendo nada! Então, de vez em quando, elas mandavam um promissor "Sao Paulo" pra ver se alguém acordava....

Entrou
Baby Boy e depois Irreplaceable. Como de costume, a anfitriã mandou todo mundo ir "To The Left, To The Left" - mas teve gente que, como estavam a vendo de frente, a viam indo com a mãozinha pra direita, e iam pra direita....na afobação acontece de tudo. Ela disse : "Vocês não vão acreditar no que eu vi! - deveria estar se referindo ao monte de cabeçudos que estavam indo pro lado errado.


Check On It, e depois um Medley de músicas das Destiny's Child : Bootylicious, Bug-A-Boo e Jumpin' Jumpin'. Pena que foram só alguns segundos de cada; eu adoraria ouvir Booty. Não teria muito problema em a cantora se apresentar sozinha - afinal, nós sabemos que a única filha do destino é Beyoncé mesmo....

E então, Upgrade U e depois Video Phone - senti falta da Gaguíssima, mas fazer o quê. O Samir (de quem já vou falar) estava com uma camiseta (na mão? não lembro) super fofa do clipe, com uma espécie de Chibi-GaGa e Chibeyoncé.


Say My Name foi a melhor parte da noite e a mais engraçada. Bey sempre chama alguém da plateia e, à tema da canção, pergunta seu nome :

Bey : What's Your Name?
Samir : *silêncio, ansiedade*.....SAMÍÍ!!!
Bey : ..You gotta give it up to SAMÍÍ!
Bey : Sami(r ?) what's my name?
Samir : ...Biônssi GURLLL!!
Bey : Everybody say Biônssi GURLL!
Bey : What's My Name?
Público : Biônssi GURLLL!


Eu nem tinha me tocado que ela continuou falando o nome dele durante a canção, haha.

Single Ladies começou com um vídeo de Bey dançando na sala com a irmã, Solange, se não me engano. Na sequência, vídeos de filmagens caseiras do pessoal dançando SL - deu pra ver como foi viral essa dancinha. Tudo errado, mas muito divertido, mesmo assim. Após um tempo no videozinho, Bey é que cantou a música. E dançou; orra, se dançou...

Halo foi a última "canção" da noite e serviu de pretexto pra homenagem ao Rei do Pop, Michael Jackson. Uma foto sua ficou no telão durante toda a apresentação. Muito emocionante; minha amiga desabou de chorar naquela hora. E então, como sempre, Happy Birthday To You encerrou o show e todo mundo que fazia aniversário naquele dia ficou se achando o máximo.



E puff...duas horas e meia passaram num segundo...

Saída do Show

A saída do estádio não foi tumultuada, pelo menos para nós da arquibancada. Eu estava segurando xixi há umas 6 horas, estava com metade da perna e a bunda molhadas, mas tirando isso, sem problemas. A Giovanni Gronchi estava com o sentido alterado...ou era pra estar, pelo menos...e tivemos que andar uns 20 min pra chegarmos aonde precisávamos chegar. Só que quando a gente saiu...ficamos sabendo que havia acontecido enchente. Isso porque, em algumas alturas da rua, tinha marca de até1,20 na parte externa do estádio. E no chão...um monte de lama + esgoto. Meu tênis ficou um lixo.Pé na senzala, magina?

Impressões Finais

Bem, se você conseguiu ler tudo isso, parabéns. Ou você é muito fã, ou muito curioso. Ainda bem, porque eu considero a parte mais importante essa daqui. Eu não gosto muito de Beyoncé e, como eu disse ali em cima, eu fui mais pela oportunidade de me surpreender - o que aconteceu e bastante.

A força da voz dessa mulher é coisa de outro mundo; cada vez que ela mandava algum agudo - todos perfeitos, por sinal - o estádio tremia. Ela subiu automaticamente pro meu top 5 de vozes já em Ave Maria. Teve playback em algumas...Freakum Dress se eu não me engano, mas eu não percebi se teve mais, porque com ou sem playback, a sonoridade era muito "fiel". O estádio ajudou muito também; claro que o som estava bem alto, mas não incomodava..estava ótimo, pelo menos para nós nas arquibancadas. Mas aposto que o pessoal da pista VIP nem deve ter ligado de ter perdido 40% da audição também.

Fiquei até com vergonha de esboçar algum tipo de dança quando vi ela dançando. Não podemos esquecer das dançarinas também - metade do show foi delas. Imaginem o que é estar com um maiôzinho apertado, um salto gigantesco e dançando como se você fosse o Sebastian da C&A peladão. Bey bateu muito cabelo também, pra dar inveja em muita drag gongada da Augusta. E sem nenhum escorregão; beijão Floripa!

Bem, por mais que você conheça um artista, você não o "confirma" totalmente como músico até ir ou assistir a um de seus shows. É uma etapa que todo artista comercial tem que passar por, para ser completo. Como já disse um outro alguém, tivemos a confirmação de tudo aquilo que já sabiamos sobre Beyoncé Knowles - e muitos até tiveram suas primeiras impressões sobre ela, como meu amigo, que nunca parou pra ouvir alguma de suas canções. E ele saiu do show maravilhado.

Foi uma apresentação para todos os fãs de música, quer eles gostem de R&B/Pop ou não : a voz poderosa de Bey foi capaz de cativar a todos no recinto. Por isso eu recomendo, caso você esteja no Rio ou em Salvador, que compre qualquer par de ingressos disponíveis no local de show e aproveite bastante, porque vale a pena. Valeu a pena sair de casa às 2 da tarde e voltar 2 da manhã. A cantora conseguiu sair de uma leva de cantoras e grupos de R&B do final dos anos 90 para a elite do "pop" mundial sem manchar a própria carreira e ainda apresentar um show ao vivo digno de nota. Parabéns, Beyoncé!

P.S. 2 : Este post é uma homenagem a Ticiane Pinheiro (não a celebridade).