sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Especial - Gangnam Style vs ...

Gangnam Style vs ...

Oppa! Que porra é essa?

Bem, com certeza todo mundo já ouviu e até mesmo tentou imitar a coreografia peculiar do artista coreano conhecido como Psy em "Gangnam Style". A canção e vídeo criativos e inventivos conquistaram tal espaço que seu vídeo oficial no Youtube já alcançou mais de 425 milhões de visitas e quase 4 milhões de likes - isso tudo em pouco mais de 2 meses!

Mas o mundo da música funciona com engrenagens que podem nos trazer boas variações e outras péssimas. O Brasil é um grande exemplo disso. O que quero dizer? Bem, a canção "Astronauta de Mármore", do grupo Nenhum de Nós, que foi lançada em 1989 é na verdade uma versão para "Starman", do David Bowie. E o que dizer de "Catedral", canção de 1994 da Zélia Duncan? Sua versão original, "Cathedral Song", pertence a Tanita Tikaram, que a lançou em 1989. Ou seja, estes são dois exemplos que, na minha opinião, fizeram justiça aos projetos originais e foram musicalmente bem traduzidos para o povo brasileiro.

Mas também temos uma série de problemas irritantes vindos desta vertente "criativa" que tanto é explorada pelos artista deste país. E os exmplos são os mais diversos:

   

Baha Man - Who Let The Dogs Out? (2000)

Bonde do Tigrão - Só as Cachorras (2001)
Versão deprimente de uma música que já não era boa originalmente...

   

Jimi Hendrix - Hey Joe (1974)

O Rappa - Hey Joe (1996)
A versão original de "Hey Joe" não é do Jimi, mas com certeza a cover nacional foi inspirada na dele. Diga-se de passagem, totalmente dispensável...

   

Las Ketchup - Asereje (2002)

Rouge - Ragatanga (2002)
Puro Pop de 5 minutos. A versão nacional foi um verdadeiro coringa para a divulgação do recé-formado saído de um programa de TV para revelar artistas. Simplesmente não deu certo, não mesmo...

   

Vanessa Carlton - A Thousand Miles (2002)

Stephanie Crossfox - Crossfox (?)
Algo tão ridículo, babaca e constrangedor não merece mais do que estas esparsas linhas e certeiros adjetivos...

Existem mais alguns casos, mas isso fica para um outro artigo...


Esta introdução foi para dizer que, a mais nova vítima do momento (e sim, esta é a palavra, "vítima") é o pobre Psy com sua tresloucada "Gangnam Style". E quem foi o responsável pelo atrevimento de mexer no que não deveria ter sido tocado?

Quem não se lembra de "Dragostei Din Tei", do grupo O-Zone. Uma canção animada e muito chata que dispensava qualquer tipo de reprodução por outros lados. Latino fez sua constrangedora versão, chamada de "Festa no Apê". Honestamente, babaca é pouco para descrever. Latino parece ter o dom de piorar o que toca, uma espécie de Midas às avessas.



Um tempo depois de mais músicas ruins vindas do Latino, ele resolveu atacar mais outro projeto alheio - uma vez que suas próprias criações de nada valem como algo considerável. "Danza Kuduro" de Don Omar não era ruim como "Dragostea Din Tei", mas ainda sim tem seu rótulo descartável. E o mais interessante nesta caso é que Latino não requisitou autorização antes de botar suas garras neste projeto. Ou seja, plágio. Além de arruinar o que já existe, ainda é capaz de "roubar".



E o atual caso, sua "Despedida de Solteiro", causou o maior "rebuliço". Na pior de todas as versões que ele já foi capaz de fazer, Latino conseguiu um imensa repercussão negativa na internet e com fãs da canção "Gangnam Style". O vlogger Cauê Moura resolveu fazer uma versão da canção falando algumas verdades e escrachando um pouco o Latino (coisa que, aliás, não exige muito esforço) e o arremedo de cantor se mostrou incomodado. E principalmente considerando que, enquanto a versão do Latino está sendo totalmente (e merecidamente) vandalizada na rede, a versão do Cauê Moura foi muito bem recebida.



E depois que a turma do Pânico se meteu no meio em uma edição covardemente inclinada para o Latino, o assunto tornou-se mais público - ou seja, saindo no universal das redes sociais. Enfim, a história resume-se assim: Latino deu uma de aproveitador como lhe é de costume, conseguindo autorização para usar uma canção e se dar bem em cima do que não lhe é realmente atribuído. Pessoas não gostaram (obviamente e com razão) e alguém resolveu fazer uma resposta criativa e divertida que acabou irritando o alvo. Como resultado, Latino ficou conhecido na rede como "máquina de xerox".

Latino mostrou com este episódio que não passa de um artista medíocre, apenas pegando carona no sucessos alheios e bem aventurados. Não é algo muito diferente do que vê por aí no Brasil, mas com certeza é um dos piores casos já registrados. E felizmente reconhecido como tal. A coisa mais fácil que um músico pode fazer é colocar uma nova letra em uma base já feita e algo difícil é tornar isso realmente interessante. Latino, um recado: não é pra você.