sábado, 3 de setembro de 2011

Especial - Rock in Rio 4 2011 - 29/09


O Jamiroquai e vários artistas representando a Legião Urbana tocaram. Mas o que definitivamente salvou a noite foi o grande show que Stevie Wonder proporcionou. Ele é um dos últimos grandes artistas internacionais e mostrou isso nesta noite.


Stevie Wonder


Simplesmente o melhor show do Rock in Rio até o momento. A grande lenda da música tocou seu repertório, covers e até homenagens aos brasileiros. O setlist de Stevie Wonder contou com clássicos como "Master Blaster (Jammin')", "Higher Ground", "Overjoyed", "My Cherie Amour", "Sir Duke", "Isn't She Lovely", "You Are The Sunshine of My Life" e "I Just Called to Say I Love You". Covers como How Sweet It Is (To Be Loved By You) (cover de Marvin Gaye que ficou famosa na voz de James Taylor), "The Way You Make Me Feel", em homenagem ao Rei do Pop e as covers brasileiras, "Garota de Ipanema" de Vinicius de Moraes e "Você Abusou" do Toquinho. O show contou até mesmo com um velho fã tocando teclado e a filha de Stevie cantando. Sem dúvida um show magnífico.

Infelizmente o que mais vi pela net foram piadas idiotas sobre a deficiência visual do artista. Piadas sobre a cegueira do Stevie Wonder é a mesma coisa que piadas sobre abuso infantil com Michael Jackson: não tem graça alguma e só serve pra quem não sabe ser engraçado e precisa chutar cachorro morto. Os verdadeiros cegos são os que não viram o magnitude do show e talvez o Medina...


Janelle Monáe


Uma musa do R&B e Soul. Bom, eu nem preciso dizer que uma artista deste naipe no Rock in Rio é como morango com mostarda. Mas posso dizer que é muito, muito melhor do que algumas coisinhas que passaram pelo festival desta edição. A moça "adentrou" o palco de uma maneira criativa e deu seu show. Como dizia minha mãe: "isso não deveria se chamar 'Rock in Rio', deveria se chamar 'Festival de Música'". Ou, como eu estou começando a gostar de chamar, "Pop in Rio"...


Jamiroquai


Wow! O Jamiroquai é uma banda legal! Apesar de não ser Rock, mas é bem legal. O figura doida do vocalista e líder Jay Kay é no mínimo singular. O maior problema no show da banda é que não se ouviu nem "Virtual Insanity" nem "Seven Days in Sunny June". Claro que eles têm algo mais além disso. Mas é quase a mesma coisa que um show do Dire Straits sem "Sultans of Swing" ou do Michael Jackson sem "Billie Jean". Aí fica complicado. Tá bom mas não tá.


Ke$ha


É... O cifrão no nome da Ke$ha serve bem para o Medina. Eu nem preciso citar a parte do Rock aqui, não é? O que eu posso dizer é que se o pessoal queria ouvir o maior sucesso da carreira da moça, tiveram que se arrastar pelo show inteiro até poder ouvir o fechamento com "Tik Tok". Sábia decisão. Pois se ela tivesse tocado esta primeiro, o palco Sunset lotaria bem...


Legião Urbana e Orquestra Sinfônica


A Orquestra Sinfônica Brasileira abriu com um medley da Legião Urbana de maneira competente. Menos para quem não gosta de orquestras. De qualquer maneira, grandes clássicos da Legião foram apresentados por vários vocalistas. "Tempo Perdido" e "Quase Sem Querer" foram interpretadas pelo vocalista do J Quest, Rogério Flausino, "Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto" pelo Toni Platão, "Indios" pela Pitty (ela ainda existe???), "Teatro dos Vampiros" pelo baterista da Legião, Marcelo Bonfá, "Será" com Hebert Vianna e o guitarrista da Legião, Dado Villa-Lobos, "Por Enquanto" com Dinho Ouro Preto e "Pais e Filhos" com os convidados.

A homenagem foi muito bonita, com imagens e momentos do Renato Russo. Aquele que foi um dos últimos sopros sinceros da música e da poesia no Brasil. Privilegiado foi quem pode ver um dos últimos shows da Legião em 1994...


Na noite seguinte, tivemos o Lenny Kravitz fazendo um grande contraponto com Ivete Sangalo... Ai.