domingo, 21 de março de 2010

AMR - Love Etc (Pet Shop Boys)

Análise: Primeiro single do álbum Yes do Pet Shop Boys. Lançado em Março de 2009, alcançou #14UK.

Tá certo que eles já são um tanto antigos, mas essa capa parece a blusa da minha vó...
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Nos anos 80, o Pet Shop Boys ajudou a construir a identidade musical da época. Com "West End Girls" o grupo alcançou o estrelato. Era uma canção realmente boa, acima da média de muita coisa no estilo. O duo lançou também uma cover de "Go West" do Village People, talvez com o objetivo de criar uma referência com seu hit inicial. O fato é que se a canção original não era boa, esta ficou pior ainda. E é mais ou menos neste clima que segue "Love Ect".

O projeto em questão peca um pouco pela falta de algo mais impactante. A batida inicial é legal, bastante envolvente até. Não tem aqueles efeitos desnecessários que enchem o saco das composições atuais do estilo. Mas não tem tanto assim a mostrar. Os vocais de Neil Tennant continuam os mesmos. Mas acredito que não deveria ser assim neste caso - aqui tudo acabou soando apático.


A canção lembra bastante aqueles filmes onde o protagonista vai em alguma balada pra socar algum bandido, pois é este tipo de música que toca nestas ocasiões. E não é à toa: fica como mero elemento ilustrativo, só pra ter um fundo mesmo. Mais ou menos como "Jungle Boogie" do Kool & The Gang ficou na trilha-sonora de Os Embalos de Sábado à Noite. Tipo segunda divisão do futebol.

O grupo Xenomania ajudou a dupla com a produção da faixa. O que nos faz pensar em quem botar a culpa. Claro que não dá pra exigir uma "West End Girls part 2", mas uma "Go West: The Revenge" era totalmente dispensável.


O clipe da música é bem interessante. Uma animação muito bem feita e cheia de referências - coisas de agradar muito gente como Quentin Tarantino. Jogos de plataforma e outros vindos dos anos 80 e 90 são principais referências no caso.

No fundo, o Pet Shop Boys é um duo que esteve no lugar certo, na hora certa. Isso lá em meados dos anos 80, juntamente com bandas como The Go Go's, The B-52's, talvez até o Simple Minds.

Vídeo:

Aconteceu - Boletim Musical (21/03/2010)

"Miley Cyrus desabafa : 'Odeio ser vista como um produto'"


Acho que ela deveria ter lido as letras miúdas no contrato...
Mickey Mouse só tem cara de bobo!
Será que ela vai assinar com a Trakinas agora?

"Grupo Pussycat Dolls perde duas integrantes (Ashley e Kimberley)"


Faltam muitas ainda?

"Justin Bieber odeia a escola e trata Twitter como prioridade na sua vida"


Em outra época, essa foi a trajetória do presidente Lula e olha no que deu.

AMR - 2000's Jukebox 1

Artista: Michael Gray (04/12/1979)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: House, Dance
Hits: "
Borderline", "The Weekend"
Hit da Jukebox: "
The Weekend" (2004, #UK7)


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Provavelmente a década com maior incidência de samples é esta que passou. A década de 00 (!) às vezes passa a impressão de preguiça ou falta de criatividade por tentar renovar ou reciclar peças já existentes - exatamente o que anda acontecendo com filmes. Juntamente com isso (ou justamente por isso) a carreira dos DJ's pelo mundo explodiu. Eles passaram a se multiplicar tal como os rappers. Ao menos estes caras que ficam remexendo um disco de vinil sabe fazer coisas legais.
Em 2004, o DJ Michael Gray surge com o single "The Weekend". Uma batida frenética e dançante que nos remete um pouco ao som dos anos 80. Mas claro que isso não é à toa. O mérito não poderia ser só dele. A canção utiliza samples do clássico de Oliver Cheatham, que fez muito sucesso na época com a canção "Get Down on Saturday Night".

Apesar de não utilizar muita coisa da canção, - limitou-se a usar apenas uma linha, fora um coisa ou outra na parte instrumental - Gray conseguiu fazer seu projeto soar mais interessante do que o Room 5 que sampleou praticamente a canção inteira em sua versão, "Make Luv". O resto foi obra do próprio DJ. A parte vocal conta com a cantora Shena - famosa na cena musical dance/house, o que nos faz pensar que ela deve ser tão conhecida quanto a identidade do Jack o Estripador...
O clipe tenta meio que passar aquela mensagem de "cacete, tenho que trabalhar, mas quando o fim de semana chegar...". Com mulheres dançando num bizarro ambiente que deveria ser um escritório. Agora, se trabalhassem em escritórios mulheres como aquelas, não seria necessário esperar o fim de semana.

Normalmente os DJs são conhecidos por chegarem nas baladas, colocarem seus cds pra tocar e irem tomar cerveja. Não deve ser muito diferente o que alguns fazem em estúdio. Mas dá pra ver que alguns resolvem arregaçar as mangas e fazer algum diferencial. Se Michael Gray não é o DJ mais valoroso ou conhecido, ao menos conseguiu fazer algo divertido com um clássico e nos manter entretidos por uns 10 minutos. Ou mais.