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segunda-feira, 1 de abril de 2013

AMR - 90's Jukebox 11

Artista: C+C Music Factory
Origem: Estados Unidos da América
Hits: "Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)", "Here We Go (Let's Rock & Roll)", "Things That Make You Go Hmmm..."
Hit da Jukebox: "Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)" (1990, #1US - #3UK)




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Os anos 90 foram marcados por muitos hits específicos. Alguns acordes, toques, batidas são o suficientes para te fazer atravessar um túnel do tempo em direção aos tempos do Cruzado/Real, Backstreet Boys, e outras coisas bizarras (de É o Tchan! pra baixo). Tirando este lapso bizarro, foi uma década interessante para a música em certos aspectos. No Brasil, bandas como Skank eram criadas, na Inglaterra, os pretensiosos e arrogantes irmãos Gallagher iniciavam o Oasis na Inglaterra, o Pearl Jam ajudava a popularizar o Grunge nos Estados Unidos. Enfim, coisas boas e ruins aconteciam paralelamente.

Deste período, existem riffs que me são totalmente característicos. A guitarra em "Black or White" de Michael Jackson, o piano de "(Everything I Do) I Do It for You" e o violão de "Have You Ever Really Loved a Woman?" de Bryan Adams, a melodia vocal da Corona em "The Rhythm of The Night". E um que com certeza está na cabeça do pessoa saído desta década é "Gonna Make You Sweat", do C+C Music Factory, mais conhecida como "Everybody Dance Now".




O grupo foi formado em 1989 por David Cole e Robert Clivillés. Após a morte de Cole em 1995, aos 32 anos de meningite, Clivillés encerrou o C + C em 1996, para retornar em 2010, colocando no lugar Eric Kupper. Cole e Clivillés também se firmaram como produtores, sendo responsáveis, dentre outras coisas, por "Make It Happen", da Mariah Carey.

Memorável single de sua época, este projeto foi um grande boom dos anos 90 na música dançante, alçando o grupo a uma posição muito alto - que, aliás, eles não conseguiram se manter por muito tempo. A canção alcançou primeiro lugar nos Estados Unidos apenas no ano seguinte ao seu lançamento, peregrinando entre hits românticos como "I Don't Wanna Cry" da Mariah Carey, "Rush Rush" da Paula Abdul, "When a Man Loves a Woman" do Michael Bolton e a já citada "(Everything I Do) I Do It for You".

Dificilmente alguém vá se recordar de outra canção feita pelo grupo. Alguns talvez ainda se recordem de "Things That Make You Go Hmmm..." e eu me recordo especialmente da bela "Take a Toke", uma balada romântica bem anos 90 e bem elaborada - uma das melohres do gênero na época, junto a "Wishing on a Star" das Cover Girls.

sábado, 2 de março de 2013

AMR - 80's Jukebox 13

Artista: Freddie Mercury
País de Origem: Zanzibar
Estilo: Rock, Glam Rock
Hits: "I Was Born to Love You", 
"Living on My Own", "The Great Pretender"

Hit da Jukebox: "Living on My Own" (1985, #50UK)




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Costumo evitar escrever a Jukebox com um artista mais conhecido, mas acho que este caso poderia ser uma bela exceção. Todo mundo conhece Freddie Mercury, sua incrível persona artística e os clássicos imortais criados no Queen. Mas pouco se sabe de sua carreira solo além dos trabalhos com Montserrat Caballé e a sua cover para "The Great Pretender". Na sua curta e pouco difundida carreira solo, existe sempre uma pérola a ser explorada. E no caso, uma que foi retirada de sua concha nos anos 80, mas que acabou por brilhar em definitivo nos anos 90. "Living on My Own".

Primeiramente, a canção é bem pessoal, falando sobre a tão ferrenha solidão que o astro sentia, por mais que tivesse tanta gente aos seus pés. Ele conseguiu expor bem este lado solitário e sombrio através da letra, mas a canção em si está bem na proposta da carreira solo de Freddie: soar como algo diferente do que já tinha feito com o Queen. Era um Freddie mais Dance, mais sintético - diferente até mesmo do novo caminho musical que o Queen havia tomado anos atrás, incorporando o Funk ao seu Hard Rock.


A canção (produzida por Mercury e Mack, produtor que trabalhava constantemente com o Queen e o Electric Light Orchestra) teve um vídeo-clipe. Ele foi filmado durante a festa de 39 anos de Freddie, em Munique. O tema da festa era ir vestido daquilo o que a pessoa mais gostasse. E Freddie foi vestido de... Freddie! Estavam presentes também Barbara Valentin e Jim Hutton, as duas pessoas que dividiam o coração de Mercury no momento (sim, uma mulher disputava Freddie com Hutton, antes de Freddie tomar a decisão final). E mesmo com tanta divulgação, a canção teve apenas um #50UK.

Porém, 8 anos após o lançamento do single e dois após a morte de Freddie, um remix intitulado "Living on My Own (No More Brothers Mix)" foi lançado e surpreendentemente alcançou um #1UK por duas semanas. Acabou sendo o primeiro e único sucesso de Freddie no topo das paradas em carreira solo. No geral, o remix ficou de acordo com a década de 90, e possivelmente Mercury aprovaria o projeto. Aliás, esta versão ficou tão popular que a versão original praticamente não é conhecida. Segue a versão remix:

domingo, 16 de setembro de 2012

AMR - 70's Jukebox 14

Artista: Giorgio Moroder (26/04/1940)
País de Origem: Itália
Estilo: Dance, Disco, Electronica
Hits: "From Here to Eternity", "Too Hot to Handle", "E=MC2"
Hit da Jukebox: "Chase" (1978, #33US)




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Se você gosta da falecida Donna Summer e curte clássicos como "Take My Breath Away" do Berlin, tem que agradecer a um artista em especial, que tornou isso tudo possível: Giorgio Moroder. O produtor italiano Hansjörg Moroder, mais conhecido como Giorgio Moroder, é um renomado artista do ramo da Electronica, sendo um dos principais responsáveis pela popularização do uso do vocoder, sintetização vocal, juntamente com o grupo Kraftwerk e o guitarrista Peter Frampton.

No início da carreira, em 1966, Giorgio cantava em várias línguas, dentre elas o Italiano. Desde então, tem atuado na área musical não só como Giorgio, mas também com o pseudônimo Munich Machine, com o qual produziu 3 álbuns no período de 3 anos. Seu destaque maior foi seu trabalho que catapultou Donna Summer para o estrelato. Ele até chegou a trabalhar com Philip Oakey do The Human League.


A canção da Jukebox, "Chase", foi composta por Moroder para a trilha-sonora do filme O Expresso da Meia-Noite. O filme ganhou dois prêmios Oscar graças a trilha. E de fato, o clima da canção acompanha a tensão da fuga do personagem principal. E o fato de ser instrumental deixa a coisa bem melhor, mais centrada. Um clássico que, apesar de estar datada, ainda tem seu interesse.

sábado, 11 de agosto de 2012

AMR - Sexy and I Know It (LMFAO)

Leia também: AMR - Party Rock Anthem (LMFAO)

Análise: Terceiro single do álbum Sorry for Party Rocking, do LMFAO. Lançado em Setembro de 2011, alcançou #1US e #5UK.


Hahahahaha...

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O LMFAO é realmente um duo improvável. Redfoo e SkyBlu iniciaram a parceria em 2006 e lançaram um álbum em 2009, Party Rock, sem grandes alardes ou qualquer expectativa, mas até que o #33US nas paradas pode ser minimamente considerável. Desde aquela época eles já tinham  em suas letras o clima de festividade e a aparência esquisitona puxada dos anos 80. E apesar do início discreto, o primeiro álbum teve uma indicação ao 52º Grammy na categoria Melhor Álbum Dance/Eletrônico.

"Apadrinhados" por Will.I.Am, os dois insistiram e, dois anos depois, se saíram com Sorry for Party Rocking (que com este título mais parece um pedido de desculpas pelo que produziram no passado). E desta vez eles foram bem mais longe, com o álbum chegando a #5US e #8UK. E até mesmo com uma aparição no Super Bowl com a Madonna eles mostraram que ganharam o mundo. Tá, tô exagerando, lógico. Mas de qualquer maneira, eles ganharam o ouvido da galera com "Party Rock Anthem" e "Sexy and I Know It".


Diferente do que aconteceu em "Part Rock Anthem", o LMFAO (abreviação para a ridícula frase "Laughing My Fucking Ass Off") conseguiu fazer algo realmente divertido e atrativo, perfeito para pistas de dança e para agitar. Sim, vocês não estão lendo errado: estou, de fato, elogiando algo. Obviamente, falo isso sem citar o tema tacanho e egocêntrico do qual trata o single. Talvez pior que isso seja o vídeo-clipe, que mostra homens (incluindo RedFoo e SkyBlu) chacoalhando as, digamos, "pistolas". Ou seja, é tão babaca e constrangedor que chega a ser divertido e engraçado. Sério. Dentre as participações no vídeo, estão o ator Jamie Foxx e, ora vejam só, Ron Jeremy - que deve entender mais do que qualquer um ali como chacoalhar a "pistola" (que no caso dele seria uma mangueira de bombeiro).

Aliás, o RedFoo está lembrando bastante o Weird Al Yankovic - o este vídeo parece muito algum projeto humorístico dele...

Minha conclusão final é que aquie eles acertaram o alvo. Porém, isso foi o suficiente apenas para lhes dar o ônus da dúvida. No single anterior eles apareceram, e neste mostrar serviço. Resta agora esperar e ver se conseguem manter a terceira parte do ciclo: manter-se.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

AMR - Blow (Ke$ha)

Análise: Segundo single do álbum Cannibal, da Ke$ha. Lançado em Fevereiro de 2011, alcançou #7US e #32UK.


Job! huahuahuahaa...

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Kesha. Ou Ke$ha, tanto faz. Honestamente, eu a considero uma espécie de mistério musical universal. Mistério de como ela conseguiu alcançar tal projeção, mistério de como ela conseguiu tocar no Rock in Rio 4 (se bem que isso não é bem um mistério, o $ no nome artístico dela responde esta), mistério as pessoas continuam ouvindo mesmo após o período de novidade. Além do álbum de estréia, Animal (de onde saiu seu grande hit, "Tik Tok"), ela também seguiu a estranha onda atual de lançar EPs, e se saiu com Cannibal (Animal, Cannibal, sacou?), que é de onde foi tirado o single em questão.

Se você não gosta da Ke$ha tem que ir se "keishar" com o Flo Rida que a colocou para fazer backing vocal no seu single "Right Round" (tá certo que foi não creditado, até porque ela não era ninguém para ter seu nome estampado na capa do single). Ele não sabia o que estaria por vir: música quase tão ruim quanto a dele. Pelo menos mais pegajosa, devo frisar.


"Blow" tem um excesso de efeitos sonoros e trabalha ostensivamente em cima daquelas bases já bem conhecidas de músicas eletrônicas. Sendo que os efeitos não são altos o bastante para sobrepujar a voz e os maneirismo vocais irritantes da Ke$ha - quando havia de fato um bom motivo para eles estarem lá, não são usados da maneira correta. Não há qualquer novidade na interpretação dela - é o mais do mesmo, jogando na retranca, não mexendo no time que (supostamente) está ganhando.


Este projeto, que claramente foi feito para pistas de dança sabe-se lá de que tipo de lugar, é apenas isso e se assume como tal. Ou seja: não venha buscar aqui o que encontrou em "Tik Tok", porque as coisas estão bem distantes. Se os produtores queriam algo próximo do primeiro grande single da Ke$ha, eles beberam uísque demais...


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

AMR - Coincidências 8

Leia também: AMR - 70’s Jukebox 4

Para os nascidos nos anos 80, poucas coisas foram tão marcantes, musicalmente falando, quanto o Dance dos anos 90. Peças clássicas como "The Rhythm of the Night", do grupo Corona (aliás, coma brasileira Olga Souza), a famosíssima "Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)" do C+C Music Factory com seu riff de guitarra imediatamente assimilável e a cantora italiana Gala com "Come Into My Life", são exemplos de como o estilo foi explorado à exaustão e definiu uma década. Enfim, são vários e vários outros projetos que trabalharam em cima do estilo: o Erasure com sua "I Love to Hate You", Cher com "Strong Enough" e "Believe", Sophie Ellis-Bextor com a ótima "Murder on the Dancefloor". É uma infinidade de opções.


Um dos vários grupos criados sobre o gênero, o La Bouche, foi criado em 1994 pelo produtor Frank Farian (sim, o mesmo responsável pelo setentista Boney M e pelo escandaloso e polêmico Milli Vanilli nos anos 90) e contava com os membros Melanie Thornton e Lane McCray. Estrearam com a moderada "Sweet Dreams", que era um exemplar comum do gênero, mas que ainda sim lembra a faceta da década. O projeto seguinte, "Be My Lover" segue a mesma linha - o que mostra que o La Bouche meio que estava preso na segunda divisão do mundo Dance.

Enquanto ativo, La Bouche lançou três álbuns. Em 2000, a vocalista Melanie resolveu seguir carreira solo e foi substituída por Natacha Wright. Porém, em 2001 foi vítima de um trágico acidente de avião, acidente que também tirou a vida de dois membros de outro grupo, o Passion Fruit. O La Bouche se dissolveu no mesmo ano.

Um dos maiores sucesso do grupo saiu do terceiro álbum, SOS. "You Won't Forget Me" foi lançado em 1997 e conseguiu um #9UK (posição superior ao seus dois primeiros e mais famosos singles, embora tenha decepcionado nos EUA com um #48US).



No distante ano de 1969, a banda de Rock neerlandesas Shocking Blue (da vocalista Mariska Veres) lançou o álbum At Home, com seu maior sucesso, a canção "Venus". Mas, além desta, outra canção também fez relativo sucesso e moldou a personalidade musical da banda. "Never Marry a Railroad Man", inclusive, já foi resenhada aqui.


Yeah, I won't forget it...

Logo no início de cada canção já dá para sacar a parte, digamos, referenciada. A melodia vocal com a qual Mariska abre a canção do Shocking Blue é idêntica à melodia com a qual Melanie abre a canção do La Bouche. Talvez a diferença seja, sei lá, 28 anos ou Rock pra Dance.

Coincidência?

Bem... Há uma distância muito grande tanto de tempo quanto de estilo entre os dois projetos. Mas há também uma grande similaridade entre as melodias vocais. De resto ambas seguem um caminho diferente e sem semelhanças. Acredito que possa caber, mais uma vez, o caso de plágio não-intencional. De qualquer maneira, fica novamente aquela dúvida pelo fato de Frank Farian ter seu dedo aqui. Milli Vanilli realmente é algo que ficou marcado no nome deste produtor.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

AMR - Moves Like Jagger (Maroon 5)

Análise: Quarto single do álbum Hands All Over, do Maroon 5. Lançado em Junho, alcançou #1US e #2UK. Com participação de Christina Aguilera.


Tô louco pra ver o "Moves Like Lennon"!

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Bem, eu sempre fui a favor da teoria de que Adam Levine criou o Maroon 5 com o objetivo de agarrar o maior número de mulheres possíveis nos vídeo-clipes. E minha teoria se sustentava ainda sob o vídeo de "Misery", mas com o atual, "Moves Like Jagger" temos o máximo Adam sem camisa. E eu pergunto: PRA QUÊ? Se Adam não tentou agarrar nenhuma mulher, nem a Christina Aguilera, pelo menos manteve a referência. Como assim? Ele homenageou um dos roqueiros mais pegadores de mulher que já surgiu na face da Terra. Sir Mick Jagger.

O Maroon 5 elevou seu estilo musical a um novo nível. Seu Pop Rock sempre teve pegadas de Funk com sua ótima guitarra rítmica, mas aqui temos algo mais puxado pra um Dance descomprometido. Uma versatilidade interessante para uns, uma degradação para outros. Será que o Maroon 5 seria capaz de ir bastante fundo no comercial e conseguir manter sua, digamos, seriedade e qualidade musical? Pergunta complicada...


"Moves Like Jagger" tem como característica mais marcante uma melodia que não vai te fazer parar de assoviá-la. Afinal, a coisa toda tá em cima, de fato, de um assovio. Não que isso seja ruim, mas parece-me que vai virar tendência musical - já ouviu a última do Bruno Mars? O Dance do Maroon 5 é bem agradável, dá pra dançar tranquilo. Analisando musicalmente também tem seu valor, com um refrão bem legal. Os antigos fãs talvez não gostem muito (eu mesmo não havia associado a canção ao Maroon 5 até pesquisar). Tenho certeza de que Mick Jagger gostou muito, chamando a homenagem de lisonjeira.

Achei muito estranho Levine não agarrar com convicção e vontade a Aguilera, já que é de seu feitio. E ter Aguilera igualmente contida quando ela resolveu voltar para a fase dominatrix/vagaba também não convence muito. Mas isso não ofusca sua voz que, tirando alguns detalhes constrangedores como "Not Myself Tonight"


Bem, ela não tem a pega mais comedida que "Misery", mas é bem interessante em sua peculiaridade. O ecleticismo da banda é bem explorado e eles se mantém consolidados. O único problema é a mania de Levine de se servir para a mídia como um pedaço de carne. Me lembra muito o Dinho Ouro Preto, que já nem tem mais idade para isso.

Só nos resta esperar o que mais Maroon 5 e outras bandas nos guardam.

sábado, 9 de julho de 2011

AMR - I Wanna Go (Britney Spears)


Leia também: AMR - 3 (Britney Spears)
AMR - Hold It Against Me (Britney Spears)
AMR - Criminal (Britney Spears)



Análise: Terceiro single do álbum Femme Fatale, da Britney Spears. Lançado agora no mês de Junho, alcançou #22US.


Vai logo e não enche...

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E a senhorita Spears continua na sua jornada montanha-russa de qualidade musical. Sua "Hold It Against Me" teve um grande sucesso injustificado, uma amostra de como o povo norte-americano está nada exigente e uma justificativa para o sucesso arrebatador que o Rap e Hip-Hop têm na região. Se isso não é culpa da Britney ela tá longe de ser uma solução.

"I Wanna Go" lembra muito aquelas canções de artistas relativamente desconhecidos (ou que, pelo menos, você sequer faz questão de associar nomes) que saiam naqueles CDs de Dance que perduravam nos anos 90. Coisas babacas como aquele CD "O Filé do Mion", que na verdade continha coisas como CPM 22, Supla, Falamansa, Frank Aguiar e até mesmo Lady Zu! (Mion não consegue ser coerente selecionando faixas e muito menos trabalhando na TV)


Enfim. O Dance da Britney tem aquele gosto de macarrão instantâneo - com a vantagem de que o macarrão dura mais tempo e tem um gosto melhor. De fato não sei o que dá para destacar na canção, pois se tentamos falar da voz, eu me limito a dizer que Britney (ou os executivos da gravadora) ainda insiste(m) na ideia de usar aquela voz nada natural, irritante e dispensável que ela derrama em todos os seus projetos.

Se a voz dela não é (nem de longe) seu forte, pelo menos deveríamos nos divertir com a música (que já foge ao seu departamento - quando ela tentou se introduzir nesta área, veio o álbum In The Zone, que a definiu como uma espécie de cantora tipo piranha movida à marketing como a Christina Aguilera). E aí é que está: ela lançou projetos até que audíveis, como "Circus" ou "Womanizer". Mas pelo visto, isso acabou.


O vídeo-clipe tem como introdução uma espécie de crítica direta à mídia, mostrando, na verdade, que ambos não são exatamente um grande exemplo. Temos referências a filmes como O Exterminador do Futuro 2, Crossroads (filme estrelado pela própria Britney, que apesar de ter ido razoavelmente bem nas bilheterias, foi esculhambado pela crítica especializada) e até mesmo "Thriller" de Michael Jackson. Ao menos quem gosta de cultura Pop já tem o que discutir por 15 segundos na tradicional rodinha nerd...

Esta canção é indicada somente para fãs. Não vai converter ninguém nem vai fazer a diferença para que não gosta do estilo. É o velho e desgastado mais do mesmo em que time que está ganhando não se mexe, que infelizmente estende-se incansavelmente...

Obs: Sei que pareço teimoso insistindo nisso, mas... já não está todo mundo sabendo que a Britney está magra??

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

AMR - Hold It Against Me (Britney Spears)

Leia também: AMR - 3 (Britney Spears)
AMR - I Wanna Go (Britney Spears)

AMR - Criminal (Britney Spears)



Análise: Primeiro single do futuro novo álbum de Britney Spears. Lançado agora no dia 11 de Janeiro de 2011, alcançou #1US.


[ironia mode on] Poxa, do que será que ela está falando? [ironia mode off]

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Extra: Inacreditavelmente, o single alcançou um #1US (mereceu? não, não mesmo). Fora que não foi apenas isso! Foi a estréia de single mais bem sucedida financeiramente vinda de uma artista. Agora, se a média de hits dela continuar assim, veremos um outro destes apenas em 2028...


E parece que Britney Spears está a fim de voltar ao trabalho. Ela havia lançado o single "3", que foi usado em 2009 como suporte para a coletânea de singles The Singles Collection e que chegou ao primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos (assim como a 'chicletosa' "...Baby One More Time" de 1998 e "Womanizer" de 2008). Agora, abrindo o ano de 2011, a cantora lança um exemplar de Dance - mais uma vez tentando se mantendo afastada daquele irritante rótulo de Pop Chiclete.

Embora os críticos tenham recebido bem o single (Pô, a música mal foi absorvida e os caras já estão conseguindo fazer discussões filosóficas sobre o item em questão?), deve ficar bem claro que este projeto é menos acessível do que outros como "Piece of Me" ou "If U Seek Amy". Parece que Spears está querendo se levar mais a sério - porém considerando o que foi o início da carreira dela, ela tem que fazer isso mais lentamente, pois vai ser difícil engolir isso de cara...


Para a produção, foram chamados produtores como um tal de Billboard (responsável por alguns projetos da cantora Robyn), Max Martin (que foi um dos produtores de "3" - em time que se está ganhando não se mexe) e Dr. Luke (que, assim como Max Martin, já trabalhou com uma infinidade de artistas, inclusive produzindo "Circus" da Britney). Apesar de parecer uma mistura com potencial para fazer algo grande, o destaque final fica apenas no nível mediano.

Este single parece, de alguma maneira, com aquela expectativa inicial de "Womanizer", pórem após ouvir o resultado final, tudo acaba soando um tanto quanto anacrônico. E considerando que Spears já tem mais de 10 anos de carreira, esta sensação é compreensível. Não é chato como, sei lá, "Toxic", e talvez por isso apesar de todos os contras este projeto mereça algum destaque positivo.


Espero que no final das contas possamos ter uma sequência de singles tão regular quanto foi a dos dois últimos álbuns. Afinal, não dá pra ficar fazendo música descartável o tempo todo e ainda sair impune. No final das contas, George Michael acabou aprendendo bem isso...

Alguém ainda tem dúvidas do motivo pelo qual não deixa a voz da Britney soar limpa, sem qualquer tipo de efeito digital ou modificações? Se ainda há, assista ao vídeo onde ela canta com Michael Jackson no show comemorativo de 30 anos de carreira solo do Rei do Pop. A canção é "The Way You Make Me Feel".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AMR - The Time (Dirty Bit) (The Black Eyed Peas) - Por Reid


Análise: Primeiro single do álbum The Beginning, do The Black Eyed Peas. Lançado agora em Novembro, alcançou #12US e #11UK.


Hora de parar de samplear?

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Ah, os anos 80! Dentre vários clássicos e lixos, várias canções vibrantes e personificações sonoras perfeitas do plástico, com certeza o pessoal vai se lembrar do filme Dirty Dancing. O filme que custou apenas 5 milhões de dólares acabou por arrecadar mais de 200 milhões e ajudou Patrick Swayze a ser lançado ao estrelato - mais tarde o ator conseguiria outro sucesso de bilheteria com Ghost - Do Outro Lado da Vida. O fato é que todo mundo deve se lembrar também da clássica "(I've Had) The Time of My Life", cantada por Bill Medley (do duo romântico The Righteous Brothers, que são os responsáveis pela "Unchained Melody", do filme Ghost) e Jennifer Warnes (da também clássica "Up Where We Belong" com Joe Cocker). Uma canção linda com dois ótimos intérpretes e que aparentemente era, digamos, imune de ser alvo de releituras. Eu disse aparentemente.


"The Time (Dirty Bit)" é a volta do Black Eyed Peas depois do álbum The E.N.D., que com os dois primeiros singles ficaram simplesmente metade do ano de 2009 em primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos. Considerando este feito (o topo das paradas no país, independente do tempo), eles poderiam tirar boas férias e quem sabe voltar daqui uns 10 anos...

O BEP (vou abreviar porque é um saco ficar digitando o tempo todo) transitou do Hip-Hop para o Dance numa tentativa sábia de angariar um público maior e mais acolhedor, mais fácil de ganhar. Porém Will.I.Am. resolveu utilizar aqui um velho costume deste pessoal que gosta de ficar falando um monte nas gravações: a mania de sample. E o maior problema que o sample é que ele tenta ser uma releitura, uma renovação de um projeto sendo que na maioria das vezes isso simplesmente não é necessário ou viável. E nem preciso dizer que é este exatamente o caso de "(I've Had) The Time of My Life".


Não dá pra salvar quase nada daqui, sério. Nem mesmo uma comparação entre as vozes de Jennifer Warnes e Fergie, onde o contemporâneo deveria ser um pouco mais palatável que o clássico; isso simplesmente não acontece pois a Warnes dá um banho na intérprete de "Big Girls Don't Cry". Sobre Medley e Will.I.Am é melhor nem comentar. E isso falando só no refrão, que é a única que se tem em comum com a clássica canção. Tirando isso, o que temos é um dos piores projetos Dance já vindo do BEP e talvez nos últimos tempos, se tratando deste estilo. Qualquer coisa que você ouvir por aí vai ser melhor, acredite.

O vídeo-clipe é bem filmado e até interessante em certos momentos. Nos dispensa do deprimente modo fundo branco que tanto assola o mundo de que quer ver algo inventivo e cativante. Ou você se esqueceu de "Videophone" da Beyoncé com a Lady Gaga e daquela porcaria do "I Can Transform Ya" do Chris "Eu Bato Em Mulher" Brown?

Não basta a produção de clássicos ter sido encerrada. É preciso acabar com o que já foi feito.

domingo, 5 de dezembro de 2010

AMR - The Time (Dirty Bit) (The Black Eyed Peas) - Por Ms. Valentini


Primeiro single do novo álbum (de novo?!) dos Black Eyed Peas, The Time (Dirty Bit)!



Alcançou, até o momento, #9US e #6UK.
Álbum : The Beginning
Para ler mais artigos sobre os Black Eyed Peas, clique aqui!



Perdi o meu mais uma vez!

Os Black Eyed Peas estão cada vez mais presentes em nosso dia-a-dia ; quase a forma musical do arroz e feijão (Peas?) - mas infelizmente não podemos dizer que sua relevância cresce em conformidade. Sabe quando você entra num site e pula um pop-up na sua tela dizendo que você é o 1.000.000° visitante? Essa é a sensação de saber que uma nova canção do grupo saiu - você tá de saco cheio de ver e sabe que não vai ganhar nada com isso. Will.I.Am tanto sabia disso que, num ato de muito robertismo, se deu o trabalho de vazar a música na internet, através da rede social dipdive.com.




Como é de praxe no universo mainstream, esta faixa Dance, produzida por Will.I.Am e o DJ Ammo (o que não faz diferença nenhuma), sampleia uma canção muito popular dos anos 80 - fato que, por si só, já pode deixar gente como eu muito "triste", para não dizer outra coisa - I've Had (The Time Of My Life), música central da trilha sonora do filme Dirty Dancing, gravada originalmente por Bill Medley e Jennifer Warnes. Patrick Swayze se preparou sabiamente para esse momento....



Não vou fazer grandes comentários sobre a letra - ela é tristemente repetitiva, mas serve ao seu objetivo final - botar as pessoas para dançar...ou envergonhar (mais) os bêbados no Habib's mais próximo da balada. Não vou mentir - eu seria uma dessas pessoas.

Vídeo clipe :

Realizei uma pesquisa extensiva e, uma das três conclusões:

1) O BEP é, na verdade, um grupo publicitário que produz as chamadas entre os quadros do programa de televisão CQC;
2) O grupo fechou um contrato com a Adobe no valor de U$ 30 milhões para testar todos os efeitos especiais do novo photoshop CS3;
3) Avatar era para ser o clipe de The Time, mas ele ficou muito caro, então acabaram lançando como um filme.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AMR - Only Girl (Rihanna)

Leia também: AMR - Russian Roulette (Rihanna) e Prós/Contras Divas 1: Rihanna

Análise: Primeiro single do álbum Loud, da Rihanna. Lançado em Setembro, alcançou #1US e #1UK.


Sem calcinha? Who cares??

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A pressa no tipo "ejaculação precoce" na hora de lançar trabalhos inéditos em que Rihanna está atualmente me lembrou artistas como Lady Gaga (que resolveu se conter um pouco e lançar um EP em vez de álbum - mas que recebeu tanta divulgação e marketing quanto um álbum mesmo) e a banda Fall Out Boy (que se não tivessem algum tipo de freio, teriam lançado um álbum a cada 6 meses). Seu álbum anterior, Rated R foi lançado ano passado e mal teve tempo de, digamos, esfriar. Desde que sua carreira começou, Rihanna ficou apenas o ano de 2008 sem lançar um álbum de inéditas! E eu paro pra pensar que Michael Jackson podia se dar ao luxo de lançar um álbum a cada quatro anos - ele era capaz de colher os frutos de um álbum durante todo este período!

Outro comentário que posso fazer sobre o trabalho da Rihanna é que, aparentemente, ela resolveu explorar um pouco mais seu potencial vocal. Ou seja, resolveu aprender a cantar melhor. Isso já estava surpreendentemente visível no single "Russian Roulette" (talvez o único single realmente memorável do álbum, com exceção talvez de "Te Amo"), mas em "Only Girl" vemos que ela tá querendo mesmo levar a coisa a sério. Ela podia ganhar uma grana extra em cima do assunto dando aulas de motivação pra gente como Akon e Justin Timberlake (quem sabe eles não resolvem aprender a cantar de verdade?).


Rihanna recheia esta mistura de Europop com Dance com seus vocais caprichados numa canção que, apesar de ser curta (tanto de consumo quanto de sobrevida) consegue ser competente em seu objetivo. O refrão tem força e é o que mais chama a atenção no projeto. Eu vi muita gente ficando surpresa ao descobrir que a Rihanna é a intérprete desta canção - o que me faz pensar que minha teoria sobre a Rihanna ser uma vocalista um tanto limitada estava correta. Bem, espero poder manter este "estava" sempre que for me referir a ela.

O vídeo-clipe é um tanto surreal, com a Rihanna de cabelos mais compridos (aêeee) e vermelhos ("Parecendo o Ronald McDonald" - By Ms. Valentini). Bem, certeza de que não era pra fazer sentido mesmo, então a coisa tá no caminho... Obviamente sobram cenas onde Rihanna mostra toda sua beleza (mas que dá saudades do vídeo-clipe de "If It's Lovin' that You Want", isso é!).


Se interessar: "Only Girl" é o primeiro single na história dos Estados Unidos a chegar em primeiro lugar depois que o segundo single do álbum ("What's My Name?") atingiu a posição. Curioso ou apenas impacto musical de efeito retardado?