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quinta-feira, 18 de julho de 2013

AMR - Take Back the Night (Justin Timberlake)

Análise: Primeiro single da segunda versão do álbum The 20/20 Experience, do Justin Timberlake. Lançado em Julho de 2013, alcançou #47US.


Para quem comprou o álbum: I wanna take back my money...

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O ex-Club do Mickey, ex-namorado da Britney Spears, ex-*Nsync e ex-artista relevante Justin Timberlake continua carregando o fardo intrínseco ao nome Justin no mundo da música: o de encher o saco dos ouvintes desavisados. Aliás, depois que até o Chris Brown resolveu se envolver musicalmente com o Justin Bieber (e milagrosamente não ter descido a moqueta no moleque, o confundindo com uma moça), falta agora o Timberlake se prestar a isso.

Honestamente, é melhor não pensar nisso. Já basta gente que também perdeu a relevância como o ex-sou-o-melhor-do-mundo-no-que-faço Timbaland ainda estar na ativa. De qualquer forma, como ele não aparece como antes, acabamos por não ser mais afrontados com a arrogância do sujeito. Mas vamos falar: e o trabalho?


O que a dupla, juntamente com o produtor J-Roc, fez na canção "Take Back The Night" é em definitivo algo diferente. Primeiramente, me pareceu que eles gostaram ou ficaram com inveja do single "Get Lucky" do Daft Punk. Uma volta aos tempos da Disco Music, anos 70 e etc. É fácil você produzir algo bom com uma base boa, e é por isso com em ambos os casos tivemos algo acima da média. Sim, Timberlake conseguiu um single acima da média. Mas é óbvio que Justin deve, e muito, ao estilo musical que baseou o projeto. Pra mim a coisa fica no empate.

É uma pena que a canção não foi no padrão de qualidade ruim que é de praxe. Pois uma organização anti-estupro chamada Take Back the Night Foundation resolveu ralhar com o título do single. Eu poderia bolar umas piadas interessantes com isso. Mas por enquanto, posso apenas tirar sarro de coisas como "Rock Your Body". Eca...

sábado, 23 de março de 2013

AMR - 80's Jukebox 15

Artista: Niteflyte
Origem: Estados Unidos da América
Hits: "If You Want It", "You're Breaking My Heart"
Hit da Jukebox: "You're Breaking My Heart" (1981)




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Bandas formadas no meio do turbilhão da Disco Music que dominou os anos 70 de seus meados até o início do anos 80, além de manter grandes hits dançantes, também tinham momentos mais calmos e amorosos. As baladas românticas eram intercaladas com as outras canções características da época. Para citar um exemplos, temos "Please Don't Go", da banda KC and The Sunshine Band (muito conhecida pela animada e exultante "That's The Way I Like It").

Um caso interessante é "MacArthur Park" da falecida Donna Summer. Uma canção que começa como uma balada romântica, mas que acabava enganando os casais apaixonados e concentrados numa dança lenta quando virava em uma agitação inesperada. Enfim, as baladas românticas, de várias formas, sempre foram enraizadas nos estilo que fosse. E um caso específico é a da desconhecida banda Niteflyte.


O Niteflyte foi uma banda da leva Disco que lançou um álbum em 1979 e deste, obteve um único hit, "If You Want It", que alcançou #37US - fazendo deles, na medida do possível, um grupo One Hit Wonder. Porém, não é para este single que quero lhes atribuir uma merecida atenção. Em geral, muitas bandas relativamente desconhecidas conseguem produzir verdadeiras pérolas - e digo isso incisivamente a respeito de baladas românticas. Com eles, não foi diferente...

O pessoal da Disco, apesar de fazer o que seria a música descartável de sua época (a música descartável mais proveitosa que já ouvi, principalmente se levarmos em conta o que tem por aí hoje em dia), sabiam bem o que faziam com os instrumentos empunhados. "You're Breaking My Heart" é uma linda canção baseada no piano, com uma letra entristecida sobre um coração quebrado e canto triste e solitário. Não chega ao nível de profusão melancólica de "More Than Just the Two of Us" do Sneaker, mas também é muito bonita.

O Niteflyte acabou por desaparecer, assim como Sneaker. Mas ambos deixaram uma marca, que embora não tenha se situado no mainstream, com certeza ficou nas mentes dos poucos privilegiados que as descobriam plenamente...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Quick - Capas Exóticas 21

Se você teve uma infância passa nos anos 90, vai se lembrar de desenhos clássicos como Os Cavaleiros do Zodíaco ou Shurato. Nesta época, era moda fazer desenhos onde os protagonistas (e os antagonistas também) usavam armaduras com poderes especiais. Não muito tempo depois, isso fosse transpassado por seres com poderes especiais, dentre outras coisas. Mas é curioso notar que muitos anos atrás, uma famosa cantora já havia utilizado uma armadura deste tipo! Piadas à parte...

Nome do álbum: Take Me Home
Ano de Lançamento: 1979
Estilo: Disco Music


Se fosse nos Cavaleiros do Zodíaco, diria que a Cher é uma guerreira da constelação de Ornitorrinco. Eu gostaria muito de saber qual foi o contexto por trás da foto e quem teve a ideia de tal extravagância. Talvez nem no Monte Olimpo isso fosse visto com bons olhos...

Para quem não conhece: "Take Me Home" vale muito a pena de ouvir. Não gosto muito da Cher, mas ela tem seus acertos. E um deles foi propiciar à Sophie Ellis-Bextor uma versão cover. Seguem:


domingo, 16 de setembro de 2012

AMR - 70's Jukebox 14

Artista: Giorgio Moroder (26/04/1940)
País de Origem: Itália
Estilo: Dance, Disco, Electronica
Hits: "From Here to Eternity", "Too Hot to Handle", "E=MC2"
Hit da Jukebox: "Chase" (1978, #33US)




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Se você gosta da falecida Donna Summer e curte clássicos como "Take My Breath Away" do Berlin, tem que agradecer a um artista em especial, que tornou isso tudo possível: Giorgio Moroder. O produtor italiano Hansjörg Moroder, mais conhecido como Giorgio Moroder, é um renomado artista do ramo da Electronica, sendo um dos principais responsáveis pela popularização do uso do vocoder, sintetização vocal, juntamente com o grupo Kraftwerk e o guitarrista Peter Frampton.

No início da carreira, em 1966, Giorgio cantava em várias línguas, dentre elas o Italiano. Desde então, tem atuado na área musical não só como Giorgio, mas também com o pseudônimo Munich Machine, com o qual produziu 3 álbuns no período de 3 anos. Seu destaque maior foi seu trabalho que catapultou Donna Summer para o estrelato. Ele até chegou a trabalhar com Philip Oakey do The Human League.


A canção da Jukebox, "Chase", foi composta por Moroder para a trilha-sonora do filme O Expresso da Meia-Noite. O filme ganhou dois prêmios Oscar graças a trilha. E de fato, o clima da canção acompanha a tensão da fuga do personagem principal. E o fato de ser instrumental deixa a coisa bem melhor, mais centrada. Um clássico que, apesar de estar datada, ainda tem seu interesse.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

AMR - Just Be Good to Green (Professor Green & Lily Allen)

Análise: Segundo single do álbum Alive Till I'm Dead, de Professor Green com participação de Lily Allen. Lançado em Junho, alcançou #5UK.


O Green no caso só pode ser maconha...

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Quem nunca ouviu o clássico dos anos 70 "Take Your Time" da banda The SOS Band? Claro que, seguido disso, também vem outra boa canção deles, "Just Be Good to Me" que veio a ser o seu último hit significativo. Substancialmente com a primeira, o The SOS Band conseguiu pegar uma carona num estilo que estava em alta na época e que não durou 10 anos: a Disco Music.


Então, passados 7 anos do seu lançamento, "Just Be Good to Me" acabou sendo interpretada por um grupo de música Electronica chamado Beats International, sob o nome de "Dub Be Good to Me". O grupo foi fundado por Norman Cook, recém saído de uma banda de Rock Indie chamada The Housemartins. Cook viria a ser conhecido futuramente como Fatboy Slim. Esta versão contém ainda samples de "The Guns of Brixton" da banda punk The Clash. Foi um sucesso na Inglaterra (#1UK), porém o grupo não conseguiu muito mais do que isso e Norman acabou saindo para outro projeto musical, o Freak Power (que lançou o interessante single "Turn On, Tune In, Cop Out").

O rapper recém-chegado ao mainstream Stephen Paul Manderson, conhecido como Professor Green, saiu do nada, foi trabalhando em cima de demos até ser contratado pela Virgin (o que demorou longos 4 anos para acontecer!), que possibilitou um trabalho mais amplo para o artista - ou seja, um álbum.


Então, por cima de "Dub Be Good to Me", fazendo mais uma pasteurização do produto, Green mostra seus dotes artísticos. E digo: dentre tudo isso, este é seu maior problema - seu (ou a falta de) dote artístico. Professor Green soa como uma espécie de Eminem rejuvenescido, com uma voz e até um pouco do jeito de recitar o rapper parecidos demais com o veterano rapper. O que definitivamente não é bom. Para variar, ele ostenta aquela humildade tão conhecida dos rappers (o nome do single é "Just Be Good to GREEN", ou seja, colocando-se no centro da coisa).

Já como enfeite, fazendo a parte cantada para não deixar a audiência totalmente entediada, temos Lily Allen - numa performance vocal acima da média, melhor até do que na versão do The SOS Band; sobre a versão do Beats International, é melhor não falar nada...


O fato é que "Just Be Good to Green" parece mais um single barulhento do Enimem (tipo "I'm Not Afraid", pra ser sincero). Se Green ainda tivesse imitando a parte divertida do Enimem, com seus rappers sem compromisso, até seria aceitável. Mas aqui temos um veículo de uma carreira de mais um rapper no mundo - são muitos e muitos rappers no mundo, o mercado está totalmente saturado e ter mais um rapper que não tem personalidade e nada de interessante para vender não ajuda em absolutamente nada.

No final das contas, é melhor ir ouvir "California Gurls" da Katy Perry com o Snopp Dogg. Além de ter mais a Perry cantando e menos o Dogg fazendo rap, a parte do Snopp não está entediante como costuma ser e faz mais sentido do que este single aqui...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

AMR - 70’s Jukebox 7

Artista: Ace (1972 - 1977)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Rock Britânico
Hit da Jukebox: "How Long" (1974, #3US - #20UK)


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Ace foi uma das bandas do famoso cantor e instrumentista Paul Carrack, que já trabalhou com artistas como Eric Clapton, Roger Walters e o Roxy Music (do Brian Ferry). Inicialmente chamada de Ace Flash and the Dynamos, o Ace desfrutou de pouco sucesso nos anos 70 juntamente com bandas de um estilo chamado Pub Rock - realmente algumas músicas nos remetem a estes lugares. A banda era formada por membros vindos de várias outras bandas.

O maior sucesso - e possivelmente único hit - da banda é a canção "How Long". Inicialmente, a canção trata de um amor que acabou não dando certo. O clima de certa maneira triste, indica essa possibilidade. Porém, corre a notícia de que Paul Carrack compôs essa canção com o baixista da banda, Terry Comer, em mente - epa! com o baixista em mente, e ainda por cima chamado Comer?? Não é nada disso que estão pensando...


Carrack expressa na letra a decepção ao saber que Comer está trabalhando com outras bandas. É uma traição sim, mas sem os famosos chifres sobre a cabeça. Inclusive, Terry Comer particiou das gravações - resta saber se ele tinha ideia, na época, de que a coisa toda era sobre ele. De qualquer maneira, Carrack se mostrou um verdadeiro artista no ramo de duplo-sentido musical (não me refiro ao duplo-sentido de artistas de forró e etc hein!!).


Fora que vários outros artistas já cantaram esta canção. O mais famoso deles foi Rod Stewart, que gravou sua versão em 1981 - sem grande impacto, aliás. Porém, saiu no mesmo ano uma versão que realmente fez a diferença e pode ser igualada em qualidade com a original é a do Lipps Inc, banda famosa na era Disco Music. A canção ganhou um clima mais pesado, dando ênfase na interpretação amorosa da letra. Com certeza vale a pena dar uma ouvida!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

AMR - 2000's Jukebox 4

Artista: Spiller (23/04/1968)
País de Origem: Itália
Estilo: Dance, House
Hits: "Groovejet (If This Ain't Love)", "Cry Baby"
Hit da Jukebox: "Groovejet (If This Ain't Love)" (2000, #1UK)


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O DJ italiano Spiller é o maior DJ do mundo. Obviamente não estamos falando de qualidade musical. Afinal, ambas a condições foram um subterfúgio para uma piada. O rapaz mede 2,06 cm e deve ter muitas dificuldade na hora de andar na rua, para não bater a cabeça em postes e etc.

O DJ trabalha em cima do dance e do house, com grande influência da Disco Music, aquele estilo musical criado nos anos 70 e que quase morreu ali mesmo - tendo sobrevida no início dos anos 80. Para reforçar o efeito disco na canção, Spiller chamou Sophie Ellis-Bextor para cantar no projeto. Ellis-Bextor é uma proeminente artista na fusão do dance com a disco - ou seja, ela é chegada em desenterrar artefatos. Na época da gravação, Sophie ainda não estava com a carreira solo lançada, pois participava da banda de rock alternativo theaudience.


"Groovejet (If This Ain't Love)" tem todos os elementos que nos remete aos tempos da discoteca. A percussão, a guitarra com a pegada meio funk (favor não confundir com o execrável batidão de favela) e até os violinos (que foi muito presente naquela época, principalmente nos trabalhos de Barry White). Se esta canção tivesse sido lançada nos anos 70, seria um hit interessante, diferenciado - de deixar o Bee Gees intrigado.

Porém, é preciso dizer que praticamente nada daí saiu lá do alto da cabeça do DJ. Como é de costume da maioria dos DJs do mundo, "Groovejet" sampleia outra canção. No caso, a canção (obviamente disco music) "Love Is You" da cantora Carol Williams. E como acontece na grande maioria dos casos, o sample ficou bem, bem melhor que a original. Principalmente comparando Sophie Ellis-Baxtor com Carol Williams.


Com este single, Spiller acabou impedindo a ex-Spice Girl Victoria Beckham de alcançar o topo das paradas com seu primeiro single, "Out of Your Mind". Porém acabou sendo retirado de lá pela medíocre (lembrem-se: medíocre não é ruim, é mediano) "Music" da Madonna.

Poucos revivals da Disco Music conseguem ser bons ou relevantes. Spiller conseguiu aqui fazer algo legal e até reciclar uma canção da época. Hoje em dia ele deve sobreviver do saudosismo daquele pessoal que adorava dançar sob as luzes dos globos de luzes. Nada mal...

sábado, 21 de novembro de 2009

AMR - Make Me (Janet Jackson)

Análise: Novo single da Janet Jackson vindo do seu novo álbum Number Ones (Jackson²), coletânea de melhores canções de sua carreira. Single lançado apenas em formato digital em 22 de Setembro. Primeira música que a Janet lançou depois da morte de seu irmão Michael.


"Don’t stop it, baby! Don’t Stop ‘Til You Get Enough" (Jackson²)

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Inicialmente, havia um papo em rotação entre os fãs de Michael Jackson na internet de que a parte em que Janet canta "don’t stop ’til you get enough" (Jackson ²) era uma homenagem ao seu irmão e sua canção vencedora de um Grammy, "Don’t Stop ‘Til You Get Enough". Mas parece que Janet negou o fato numa entrevista para a TV. Bem, se é homenagem ou não, é passível de discussão, cada um pode interpretar como quer - e a interpretação de uma possível homenagem parece mais do que óbvia neste caso.

Sobre este novo trabalho de Janet... A canção é referenciada como "Nu Disco", o que quer que isso signifique. Tá bem, tá bem... na verdade isso seria uma espécie de reinvenção da Disco Music. Mas vamos lembrar que a Disco Music não acabou à toa. Era um tipo de música boa e divertida, mas descartável como muita coisa do Pop atual. E claro que dificilmente alguém vai criar algo inovador ou relevante neste estilo. E como não podemos esperar inovações, nos resta aguardar apenas coisas de qualidade para ouvir e nos divertir. E Janet acabou conseguiu um resultado louvavelmente razoável!


Com uma batida interessante criada pelo Dark Child (Rodney Jerkins), de fato "Make Me" não foi feita para estourar no topo das principais paradas do mundo nem para receber múltiplas indicações ao Grammy. Sua despretensão de ser algo grandioso possivelmente é seu maior atrativo. A voz de Janet não está nada diferente do que costuma ser - uma voz mais frágil (principalmente se comparada com seu irmão) e que realmente não tem um grande destaque, mas que serve aos seus propósitos musicais. O clipe da canção é uma mistura de "Rhythm Nation" (de 1989, #2US) com "Scream" (de 1995, #3UK e #5US, dueto com seu irmão Michael para o álbum duplo HIStory [Jackson²]), com uma fotografia bonita e Janet em forma.

E inclusive um fato bem legal que acredito que tenha passado despercebido: parte da música sampleia (além da “homenagem [Jackson ²]) a canção "Disco Night" do grupo GQ, que fez sucesso com essa canção nos anos 70, a era da Disco Music (mais uma vez referência à Disco Music presente).


Michael Jackson agora está morto. Vamos ver o que pode sair do que ficou do seu reinado do Pop com seus suditos. E Janet é mais um deles…


PS: A quem possa interessar, aqui está um vídeo da canção sampleada "Disco Night", do GQ, de 1979 (#12US).