Mostrando postagens com marcador House. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador House. Mostrar todas as postagens

domingo, 19 de maio de 2013

AMR - Get Lucky (Daft Punk)

Análise: Primeiro single do álbum Random Access Memories, do Daft Punk. Lançado em Abril de 2013, alcançou #14US e #1UK.



Com o Nile Rodgers do lado? Nem precisa...

——————————————

Eu não sei quanto ao resto do mundo, mas quando ouço falar no Daft Punk, as únicas coisas que me vêm são "Around the World" , "One More Time" e "Harder, Better, Faster, Stronger". Este trio contém tudo o que precisa saber sobre o grupo e o que é necessário para se divertir. De resto, não sei nada. Mas ainda sim, valem algumas informações adicionais...

O duo musical de rapazes que usam capacetes e roupas futurísticas surgiu no ano de 1993. Tocando o gênero dance House, acabaram se tornando uma das referências no estilo. Embora relativamente conhecidos, as vendagens dos álbuns nunca foi expressiva (pelo menos comparando com artistas um pouco mais populares). O último trabalho, Human After All, de 2005, não chegou a ter 150 mil cópias vendidas nos Estados Unidos. Possivelmente isso tenha sido a razão do intervalo de 8 anos entre este trabalho e o novo, Random Access Memories.


E o Daft Punk traz em "Get Lucky" é algo bem diferente dos já citados e famigerados projetos. Aquele clima House que permeia seus trabalhos está bem longe aqui. O single foi produzido pelo Daft Punk mesmo, mas tem uma pegada Funk, possivelmente inspirada por Nile Rodgers, o lendário músico que foi responsável, juntamente com Bernard Edwards, pela banda Chic - fora os inúmeros álbuns que ambos produziram durante suas carreiras. Fora que a participação de Rodgers é um belo contrabalanço se consideramos que Pharrell Williams também está na faixa. Mas, por incrível que pareça, sua participação não compromete! Talvez a presença de Nile tenha feito com que Pharrell se esforçasse para não fazer merda, sei lá.

O Funk com o toque do Daft Punk de uma mistura legal. Uma direção diferente e interessante. Não é algo marcante como trabalhos anteriores, mas a qualidade é realmente boa aqui. Vida longa ao Nile Rodgers!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Quick - Capas Exóticas 20

Trocadilhos. Alguns são bons, interessantes, engraçados. Outros são bestas, infames e idiotas. Enfim, eles existem aos montes e das mais variadas maneiras. Podem passar a mensagens com eficiência ou serem descartados em segundos. Existe especialmente no mundo do humor, mas na música não poderia ser diferente. Geralmente trocadilhos musicais são transmitidos através das músicas, mas há espaço para representações gráficas também. E é aqui que entrar mais um Capas Exóticas com o Lords of Acid.

Nome do Single: "Pussy"
Ano de lançamento: 1998
Estilo: House


Hahaha! Uma interessante e bem reproduzida piada, um trocadilho de uma clássica palavra de duplo sentido. A palavra pussy, que pode significar tanto bichano quanto vagina. Para os não iniciados, a piada fica no ar, sem qualquer chance de entendimento direto. Fica difícil dizer que é uma capa "fofinha", não?

A propósito: existe uma versão censurada da capa que também é igualmente engraçada e até inteligente. Segue:


segunda-feira, 26 de março de 2012

AMR - Turn Up the Music (Chris Brown)

Análise: Primeiro single do álbum Fortune, do Chris Brown. Lançado agora no dia 7 de Fevereiro.


Neste caso, eu pediria para desligar a música...

——————————————

E Chris Brown já está para lançar seu mais novo projeto musical: o álbum Fortune. E a canção escolhida como primeiro single é "Turn Up The Music", produzida pelo duo The Underdogs (que já trabalharam com Beyoncé, Britney Spears, Brian McKnight, Jojo e até mesmo Gloria Gaynor), que já produziram canções de Brown, sendo a mais conhecida "No Air" com Jordin Sparks. Apesar de o álbum ser vendido em algumas publicações como R&B/Pop, o single tem suas bases no House (e não estou falando do doutor, do contrário seria interessante), o que mostra que Brown está querendo ir mais fundo numa busca música mais diversificada - se bem que ir do Electropop ou seja lá o que ele estivesse fazendo para o House não tem nada muito profundo ou diversificado, mas sim timidamente inovador.

"Turn Up The Music" não é tão aberta, com um clima, digamos, entusiasta como "Yeah 3x", afinal, não lembro de ter ouvido uma canção House com estas características. A única característica marcante do House é o ecstasy, se é que me entende. De qualquer maneira, a diferença musical aqui comparando com fases mais antigas de Brown é notável. Só não sei dizer ainda se isto é bom, ruim ou se não faz diferença. Talvez ouvindo outras faixas do álbum.


Vou soar repetitivo demais se citar novamente as limitadas e repetitivas habilidades de Brown como dançarino. Mas como temos um pouco de vácuo em cima da "obra", tenho que preencher de algum modo....


Fora que senti também uma certa necessidade do Brown em fazer sua voz soar mais ou menos como foi em "Beautiful People", ou seja, num tom diferente alterado por instrumentos digitais. Falando livremente, Brown queria não soar como ele mesmo talvez porque tenha achado isso de bom grado no single anteriormente citado. E como eu já disse antes: isso até é um bom artifício para ela, mas de um modo geral não é lá grande coisa. O jeito é morrer e nascer outro, talentoso de preferência.

E eu acho que a coisa tá tão ruim que o pessoal do marketing já está agindo inusitadamente. Como assim? Oras, que tal este single ter ganho, em seu remix oficial, uma participação da Rihanna? Sim, ela mesmo, ex-namorada e ex-sparring de Brown. E, infelizmente, esta não é a única incursão por este tipo bizarro de divulgação. Em breve entenderão o que digo...

sábado, 24 de dezembro de 2011

AMR - We Found Love (Rihanna)

Análise: Primeiro single do álbum Talk That Talk, da Rihanna. Lançado agora em Setembro, alcançou #1US e #1UK.


Achou, é? Sei...

——————————————

A primeira conclusão que chego após ouvir a canção "We Found Love" é que Rihanna quer porque quer esfregar na cara de Chris Brown que está bem e feliz longe do jovem boxeador rapper. O vídeo-clipe é a prova filmada disso. Mas a moça não precisava ter gasto tempo e dinheiro para demostrar algo tão óbvio e simples, afinal, todo mundo fica bem e feliz não tomando porrada. Bem e feliz na vida pessoal e profissional. No último citado Brown já não está indo lá muito bem. Mesmo com a ajuda de Bieber (outro que tá próximo de tomar uma sova de Chris, afinal, se parece mulher), como se isso fosse lá grande coisa. Daqui a pouco o rapper vai pedir ajuda pro Luan Santana...

Mas voltando ao assunto que realmente interessa: Rihanna está em ritmo acelerado, lançando uma média de um álbum por ano. Todos nós sabemos que quantidade não reflete necessariamente em qualidade. Ou Rihanna está com um acúmulo criativo gritante ou tá precisando arrecadar grana urgente. Michael Jackson lançava um álbum a cada 4 anos e conseguia colher seus frutos durante todo este período. Certa a Rihanna que não quer correr o risco de ter uma queda de popularidade como Britney Spears, que teve que correr atrás e sair do turbilhão de escândalos e falta de interesse.




"We Found Love" investe mais na parte Electro, House da coisa. E digo que, tirando a parte vocal da Rihanna que evoluiu muito (felizmente), consigo sentir falta da época em que ela era uma cantora com um jeito mais ingênuo e simplista cantando canções meio R&B, meio Reggae. A impressão que tenho é que Rihanna nunca consegue manter a balança equilibrada: se o vocal melhora, a parte instrumental (quando é de fato utilizado algum instrumento) cai por terra. O fundo sintetizado é repetitivo, sem criatividade, mas remete ao que interessa.

Os primeiros lugares nas paradas foram injustos na minha opinião. Mas como isso não é definido por critério técnico e sim por gosto musical, não há o que se fazer. Os EUA gostam de pôr cada tipo tocando nas rádios que até mesmo se Rihanna cantasse Bolero ou Bossa Nova seria algo simpático de se ouvir. Já a terra da rainha não sei nem o que dizer. Acho que o sucesso deste single ocorreu devido falta de concorrentes - alguma coisa tinha que ficar no topo.

No final, Rihanna continua com sua popularidade em alta e longe de ser uma artista ruim - e isso com certeza é algo considerável, pois se não está ajudando pelo menos não está atrapalhando. E Chris Brown continua sem poder ir para alguns países fazer shows por causa de sua vontade de fazer caca. O povo destes países agradece e muito. Enquanto Akon, Justin Timberlake e Timbaland não estão enchendo o saco, Rihanna tem toda a liberdade para tocar sua carreira com algo que com certeza é mais instigante do que o que esses caras podem fazer...


quarta-feira, 21 de abril de 2010

AMR - 2000's Jukebox 4

Artista: Spiller (23/04/1968)
País de Origem: Itália
Estilo: Dance, House
Hits: "Groovejet (If This Ain't Love)", "Cry Baby"
Hit da Jukebox: "Groovejet (If This Ain't Love)" (2000, #1UK)


———————————————–

O DJ italiano Spiller é o maior DJ do mundo. Obviamente não estamos falando de qualidade musical. Afinal, ambas a condições foram um subterfúgio para uma piada. O rapaz mede 2,06 cm e deve ter muitas dificuldade na hora de andar na rua, para não bater a cabeça em postes e etc.

O DJ trabalha em cima do dance e do house, com grande influência da Disco Music, aquele estilo musical criado nos anos 70 e que quase morreu ali mesmo - tendo sobrevida no início dos anos 80. Para reforçar o efeito disco na canção, Spiller chamou Sophie Ellis-Bextor para cantar no projeto. Ellis-Bextor é uma proeminente artista na fusão do dance com a disco - ou seja, ela é chegada em desenterrar artefatos. Na época da gravação, Sophie ainda não estava com a carreira solo lançada, pois participava da banda de rock alternativo theaudience.


"Groovejet (If This Ain't Love)" tem todos os elementos que nos remete aos tempos da discoteca. A percussão, a guitarra com a pegada meio funk (favor não confundir com o execrável batidão de favela) e até os violinos (que foi muito presente naquela época, principalmente nos trabalhos de Barry White). Se esta canção tivesse sido lançada nos anos 70, seria um hit interessante, diferenciado - de deixar o Bee Gees intrigado.

Porém, é preciso dizer que praticamente nada daí saiu lá do alto da cabeça do DJ. Como é de costume da maioria dos DJs do mundo, "Groovejet" sampleia outra canção. No caso, a canção (obviamente disco music) "Love Is You" da cantora Carol Williams. E como acontece na grande maioria dos casos, o sample ficou bem, bem melhor que a original. Principalmente comparando Sophie Ellis-Baxtor com Carol Williams.


Com este single, Spiller acabou impedindo a ex-Spice Girl Victoria Beckham de alcançar o topo das paradas com seu primeiro single, "Out of Your Mind". Porém acabou sendo retirado de lá pela medíocre (lembrem-se: medíocre não é ruim, é mediano) "Music" da Madonna.

Poucos revivals da Disco Music conseguem ser bons ou relevantes. Spiller conseguiu aqui fazer algo legal e até reciclar uma canção da época. Hoje em dia ele deve sobreviver do saudosismo daquele pessoal que adorava dançar sob as luzes dos globos de luzes. Nada mal...