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domingo, 30 de junho de 2013

AMR - Whistle (Flo Rida)

Análise: Terceiro single do álbum Wild Ones, do Flo Rida. Lançado em Abril de 2012, alcançou #1US e #2UK.


Se fosse apenas assovios, seria mais agradável...

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Para mim o Flo Rida é mais um caso de sucesso inusitado e injustificado. Rida faz parte de um grande saco, misturado meramente com toda aquele conteúdo homogêneo. Traduzindo: todos farinha do mesmo saco. Flo Rida é um dos designados do momento, da mesma forma que Eminem e Snopp Dogg foram em suas épocas — hoje eles são estão em, digamos, cargos eméritos do Rap no mundo da música.

De qualquer forma, ele acabou por se consolidar, juntamente com outros como Lil Wayne e T-Pain. Eles estão lá e não há muito o que fazer senão esperar que entrem em decadência ou ganhem seus cargos eméritos para bater cartão uma vez ou outra. Neste ínterim, vamos ouvindo o que eles produzem para tentar achar algo bom. Bom?


O single "Whistle" é um projeto bem mais Pop do que os raps que ele normalmente faz. Aqui ele saiu daquele clima meio underground que o Rap encobre as canções. E honestamente, apesar do rap, a canção não é ruim. Interessante ser lançada uma versão instrumental. DJ Frank E ajudou na produção, sendo ele também um dos responsáveis por "Right Round". Porém, como ele é rapper, tinha que ter alguma coisa: a letra da música tem várias referências ao sexo oral. Assoviou, blowjow, sacaram?

Não tenho grandes esperanças destes nichos. Na verdade, o ideal mesmo seria viver dos discos de vinil e fitas K7. Quem sabe um dia algo que valha realmente a pena salte por sobre o som dos toca discos e nos faça se mexer como acostumava ocorrer?

domingo, 23 de junho de 2013

AMR - Part of Me (Katy Perry)

Análise: Sétimo single do álbum Teenage Dream, da Katy Perry. Lançado em Fevereiro de 2012, alcançou #1US e #1UK.


Hum... qual parte?

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Katy Perry está chegando na condição de se chamar de maior musa Pop da atualidade. Não que seu repertório seja perfeito, mas de qualquer forma é agradável e caiu no gosto do povo. Seu último álbum, o Teenage Dream, gerou sete singles, sendo que seis deles foram para o topo das paradas. Feito realmente considerável para aquela garota que "beijou outra garota e gostou". Katy declarou certa vez que queria provar que o sucesso obtido com seu álbum de estreia, One of the Boys (2008), não foi mera sorte. E de fato ela provou.

Dá para reparar no capricho e cuidado que a produção de Teenage Dream teve. A produção do álbum envolveu uma enxurrada de gente, um balaio de gatos onde os mais conhecidos são o StarGate e Dr. Luke. Nada de Timbaland, Rick Rubin ou qualquer outro produtor manjado. Houve um esforço coletivo que gerou resultado positivo e satisfatório, numa escolha acertada deste pessoal. Agora vai lá ouvir o que o Timbaland anda fazendo pra você ver que decepção é o atual trabalho daquele que se intitulava "o melhor produtor"...


Dr. Luke foi um dos responsáveis por "Part of Me", último single a chegar no topo das paradas norte-americanas. Apesar de ser inferior aos sucessos "California Gurls" e "Last Friday Night (T.G.I.F.)", o single em questão segura a coesão sobre a qual o álbum foi construído. Aliás, ele foi lançado na re-edição do álbum, tendo sido removido a primeira edição por Katy achar que não encaixava com as outras canções. Ledo engano, como ela pode perceber no final das contas.

Katy está com uma boa média de boas canções por álbum, e esperamos que continue e assim por um bom tempo. Lily Allen pensou em desistir da carreira, mas agora aparentemente pretende voltar; Lady Gaga está perdendo o fôlego; Madonna já praticamente está sem ar. Quem sabe a Senhorita Perry não consiga sustentar um pouco do fardo Pop em suas costas.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

AMR - What About Us (The Saturdays)

Análise: Single do EP Chasing the Saturdays, do grupo The Saturdays. Lançado em Dezembro de 2012, alcançou #1UK.



É... dão um caldo...

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A Inglaterra tem uma propensão incrível a gostar de grupelhos vocais. Westlife, Five, Spice Girls, Girls Aloud e mais uma infinidade que não vale apena citar são sucesso garantido entre os súditos da rainha. No final dos anos 90 em diante, este estilo musical dominou as paradas. Hoje em dia não é tão forte, mas ainda existem representantes dos movimentos.

E um destes representantes é o grupo The Saturdays. Criado em 2007, tem integrantes que com idades que variam dos 23 anos até os 31 e apenas dois dos quinze singles lançados no Reino Unido não foram top 10 nas paradas. Certamente é o tipo de coisa que deixa Liam Gallagher e seu Beady Eye tão furiosos...


E após seis anos de existência, elas finalmente alcançaram o topo com o single "What About Us". Uma canção puxada para o Electropop, porém com uso abusivo do artifício do de quem não sabe cantar: o Auto-tune. De qualquer forma, é uma canção interessante. Especialmente para quem gosta deste tipo de som.

Não são o futuro da música nem vão melhorar nada no combalido mercado atual. Mas dá pra se divertir. Mas devo lembrar que só vai funcionar para iniciados e simpatizantes. Caso contrário, volte para o Rock, ou o Blues, Jazz, Frevo, e até o odioso Sertanejo Universitário. Cada um é cada um...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

AMR - Skyfall (Adele)

Análise: Single saído da trilha sonora do filme Skyfall. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #8US e #2UK.


O céu é o limite?

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A britânica Adele ganhou mesmo o mundo com seu álbum 21. E depois dele, várias canções do primeiro álbum, 19, saíram do restrito campo de conhecimento inglês para o mundo — no típico caso de um produto alavancar e destacar o anterior, sendo muito justo neste caso. De "Chasing Pavements" até "Rumour Has It", tudo mundo passou a conhecer os vários trabalhos dela.

Muita gente com certeza se encheu de ouvir algumas, por terem sido tocadas ostensivamente. Mas de qualquer forma, isso não limitou Adele, de forma que ela chegou até mesmo a ser convidada a cantar a canção de tema do último filme do agente 007. Os últimos convidados, para quem não lembra, foram Madonna, Chris Cornell e Jack White &  Alicia Keys (o que mostra que o gosto por interpretes dos temas deu uma bela oscilada).


E devo dizer que, artisticamente falando, a canção escrita por Paul Epworth e Adele e interpretada por ela é a melhor. A profundidade, o clima, o cuidado e o rebusco são realmente notáveis. A produção de Epworth (que trabalhou no álbum 21) foi bem acertada. Sem falar nos vocais, que obviamente dispensam comentários. Mas, claro que pe um canção para iniciados. Que não gosta da Adele ou do estilo vai ficar totalmente deslocado aqui.

Em geral, as canções feitas para os filmes do 007 são boas. E aqui encontraram uma artista muito boa para o objetivo. O filme foi muito bem nas bilheterias, sendo um dos filmes mais rentáveis da história do cinema — e levando junto neste legado a canção de Adele. Aguardamos para ver se 21 vai ser de fato o magnum opus de Adele ou se ela pode se superar. O que acham?

quarta-feira, 29 de maio de 2013

AMR - We Are Never Ever Getting Back Together (Taylor Swift)

Análise: Primeiro single do álbum Red, da Taylor Swift. Lançado em Agosto de 2012, alcançou #1US e #4UK.



Não tinha um nome mais comprido?

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Não. Sobre o nome da canção, não estamos falando sobre um novo single do Fall Out Boy ou do Panic at The Disco. Pelo visto, eles não são os únicos sem noção que gostam de colocar extensos nomes em suas obras. Reconheço que as motivações aqui são diferentes. Mas...


O fenômeno da música Pop e Country, Taylor Swift, continua na ativa. E pelo que posso ver, sem Kanye West para deixar a coisa constrangedora! Red, seu quarto álbum, continua seguindo a linha de sucesso dos antecessores. Swift mantém uma média de 5 milhões de cópias por álbum, bem coeso para um artista com menos de 10 anos de carreira e que não canta coisas tão populares (vide Rihanna, Madonna, Aguilera e o sexismo exacerbado).




O que Swift trouxe é algo diferente do seu habitual substrato de Country. Seu Country jovem passou para um Pop, que aliás tem uns bom elementos semelhantes ao single "Don't Tell Me" da Madonna (que coincidentemente é um Country). Também temos alguma coisa do novo single da Avril Lavigne, o "Here's to Never Growing Up" (que foi lançada depois, verdade seja dita). Ou seja: uma massaroca de estilos e referência involuntárias (eu acho). Honestamente, não ficou ruim. Agrada aos fãs dela (eles gostando ou não, se é que me entende) e não é uma força negativa neste sentido.

O problema é que, apesar de não ser ruim, não sai deste campo. Ou seja, apenas não é ruim não significa ser realmente bom, produtivo. Quando algo é recomendável apenas para fãs ou iniciados, é porque faltou algo. Talvez não seja a intenção dela agradar a todos. Mas pode ter certeza que é intenção da gravadora agradar e render...

terça-feira, 21 de maio de 2013

AMR - Stronger (Kelly Clarkson)

Análise: Segundo single do álbum Stronger, da Kelly Clarkson. Lançado em Janeiro de 2012, alcançou #1US e #8UK.


Dizem por aí que ela tá meio "fortinha" mesmo...

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O último artigo escrito neste blog sobre Kelly Clarkson foi feito a quase 4 anos. E nem foi eu quem escrevi, foi a Ms. Sunshine. E na verdade foi apenas um breve resumo a respeito do assunto. Dito isto, imagino que algo da obra da moça deva ser analisado mais profundamente. E qual melhor opção para isso do que senão o último sucesso dela?

Kelly pode ser lembrada, com toda a certeza, como uma das melhores coisas já saídas destes programas que visam encontrar talentos musicais. Costumo considerar isso com vigor, considerando que a quantidade de lixo já produzida pelos mesmos é de uma grandeza absurda e injustificável. Jedward e One Direction vieram deste nicho. No Brasil, não temos praticamente nada que possa ser chamado de sucesso neste segmento. Desde o tal de Thiaguinho, passando pelos grupos Br'oz e Rouge. Alguém se lembra do primeiro vencedor do primeiro programa feito no Brasil? Pois é... a Kelly Clarkson foi a primeira do American Idol.


Fora o destaque por seu talento, outra coisa que me chamou a atenção nela foi a personalidade. Compelida a fazer coisas que não queria por causa do contrato (cantar baladas românticas - coisa que ela faz muito bem, mesmo que não seja tão inclinada a tal estilo - e até mesmo ter participado do filme De Justin para Kelly, considerado um dos piores filmes da época, atuando ao lado de Justin Guarini, co-finalista do American Idol), ela se libertou disso tudo após o término do mesmo para ter sua liberdade artística. E desde então tem feito canções muito interessantes.

Os destaques vão desde "Breakaway", "Because of You" e "Anytime", da fase mais baladas, até "Never Again", "My Life Would Suck Without You" e "Already Gone" (que até teve uma confusão causada por Ryan Tedder, artigo sobre o assunto aqui). Isso tudo, definitivamente, é mais do que todos os outros participantes do programa já conseguiram em suas carreiras. Em resumo: Kelly é a mais bem sucedida participante de um reality show musical.


E em sua aventura pelo Pop Rock, Clarkson continua mandando bem. "Stronger (What Doesn't Kill You)" é o que de melhor ela já produziu neste campo. A energia impressa na música e nos vocais é realmente muito boa. O trabalho de Greg Kurstin (que trabalhou com a Lily Allen em parte do seu álbum de estreia e em todo seu álbum seguinte, incluindo o single "The Fear") é notável. Acabou sendo seu single mais bem sucedido, mesmo tendo sido vazado para a internet pouco antes do lançamento oficial.

Os reality shows musicais não são tão ruins assim. Produz muita porcaria (no Brasil, isso é algo bom para audiência, pois a parte mais assistida é a "dispensa" dos maus cantores pelos ferrenhos críticos), mas quando produz algo bom, é realmente bom. E apesar da Kelly estar com uma média de um single grande por álbum, eu digo: vale a pena esperar.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

AMR - Your Body (Christina Aguilera)

Análise: Primeiro single do álbum Lotus, da Christina Aguilera. Lançado em Setembro de 2012, alcançou #34US e #16UK.



E ela continua insistindo nisso...

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Christina Aguilera, a única coisa que prestou saída do Clube do Mickey (tendo dentre os pares Justin Timberlake e Britney Spears, fica fácil) é uma excelente cantora. Sério. Especialmente se comparada com muitos de sua geração, que começaram na mesma época que ela. Tem uma voz bonita e potente, sem precisar de recursos artificiais para conseguir algum tipo de atenção. É, de fato, uma cantora (ouviu, Demi Lovato?).

Ela lançou várias canções consideráveis no mundo Pop, como "Genie in a Bottle" (1999, single de estréia que ficou em primeiro lugar nas paradas dos EUA e da Inglaterra), a bela "I Turn to You" (2000) e a tocante "Beautiful" (2002). Porém, ela foi direcionada pelo marketing a se portar como uma tradicional vadia do mundo da música bem ao gosto de Madonna. Resultado? O álbum Stripped (#2US/#2UK) vendeu mais de 10 milhões de cópias (não tanto quanto o homônimo de estreia, que chegou ao número expressivo de 17 milhões de cópias, mas ainda bom resultado), sendo sua época de maior exposição. Após 4 anos, ela volta com Back to Basics (#1US/#1UK), onde deixa a persona vagabunda de lado e se concentra em qualidade musical. No quesito qualidade foi muito bem, mas fraco comercialmente, com 4 milhões de cópias pelo mundo - apesar de liderar nas paradas.


Sentindo que a fase lasciva fazia falta nas vendas, em 2010 é lançado o álbum Bionic (#3US/#1UK), sendo puxado pelo single "Not Myself Tonight". Aqui ela faz um reload da fase Stripped, porém muito pior, de mal gosto redobrado. As vendas foram as piores até então,  sendo que nos EUA não passou a faixa de 500 mil cópias e na terra da rainha sequer 100 mil. Números ridículos se comparados com um álbum de estreia tão bem sucedido. Dois anos após isso, Lotus soa como uma tentativa de erguer sua carreira. E o que ela tentou desta vez?

Temos uma Aguilera ainda com a voz impecável, mais contida sexualmente (especificamente comparando com "Not Myself Tonight") e se utilizando da Electronica de uma maneira mais amena. Ou seja: ela abriu mão da putaria imperante, mas manteve um pouco da sonoridade (embora de maneira diferente do que vinha fazendo), apostando na máxima que diz que "em time que está vencendo, não se mexe".

O problema é que no meio deste ping pong entre algo mais agressivo e sexual e algo diferente deste campo, Christina acaba perdida, sem grande interesse - excetuando fãs incondicionais. A canção apenas recebe o ônus da dúvida, tal esta que só esperando para ver (e ouvir) o que pode vir a acontecer - muito longe das grandes canções a levaram Aguilera à consagração. O Mickey deve estar profundamente desapontado...

domingo, 14 de abril de 2013

AMR - Sing It (Rebecca Black)

Análise: Single da cantora Rebecca Black, lançado em Maio de 2012.


Certeza???

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Sim. Rebecca Black continua gravando. Ela continua, de alguma maneira, ativa no meio musical (tá, não vamos exagerar, vai). Bem, ela ainda está com um álbum anunciado, mas até agora nada. Ela tem usado a tática que alguns artistas andam usando: gente como Timbaland, Akon e Nicole Scherzinger têm adiado seus álbuns enquanto não conseguirem lançar um single decente que puxe as vendas. Em resumo, eles estão fracassando, fazendo feio na produção de single convincentes, e seus álbuns estão estacionados. Para a Rebecca, isso até é compreensível, mas e para todos estes?

Bem, a garota que já foi a mais odiada do Youtube e que virou um grande meme na internet por conta de sua "Friday" continua firme na sua tentativa de manter uma carreira. Depois do grande reforço moral que recebeu de Katy Perry sendo convidada no vídeo-clipe de "Last Friday Night", era de se esperar que Black continuasse percorrendo sua bizarra trilha em busca de algo mais.


"Sing It", mais uma investida da garota norte americana de 15 anos, aparentemente, é o que de melhor ela produziu até agora. Sério. Primeiramente ela deixou para atrás o uso do anódino, risível e estúpido Auto-tune. Isso é uma decisão inteligentíssima (que gente como T-Pain e Lil Wayne obviamente não tomaram, uma vez que inteligência não é um forte para eles, considerando sua música). Mas você deve se perguntar em qual nível constrangedor pode ficar a voz de Rebecca sem uma afinação, mesmo que artificial. E parece que a menina resolveu levar a coisa a sério e fazer a lição de casa. Rebecca, mesmo sem este recurso extra, mostrou uma afinação e harmonia sem precedentes. Ou seja: agora sim, de fato, ela está cantando!

O single não é lá grande coisa no geral. Mas é um grande avanço se comparado com o que ela tem no currículo. Se outros artistas tivessem tomado a atitude de aprender a cantar em suas carreiras como Black fez aqui, o mundo musical seria um lugar bem melhor. O ritmo de melhora está lento, mas está acontecendo. Podemos de repente esperar algo realmente bom da carreira dela. Posso estar sendo sonhador e fantasioso, mas se gente como Bieber e Timberlake conseguem manter uma carreira de pé mesmo com aquelas momices bestas que eles chamam de canto, não há motivos para não acreditar nela...

sábado, 6 de abril de 2013

AMR - Trouble (Leona Lewis)

Análise: Primeiro single do álbum Glassheart, da Leona Lewis. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #7UK.



27 mil cópias? É, trouble...

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A vencedora da terceira temporada do X-Factor, Leonal Lewis, alcançou o topo do mundo quando lançou seu single "Bleeding Love". Com o álbum Spirit (que teve envolvido em sua produção uma infinidade de gente) vendeu mais de 8 milhões de cópias no mundo, sendo 3 milhões só na Inglaterra. O citado single foi produziu pelo redundante Ryan Tedder e foi a porta de entrada da moça ao show business.

Após este início arrebatador, Lewis produziu mais alguns grandes hits na Inglaterra, mas nada tão memorável, pelo menos nada perto do supracitado single - podemos citar a excelente "Better in Time", que não foi tão bem nas paradas, mas que em nível qualitativo foi o que de melhor Leona produziu até hoje. Nos Estados Unidos ela permanece um tanto ignorada, fazendo parte da lista de artistas ingleses que não conseguem adentrar com sucesso o mercado do Tio Sam - como o Robbie Williams, por exemplo.


Mas não é necessário que um artista faça sucesso neste outro país para se considerar bem sucedido, o próprio Williams (apesar de ter voltado a tocar com sua antiga banda, num sinal de cansaço, desgaste da carreira solo - para depois seu ego inflar o bastante para não se permitir ficar) sempre se manteve em alta em seu próprio país. Ele não é obrigado a mais que isso, uma vez que no Brasil não é necessário que nossos artistas estourem lá fora. O fato é que Leona é estava bem na Inglaterra. Estava. Seu último álbum, Glassheart, vendeu menos de 30 mil cópias por lá. Situação complicada. Mas, indo para o single principal, vem a pergunta: ela ainda merece algum destaque?

"Trouble" teve tantos produtores e compositores adjuntos que nem vale apena citá-los (até porque não há ninguém famoso ou de importância envolvido nesta parte, com exceção da própria Leona). A canção já vinha sido trabalhada desde 2009 por parte dos produtores, sendo amadurecida durante todo este período. Ou seja, uma grande demanda de pessoal e um logo período de trabalho. Muitas vezes isso costuma gerar um problema...



Mas o que temos aqui é o contrário. É um trabalho realmente muito bom, um clima diferente, algo tão bom quanto "Better in Time", sem a obviedade e melosidade de "Bleeding Love". Os instrumentos, com uma bela melodia construída no piano, sendo encoberta por uma batida tensa, deram um toque especial. Fora o desempenho nas paradas, com #7UK. Merecia mais, mas como não havia o viés apelativo enquanto single hit que é alvo dos executivos das gravadores, infelizmente não foi tão longe.

Acredito que Leona pode ir mais longe. Com tantos grupos femininos da música inglesa que demoram pra conseguir resultados relevantes, mas conseguem - Sugababes, Girls Aloud, por exemplo. Leona ainda está no começo, vamos esperar...


quinta-feira, 4 de abril de 2013

AMR - Waterline (Jedward)

Primeiro single do álbum Young Love, do duo Jedward. Lançado em Fevereiro de 2012, alcançou #122?UK.





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Depois de escrever sobre duas músicas destes caras, não há muito o que dizer. Eles tentaram, inconsequentemente, trazer das profundezas do limbo merecido o Vanilla Ice, foram eliminados de um programa musical, mostrando que a carreira deles não tem lá muito sentido. O duo Jedward (de John e Edward, mas que poderíamos chamar de Justin e Bieber, pois eles parecem o esdrúxulo astro Pop dividido por dois) está muito longe de ser algo como Kelly Clarkson, Carrie Underwood (que apesar de cantar um estilo chato como Country, tem de ter sua voz reconhecida) e até mesmo Carly Rae Jepsen. A última citada foi um mal exemplo? Não sei, só o tempo dira...

Eles são mais uma daquelas apostas de artistas que não chegaram na final dos programas (Simon Cowell costuma produzir alguns deles ), mas que servem para se extrair mais uns trocados. E no casos destes rapazes, eles ainda estarem na estrada com certo destaque talvez devasse mais pelo inusitado de suas figuras - dois irmãos gêmeos, com um visual "radical" (tanto quanto mijar de pé), um sempre se vestindo de maneira idêntica ao outro. O fato deles explorarem o espólio do Queen minimalista e indiretamente através de um artista pífio como Vanilla Ice os ajudou a se manter um pouco mais. No final vemos que a coisa é injustificada mesmo. Como disse o Simon mesmo? "Não são muito bons e incrivelmente tediosos".


 

Agora, sem samples ou participações especiais. "Waterline" parece ser o single mais maduro lançado até agora. Até parece que eles querem deixar de ser Jedward para ser uma espécie de Backstreet Boys misturados com One Direction. Obviamente o que sairia disso não poderia ser muito animador. Mas no final das coisas, tudo fica no 0 x 0. O que se tratando de artistas que dificilmente têm o ônus da dúvida, é algo preocupante.

Você pode viver, ouvir suas rádios e artistas Pop antigos e atuais. Seguramente não vai sentir falta deles, significando que seus trabalhos têm sido ineficazes. Britney Spears, Backstreet Boys, até mesmo o mala sem alça, chato até a medula, Justin Timberlake, todos eles se firmaram, bem ou mal. Agora, o Jedward vai continuar no Brasil sendo tão anônimos quanto... quanto... Estamos falando de quem mesmo?


domingo, 31 de março de 2013

AMR - Live My Life (Far East Movement)

Análise: Primeiro single do álbum Dirty Bass, do Far East Movement. Lançado em Fevereiro de 2012, alcançou #21US e #7UK.




Prefiro o Psy...


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Confesse: você não conhece quase nada musical que venha da Ásia que não seja o Psy. Bem, os caras do Far East Movement têm o hit "Like a G6" (que muita gente entendia como "gee sex"), mas a falta de personalidade impede que o hit seja associado ao grupo - vale lembrar também que eles dividem o single com duo de Hip Hop The Cataracs e a cantora Dev, o que chega a nos dar a impressão de que eles sequer participaram da empreitada...

Tá bem, você conhece o Jackie Chan, que também é cantor. E é mais provável você saber deste fato do que saber quem exatamente são estes caras. Depois de "Like a G6", eles tiveram o single "Rocketeer", junto com o Ryan "Latino" Tedder (Latino porque, assim como o citado, ele não dispõe de muita criatividade na hora de criar projetos musicais...), que teve um top 10 nas paradas e só. O single discutido aqui é o que eles têm de mais bem sucedido desde aquela época (2010).


O projeto não é lá tão ruim. Diria no máximo que é mediano. Em certos momentos lembra bastante "On The Floor", da Jennifer Lopez - o que não é bem um indicativo de originalidade. A participação do Justin Bieber, que deveria servir como um chamariz de suas injustificadas fãs (ou considerando a qualidade da música dele, justificada sim...) acaba nem se fazendo sentir. Se não te falassem, você sequer saberia que ele está ali no meio. Falta aquela relevância que ergueu o principal single da carreira dos rapazes.

Nem no vídeo o garoto aparece - quem aparece é o Redfoo, uma das partes do duo LMFAO! Talvez se fosse ele a prover seus vocais na canção, a coisa ficasse mais interessante. No balanço final, fica para o pessoal que gosta de ouvir isso pra dançar e que, na verdade, não seria bem ouvir, mas sim se balançar ao som de qualquer coisa que esteja tocando. Especialmente se estiver sob influência de aditivos ilícitos...

terça-feira, 26 de março de 2013

AMR - Good Time (Owl City)

Análise: Segunda single do álbum The Midsummer Station, do Owl City. Lançado em Junho de 2012, alcançou #8US e #5UK.




É, parece que sim...

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Aquela rapaz esquisito, magrelo, de feições afinadas e com jeitão nerd está de volta. Não, não estamos falando do Sheldon Cooper do The Big Bang Theory, mas sim do Adam Young, o cara por trás do projeto Owl City. Ele apareceu quando seu single, "Fireflies", chegou ao topo das paradas em 2009. É, faz tempo. E assim como fogos de artifício, ele subiu, explodiu e sumiu...

Bem, Adam tem uma história interessante e peculiar. Começou a compor enquanto trabalhava, carregando mercadorias em um caminhão da Coca-Cola. Depois ele colocava tudo no MySpace (que foi uma nascente produtiva de artistas antes de virar um cemitério desolado igual o Orkut), onde seus projetos tiveram boa projeção e aceitação. Dali para músicas vendidas no iTunes, um EP e um álbum, foi um pulo.


A canção é mediana, não tem lá tanto apelo (exatamente como o single "Fireflies") e a participação de Carly Rae Jepsen não é relevante (num típico caso onde mal pode-se identificá-la por sua voz não estar tão destacada). É provável que ela tenha sido chamada apenas para utilizar sua recém conquistada popularidade para alavancar a coisa - tipo uma embalagem de luxo.

No final das contas, apesar de relativo sucesso, não consigo ver a que a carreira de Adam se deve. Para o seu restrito público, isso deve fazer sentido, mas para o resto, é apenas isso mesmo: resto. Seu single de maior sucesso foi um aparecido curioso, como é de praxe acontecer. Não tenho certeza, mas talvez seja mais provável os materiais seguintes da Carly serem mais interessantes. É esperar pra ver.

quinta-feira, 21 de março de 2013

AMR - The Celestials (Smashing Pumpkins)

Análise: Primeiro single do álbum Oceania, do Smashing Pumpkins. Lançado em Junho de 2012.




Ou "Smashed Career"...

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Os anos 90 e as pérolas que carregou durante a extensão de uma década. Tivemos muitas coias surgidas desta década, mas poucas sobreviveram. E quando digo que poucas sobreviveram, não é a penas o caso de bandas acabaram, mas sim da recusa de se entregar ao fim, numa contumácia ora constrangedora, ora irritante. Não podemos culpar ninguém em tentar ganhar a vida e reviver os louros de uma época não muito distante, mas talvez exigir dos tais que não sejam apenas uma marionete do seu passado.

Dito isso, descubro que a volta do Smashking Pumpkins (a banda havia se separado em 2000, e o líder Billy Corgan com o baterista Jimmy Chamberlin em 2001, para depois se revelar um fracasso e se dissolver dois anos depois) em 2005 não foi apenas para fazer turnês e shows apenas para não morrer de fome. Pelo contrário, a banda tem se mostrado relativamente produtiva (em quantitativo, não necessariamente qualitativo), com três álbuns lançados desde então - um deles está sendo lançado em volumes através dos anos, pretensão que não é vista desde os tempos do Rock Progressivo e nunca soou tão inadequada.


Bem, no geral, não é uma canção ruim. Temos os esganiço um tanto estridente que é capaz de reproduzir a voz do Billy Corgan, mas ainda sim é uma canção bem proveitosa. Não deixei de pensar que, com a devida adaptação, este poderia fazer parte da sumida banda 50 Seconds to Mars (do ator Jared Leto). Ou, ao menos, manter a base da canção e apenas substituir Corgan por Leto. Aliás, substituir Corgan por qualquer outro cantor...

Bem, no geral, talvez não signifique qualquer salvação ou melhoria na música em geral. As antigas bandas por aí não têm representado isso. Uma música regular uma vez ou outra, para lembrar que eles existem. Mas é preciso mais que isso para justificar as insistentes atividades...


domingo, 17 de março de 2013

AMR - Thrift Shop (Macklemore)

Análise: Quinto single do álbum The Heist, do rapper Macklemore. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #1US e #1UK.



Isso parece uma vinheta da MTV

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Bem, o único motivo para eu ter cogitado resenhar este single é que ele acabou por chegar ao primeiro lugar de várias paradas musicais do mundo. Esclarecido isso, vamos para uma micro-biografia do rapper. Macklemore (nascido Ben Haggerty, em Junho de 1983), iniciou-se na música em 1999, produzindo suas canções de maneira independente. Chegou a lançar um EP no começo da carreira e um álbum independente um tempo depois. Seu primeiro álbum só foi sair agora em 2012, gerando, um total de 5 singles. Através do produtor Ryan Lewis que Ben conseguiu uma maior projeção.

Bem, o tal de Macklemore é curioso. Ele tem cara de vilão dos filmes do James Bond, é um rapper branco, como o Eminem (este comentário foi do tipo "caras brancos não sabem enterrar", hahaha...), e teve que vencer um período de 14 anos até conseguir sua oficial e "magnânima" estreia. Considerando a demora para chegar ao sucesso, esse cara vai chegar no nível de um Jay-Z aos 80 anos...


Eu fico pensando no seguinte fato. Foram necessários 5 singles para ele finalmente chegar no pináculo da glória, o sucesso reconhecido. Fico pensando se os quatros singles anteriores eram realmente tão ruins assim ou se foi apenas uma escolha errônea na ordem ou nos títulos lançados. Se for a primeira opção, incompetência do Ryan Lewis. Se for a segunda, incompetência de quem selecionou os singles.

Mas se concentrando agora na música em si, tenho que dizer: é legal! Bem, é a mesma pompa de sempre na hora de recitar o Rap (é difícil se livrar deste tipo de chatice), mas num contexto geral, fica muito acima da média. A coisa toda meio que não se leva a sério. Tipo alguns "clássicos" feitos pelo Eminem. Só que em vez de utilizar os outros como escada, Macklemore consegue fazer algo interessante a sua maneira. Pelo menos enquanto a megalomania não tomar conta...

Um rapper ficar a cima da média é algo surpreendente, embora não abra qualquer esperança para o futuro. Só o torna mesmo chato e tortuoso. Agora é só esperar ele produzir mais coisas interessantes e vê-lo atuar como um vilão na série 007.

quinta-feira, 14 de março de 2013

AMR - Let Me Love You (Ne-Yo)

Análise: Segundo single do álbum R.E.D., do Ne-Yo. Lançado em Julho de 2012, alcançou #6US e #1UK.




Que título mais auto-ajuda...

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Antes (bem antes, muito antes) Ne-Yo que Akon...

O cantor Ne-Yo, ao contrário do que possam pensar os desavisados, ainda está na ativa. Tá, isso não é tão surpreendente quanto saber que o Usher ainda está, mas de qualquer maneira, podemos nos lembrar de épocas que singles como "So Sick" e "Closer" estavam em alta por aí. Fora que Ne-Yo consegue fazer uma excelente contra-partida ao arremedo de cantor Chris Brown, na linhagem de imitadores de Michael Jackson. Ambos se inspiram e dançam de forma muito parecida ao ídolo, porém um deles se diferencia por gostar de boxe unissex...

Mas se Ne-Yo ainda não é a melhor opção que você possa pensar para o apocalipse musical que estamos passando, basta lembrar que é muito melhor ele sendo mediano do que um Akon enchendo o saco com sua voz esganiçada achando que sabe cantar além de fazer rap. Triste otimismo, aliás.


Primeiramente, tive a leve impressão de que esta canção utilizava samples de "Betty Davis Eyes" da cantora oitentista Kim Carnes. As introdução são bem aparecidas e, honestamente, considerando o que ouvi depois (e apesar de eu não gostar muito do hit da Kim Carnes), teria sido uma tremenda salvação para a canção. O maneirismo (ou deveria dizer momice) vocal que Ne-Yo utiliza no início é plenamente dispensável. Melhoraria muito o nível da coisa toda se tivesse sido diferente.

A canção começa parecendo algo mais puxado para uma balada romântica, mas depois passa para algo mais agitado. Onde já ouvimos isso? Donna Summer Mode On. O fato é que Ne-Yo já foi mais criativo, inventivo. Agora ele está muito semelhante aos produtos genéricos da área que atua, como Taio Cruz, Jason Derülo (este já mais destacado) e etc. Talvez fosse a hora dele rever todo seu trabalho anterior e pensar em algo parecido. Se quiser continuar aparecendo.

domingo, 10 de março de 2013

AMR - Scream & Shout (Will.I.Am)

Análise: Quarto single do álbum #willpower, do Will.I.Am. Lançado em Novembro de 2012, alcançou #3US e #1UK.




Talvez até pior do que misturar vodca com whisky...

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Um líder de um grupo musical que poucas vezes passa a barreira da mediocridade com seus projetos e uma cantora com voz de garça sem ar. Realmente poderia sair daí alguma coisa relevante ou ao menos minimamente considerável? Tantas outras parcerias unissex foram feitas, algumas bom êxito, outras não. Que não se lembra de Colbie Caillat com Jason Mraz em "Lucky" ou James Morrison com Nelly Furtado em "Broken Strings". Claro que o que temos aqui é um exemplo diferente. O Hip Hop, ou Electro Dance do Will.I.Am com o Pop famigerado da Britney Spears. Realmente não anima...

O último lançamento de Britney foi "Criminal", que surpreendentemente é um single aceitável, principalmente se tratando dela. Já Will.I.Am tem se esforçado para que seu álbum seja mais bem sucedido que o anterior, o ignorado Songs About Girls. Quem não se lembra do cretino e ao mesmo tempo divertido hit "I Got It from My Mama". E o líder do Black Eyed Peas resolveu trazer Britney Spears de carona para alavancar o álbum e trazer visibilidade à carreira da moça. Afinal, quem não acha que já é uma tradição juntar dois artistas diferentes (ou não) num duo improvável?


O projeto tem mesmo a cara do Will.I.Am e do caminho que o Black Eyed Peas tem tomado ultimamente. Seria ótimo se isso se limitasse só à carreira solo dele, pois deixava o grupo livre para coisa melhor. Mais precisamente, a coisa toda soou bem melhor aqui do que o que ele fez com o grupo. Ou seja, tecnicamente falando, sim: a música não é ruim. E até parte deste mérito pode ser atribuído a Britney. Afinal, a voz dela aqui não é nada parecida com o que costuma ser. A Britney não soando como Britney é uma tremenda vantagem!

No balanço geral, temos o mesmo William (encheu o saco escrever o nome dele estilizado), sem inovações e com as mesmas limitações, uma Britney com voz de anunciante de aeroporto, e uma batida bacana pro pessoal que gosta de dançar mas não saber bem como fazer isso. É um Pop meramente adequado, e é mais do que necessário para suprir demandas de mercado e satisfazer o público deste segmento.


segunda-feira, 4 de março de 2013

AMR - Harlem Shake (Baauer)

Análise: Primeiro single do DJ e produtor Baauer. Lançado em Maio de 2012, alcançou #1US e #1UK.




Sou muito mais o "Harlem Shuffle" a la Rolling Stones!

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"Do The Harlem Shake". Acho que tem gente aí que deve e muito a falta de tempo, ócio e idiotice de terceiros. Antes de mais nada, um pequeno relatório a respeito do single em questão. "Harlem Shake" foi lançada em meados de 2012 como download gratuito pelo selo Jeffree, da gravadora Mad Decent (gravadora esta que ajudou, infelizmente, a disseminar o grotesco e depressivo Funk Carioca pelo mundo). O projeto tem seu nome baseado em uma dança de mesmo nome e usa samples de "Miller Time" do grupo de rap Plastic Little. A single só começou a ser de fato vendido agora em fevereiro, quando explodiu na rede como um meme.

Mas como assim, meme? Bem, basicamente, cinco adolescentes australianos fizeram um vídeo em que usavam uma parte da música. Quatro estão num quarto cuidando de suas vidas, enquanto o quinto (usando um capacete!) começa a realizar uma coreografia constrangedora ao som da música. Então, do nada, todos eles, embalados por aquele som, começam a dançar convulsivamente. (O que me faz pensar qual o tipo de droga está em alta no momento lá na Austrália.)

Até os Simpsons!

Poderia ser um mero devaneio divertido de gente ociosa, mas a repercussão foi imensa. Além do vídeo ter quase 20 milhões de acessos no Youtube, milhares (sim, milhares!) de outros vídeos na mesma linha fora feitos. No total, cerca de 40 mil versões do meme foram produzidas! E é por isso que eu disse a frase que iniciou o parágrafo anterior. Nesta brincadeira, o single gratuito produzido pelo Baauer acabou tornado se um sucesso. Inclusive, uma rapper americana chamada Azealia Banks ardilosamente lançou uma versão própria soltando sua verborreia e acabou brigando com o autor.

Musicalmente falando, não passa de um som habitual, homogêneo para os frequentadores de baladas Trance e coisas do tipo. Quem está acostumado com coisas como Skrillex não vai ter dificuldades em digerir esta música. Resumido, o mérito musical é nulo, mas serviu como diversão pra muita gente, como é possível reparar. Enquanto meme, este é o sucessor de "Gangnam Style". Agora nos resta ver o que estará no caminho...


Meme:

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

AMR - Scream (Usher)

Análise: Segundo single do álbum Looking 4 Myself, do Usher. Lançado em Abril de 2012, alcançou #9US e #5UK.




O Usher ainda está na ativa??


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O distante, longínquo ano de 1997 foi um ano excelente para Usher. Num ano dominado por Michael Jackson (na estrada com sua HIStory Tour) e vários outros artistas estourando e tornando os anos 90, o caldeirão de estilos que acabou se transfigurando na malfadada e malsinada década de 2000. Ele acabou por conseguindo um grande destaque com seu segundo álbum, My Away (sem referências ao clássico interpretado por Frank Sinatra). Embora você provavelmente nunca tenha ouvido falar nele até cretina, grudenta e repetitiva "Yeah".

O fato é que, depois do álbum Confessions, com a já citada "Yeah" e "My Boo" (com a igualmente sumida Alicia Keys - que ao ver sua relevância sumir aos poucos, foi esperta em conseguir um cargo como diretora criativa da BlackBerry), já não se ouve falar tanto nele. A monótona "Love in This Club" deu uma levantada nele, fora a interessante "DJ Got Us Fallin' in Love", honrosa exceção. E tirando sua participação em "Somebody to Love" do moleque esquisito Justin Bieber, Usher tem sido tão irregular quanto Britney Spears foi (lembramos então que ela chegou ao ponto de beijar outras mulheres para chamar a atenção). Mas enfim... não que a situação tenha mudado muito agora. Apenas resolvi averiguar como anda o suposto substituto do trono de Rei do Pop (horror, o horror).


E o que tenho para constatar é que Usher vai continuar na média de um hit a cada dois álbuns. "Scream" é aquele projeto que foi feito para o sucesso, sendo trabalhado de forma a ter mais substância que coisas como "Yeah", mas talvez, justamente por isso, fique no meio do caminho. A impressão que tenho é que se ele tenta fazer algo mais sério, mais centrado, mais qualitativo, a coisa desanda para o inócuo. Assim, a única coisa que ele vai conseguir é arrematar a coroa de Bobo da Corte do Pop.

Este single não chega a mostrar todo o potencial de Usher. Não que ele seja algo imenso, mas dá para ter algo mais proveitoso que isso. Também é uma questão de sorte: ele tem que lançar um trabalho quando outra pessoa melhor que ele ou outro trabalho melhor não o fizer. É uma maneira meio constrangedora de conseguir atenção, mas...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

AMR - Locked Out of Heaven (Bruno Mars)

Análise: Primeiro single do álbum Unorthodox Jukebox, do Bruno Mars. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #1US e #2UK.




A chave no paraíso, não?


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Mars se introduziu no grande meio musical sendo uma espécie de porta-voz num estilo onde voz não é o forte. Sua participação, sendo a parte cantada (verdadeiramente cantada, vamos deixar claro) nas canções de Travie McCoy e B.o.B, foi o seu cartão de visitas para o mainstream. E isso, logicamente, lhe rendeu a possibilidade de trabalhar seu potencial em carreira solo.

Acho que canções como "Just The Way You Are", "Grenade" e "The Lazy Song" dispensam apresentações. Tirando a média, estes trabalhos de Bruno Mars transitam entre o dispensável, o mediano e o bom. O que dá a Mars ao menos o ônus da dúvida - caso que eu considero bem relevante, positivamente falando, nos tempos que enfrentamos. E, inevitavelmente, teríamos um novo álbum e um novo carro-chefe, após o sucesso que Mars obteve.



No novo single, temos algo diferente. Bom, mudanças! Porém já podemos sacar coisas não muito agradáveis. Uma certa falta de criatividade, uma vez que a canção lembra um pouco "Roxanne" do The Police (e eu senti uma pontinha de "The Glamorous Life" da Sheila E nesta receita). Críticos também citaram "Talking in Your Sleep", do The Romantics. E como eu costumo dizer, isso dilui o mérito que, ao meu ver, é dividido em pelo menos três.

Isso significa que Bruno Mars está tentando fazer um revival dos anos 80 ou tentando pegar carona nele? É até possível, porém ele (ou a porra de produtores que se revezaram para realizar este trabalho, dentre eles, Mark Ronson) conseguiu passar um camada de verniz atual, que não deixa a canção tão datada. "The Lazy Song" é bem pior do que isso, mas o fato é que não ouço nada bom dele desde "Grenade" ou "Nothin' On You".

Aliás, os anos 80 parecem estar tão enraizados no sujeito que ele está até parecido com um grande ídolo mundial...

Se não se convenceu, assista ao vídeo abaixo...