Análise: Terceiro single do álbum Wild Ones, do Flo Rida. Lançado em Abril de 2012, alcançou #1US e #2UK.
Se fosse apenas assovios, seria mais agradável...
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Para mim o Flo Rida é mais um caso de sucesso inusitado e injustificado. Rida faz parte de um grande saco, misturado meramente com toda aquele conteúdo homogêneo. Traduzindo: todos farinha do mesmo saco. Flo Rida é um dos designados do momento, da mesma forma que Eminem e Snopp Dogg foram em suas épocas — hoje eles são estão em, digamos, cargos eméritos do Rap no mundo da música.
De qualquer forma, ele acabou por se consolidar, juntamente com outros como Lil Wayne e T-Pain. Eles estão lá e não há muito o que fazer senão esperar que entrem em decadência ou ganhem seus cargos eméritos para bater cartão uma vez ou outra. Neste ínterim, vamos ouvindo o que eles produzem para tentar achar algo bom. Bom?
O single "Whistle" é um projeto bem mais Pop do que os raps que ele normalmente faz. Aqui ele saiu daquele clima meio underground que o Rap encobre as canções. E honestamente, apesar do rap, a canção não é ruim. Interessante ser lançada uma versão instrumental. DJ Frank E ajudou na produção, sendo ele também um dos responsáveis por "Right Round". Porém, como ele é rapper, tinha que ter alguma coisa: a letra da música tem várias referências ao sexo oral. Assoviou, blowjow, sacaram?
Não tenho grandes esperanças destes nichos. Na verdade, o ideal mesmo seria viver dos discos de vinil e fitas K7. Quem sabe um dia algo que valha realmente a pena salte por sobre o som dos toca discos e nos faça se mexer como acostumava ocorrer?
Análise: Single da cantora Rebecca Black, lançado em Maio de 2012.
Certeza???
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Sim. Rebecca Black continua gravando. Ela continua, de alguma maneira, ativa no meio musical (tá, não vamos exagerar, vai). Bem, ela ainda está com um álbum anunciado, mas até agora nada. Ela tem usado a tática que alguns artistas andam usando: gente como Timbaland, Akon e Nicole Scherzinger têm adiado seus álbuns enquanto não conseguirem lançar um single decente que puxe as vendas. Em resumo, eles estão fracassando, fazendo feio na produção de single convincentes, e seus álbuns estão estacionados. Para a Rebecca, isso até é compreensível, mas e para todos estes?
Bem, a garota que já foi a mais odiada do Youtube e que virou um grande meme na internet por conta de sua "Friday" continua firme na sua tentativa de manter uma carreira. Depois do grande reforço moral que recebeu de Katy Perry sendo convidada no vídeo-clipe de "Last Friday Night", era de se esperar que Black continuasse percorrendo sua bizarra trilha em busca de algo mais.
"Sing It", mais uma investida da garota norte americana de 15 anos, aparentemente, é o que de melhor ela produziu até agora. Sério. Primeiramente ela deixou para atrás o uso do anódino, risível e estúpido Auto-tune. Isso é uma decisão inteligentíssima (que gente como T-Pain e Lil Wayne obviamente não tomaram, uma vez que inteligência não é um forte para eles, considerando sua música). Mas você deve se perguntar em qual nível constrangedor pode ficar a voz de Rebecca sem uma afinação, mesmo que artificial. E parece que a menina resolveu levar a coisa a sério e fazer a lição de casa. Rebecca, mesmo sem este recurso extra, mostrou uma afinação e harmonia sem precedentes. Ou seja: agora sim, de fato, ela está cantando!
O single não é lá grande coisa no geral. Mas é um grande avanço se comparado com o que ela tem no currículo. Se outros artistas tivessem tomado a atitude de aprender a cantar em suas carreiras como Black fez aqui, o mundo musical seria um lugar bem melhor. O ritmo de melhora está lento, mas está acontecendo. Podemos de repente esperar algo realmente bom da carreira dela. Posso estar sendo sonhador e fantasioso, mas se gente como Bieber e Timberlake conseguem manter uma carreira de pé mesmo com aquelas momices bestas que eles chamam de canto, não há motivos para não acreditar nela...
"Paul McCartney: 'Oasis errou ao se comparar com os Beatles'"
Acho que os Gallaghers não poderia ter tomado maior soco na nuca do que este... "Steven Tyler completa 65 anos"
Comentário: Com 42 anos dedicados ao Rock n' Roll, é impossível dizer que Steven Tyler está na 3ª idade Olhando para a cara dele, posso dizer que ele está na 5ª idade... "Após internação, Lil Wayne declara que sofre de epilepsia"
Se ele parar de ouvir a própria voz, isso para. Certeza.
Análise: Primeiro single do álbum Give the Drummer Some, do baterista Travis Baker, do Blink-182. Lançado em Fevereiro.
Hum, talvez...
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O Blink-182 era (ou é, já que estão voltando) uma banda legal. Tinham canções interessantes e atitudes inusitadas e divertidas. Porém, por um lado, quem pode ser considerado um cara legal de verdade é seu baterista, Travis Baker. Certa vez, no começo da carreira, o Blink-182 ia fazer um show, quando foi abandonados pelo baterista e Travis assumiu as baquetas e teve de aprender o set todo do espetáculo em aproximadamente 25 minutos antes de pisar no palco. É... além de um cara legal, ele entende bem da coisa.
Logo após o fim do Blink-182 em 2005, Travis se envolveu em vários projetos, como por exemplo a banda +44 (que também tinha como membro Mark Hoppus, seu antigo companheiro de Blink), que tinha o um single legal ("When Your Heart Stops Beating". Fora seu envolvimento com vários artistas do Hip Hop, que influenciou bastante no seu projeto solo. O álbum recebeu o nome de Give the Drummer Some e contou com a participação de artistas como Ludacris, Lil Wayne, Pharrell, Snoop Dogg, Lupe Fiasco e Swizz Beatz. Ou seja: analisando este cast, imagina-se que o resultado final do projeto é uma bela merda...
E ouvindo "Can a Drummer Get Some", apenas ouvimos um tipo peculir: um Rock meio desolado, alternativo, em meio aos "relatos" tradicionais dos rappers. Lil Wayne, Rick Ross, Swizz Beatz e Game estiveram nesta "pérola", o que dá a impressão de haver muito mais gente do que deveria. Talvez apenas um deles fosse o bastante para dar o recado da maneira correta e encerrar a conta. Mas como Barker é muito amigo desse pessoal, ele resolveu encher o estúdio. Claustrofobia pura...
Nada de novo saiu daqui e nem era de se esperar. Travis Barker é apenas um bom baterias com grande inclinação para o Rap e Hip Hop e que quis lançar um projeto no ramo. Não é algo vistoso e ele sabe disso - e obviamente não era intenção nem pretensão dele ser algo grande. Quem gosta muuuuuito deste estilo ou é chegado em um dos artistas envolvidos pode ouvir sem riscos. Agora, o resto do mundo pode esperar a volta do Blink-182...
"Conrad Murray alega que Michael Jackson se matou"
Ha! Obviedade! Muito surpreendente essa! Como se ele fosse confessar o assassinato não é?
"Lil Wayne vira anjo da guarda em presidio"
Anjo da Guarda é um cargo onde a pessoa tem que cuidar dos outros presos, para que não cometam suicídio. Considerando que é o Lil Wayne o cara, só digo uma coisa: Se ele abrir a boca pra cantar, vai acontecer um belo genocídio...
"Álbum recém-lançado de Justin Bieber alcançou 20 mil cópias no Brasil"
Vejam só, ele já igualou a marca do disco Clube da Criança da Xuxa (20 mil cópias, 1984)!
Se continuar assim, ele bate fácil, fácil a série de discos Xuxa Só Para Baixinhos!
"Incêndio faz tribunal de Nova York que julgava Lil' Wayne ser evacuado"
Hum, acho que alguém tá querendo dar algum recado. Tá ligado, mano? Deve ser por isso que esses cara se intitulam "gangsters", nem Michael Corleone seria tão ousado!
"Banda oitentista norueguesa Backstreet Girls entra em hiatus"
Considerando o fato de o mundo nem saber que eles existiam, um hiatus pode ser mesmo surpreendente! E tem mais: muito provável que os Backstreet Girls sejam muito, muito mais machos que os Backstreet Boys...
"Próximo álbum de Jennifer Lopez possivelmente se chamará 'Love?'"
Outros prováveis nomes para o projeto seriam: "Cantando?", "Não era atriz?" e "Tu tá de sacanagem, né?".
Análise: Segundo single do álbum She Wolf de Shakira. Com participação de Lil' Wayne, foi lançado em em Novembro de 2009, atingiu #29US.
Hum, do que será que ela tá falando hein?
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Shakira. Ahh Shakira! Quem não se lembra dela no clipe de "Whenever, Wherever", com seu inglês na época ininteligível, num chromakey tosco, se lambuzando em lama? Por coisas assim Britney Spears acabou sendo alçada como Princesa do Pop (o reino de Michael Jackson virou uma zona mesmo). Enfim, o fato é que Shakira sempre foi uma incógnita no mundo pop. Uma colombiana que faz pop, mergulhada no mercado norte-americano e que sabe português (na boa, para os norte-americanos e afins, saber português deve ser o mesmo que saber algum tipo de língua alienígena).
Então, Shakira, contrariando a lógica, o senso comum, acabou se tornando um sucesso - se estão achando isso preconceituoso, lembrem-se que Prabhu Deva e seu hit "Kalluri Vaanil" (aquele mega sucesso do Youtube conhecido aqui como "Rivaldo sai desse lago") e Daler Mehndi com "Tunak Tunak Tun" (também conhecido no Youtube como "Tônico com Guaraná") não são exatamente de países promissões nesse sentido e não tiveram exatamente o mesmo sucesso no mundo - excetuando, claro, o status de "hit cult", cujo o Youtube sempre emprega. Trabalhando com artistas conhecidos como Wyclef Jean, Beyoncé e, claro, Lil' Wayne.
"Give It Up to Me" tem um apelo pop diferenciado de coisas como "Hips Don't Lie", sonoramente falando. É uma espécie de rendeção ao mercado hip-hop. Mas nem por isso se diz que é ruim. A canção é no mínimo atrativa. A voz da Shakira é de uma distinção muito esquisita, mas aqui soa até normal - o que pode ser considerado vantajoso para o projeto. Na minha opinião, bem mais legal que "Whenever, Wherever", "Beautiful Liar" e "Hips Don't Lie". A produção ficou a cargo de Timbaland "olha-como-eu-sou-fodão", que acertou a pontaria aqui.
Agora, o grande problema: Lil' Wayne. Este cara é o tipo de acontecimento a ser arquivado ao lado de mistérios da humanidade como "Quem matou Kennedy?", "Existe Vida após a Morte?", "Quem veio primeiro, o Ovo ou a Galinha?", entre vários outros. Um grupo que toca Batidão de Favela (estilo que é chamado erroneamente de Funk, difamando totalmente esse estilo que nada tem com aquele lixo puro) ou o barulho de mil liquidificadores ligados devem ser mais agradáveis que a voz desse cara... Ele deve ter sido achado em alguma escavação arqueológica no Egito e ter fugido de alguma tumba. Enfim, cada público tem o Eminem que merece.
Não se tem muito o que dizer do vídeo. Como disse a Letícia, aparentemente foi feito em 15 minutos, pela tosquice pura. O que salva é o apelo principal de Shakira - sua beleza e sensualidade (à la Beyoncé). O que pode servir como uma luva para os homens, mas se você for mulher e hetero, vai simplesmente querer mudar de canal ou procurar coisa melhor pra fazer.
Observação: Shakira não desapareceu totalmente ao lado de Beyoncé em vídeo-clipe como aconteceu com Lady Gaga. Uau!
Vídeo (versão alternativa qualquer só pra ter o vídeo no artigo):
Análise: Primeiro single do álbum R.O.O.T.S. de Flo Rida, lançado em Fevereiro de 2009. Alcançou as posições #1US e #1UK.
"T-Pain é o caralho, meu nome é Flo Rida, porra!"
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Flo Rida é mais um artista desta imensa leva de artistas do Hip-hop que saem não sei da onde e povoam o já saturado e combalido mercado de artistas do ramo. São inúmeros nomes: Flo Rida, Lil' Wayne, T.I., T-Pain. Enfim, dá pra montar uma espécie de Wu-Tang Clan versão mutante com estes nomes... No caso, você fica meio que perdido em identificar quem é quem se não é totalmente fissurado na coisa, pois ocorre uma certa falta de identidade nos trabalhos - até parece rock and roll dos anos 50, onde as canções eram feitas todas sob uma base de acordes pré-definida. Aqui é apenas falta de distinção, pura e simples.
Mas aqui seria injustiça dizer isso, pois o single "Right Round" de Flo Rida tem sim distinção. Agora o problema é: ele tem mérito total nisso? Vejamos. Esta canção tem samples da canção "You Spin Me Around (Like a Record)" do grupo dos anos 80, Dead Or Alive. Dela foi tirado o refrão (uma das partes mais interessantes de "Right Round", diga-se de passagem). Mas confesso que não dá pra tirar o mérito de Flo Rida. Honestamente, a canção do Dead Or Alive era de um tédio incrível. Graças a eles que tanta gente diz que os anos 80 foram tão ruins - o que acho uma injustiça, pois todas as décadas têm seu lado ruim (se for julgar desta maneira, o que dizer desta década que passou? Onde Eminem foi o segundo maior artista em vendagem apenas atrás do Rei do Pop, Michael Jackson?).
O rap de Rida não é pedante como costuma ser o rap como um todo e a produção está acertada. Inclusive há uma participação da nova-artista-que-alcançou-o-topo-da-Billboard Ke$ha cantando parte do refrão - o que acredito que tenha sido o maior e mais significante trabalho dela até agora. Todos os minutos de "Tik Tok" somem diante dos poucos segundos da participação dela aqui.
Quer dizer: um rapper pegou uma canção dos anos 80 e conseguiu fazer algo superior ao trabalho utilizado. Isso dá medo, muito medo.
Análise: Primeiro single do álbum Grafitti, de Chris Brown. Lançado no mês de Setembro, alcançando #20US e #26UK.
Que tal tentar transformar Chris Brown num artista de verdade ou sua música em coisa boa?
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Acho que umas 6 pessoas já devem saber que Chris Brown lançou um álbum novo (eu sinceramente só fui saber agora). Então resolvi ouvir algo do novo material ao saber que ele está sofrendo um grande boicote das lojas lá nos EUA, devido ao fato de Brown ter resolvido espancar sua então namorada Rihanna (Brown se estressou com o boicote e até excluiu sua conta no Twitter, do tipo: grande merda!).
Inclusive o trabalho não tem sido bem recebido e tem tido números muito baixos. O que nos faz pensar o quão poderoso é um boicote ou quão poderoso é o Wal Mart.
Enfim, ouvindo a canção “I Can Transform Ya“, pode-se chegar na seguinte conclusão: quão poderosa pode ser uma música ruim. Boicote que nada. O novo trabalho de Brown é uma porcaria. É simplesmente a pior coisa que ele já fez (como se isso ainda fosse possível). Incrivelmente
constrangedor. Ouvindo esta canção, dá saudades da “Morning After Dark” do Timbaland – com suas paquitas SoShy e Nelly Furtado. Sério!
Err... uma foto do Lil Wayne...
Como disse a Ms Sunshine, o suicídio de carreira (ou suicídio comercial) tá ficando na moda. Pois isso nos faz pensar em que tipo de mistura etílica os executivos de gravadoras usam pra aprovar uma merda dessas. Eles simplesmente devem pensar que os fãs do Chris Brown ouvem qualquer coisa - o que não tá longe de ser verdade. Impressionante como nada funciona aqui.
O clipe é insosso, mal-feito e ridiculamente inspirado no filme “Transformers”. Já que é pra abusar de efeitos especias, deviam fazer isso pra alterar a cara de idiota do Brown. Pois só assim para se tentar levar seu trabalho a sério…
E mais duas coisas:
1 – Nunca, jamais, em tempo algum, chame Lil Wayne se você quiser que algo seja, no mínimo, comercial. É burrice pura e simples.
2 – Brown, não culpe boicotes e coisas do tipo pelo seu fracasso. Culpe sua falta de talento e de consistência. Siga um conselho e vá ser dançarino na Broadway, ao menos talento pra isso você tem.