domingo, 31 de março de 2013

AMR - Live My Life (Far East Movement)

Análise: Primeiro single do álbum Dirty Bass, do Far East Movement. Lançado em Fevereiro de 2012, alcançou #21US e #7UK.




Prefiro o Psy...


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Confesse: você não conhece quase nada musical que venha da Ásia que não seja o Psy. Bem, os caras do Far East Movement têm o hit "Like a G6" (que muita gente entendia como "gee sex"), mas a falta de personalidade impede que o hit seja associado ao grupo - vale lembrar também que eles dividem o single com duo de Hip Hop The Cataracs e a cantora Dev, o que chega a nos dar a impressão de que eles sequer participaram da empreitada...

Tá bem, você conhece o Jackie Chan, que também é cantor. E é mais provável você saber deste fato do que saber quem exatamente são estes caras. Depois de "Like a G6", eles tiveram o single "Rocketeer", junto com o Ryan "Latino" Tedder (Latino porque, assim como o citado, ele não dispõe de muita criatividade na hora de criar projetos musicais...), que teve um top 10 nas paradas e só. O single discutido aqui é o que eles têm de mais bem sucedido desde aquela época (2010).


O projeto não é lá tão ruim. Diria no máximo que é mediano. Em certos momentos lembra bastante "On The Floor", da Jennifer Lopez - o que não é bem um indicativo de originalidade. A participação do Justin Bieber, que deveria servir como um chamariz de suas injustificadas fãs (ou considerando a qualidade da música dele, justificada sim...) acaba nem se fazendo sentir. Se não te falassem, você sequer saberia que ele está ali no meio. Falta aquela relevância que ergueu o principal single da carreira dos rapazes.

Nem no vídeo o garoto aparece - quem aparece é o Redfoo, uma das partes do duo LMFAO! Talvez se fosse ele a prover seus vocais na canção, a coisa ficasse mais interessante. No balanço final, fica para o pessoal que gosta de ouvir isso pra dançar e que, na verdade, não seria bem ouvir, mas sim se balançar ao som de qualquer coisa que esteja tocando. Especialmente se estiver sob influência de aditivos ilícitos...

sábado, 30 de março de 2013

Quick - O Interruptor Ideal


Fica a dica!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Aconteceu - Boletim Musical (29/03/2012)

"Paul McCartney: 'Oasis errou ao se comparar com os Beatles'"



Acho que os Gallaghers não poderia ter tomado maior soco na nuca do que este...

"Steven Tyler completa 65 anos"



Comentário: Com 42 anos dedicados ao Rock n' Roll, é impossível dizer que Steven Tyler está na 3ª idade

Olhando para a cara dele, posso dizer que ele está na 5ª idade...

"Após internação, Lil Wayne declara que sofre de epilepsia"



Se ele parar de ouvir a própria voz, isso para. Certeza.

quinta-feira, 28 de março de 2013

AMR - Troublemaker (Taio Cruz)

Análise: Segundo single do álbum TY.O, do Taio Cruz. Lançado em Dezembro de 2011, alcançou #3UK.




Hamburguermaker

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Você realmente se lembra de Taio Cruz? Bem, talvez se você ouvir o hit "Break Your Heart", tenha uma vaga lembrança de quem é o sujeito. Não? Ok... Pra resumir, Taio é um cantor inglês, descendente de brasileiros, canta uma variação de R&B meio sem sal e não consegue fazer frente aos caras que cantam o mesmo tipo de música que ele. Possivelmente isso é o bastante para saberem quem é ele.

Talvez Jason Derülo seja mais conhecido. Talvez por ser melhor, talvez por sorte. Cruz é bem mais famoso em sua terra, a Inglaterra. Porém, como Derülo vendo dos Estados Unidos, o maior mercado fonográfico do mundo e aprendeu a mágica que faz samples de artistas famosos em um single, ele é um destaque maior. Jason, ao menos, conseguiu extrair algo interessante disto...



Tá bem, tá bem. Talvez "She's Like a Star" já esteja nos ouvidos dos brasileiros. Mas ainda sim acredito que ninguém ouve esta música e diz "olha só, música do Taio Cruz!". Mas ele possivelmente tem chances de adquirir uma identidade musical reconhecível. E é interessante notar como, fisicamente, isso já está acontecendo. Diferente de seus "rivais", Cruz não ostenta um corpo musculoso (como Chris "bati na minha namorada" Brown), sendo um cara mais "normal". Legal ver que ele não é tão levado para este artificialismo saturado.

Enfim, vamos para a música. O single em questão é, logo de cara, um grande aviso de "música feita para a balada". O Auto-tune aqui é tão servido quanto o ecstase na balada. Talvez o segunda não seja tão prejudicial, no geral. O fato é que, aparentemente, Taio está conseguindo alcançar um certo nível de diferencial, como seu colega Jason Derülo. Ambas as canções ("She's Like a Star" e "Troublemaker") dizem a que veio, sendo competentes nisto. Embora não lá muito interessantes, Cruz pelo menos consegue o benefício da dúvida.

Esperar para ver o que mais ele pode proporcionar e - pelos céus - desligar a porcaria do Auto-tune. O mundo agradece...

quarta-feira, 27 de março de 2013

Quick - Capas Exóticas 24

Como esta é a edição de número 24, resolve procurar uma capa bem gay, ou pelo menos de temática gay. Ou seja: ou um cara propositalmente vestido bem gay ou com o tema musical gay. Não precisei procurar muito, pois achei uma capa bem dentro do ideal que acabou fora de um dos critérios que procurei. Ou seja, foi gay involuntariamente (foi voluntariamente mesmo, vai saber). Direto dos armários da Espanha: Tino.

Nome do álbum: Por Primera Vez
Ano de Lançamento: 1983 (presumidamente)
Estilo: Provavelmente Pop


O rapazote fez parte de um grupo espanhol na linha do Menudo, o Parchís, o que explica muita coisa. O mal gosto deste tipo de música acompanha bem o mal gosto da capa. Prestem atenção em cada detalhe: as colunas que "seguram" a placa com o nome Tino; o a cara do gajo; o cabelo bem anos 80; a roupinha que... sem comentários.

É cada uma...

terça-feira, 26 de março de 2013

AMR - Good Time (Owl City)

Análise: Segunda single do álbum The Midsummer Station, do Owl City. Lançado em Junho de 2012, alcançou #8US e #5UK.




É, parece que sim...

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Aquela rapaz esquisito, magrelo, de feições afinadas e com jeitão nerd está de volta. Não, não estamos falando do Sheldon Cooper do The Big Bang Theory, mas sim do Adam Young, o cara por trás do projeto Owl City. Ele apareceu quando seu single, "Fireflies", chegou ao topo das paradas em 2009. É, faz tempo. E assim como fogos de artifício, ele subiu, explodiu e sumiu...

Bem, Adam tem uma história interessante e peculiar. Começou a compor enquanto trabalhava, carregando mercadorias em um caminhão da Coca-Cola. Depois ele colocava tudo no MySpace (que foi uma nascente produtiva de artistas antes de virar um cemitério desolado igual o Orkut), onde seus projetos tiveram boa projeção e aceitação. Dali para músicas vendidas no iTunes, um EP e um álbum, foi um pulo.


A canção é mediana, não tem lá tanto apelo (exatamente como o single "Fireflies") e a participação de Carly Rae Jepsen não é relevante (num típico caso onde mal pode-se identificá-la por sua voz não estar tão destacada). É provável que ela tenha sido chamada apenas para utilizar sua recém conquistada popularidade para alavancar a coisa - tipo uma embalagem de luxo.

No final das contas, apesar de relativo sucesso, não consigo ver a que a carreira de Adam se deve. Para o seu restrito público, isso deve fazer sentido, mas para o resto, é apenas isso mesmo: resto. Seu single de maior sucesso foi um aparecido curioso, como é de praxe acontecer. Não tenho certeza, mas talvez seja mais provável os materiais seguintes da Carly serem mais interessantes. É esperar pra ver.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Quick - Unchain My Heart (Dr House?)


Hugh Laurie, além de um excelente comediante e ator (vide seus hilários números musicais, suas apresentações com seu companheiro de comédia Stephen Fry e sua brilhante atuação como o Doutor Gregory House), também é um habilidoso músico. No vídeo, após uma engraçada introdução da situação, ele é uma banda de experientes músicos interpretam a canção "Unchain My Heart" (1962, #9US), do grande Ray Charles no lendário Ocean Way Studios.

Brilhante!

domingo, 24 de março de 2013

Aconteceu - Boletim Musical (24/03/2013)

"Adele cobra US$ 200 mil por minuto para cantar em casamento"


Bem... pra sair mais barato, uns 10 segundos de felicitações já deve valer.

"Fã do Guns N 'Roses processa Axl Rose por jogar microfone no público"



Fã teve boca machucada e quebrou dois dentes...

Excelente ideia para um astro de Rock decadente: fazer babaquices com as pessoas que ainda se importam. Gênio!

"Bieber é novamente ameaçado de morte por preso do Novo México"



O que me faz pensar que nas cadeias, andam utilizando as músicas do Bieber como forma de tortura. Cruel...

sábado, 23 de março de 2013

AMR - 80's Jukebox 15

Artista: Niteflyte
Origem: Estados Unidos da América
Hits: "If You Want It", "You're Breaking My Heart"
Hit da Jukebox: "You're Breaking My Heart" (1981)




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Bandas formadas no meio do turbilhão da Disco Music que dominou os anos 70 de seus meados até o início do anos 80, além de manter grandes hits dançantes, também tinham momentos mais calmos e amorosos. As baladas românticas eram intercaladas com as outras canções características da época. Para citar um exemplos, temos "Please Don't Go", da banda KC and The Sunshine Band (muito conhecida pela animada e exultante "That's The Way I Like It").

Um caso interessante é "MacArthur Park" da falecida Donna Summer. Uma canção que começa como uma balada romântica, mas que acabava enganando os casais apaixonados e concentrados numa dança lenta quando virava em uma agitação inesperada. Enfim, as baladas românticas, de várias formas, sempre foram enraizadas nos estilo que fosse. E um caso específico é a da desconhecida banda Niteflyte.


O Niteflyte foi uma banda da leva Disco que lançou um álbum em 1979 e deste, obteve um único hit, "If You Want It", que alcançou #37US - fazendo deles, na medida do possível, um grupo One Hit Wonder. Porém, não é para este single que quero lhes atribuir uma merecida atenção. Em geral, muitas bandas relativamente desconhecidas conseguem produzir verdadeiras pérolas - e digo isso incisivamente a respeito de baladas românticas. Com eles, não foi diferente...

O pessoal da Disco, apesar de fazer o que seria a música descartável de sua época (a música descartável mais proveitosa que já ouvi, principalmente se levarmos em conta o que tem por aí hoje em dia), sabiam bem o que faziam com os instrumentos empunhados. "You're Breaking My Heart" é uma linda canção baseada no piano, com uma letra entristecida sobre um coração quebrado e canto triste e solitário. Não chega ao nível de profusão melancólica de "More Than Just the Two of Us" do Sneaker, mas também é muito bonita.

O Niteflyte acabou por desaparecer, assim como Sneaker. Mas ambos deixaram uma marca, que embora não tenha se situado no mainstream, com certeza ficou nas mentes dos poucos privilegiados que as descobriam plenamente...

sexta-feira, 22 de março de 2013

Quick - Questão de Valores


"Tocar seu pedido: U$1,00

Para de tocar: U$2,00"

Estratégia é isso aí!

quinta-feira, 21 de março de 2013

AMR - The Celestials (Smashing Pumpkins)

Análise: Primeiro single do álbum Oceania, do Smashing Pumpkins. Lançado em Junho de 2012.




Ou "Smashed Career"...

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Os anos 90 e as pérolas que carregou durante a extensão de uma década. Tivemos muitas coias surgidas desta década, mas poucas sobreviveram. E quando digo que poucas sobreviveram, não é a penas o caso de bandas acabaram, mas sim da recusa de se entregar ao fim, numa contumácia ora constrangedora, ora irritante. Não podemos culpar ninguém em tentar ganhar a vida e reviver os louros de uma época não muito distante, mas talvez exigir dos tais que não sejam apenas uma marionete do seu passado.

Dito isso, descubro que a volta do Smashking Pumpkins (a banda havia se separado em 2000, e o líder Billy Corgan com o baterista Jimmy Chamberlin em 2001, para depois se revelar um fracasso e se dissolver dois anos depois) em 2005 não foi apenas para fazer turnês e shows apenas para não morrer de fome. Pelo contrário, a banda tem se mostrado relativamente produtiva (em quantitativo, não necessariamente qualitativo), com três álbuns lançados desde então - um deles está sendo lançado em volumes através dos anos, pretensão que não é vista desde os tempos do Rock Progressivo e nunca soou tão inadequada.


Bem, no geral, não é uma canção ruim. Temos os esganiço um tanto estridente que é capaz de reproduzir a voz do Billy Corgan, mas ainda sim é uma canção bem proveitosa. Não deixei de pensar que, com a devida adaptação, este poderia fazer parte da sumida banda 50 Seconds to Mars (do ator Jared Leto). Ou, ao menos, manter a base da canção e apenas substituir Corgan por Leto. Aliás, substituir Corgan por qualquer outro cantor...

Bem, no geral, talvez não signifique qualquer salvação ou melhoria na música em geral. As antigas bandas por aí não têm representado isso. Uma música regular uma vez ou outra, para lembrar que eles existem. Mas é preciso mais que isso para justificar as insistentes atividades...


quarta-feira, 20 de março de 2013

Aconteceu - Boletim Musical (20/03/2013)

"Rádio americana vai premiar ouvinte que acertar data da morte de Justin Bieber"



Hahahahahaha!!

"Axl Rose afirma que Slash o obrigava a fazer mais shows do que queria"



Oh! Tadinho dele! Até porque, ele não tinha vontade própria e não podia se defender...

"Futuro do Charlie Brown começa a ser definido na próxima semana"



Acho que já foi definido, não?

terça-feira, 19 de março de 2013

Quick - Capas Exóticas 23

Quando se fala da música portuguesa (sem referências ao fado, sim?), muita gente pode ser sua mente dominada por bandas como Moonspell ou Xutos & Pontapés. Ou não, simplesmente ninguém conhece nada que tenha vindo de Portugal no mercado fonográfico. Mas calma, não que os artistas de lá não tenham qualidade, simplesmente nós não somos inteirados do assunto. O máximo que conhecemos é a Nelly Furtado, que é descendente. Ah, o Steve Perry do Journey também tem seu pé na terrinha portuguesa. Enfim, se estes são os poucos referenciais do assunto que temos, imagina se existe a possibilidade de conhecermos Quim Barreiros...

Nome do single: "Recebi Um Convite"
Ano de Lançamento: 1975
Estilo: Música Pimba


Ao que entendi, Barreiros faz aquele tipo de música que utiliza muito duplo sentido, que é (ou já foi) tão popular aqui no Brasil. Tirando o sotaque e o clima fado, isso aqui combina muito com o Gauchesco que foi arrancado do trono no sul do país pelo Sertanejo Universitário. Eu sinceramente não sei o que é pior. Talvez o que vemos reproduzido na capa represente a qualidade da coisa toda. Já nem sei mais o que dizer...

segunda-feira, 18 de março de 2013

Prós/Contras Divas 6 (parte 4): Madonna

Leia também: AMR - Celebration (Madonna)
Prós/Contras Divas 6 (parte 1): Madonna 
Prós/Contras Divas 6 (parte 2): Madonna
Prós/Contras Divas 6 (parte 3): Madonna
AMR - Coincidências 5
AMR - Give Me All Your Luvin' (Madonna)



Níveis

1 - Obra-Prima
2 - Muito Bom
3 - Bom
4 - Aceitável
5 - Ruim
6 - Créeuu

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Prós/Contras Edição Extra!

E chegamos ao fim da busca desenfreada pelos arquivos musicais da Madonna. E para encerrar, deixei nesta parte as canções que Madonna utilizou em trilhas de filmes, coletâneas, álbuns remix, etc...


Crazy for you... crazy...

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Crazy for You (Nível 4: Aceitável)



Este é um single que, definitivamente, tem a cara dos anos 80. Pena que este atributo lhe é associado pelo fato de ser uma canção datada, com um gosto meio sintético. E olha que esta foi uma versão escolhida em detrimento de outra - ou seja, a outra versão seria tecnicamente inferior e quase fez com que este single não fosse utilizado na trilha do filme Vision Quest (conhecido no Brasil como Em Busca da Vitória).

A Warner nem queria o lançamento do single, temendo que o mesmo pudesse desviar o foco do público do trabalho atual, Like a Virgin. No final das contas, a gravadora permitiu e "Crazy for You" conseguiu espantosos #1US e #2UK. E no final das contas, ambos os projetos se saíram bem, mostrando que a gravadora não entendia lá muito bem do que estava lidando. Talvez, nem a própria Madonna.

Ótimos #1US e #2UK.

Link da canção: http://www.youtube.com/watch?v=DHutZXREZ0E

Who's That Girl (Nível 4: Aceitável)


Feita para o filme Who's That Girl (Quem é Essa Garota? no Brasil), de 1985, a canção começa com um clima sintético e datada, típico dos anos 80 - marcando, definitivamente, uma fase da carreira da Madonna onde as produções eram realmente temporais: as características intrínsecas da década impregnavam bem os projetos. Em resumo podemos dizer que este é mais um caso onde temos uma canção bem anos 80. E digo isso de uma maneira um tanto pejorativa  O trabalho na produção feito pela própria Madonna, e mais uma vez, Patrick Leonard, deixou a desejar.

Complicado pensar que, em um ano bem interessante para a música como foi 1987, um projeto tão simplista tenha conquistado tanto destaque. Pode parecer muita implicância desta parte, mas realmente não dá para ver grandes atributos neste single. Tirando os apaixonados inveterados pela década, se você procura algo mais bem trabalhado e com melhores quesitos, não vai encontrar isso aqui. Se você gosta de filmes mais descompromissados e dos anos 80, tentem ver o filme do qual esta trilha pertence.

As colocações nas paradas? Acreditem: #1US e #1UK...


Causing a Commotion (Nível 4: Aceitável)


Temos aqui em "Causing a Commotion", canção que também pertence ao filme Who's That Girl, uma espécie de continuação, uma irmã do single "Who's That Girl", no sentido de continuar a usar aquele clima e características oitentistas. Desta vez, tendo na produção Stephen Bray no lugar de Patrick Leonard. O que, na minha opinião, não parece ter mudado lá muita coisa no resultado. Parece até que os dois estavam se revezando na mesa de som e quem esteve lá por último acabou tendo o nome atribuído ao projeto.

A canção foi inspirada na relação combalida e polêmica da Madonna com seu ex-marido, o ator Sean Penn. Sim, eles foram casados (e pelo que foi noticiado, Penn é do tipo Netinho de Paula, se é que me entendem). Este casamento é mais ou menos como casar o Edward Norton com a Cindy Lauper. Enfim... 

Tratando-se da música em si, a Madonna já produziu coisa de menos mérito e qualidade. O que temos aqui é um exemplo sem grandes inovações da música oitentista. Ao menos os músicos tentaram desempenhar bem seu trabalho e houve um resultado satisfatório. Claro que isso não é o bastante...

#2US e #4UK nas paradas.

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=3WQCLAwM5jA


Spotlight (Nível 4: Aceitável)


Single escrito pela Madonna com Curtis Hudson e Stephen Bray e produzido pelo Bray, "Spotlight" foi gravada originalmente nas sessões de gravação do álbum True Blue. Madonna acabou decidindo deixar este projeto de lado na época por achar semelhanças demais com o single "Holiday". Porém, apesar da distancia de dois anos entre os lançamentos, isso não impediu que a estrutura original da canção fosse alterada antes de ser lançada. Assim, a canção foi remixada pelo Shep Pettibone, sendo auxiliado pelo produtor original da canção, John Benitez. O single faz parte do álbum de remixes You Can Dance.

A inspiração para este projeto veio do passado. Mais especificamente de 1970: a canção "Everybody Is a Star", da banda Sly and the Family Stone, banda de Soul psicodélica que flertava com o Funk. Embora eu não consiga compreender, traçar qualquer paralelo entre os dois projetos.

"Spotlight" é uma canção bem dançante. Porém soa extremamente datada, nos remetendo ao que se te de mais sintético nos anos 80. Mas serve bem para cumprir seu papel, que é fazer dançar...

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=pPyqg5RO1Uw

Vogue (Nível 3: Bom)



"Vogue". Foi assim que Madonna iniciou os anos 90. Após o lançamento de "Keep It Together", Madonna foi trabalhar com um produtor chamado Shep Pettibone (que já trabalhou com artistas como Pet Shop Boys e Janet Jackson) para trabalharem num novo projeto. E assim nasceu "Vogue", uma canção baseada num estilo de dança moderna do mesmo nome - estilo este que foi ajudado (e muito) pela Madonna em sua popularização.

A entrada da Madonna nos anos 90 com este single pode ser considerada muito bem sucedida. Esta canção tem realmente a cara do que foi muita coisa nesta década. Um tipo de Dance sem sintetizadores enjoativos e com vocais sem maneirismos tolos. Iniciando a jornada de exploração da sensualidade da Madonna na nova década.

Porém, é preciso que se diga que "Vogue" pode ter seus interesses, - e um deles é justamente deixar muitas das superficialidades dos trabalhos da Madonna para trás - mas também ainda não é um dos seus melhores trabalhos. No final das contas, este single é do tipo que poderia ir para uma coletânea qualquer de Dance junto com canções como "What Is Love" do Hadaway ou "The Rhythm of the Night" do grupo de Eurodance, Corona (da brasileira Olga Souza). Em resumo: não que tudo isso seja material de quinta, longe disso. Mas que é de uma certa maneira descartável...

#1US e #1UK bem sucedidos.

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=GuJQSAiODqI


Hanky Panky (Nível 2: Muito Bom)


"Hanky Panky" (assim como o álbum todo) foi produzido para a trilha sonora do filme Dick Tracy. Interessante, um álbum de trilha sonora ser produzido e interpretado pela Madonna.  Escrita e produzida por Madonna e Patrick Leonard, o single ficou conhecido por sua letra, que continham linhas que diziam coisas como "nada como uma boa surra". Que sutil!

Além de ter feito a trilha sonora do filme, este é mais um caso em que Madonna também atua no próprio filme. Aliás, ela teve um caso com o famoso ator Warren Beatty, que interpretou Dick Tracy. A relação durou só até o final daquele ano. Talvez ele não tenha batido com força o bastante, vai saber...

Nesta canção, temos uma das melhores atuações vocais dela. Quase não há nenhuma detecção de fragilidade que é frequentemente localizada em várias e várias músicas. Fora que o clima um tanto quanto cabaré é muito divertido e foi bem acertado por Madonna e Leonard. Madonna só performou a canção Blond Ambition World Tour em 1990 e na Re-Invention World Tour em 2004. O vídeo-clipe da canção foi tirado da representação ao vivo na primeira turnê citada.

Nos charts, #10US e #2UK.

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=rP_uWMX09zM

Justify My Love (Nível 5: Ruim)



Single integrante do álbum The Immaculate Collection, sua letra de "Justify My Love" foi escrita por gente diferente do habitual. Na composição, além da própria Madonna, participaram Ingrid Chavez, cantora e compositora de descendência mexicana, e o famoso guitarrista do Rock Lenny Kravitz. Fora que Kravitz divide a produção do single com André Betts. Um problema surgido na época é que Chavez não chegou a ser creditada como co-autora e teve que entrar na justiça para conseguir o crédito. Mas não pensem que Chavez e Kravitz sentaram juntos para escrever. Na verdade, Lenny se baseou (ou podemos dizer que se apropriou, sei lá) em um poema escrito por Ingrid para este trabalho.

Não satisfeito com isto, Kravitz ainda por cima utilizou, sem consentimento , a introdução da música "Security of the First World" do grupo de Hip-Hop Public Enemy. Podemos concluir que, em termos criativos, Lenny não estava lá muito bem das pernas. Falando nisso. o Enigma, projeto musical capitaneado por Michael Cretu, utilizou esta canção em um remix de "Mea Culpa (Part II)".

No final das contas, este single parece uma versão inicial de "Erotica". Aliás, as duas são tão parecidas que esta deveria ser algo do tipo "Erotica Part 1". É Madonna mais falando do que cantando, sendo que isso poderia ser uma vantagem. Infelizmente acaba tornando o projeto chato e pedante. "Erotica" conseguiu ser melhor que isso.

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=Np_Y740aReI

Injustificados #1US e #2UK.

This Used to Be My Playground (Nível 3: Bom)


Este single foi tema do filme Uma Equipe Muito Especial, do qual a Madonna também participa atuando. E apesar disto, a canção não faz parte da trilha-sonora oficial do filme. A canção foi concebida durantes os estágios finais de gravações do álbum Erotica. A letra foi escrita em mais uma colaboração entre Madonna e Pettibone. Inclusive, a canção rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original. Fora que chegou ao primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos. Nada mal para um mero single feito para um filme. Mesmo com todo o sucesso que este single fez, Madonna nunca fez nenhuma performance ao-vivo dela.

É uma balada da qual você dá de cara frequentemente em rádios FM do tipo. Porém, é do tipo que você só fica contente de encontrar tocando quando a programação da rádio está deixando a desejar. Mas no geral, tanto a música quanto a atuação vocal da Madonna não comprometem. Dá pra ouvir sem risco de pegar no sono.

#1US e #3UK...


I'll Remember (Nível 4: Aceitável)


Canção utilizada no filme Com Mérito, estrelando Brendan Fraser e Joe Pesci, "I'll Remember" saiu tempos depois do álbum Erotica. Com a péssima aceitação dos projetos da época (o próprio Erotica, o livro Sex e o filme Corpo em Evidência), Madonna tentou dar uma reinventada e se saiu com este projeto. A ideia de ter a canção da Madonna na trilha-sonora do filme foi por perceberam que todos as trilhas que continham suas canções havia sido bem sucedidas. A canção tem Madonna e Patrick Leonard na produção. Madonna recorreu a Leonard para fazer algo diferente e teve êxito.

A canção tem um toque bem anos 80, também podendo ser confundida com playlist de rádio FM, embora eu não tenha tanta certeza de que esta canção seja lembrada nos dias de hoje. Não é pretensiosa nem pomposa, porém falta um sal (ou uma pimenta, excessivamente utilizada na época do supracitado Erotica), e acaba ficando atrás de "This Used to Be My Playground".

#2US e #7UK na Billboard.

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=wUefFs8V-dY

You'll See (Nível 2: Muito Boa)



Canção feita para o álbum de baladas Something to Remember, "You'll See" foi escrita e produzida por Madonna e, vejam só, o mestre David Foster. O objetivo da canção (bem como o álbum todo) era de suavizar a combalida imagem da Madonna após tantos projetos errôneos e malsucedidos. Dentre as escolhas equivocadas, até mesmo um documentário mostrando bastidores de uma turnê foi feito, com o esdrúxulo título nacional Na Cama com Madonna.

A presença de David Foster se justifica aqui. Esta canção está, sem dúvidas, no top 3 de canções da Madonna. É uma das melhores baladas de seu repertório e possivelmente da época (meados dos anos 90). Com um leve clima latino, canção levada por cordas e violão, com um clima cadenciado e melancólico, Madonna e Foster conseguiram ir bem longe, fazendo um marco na carreira de Madonna, e mais um grande trabalho no currículo de Foster.

#6US e #5UK, que poderiam ser bem mais...


Love Don't Live Here Anymore (Nível 2: Muito Bom)


Primeiramente, é preciso que se diga que este single na verdade é uma versão cover. No caso, da banda de Soul e R&B dos anos 70 Rose Royce. E como eu sempre digo: nestes casos o mérito (se existir algum) acaba sendo dividido, diluído. Mas para a satisfação de alguns, a canção foi produzida pelo Nile Rodgers na versão original, e por David Reitzas (engenheiro de som com considerável currículo no show business) na versão remix.


A canção foi parar na coletânea Something to Remember. Aliás, a ideia de Madonna cantar uma versão cover do Rose Royce surgiu de Michael Ostin, um dos cabeças da Warner Bros. Records. E o projeto foi gravado para o álbum Like a Virgin, mas só foi lançado em single na época no Japão (ano de 1986). Para a promoção da coletânea, o single foi lançado em 1996. Não foi muito bem sucedido nas paradas, alcançando apenas #78 nas paradas do Tio Sam.

A primeira versão tinha uma interessante carga melodramática, exatamente como a letra exige. De uma forma diferente da versão original dos anos 70, mas ainda sim bem adequada. A versão concebida por Reitzas mantém o teor dramática, adicionando algo mais pomposo, sem comprometer ou deixar a coisa chata. Pelo contrário: mantem o que tem de bom e melhora os aspectos que precisavam de um impulso. É uma versão que pode ser posta ao lado da original sem problemas.

Longinquos #78US...

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=SovlEpSvhDw

Don't Cry for Me Argentina (Nível 2: Muito Bom)


A versão original desta canção foi lançada em 1977, criada por Andrew Lloyd Webber e Tim Rice para o musical Evita. E a ocasião que levou Madonna a cantar esta música é simples e pertinente: Madonna foi escalada para viver Eva Péron no cinema. A atuação lhe rendeu até mesmo um Globo de Ouro (de fato seu maior trabalho no cinema, e possivelmente o único). Posso me arriscar a dizer que o papel deu tão certo para ela porque a arrogância argentina bateu perfeitamente com a dela. Mas isso é outro assunto...

A produção desta versão envolveu um porrada de gente, sendo a mais relevante o próprio Andrew Lloyd Webber. Mas ao menos tanto esforço valeu a pena. Esta é com certeza uma das melhores atuações vocais da Madonna. Dentro de seus limites, ela trabalhou bem e conseguiu ótimos resultados. Posteriormente foi produzido um remix desta versão e Madonna ajudou na produção. O que virou? Bem, aqui está...

#8US e #3UK...

Link da Canção: http://www.youtube.com/watch?v=mxjl_2a-gFM

Beautiful Stranger (Nível 3: Bom)


Esta canção foi feita para um filme de comédia, no caso, Austin Powers - O Agente "Bond" Cama. Inclusive, com um Grammy de Melhor Canção Escrita Filme, Televisão ou Outra Mídia Visual (seja lá o que esta última signifique). E é uma canção que tem coincidências muito suspeitas com relação a canções como "She Come In Colours" da banda Love e "Light My Fire" do The Doors. Na produção, Madonna e William Orbit - sabemos quem podemos culpar neste caso...

No geral, não é uma canção ruim. Não que merecia um Grammy (falando de um modo geral, sem comparar com concorrentes), mas é algo audível. Em alguns momentos, os vocais da Madonna se tornam monótonos, quase compromete. Mas é melhor que muita coisa que já foi feita por aím afinal. Embora seja incômoda a sensação de ouvir "Light My Fire" a qualquer momento na melodia.

#19US e #2UK nos charts...


American Pie (Nível 2: Muito Bom)



A história desta canção é antiga. Para os neófitos que pensam que este projeto é da Madonna, aqui vai uma pequena aula: "American Pie" foi composta no ano de 1971 pelo músico do Rock e Folk Don McLean. Foi primeiro lugar nos Estados Unidos por quatro semanas. A letra foi baseada no chamado "O Dia em Que a Música Morreu" (trágico acidente de avião que, em 1959, matou Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper, três grandes nomes do Rock and Roll e Rockabilly) e as consequências para a música. A versão original da canção conta com 8 minutos e meio de gravação.

Madonna regravou o clássico para a trilha do filme Sobrou pra Você, um fracasso cinematográfico do qual a própria cantora participou (no papel principal). Apesar deste fato, o single foi muito bem aceito pelo mundo, não tanto nos Estados Unidos, mas primeiro lugar na Inglaterra. Madonna e William Orbit cuidaram da produção do projeto.

E a diferença na música não para apenas na transição do Rock para o Pop. Talvez com o objetivo de desvencilhar sua versão do tema original, a letra foi "picotada", sendo usados apenas o começo do primeiro verso, e o segundo e sexto versos foram utilizados nesta versão. Obviamente não seria utilizada a letra toda por questões comerciais (a versão do Don McLean foi dividida em duas partes de quatro minutos cada no lançamento em single).


E apesar de preferir a versão original, Madonna não fez feio com sua releitura Pop do clássico. Talvez tenha sido um pouco injustiçada na terra do Tio Sam, mas acabou conseguiu um até que merecido primeiro lugar na terra da rainha.

#29US e #1UK na terra da rainha...



Die Another Day (Nível 5: Ruim)


"Die Another Day" é uma canção tema de um dos filmes do agente secreto 007 (filme de mesmo nome). A canção precede "The World Is Not Enough" do Garbage e antecede a ótima "You Know My Name", do Chris Cornell. A canção foi escrita e produzida por Madonna e Mirwais Ahmadzaï, em mais uma contribuição ao espólio da cantora. Aliás, este single acabou sendo incluído no álbum seguinte dela, American Life e também na coletânea Celebration. O lançamento do single também marca vinte anos de Madonna na música. O single foi lançado 20 anos depois de "Everybody" (1982).

Elton John polemizou quando declarou que esta canção é a pior já utilizada em toda a franquia James Bond. Até mesmo o compositor da trilha sonora do filme, David Arnold (responsável pela trilha de filmes como Godzilla e Independence Day), não mostrou grande empolgação com o projeto. (Arnold trabalhou em quatro filmes da franquia.)

E apesar de não ter ouvido todos os temas feitos para os filmes da série 007, sou inclinado a concordar com Elton John. A canção não apresenta inventividade ou o clima ideal para o projeto. Até mesmo "Another Way to Die" com Jack White e Alicia Keys, projeto que ficou no meio do caminho, tinha um ar Bond. A impressão que dá é que Madonna queria "madonnizar" o filme - e não contente, ela ainda teve uma pequena participação no filme, remetendo ao vídeo-clipe da canção. De qualquer maneira, dispensável.

#8US e #3UK que poderiam não ser, nem de longe...

Link para a canção: http://www.youtube.com/watch?v=V_pCcBm400Y

E após muito tempo, muito tempo mesmo, finalmente encerro aqui esta longa jornada pelos singles da Madonna. Mais para frente, um novo tema nesta seção será decidido e iniciado. Aguarde... 

domingo, 17 de março de 2013

AMR - Thrift Shop (Macklemore)

Análise: Quinto single do álbum The Heist, do rapper Macklemore. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #1US e #1UK.



Isso parece uma vinheta da MTV

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Bem, o único motivo para eu ter cogitado resenhar este single é que ele acabou por chegar ao primeiro lugar de várias paradas musicais do mundo. Esclarecido isso, vamos para uma micro-biografia do rapper. Macklemore (nascido Ben Haggerty, em Junho de 1983), iniciou-se na música em 1999, produzindo suas canções de maneira independente. Chegou a lançar um EP no começo da carreira e um álbum independente um tempo depois. Seu primeiro álbum só foi sair agora em 2012, gerando, um total de 5 singles. Através do produtor Ryan Lewis que Ben conseguiu uma maior projeção.

Bem, o tal de Macklemore é curioso. Ele tem cara de vilão dos filmes do James Bond, é um rapper branco, como o Eminem (este comentário foi do tipo "caras brancos não sabem enterrar", hahaha...), e teve que vencer um período de 14 anos até conseguir sua oficial e "magnânima" estreia. Considerando a demora para chegar ao sucesso, esse cara vai chegar no nível de um Jay-Z aos 80 anos...


Eu fico pensando no seguinte fato. Foram necessários 5 singles para ele finalmente chegar no pináculo da glória, o sucesso reconhecido. Fico pensando se os quatros singles anteriores eram realmente tão ruins assim ou se foi apenas uma escolha errônea na ordem ou nos títulos lançados. Se for a primeira opção, incompetência do Ryan Lewis. Se for a segunda, incompetência de quem selecionou os singles.

Mas se concentrando agora na música em si, tenho que dizer: é legal! Bem, é a mesma pompa de sempre na hora de recitar o Rap (é difícil se livrar deste tipo de chatice), mas num contexto geral, fica muito acima da média. A coisa toda meio que não se leva a sério. Tipo alguns "clássicos" feitos pelo Eminem. Só que em vez de utilizar os outros como escada, Macklemore consegue fazer algo interessante a sua maneira. Pelo menos enquanto a megalomania não tomar conta...

Um rapper ficar a cima da média é algo surpreendente, embora não abra qualquer esperança para o futuro. Só o torna mesmo chato e tortuoso. Agora é só esperar ele produzir mais coisas interessantes e vê-lo atuar como um vilão na série 007.