Hugh Laurie, além de um excelente comediante e ator (vide seus hilários números musicais, suas apresentações com seu companheiro de comédia Stephen Fry e sua brilhante atuação como o Doutor Gregory House), também é um habilidoso músico. No vídeo, após uma engraçada introdução da situação, ele é uma banda de experientes músicos interpretam a canção "Unchain My Heart" (1962, #9US), do grande Ray Charles no lendário Ocean Way Studios.
Análise: Single do álbum Hang Cool Teddy Bear, de Meat Loaf. Lançado em Abril de 2010, conta com a participação do ator Hugh Laurie como músico de estúdio.
"Oh não, acabaram minhas donuts!"
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Bem, acho que todos já chegaram a assistir ao menos um episódio da série House, M.D., que tem como protagonista o ator e comediante inglês Hugh Laurie (que até então era muito mais conhecido como humorista, fazendo dueto com o ator Stephen Fry, atuando como Fry and Laurie). O que todo mundo pode perguntar é "o que o Doutor House está fazendo nesta gravação?". Será que o Meat Loaf passou mal e o House foi dar uma olhada? (como muitos devem ter atestado no episódio em que o próprio Meat Loaf faz uma participação na série como um paciente - convencendo muito bem, por sinal!) Bem, se você sabe disso tudo e ainda não entendeu, lhe faltou assistir mais alguns episódios... Mas só pra deixar claro: ambos já se conheciam desde 1985 e Loaf até mesmo já fez stand-up comedy na época.
Hugh Laurie se mostrou um exímio instrumentista utilizando a própria série (fora outros trabalhos na tv). Ele pode ser visto tocando violão, guitarra e piano com um grande domínio (fora outros instrumentos). E possivelmente esta foi a porta aberta para Laurie participar da faixa "If I Can't Have You" (que não, não se trata de uma nova versão para a canção que o Bee Gees criou para a cantora Yvonne Elliman, que foi ex-backing vocal do Eric Clapton em meados dos anos 70). Aliás, Meat Loaf chamou para o projeto vários conhecidos, como o também ator e comediante Jack Black, fazendo backing vocal, o cantor e guitarrista Justin Hawkins (do The Darkness, retornando ao grupo depois de um período de afastamento), o lendário guitarrista Steve Vai e o grande Brian May, do Queen. Gente de peso! (se somarmos Meat Loaf e Jack Black já dá pra juntar bons quilos...)
O fato é que Meat Loaf é responsável pela série de álbuns mais bem sucedida comercialmente (a trilogia Bat out of Hell, com Bat Out of Hell, Bat Out of Hell II: Back Into Hell e Bat Out of Hell III: The Monster Is Loose - que mais parece trilogia de terror do cinema dos anos 80!) e também de uma canção adorada nos anos 90, "I'd Do Anything for Love (But I Won't Do That)". Aliás, ela chegou em primeiro lugar nas paradas e tendo sete minutos e cinquenta e dois segundos, ficou por um período como a canção mais comprida a chegar no topo das paradas inglesa.
Vamos ao que interessa. O clima e produção de "If I Can't Have You" nos faz lembrar o que foi "I'd Do Anything...", o que mostra que Meat Loaf tem tanto um cuidado rigoroso com sua obra quanto que pode acabar meio que se plagiando após tanto tempo de estrada. A voz de Loaf continua forte e convincente e a voz da cantora e atriz Kara DioGuardi dá um toque diversificado. E mais uma vez, Hugh Laurie mostra que não maneja apenas a bengala (sem duplo sentido) com habilidade e naturalidade.
A canção é boa, a voz de Meat Loaf continua boa e as participações especiais estão nos lugares. Mas apesar de Laurie ser um bom músico, sua participação na faixa deve-se mais ao fato dos dois serem amigos de longa data do que Loaf achar que Hugh era o cara ideal para aquilo - ou ele quis retribuir a participação na série, vai saber.
Obs: O apelido "Meat Loaf" (que pode ser traduzido como "bolo de carne" ou derivados) foi lhe dado por seu pai, por Marvin Lee Aday - seu nome verdadeiro - seu muito gordo. Agora, o cara que além de receber esta alcunha de um pai do qual não tem uma boa relação ainda utiliza isso como nome artístico é um exemplo de que o bullying deve ser encarado de frente! hauhauahuaa...
Análise: Single de estréia da cantora e atriz Leighton Meester. Lançado em Outubro de 2009, alcançou #111US e #11U.S. Billboard Bubbling Under Hot 100 Singles.
Mais um mistério para o doutor House...
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Leighton Meester. Hã? Ah, vejamos. Ela é atriz - conhecida talvez por sua participação no seriado House, como uma ninfeta que tenta conquistar o médico em um episódio e como uma personagem da série Gossip Girl. Bem, se esse é o máximo de projeção e referência que ela conseguiu em sua carreira, talvez esteja explicado o motivo dela ter recorrido a esta ramifição artística conhecida como música.
"Somebody to Love" (não, não é uma cover do clássico do Queen) é o que poderia se chamar de exemplar de electro-pop. Ou seja, Meester seria um genérico de Germanotta. Aparentemente uma carona em Lady Gaga, pioneira no estilo.
Pode-se dizer que "Somebody to Love" é uma tentativa de Leighton de igualar pelo menos Ke$ha neste segmento que parece ser tão promissor e lucrativo - o qual de fato é. Quer dizer, é como se fosse os anos 60, com os Beatles estourando e inovando com seu material, e logo atrás as bandas como The Searchers, The Monkees, The Hollies, The Kinks, The Troggs, etc. No geral, todas essas bandas tiveram algo de relevante pra mostrar, saindo um pouco da sombra Beatlemaníaca. Agora, se alguém acha que "Tik Tok" é um clássico relevante...
No caso de Meester, a coisa fica no meio do caminho. Muito culpa de sua voz que foi chamada por alguns de "intimista", mas que na verdade passa a impressão de falta de força ou personalidade. Pelo menos ela se saiu melhor do que Scarlett Johansson. A produção até que é acertada, ganhando novamente de Johansson. Mas claro que não dá pra comparar Indie com Electro-pop.
Fora que, coincidentemente ou não, a canção conta com a participação de um artista de certo talento, Robin Thicke. Como se pode ver, Robin seria o equivalente de Pete Yorn. Atrizes precisam de artistas para alavancar carreiras musicais, isso é fato.