Mostrando postagens com marcador The Troggs. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador The Troggs. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de abril de 2012

AMR - 60's Jukebox 9

Artista: The Searchers (1959 - presente)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Pop
Hits: "Sweets for My Sweet", "Needles and Pins", "Don't Throw Your Love Away","Love Potion No. 9"
Hit da Jukebox:  "Love Potion No. 9" (1964, #3UK)



———————————————–

Antes de mais nada, a versão exposta aqui da canção "Love Potion No. 9" não é a original. A canção foi escrita pela dupla Mike Stoller e Jerry Leiber (este último falecido no ano passado), que foram responsáveis por clássicos como "Hound Dog" e "Jailhouse Rock" (imortalizadas por Elvis Presley), "Kansas City" (famosa pela interpretação dos Beatles) e "Stand By Me" (por Ben E. King e posteriormente por John Lennon). No caso, a banda que lançou originalmente a canção é a The Clovers, que tiveram alguns hit como "Don't You Know I Love You" e "Fool, Fool, Fool". Pelo The Clovers, a canção não foi lá muito bem sucedida, com um #23US.

Porém, o The Searchers, banda fundada em 1959 e que fez relativo sucesso, especialmente com versões de outros artistas, como "Sweets for My Sweet" original do The Drifters, "Needles and Pins" original da Jackie DeShannon, "Don't Throw Your Love Away" do The Orlons e, claro, "Love Potion No. 9". Fora estas, eles tiveram ainda um grande hit próprio, "Sugar and Spice", que conseguiu um #2UK.


A canção fala de um homem que quer ajuda para achar seu amor e acaba recorrendo a uma cigana que lhe apresentar a "Poção de Amor nº9", que lhe faz se apaixonar por tudo o que vê. E a canção ganhou com o The Searchers um clima diferenciado, com aquele viés de Invasão Britânica que era tão comum e característico na época - contra o R&B de mais enraizado do The Clovers. Uma boa melhora de um modo geral - eu diria uma transcrição interessante do R&B para o Rock dos anos 60.


Um comentário à parte: felizmente não eram todas as bandas que seguiam a prolixa modinha de terninhos e penteadinhos iguais. Bandas como o The Grassroots, The Monkees (quando não estavam fazendo sua "interpretação" de Beatles), talvez até o The Troggs. Porém, ainda sim é melhor do que usar calça colorida e apertada, não?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

AMR - 60's Jukebox

Artista: Herman's Hermits (1963 - presente)
País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock, Britsh Rock, British Invasion, 60's Pop
Hit da Jukebox: "No Milk Today" (1966, #35Us - #7UK)


———————————————–

A Invasão Britânica nos anos 60 pode ter revelado ao mundo uma revolução musical! Ou não...
Todos devem conhecer a principal banda a carregar esta bandeira, The Beatles. Uma das bandas mais bem sucedidas da história, eles ajudaram a abrir as portas do Rock Britânico pro mundo. O pequeno problema é que juntos com eles e com outras bandas legais, vieram tantas bandas medíocres que o mercado ficou um tantinho saturado.


Dentre boas e ruins podemos citar alguns como: The Animals ("The House of The Rising Sun", "Don't Let Me Be Misunderstood"), The Hollies ("The Air That I Breathe", "I'm Alive"), The Rolling Stones (uma porrada de hits), The Kinks ("You Really Got Me", "Sunny Afternoon"), The Moody Blues ("Go Now", "Question"), The Troggs ("Wild Thing", "Love Is All Around"), The Who (também uma porrada de hits), The Yardbirds (banda de onde saíram Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page), The Zombies ("She's Not There", "Tell Her No"), The Searchers ("Sweets For My Sweet", "Love Potion #9", "Needles and Pins"), outras fora da Inglaterra, mas que pegaram carona na coisa, como os alemães The Lords ("Poor Boy", "Late Last Sunday Evening"), os norte-americanos The Grass Roots ("Let's Live For Today", "Midnight Confessions"), The Turtles ("I Ain't Me Babe", "Happy Together"), The Monkees ("Last Train to Clarksville", "I'm a Believer", "Dreamday Believer") e muitas, muitas outras.

Os Herman's Hermits são uma delas, com seu som típico do Rock dos anos 60. Uma coisa bem Pop, tipo chiclete - usada com efetividade para encantar gatinhas na época. "I'm Into Something Good" é um exemplo perfeito do Pop chiclete feito pela banda. Mais um dos vários seguidores dos Beatles com algum talento.


"No Milk Today" foge um pouco da parte animada da coisa: temos um canção que, pelo menos no clima, indica alguma coisa mais rebuscada. Algo um tanto mais sério mas que mantém a ideologia Pop da banda. Seria uma espécie de meio termo entre o comercial e o conceitual. Se não é exatamente isso, pelo menos foi o que a banda pareceu fazer com este hit. Como não poderia deixar de ser, como praticamente todas as canções desta leva do Rock, são de consumo rápido, não tendo mais do que uns 3 minutos, no máximo.

No fim das contas eles não têm lá um número considerável de hits como os The Beatles e o The Rolling Stones, decorrente disto não têm metade da fama deles. Mas apesar destes fatos, ainda conseguiram manter certa identidade e qualidade musical. "No Milk Today" e "I'm Into Something Good" são viciantes sem serem chatas.

domingo, 7 de março de 2010

AMR - Somebody to Love (Leighton Meester)

Análise: Single de estréia da cantora e atriz Leighton Meester. Lançado em Outubro de 2009, alcançou #111US e #11U.S. Billboard Bubbling Under Hot 100 Singles.

Mais um mistério para o doutor House...

———————————————–

Leighton Meester. Hã? Ah, vejamos. Ela é atriz - conhecida talvez por sua participação no seriado House, como uma ninfeta que tenta conquistar o médico em um episódio e como uma personagem da série Gossip Girl. Bem, se esse é o máximo de projeção e referência que ela conseguiu em sua carreira, talvez esteja explicado o motivo dela ter recorrido a esta ramifição artística conhecida como música.
"Somebody to Love" (não, não é uma cover do clássico do Queen) é o que poderia se chamar de exemplar de electro-pop. Ou seja, Meester seria um genérico de Germanotta. Aparentemente uma carona em Lady Gaga, pioneira no estilo.

Pode-se dizer que "Somebody to Love" é uma tentativa de Leighton de igualar pelo menos Ke$ha neste segmento que parece ser tão promissor e lucrativo - o qual de fato é. Quer dizer, é como se fosse os anos 60, com os Beatles estourando e inovando com seu material, e logo atrás as bandas como The Searchers, The Monkees, The Hollies, The Kinks, The Troggs, etc. No geral, todas essas bandas tiveram algo de relevante pra mostrar, saindo um pouco da sombra Beatlemaníaca. Agora, se alguém acha que "Tik Tok" é um clássico relevante...
No caso de Meester, a coisa fica no meio do caminho. Muito culpa de sua voz que foi chamada por alguns de "intimista", mas que na verdade passa a impressão de falta de força ou personalidade. Pelo menos ela se saiu melhor do que Scarlett Johansson. A produção até que é acertada, ganhando novamente de Johansson. Mas claro que não dá pra comparar Indie com Electro-pop.

Fora que, coincidentemente ou não, a canção conta com a participação de um artista de certo talento, Robin Thicke. Como se pode ver, Robin seria o equivalente de Pete Yorn. Atrizes precisam de artistas para alavancar carreiras musicais, isso é fato.
Ao menos Scarlett Johansson é mais conhecida.
Vídeo:

domingo, 27 de dezembro de 2009

AMR - Get On Your Boots (U2)

Análise: Primeiro single do álbum No Line On The Horizon da banda irlandesa U2. Primeiro álbum de inéditas desde 2004. Alcançou #37US e #12UK.



A bota no caso é pra dar um pé na bunda do (biscoito) Bono?
———————————————–
Engraçada a sensação que tive ao ouvir "Get On Your Boots". Me senti numa espécie de viagem no tempo. Pois eu poderia jurar que tinha voltado para o ano de 2004 e que estava resenhando a música "Vertigo"... "Get On..." simplesmente parece um protótipo da "Vertigo", tipo uma primeira demo. A impressão que dá é que Bono acreditou que não tivessem feito jus à ela e tentou lançá-la de novo para ver se davam mais valor...

De qualquer maneira, para um lançamento vindo de uma banda como o U2, a coisa aqui soou incrivelmente fraca. Provavelmente Bono está se dedicando quase que integralmente às suas causas humanitárias (ou tentando ser pastor) e esqueceu a essência do rock. Em defesa do grupo, dá pra dizer que o restante do pessoal ainda tá no espírito da coisa...


Quer dizer, o que temos aqui é uma versão "rocker-mas-nem-tanto" de "Vertigo". O que dá pra perceber que não é nada bom. Quando uma banda ou artista começa a se reciclar desta maneira, algo está errado (é só analisar um pouco o material do White Stripes, que dá até pra ver que além de reciclar-se, eles acabaram reciclando material dos outros...).

Um exemplo de como o U2 perdeu muita de sua força é o fato deles amarrarem insistentemente projetos com outras bandas - obviamente com o objetivo de "sentar no ombro dos gigantes", ou simplesmente pegar carona. Exemplos simples como uma versão ao-vivo bem meia-boca da canção "Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band" com Paul McCartney lançada como single, a reciclagem de "One" com participação da Mary J. Blige (que ficou bem melhor que a original) e a regravação do clássico "Saints Are Coming" dos punks Skids (que até tem um pedacinho da canção "House of Rising Sun", dos The Animals, em homenagem ao pessoal de New Orleans, que sofreu com um desastre natural), juntamente com o Green Day.


Acho que o melhor termo pra definir a nova fase do U2 é "Rock Geriátrico", porque eles estão soando tão cansados que até parecem o Johnny Cash nos seus últimos suspiros.

O clipe é bem diversificado visual e tematicamente. Bem mais interessante que o de "Vertigo". Mas sem muuuito a dizer...

Vamos esperar o U2 chamar a banda Semi Precious Weapons para fazer um cover de "Wild Thing" do The Troggs ou "God Save the Queen" do Sex Pistols.

Pensando bem, é melhor nem imaginar...

Ao menos o vídeo-clipe é bem legal...

Vídeo-clipe: