quarta-feira, 15 de junho de 2011

AMR - Rolling in the Deep (Adele)

Análise: Primeiro single do álbum 21, da cantora Adele. Lançado em Novembro de 2010, alcançou #1US e #2UK.


Enquanto isso, ela deita e rola nos chart da Billboard...

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A cantora inglêsa Adele Laurie Blue Adkins, de 23 anos, mais uma artista que ganhou uma forcinha da divulgação do MySpace e vencedora de 2 Grammys em 2009 (Melhor Nova Artista e Melhor Performance Vocal Pop Feminina) é a atual ocupante do topo da Billboard. Já são 5 semanas no alto e mais duas semanas ela vai passar "Born This Way" da Lady Gaga como o single de maior tempo no topo em 2011. Mas será que a canção "Rolling in the Deep" de fato merece estar lá?

Primeiramente, vamos falar sobre os vocais. Esta parte é indiscutível. É evidente a grande capacidade vocal de Adele, tanto em estúdio quanto em suas apresentações. Ela tem uma das melhores e mais potentes vozes já surgidas nos últimos tempos. Apesar de ter boa voz, Lady Gaga não chega no mesmo patamar (e já que ela preferiu o caminho mais fácil, o comercialismo de quem prefere muito mais imagens e atitudes do que a música em si...) e temos um bom produto para colocar ao lado de Amy Winehouse (que teve um Back to Black um grande trabalho, mas que teve algo melhor ainda em sua estréia com Frank). E o fato dela não ter o visual espalhafatoso das outras duas (o cabelo colméia da Amy Winehouse e, bem, todo o resto da Lady Gaga) contribui positivamente.


As composições de Adele são um misto de R&B, Soul e Jazz. A coisa toda gira basicamente sobre estes rótulos. Em alguns momentos é mais Jazz - como em suas baladas regidas pelo piano - e mais R&B e Soul, como é o caso do single em questão. Ela consegue transformar o Gótico oitentista e alternativo de Robert Smith em algo mais Soul - de fato, alma -, com sua cover de "Lovesong" (aliás, algo mais ou menos parecido com o que Cary Brothers fez com "Something About You" do Level 42 - uma transição bem sucedida de estilos).

Talvez um ponto negativo para Adele é o fato de não ter lá uma grande presença de palco. Concordo que o estilo no qual ela trabalha não permite lá um show pirotécnico ou coisa parecida, e assim como Amy Winehouse, acaba por ser um pouco inibida, tenta (é, tenta) uma presença mais marcante. Cara, até mesmo o Michael Bublé, que só falta ter escrito "Jazz" na testa se mexe bastante no palco (sua apresentação de "Crazy Little Thing Called Love" chega a surpreender).


Adele está no seu segundo álbum, tem 2 Grammys na bagagem e um poderoso #1 nos Estados Unidos (conseguiu um #1 na Inglaterra com "Someone Like You"). Ou seja, algo parecido com o que Winehouse conquistou. Só espero que a Adele consiga chegar ao estúdio para o terceiro álbum conseguindo desviar bem de escândalos, amantes, álcool e drogas no caminho. Talvez ela saiba que a música é a coisa mais importante.

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Começando, claro, pelo excesso de pelos...


Urgh!