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quarta-feira, 27 de março de 2013

Quick - Capas Exóticas 24

Como esta é a edição de número 24, resolve procurar uma capa bem gay, ou pelo menos de temática gay. Ou seja: ou um cara propositalmente vestido bem gay ou com o tema musical gay. Não precisei procurar muito, pois achei uma capa bem dentro do ideal que acabou fora de um dos critérios que procurei. Ou seja, foi gay involuntariamente (foi voluntariamente mesmo, vai saber). Direto dos armários da Espanha: Tino.

Nome do álbum: Por Primera Vez
Ano de Lançamento: 1983 (presumidamente)
Estilo: Provavelmente Pop


O rapazote fez parte de um grupo espanhol na linha do Menudo, o Parchís, o que explica muita coisa. O mal gosto deste tipo de música acompanha bem o mal gosto da capa. Prestem atenção em cada detalhe: as colunas que "seguram" a placa com o nome Tino; o a cara do gajo; o cabelo bem anos 80; a roupinha que... sem comentários.

É cada uma...

terça-feira, 12 de março de 2013

AMR - 80's Jukebox 14

Artista: Joe Esposito
Origem: Estados Unidos da América
Hits: "Lady, Lady, Lady", "You're the Best", "Come into My Life"
Hit da Jukebox: "Lady, Lady, Lady" (1983)



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Um das coisas que marcaram bem os anos 70 e 80 foram os filmes musicais ou com temática musical. Vários deles foram produzidos e acabaram ficando na memória - positiva ou negativamente. Temos o Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, filme de 1978 baseado no álbum de mesmo nome e no Abbey Road dos Beatles, que teve o Bee Gees e o Peter Frampton (ambos em alta na época, o primeiro pelo álbum Saturday Night Fever e o outro por ter o álbum ao-vivo de maior vendagem até o momento). Tivemos o clássico Grease, também de 1978, com John Travolta e Olivia Newton-John, o Dirty Dance, com Patrick Wayze e Flashdance.

No caso, vou falar de uma canção específica de um filme específico. No caso, o filme Flash Dance, lançado em 1983. O enredo trata de uma garota que sonha em ser bailarina e tenta conciliar isso com o trabalho. O filme mostra o trajeto da moça, terminando sem mostrar se ela de fato conseguiu a vaga numa escola de dança que tanto almejava. E neste ínterim, o filme prestigia o telespectador com uma das melhores trilhas já organizadas para um filme. Clássicos como "Gloria", da falecida Laura Branigan (responsável também pela ótima "Self Control"), "Maniac" do Michael Sembello, "Flashdance... What a Feeling", produzida por Giorgio Moroder e escrita pelo próprio em parceria com Keith Forsey e Irene Cara, a interprete da canção - canção, aliás, vencedora do Oscar e Globo de Ouro de Melhor Canção Original de 1984.


Uma canção da trilha que teve menos destaque que as já citadas mas que ainda sim merece atenção é a terna "Lady, Lady, Lady", de Joe Esposito. Escrita também port Keith Forsey e Giorgio Moroder (e apesar de eu não ter encontrado informações a respeito, parece também ter sido produzida por Moroder). A letra sombria fala de uma moça solitária e de alguém querendo tirá-la desta triste situação. A produção também foi bem caprichada, ao nível do Giorgio (outra canção parecida com esta em alguns aspectos, que atende este padrão é "Take My Breah Away" do Berlin, também arranjada por Moroder).

Apesar de não ter tido tanta atenção (além de ser impossível todas as canções de uma trilha terem destaque, a concorrência no caso foi bem acirrada), esta tímida canção tem uma beleza especial, única. É uma destas músicas que fica mais pro fundo do baú, que você tem trabalho de chegar até ela, tirando outras coisas de cima, mas que vale plenamente o esforço. A propósito, a melhor maneira de conhecer a plenitude é ver o filme. Um clássico, do tipo que não se fabrica mais, nunca mais...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

AMR - A História de Lily Braun (Maria Gadú)

Análise: Quarto single do álbum homônimo da cantora Maria Gadú.


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Primeiramente, vamos desvendar a origem de Lily Braun!

A canção foi composta por Chico Buarque e Edu Lobo para um espetáculo musical em 1983 - baseado em um poema de Jorge de Lima, datado em 1938, gerando uma turnê. O musical era algo bem diversificado, misturando poesia, balé e teatro - dentre vários outras vertentes artísticas. Foi uma turnê muito bem sucedida, com público total de 200 mil pessoas em quase 200 apresentações, englobando até mesmo outro país, Portugal.


Na trilha-sonora lançada, "A História de Lily Braun" é interpretada por Gal Costa. O projeto inteiro contou com a participação de artistas como Milton Nascimento, Simone, Gilberto Gil, Tim Maia e Zizi Possi. Gente de peso, projeto de "responsa"!

Em 2009, a canção foi resgatada por esta revelação da MPB, Maria Gadú - que apareceu bastante com o hit de estréia, "Shimbalaiê". Gadú, com seus 23 anos, tem uma voz bonita, apesar de não ser tão distinta. Ela já interpretou o clássico "Ne Me Quitte Pas" (que se encontra seu disco de estréia) e até já trabalhou com a cantora Ana Carolina.

É simplesmente impossível analisar este trabalho de Maria Gadú sem compará-lo a versão original de Gal Costa e também sua versão interpretada pelo compositor da faixa, Chico Buarque. Logo me vejo obrigado a fazer uma tripla análise. Então vamos primeiro analisar as versões de Maria Gadú, Gal Costa e Chico Buarque, respectivamente - e fazendo as devidas comparações.

Maria Gadú


Maria manteve aquele clima meio blues, meio jazz que permeia as duas versões anteriores. Uma das diferenças é que aqui o clima da canção é cadenciado, ou seja, tem um clima mais ameno, mais traquilo - adaptado ao estilo vocal de Gadú. Aliás, todas as versões nos fazem imaginar aqueles bares dos anos 30 - ou qualquer época relacionada. É algo realmente diferente na MPB atual, o que não deixa de ser irônico: algo distinto na atual MPB é na verdade um resgate da antiga MPB tendo como base um trabalho de um consagrado músico do estilo - com o detalhe de ser um projeto de uns 26 anos de idade!

Gal Costa


Bem... Gal Costa é uma consagrada cantora, considerada a melhor em território nacional. Ou seja, pode parecer um grande covardia compara-la com alguém no comecinho como Gadú, mas vamos lá. O o clima aqui já é um pouco mais movimentado, lembrando velhos clássicos do jazz. Somando isso a grande e graciosa voz de Gal Costa, podemos dizer que isso poderia mesmo ter sido composto em épocas antigas, tipo uns 50 anos atrás - e sim, isso foi, definitivamente um elogio. Buarque conseguiu fazer um reinvenção de estilo, assim como Gadú conseguiu tirar o pó de cima consideralvemente.

Chico Buarque e Edu Lobo


Como boa parte dos compositores que escrevem e compõe para outros artistas ou projetos, Chico Buarque fez a sua versão para seu trabalho. A letra criada por Chico Buarque e Edu Lobo tem aquele charme e mistério exigidos para tal projeto. Buarque é um bom intérprete, isso é tão incontestável quanto o título de melhor cantora do Brasil que Gal Costa ostenta. Mas que é muito estranho um homem cantar uma letra com uma protagonista, isso é! Chico e Edu cantando coisas como "[...] o homem dos meus sonhos [...]" e "[...] disse que meu corpo era só dele aquela noite [...]" soa realmente estranho. Me lembra quando Barry Gibb, do Bee Gees, tentava interpretar, com sua banda, canções que eles fizeram para cantoras como Samantha Sang e Barbra Streisand - o resultado final era um Barry um tanto sem graça modificando a letra "I'm a woman in love" para "you are a woman in love". Claro que neste caso, não tem como fazer qualquer alteração, nem de gênero.

Enfim, Gadú teve o mérito de fazer um bom trabalho com material reciclado - material de primeira, diga-se de passagem. Obviamente que algo bom e de valor artístico como este não recebeu tanto destaque nem foi single oficial (apenas um promo). No final das contas: ponto para a Gadú...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AMR - 80's Jukebox 5

Artista: U2 (1976 - presente)
País de Origem: Irlanda
Estilo: Rock
Hits: Vários; alguns relevantes, outros não
Hit da Jukebox: "
New Year's Day" (1983, #53US - #10UK)




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Bom, não escolhi o U2 para este artigo à toa (Jukebox com um artista conhecido não é usual). O motivo é que quero demonstrar que o objetivo do blog não é simplesmente querer humilhar artistas ou usá-los como chacota sem motivo aparente. O blog expõe opiniões, não as impõe. Infelizmente, tá pra nascer um fã de algum artista que tenha personalidade o suficiente pra admitir que seu ídolo não fez um grande trabalho em qualquer momento.

Ouvi dizer que o fato de eu não ser fã não me credencia a analisar trabalho algum do grupo, mas digo que o fato de eu não ter o instinto quase selvagem de proteger o artista me isenta de "babações de ovo" e "puxações de saco" em geral. Ou seja, é uma crítica limpa. Aqui vai então uma canção do tempo que o U2 estava começando a criar a relevância que, bem, deixa pra lá...

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"New Year's Day" é uma canção retirada do terceiro álbum da banda, War, de 1983. Tem um potencial e energia incríveis. É nela que a banda mostra com esmero suas habilidades como músicos. The Edge mostra suas habilidades como guitarrista e tecladista (coisa que poucos fazem bem - artistas como Brian May do Queen e Roger Hodgson do Supertramp também se mostram competentes no ramo). A canção é executada nos shows da banda até hoje.


Larry e Adam mantém a linha, ritmo e força da canção. A interpretação de Bono é potente e flui naturalmente. Enfim, um grande trabalho. A canção chega até a ser meio difícil de se rotular, por criar uma atmosfera não usual. No geral, se exclui do esteriótipo dos anos 80.
Apesar de não ter sido tão bem recebida nos Estados Unidos, a canção conseguiu um certo sucesso na Inglaterra.

E vejam só: nessa época eles nem precisaram fazer tipo, um dueto com Plácido Domingo...