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sábado, 20 de julho de 2013

AMR - Home Again (Elton John)

Análise: Primeiro single do álbum The Diving Board, do Elton John. Lançado em Junho de 2013.


Seja bem-vindo de volta...

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Você gostando dele ou não, você já ouviu falar no Elton John. Nascido Reginald Dwight, o músico britânico iniciou sua carreira nos anos 60 e até hoje continua gravando e fazer apresentações por aí. Elton, no começo de sua carreira tocou com músicos que na época eram tão desconhecidos quanto ele, como Roger Hodgson, ex-Supertramp (com quem formou a banda Argosy, banda que teve também o guitarrista Caleb Quayer, que atua com Elton até hoje), e a banda Gentle Giant (que outrora foi Simon Dupree and The Big Sound). Posteriormente tocou com John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison (sim, os Beatles, embora não tenha tocado com eles juntos), Eric Clapton, Mark Knopfler e o Dire Straits, Shania Twain... enfim. Eu poderia discorrer muito sobre isso.

Fora sua atuação em trilha sonora de filmes, como o clássico Rei Leão, de 1994. Daqui saiu canções como "Can You Feel The Love Tonight", uma das mais conhecidas. Elton é um dos poucos que estão na ativa por cinco décadas, entrando para o hall dos grandes músicos de sempre, ao lado de gente como Stevie Wonder, Paul Simon, dentre outros.


E a canção "Home Again" é mais uma daquelas belas baladas românticas, uma música lenda no piano. Uma das especialidades de Elton. Num exemplo bem antigo, temos "Skyline Pigeon" (a versão de 1972, não a original de 1969 — onde ele toca em um cravo, numa versão bem diferente do clima belo da versão posterior). Se você é fã das canções mais cuidadosas como "Candle in The Wind", "Blessed", "Empty Garden", "Your Song", "Sacrifice" e a eterna "Goodbye Yellow Brick Road", esta é mais uma canção para você.

Algo que podem apontar é que não há qualquer novidade, algo diferente do que já foi visto tanto de Elton quanto do resto. Mas tenho que dizer que Elton não deve mais nada, sua carreira mostrou isso. Assim como outros músicos como Eric Clapton, ele pode meramente gravar as canções que quiser, sem se preocupar com audiência. Ou seja: apenas para iniciados.

Obs: o Supertramp (do Roger Hodgson) também tem uma canção chamada "Home Again", cantanda pelo próprio Roger. Ela vai logo abaixo.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

AMR - Stereo Hearts (Gym Class Heroes)

Análise: Primeiro single do álbum The Papercut Chronicles II, do Gym Class Heroes com participação de Adam Levine. Lançando em Junho de 2011, alcançou #4US e #3UK.



Sim, "gim", muito "gim"...

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Muito provavelmente você deve conhecer o Gym Class Heroes pela música "Cupid's Chokehold", que contém samples da canção "Breakfast in America", da banda Supertramp e com Patrick Stump (Fall Out Boy) fazendo os vocais no refrão no lugar de Roger Hodgson. Fora disso, talvez você já tenha ouvido também "Clothes Off!!", também com a participação de Stump. Acredito que seja só. Pois o grupo de Rap e Hip Hop é tão genérico que só mesmo um sample de uma canção famosa e um vocalista de uma banda que estava em alta para dar uma levantada nos caras.

O que quero dizer é que o Gym Class Heroes é apenas mais um grupo no já supra saturado mercado do Hip Hop. E sem uma grande distinção fica difícil dar algum destaque. Eles samplearam um artista do passado, chamaram alguém que saiba cantar de verdade para fazer os vocais e desferiram suas linhas como todos fazem. Isso é tão variado e inovador quanto uma edição do Zorra Total ou do BBB...


No caso de "Stereo Hearts", eles apenas cumprem meia fórmula: deixam o passado descansar em merecida paz, mas trazem alguém em alta no momento. No caso, Adam Levine do Maroon 5. Talvez seja uma boa ideia chamar Levine para o projeto, pois pode ser uma maneira de induzir o público de sua banda a consumir a música do Gym Class Heroes - uma maneira de faturar alto, digamos. Temos como base disto o fato de o Maroon 5 estar com um estilo musical um tanto diferente nos últimos tempos. Mas isso seria o mesmo que afirmar que a base de fãs dos Rolling Stones vai passar a ouvir Will.I.Am por causa da participação de Mick Jagger em "T.H.E." - o que seria uma grande tolice.

A participação de Adam não adiciona nada ao projeto. É surpreendente saber que este single foi consideravelmente popular na época de seu lançamento. Tenho impressão de que isso mais aconteceu por falta do que ouvir na época do que por mérito artístico. Fora que devo deixar Adam avisado: um dos últimos artistas que se envolveu com o Gym Class Heroes, o próprio Patrick Stump hoje segue em carreira solo e o Fall Out Boy depositado em um hiato sem tempo definido. Se gostas mesmo do Maroon 5 deveria pensar melhor nos projetos a participar por aí...

Eu ia dizer que valia muito mais a pena ouvir o The Black Eyed Peas porque era um Hip Hop que divertia mais, mas acabei lembrando que eles se direcionaram para o Dance com mero$ objetivo$ artí$tico$. Então fica a dica para você: procura no Youtube por Sugarhill Gang e talvez até The Grandmaster. A naftalina nunca cheirou tão bem...

domingo, 15 de agosto de 2010

AMR - Saturday Sun (Crowded House)

Análise: Primeiro single do álbum Intriguer, do Crowded House. Lançado agora no mês de Abril.


Depois de tanto tempo, não seria "Empty House"?

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A banda Crowded House, liderada por Neil Finn, sempre foi meio que uma incógnita no mundo da música. Eles fazem um Rock (hum, Pop Rock) na média e nunca foi mais do que isso. Finn fundou a banda em 1985 e nesta época apareceu ao mundo com o hit "Don't Dream It's Over" (aquela do "hey now, hey now"), de longe o mais conhecido hit deles. Mas nunca se viu algo muito distante vindo deles. Ou seja, se fosse futebol, eles pertenceriam ao que se chama de "segunda divisão".

Banda que já teve muito integrantes, incluindo Mark Hart (vocal, guitarra e teclado), que tocou por um bom período com o Supertramp - foi uma espécie de substituto do Roger Hodgson na banda, o que fez com uma mediocridade inaceitável. Inclusive, o próprio Roger foi a um show do Supertramp nos anos 90 para conferir o resultado: ficou chocado em ver sua obra ser desconstruída daquela maneira. Mas pelo menos o trabalhor de Hart no Crowded House não compromete...


"Saturday Sun" é o mais recente single da banda que havia voltado não faz muito tempo. A banda que foi de 1985 até 1996 resolveu voltar aos trabalhos 10 anos depois. Mas nem todo mundo retornou. O baterista Paul Hester, que sofria de depressão, se enforcou em uma árvore perto de sua casa em 2006. Algo trágico, mas que não abalou a banda que resolveu seguir em frente.

O novo single soa mais como um Rock Alternativo, parecendo muito um projeto de bandas mais atuais, como um The Killers mais contido ou um Kaiser Chiefs numa viagem de ácido (???). Nada se parece com aquela banda dos anos 80 - o que significa que houve alguma evolução, uma mudança que sempre é necessária. Mas se por um lado mudou para se atualizar, não significa que tenha sido algo realmente relevante. Em alguns momentos a banda está soando muito como Coldplay, o que reforça a tese de que eles querem soar mais atuais que nunca.


O produtor Jim Scott, que já trabalhou com o Radiohead, Tom Petty, Sting, os Rolling Stones e o Red Hot Chili Peppers, faz um trabalho apenas adequado. Ele mostra que combina muito com o estilo do Radiohead - tanto que é provável ele tenha sentido falta da banda enquanto produzia do Crowded.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

AMR - Thinking 'Bout Somethin' (Hanson)

Análise: Primeiro single do álbum Shout It Out, com lançamento previsto para Junho, do grupo pop Hanson. Lançado no dia 5 de Abril.


Com vocês, a boa e velha girl-band, digo, boy-band...

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Anos 90. Muita coisa aconteceu nesta década. Dentre elas o surgimento de coisas como o Hanson (claro que também me refiro à coisas como Backstreet Boys e 'NSync, mas neste caso a coisa é mais infantil, mais "Bieberiana"...). Quem não se lembra do grupo formado por três irmãos, - Isaac, Taylor e Zac Hanson, que mais pareciam três meninas - que foi um fenômeno teen, catapultados pelo hit "Mmm Bop" (???), que alcançou primeiro lugar nas paradas?.

Pois é, os rapazes (rapazes ;-) ) ainda estão na ativa, com inacreditáveis 8 álbuns na bagagem (alguém ouviu algum fragmento destes trabalhos ou ouviu falar nisso?), um deles para ser lançado em Junho, Shout It Out, que contém o single "Thinking 'Bout Somethin'".


Bem, pra começar, a canção tem sua base contruída sob o piano elétrico Wurlitzer (instrumento muito popular no rock, durante os anos 70 e 80, mais conhecido e especialmente utilizado pela banda Supertramp), o que dá um toque bastante diferente, porém, retrógrado. Fora que os metais usados deveriam dar um clima de força, mas além de reforçar o clima retrógrado, nos fazem lembrar ligeiramente o Lou Bega... Até que na parte da guitarra não está mal. Seja lá quem toca (será que é um deles?), domina bem o instrumento.

O álbum é todo escrito e produzido pelo grupo. Que aliás sempre foi envolvido na parte de desenvolvimento de seus trabalhos (desde o início!! quando eram crianças!!). Mas vejam só, nem Justin Bieber ou Miley Cyrus ficam se metendo na produção de seus trabalhos. O que lhes dão algum mérito. Principalmente a Bieber. Enfim...


Este trabalho atual do Hanson é bem, bem melhor do que as canções que os lançaram ao estrelato. Mas, pelo visto, ainda está longe de ser algo realmente significativo. Os anos 90 se foram e ao menos não temos mais mmm bop, da buda dop, da buda dop, mmm bop...

Vídeo:

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AMR - 80's Jukebox 5

Artista: U2 (1976 - presente)
País de Origem: Irlanda
Estilo: Rock
Hits: Vários; alguns relevantes, outros não
Hit da Jukebox: "
New Year's Day" (1983, #53US - #10UK)




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Bom, não escolhi o U2 para este artigo à toa (Jukebox com um artista conhecido não é usual). O motivo é que quero demonstrar que o objetivo do blog não é simplesmente querer humilhar artistas ou usá-los como chacota sem motivo aparente. O blog expõe opiniões, não as impõe. Infelizmente, tá pra nascer um fã de algum artista que tenha personalidade o suficiente pra admitir que seu ídolo não fez um grande trabalho em qualquer momento.

Ouvi dizer que o fato de eu não ser fã não me credencia a analisar trabalho algum do grupo, mas digo que o fato de eu não ter o instinto quase selvagem de proteger o artista me isenta de "babações de ovo" e "puxações de saco" em geral. Ou seja, é uma crítica limpa. Aqui vai então uma canção do tempo que o U2 estava começando a criar a relevância que, bem, deixa pra lá...

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"New Year's Day" é uma canção retirada do terceiro álbum da banda, War, de 1983. Tem um potencial e energia incríveis. É nela que a banda mostra com esmero suas habilidades como músicos. The Edge mostra suas habilidades como guitarrista e tecladista (coisa que poucos fazem bem - artistas como Brian May do Queen e Roger Hodgson do Supertramp também se mostram competentes no ramo). A canção é executada nos shows da banda até hoje.


Larry e Adam mantém a linha, ritmo e força da canção. A interpretação de Bono é potente e flui naturalmente. Enfim, um grande trabalho. A canção chega até a ser meio difícil de se rotular, por criar uma atmosfera não usual. No geral, se exclui do esteriótipo dos anos 80.
Apesar de não ter sido tão bem recebida nos Estados Unidos, a canção conseguiu um certo sucesso na Inglaterra.

E vejam só: nessa época eles nem precisaram fazer tipo, um dueto com Plácido Domingo...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

AMR - 70’s Jukebox 1

Artista: Gilbert O'Sullivan (01/12/1946)
País de Origem: Irlanda
Estilo: Pop, Soul
Hits: "Alone Again (Naturally)", "Clair", "Get Down"
Hit da Jukebox: "Alone Again (Naturally)" (1972, #1US – #3UK)

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Gilbert O'Sullivan é um músico irlandês que se mudou para a Inglaterra no início dos anos 60 com sua família. Durante esta época ele se matriculou numa escola de artes e aprender a tocar bateria. Instrumento do qual tocou por um breve período numa banda chamada Rick's Blues, de Rick Davies. Rick foi o fundador da banda Supertramp, que fez grande sucesso durante os anos 70. Aliás, Rick, que tocava bateria no início da carreira mas mudou para o piano, ensinou Gilbert a tocar ambos os instrumentos.

Gilbert conseguiu um contrato com CBS e nesta época surgiu seu nome artístico. Seu nome real é Raymond Edward O'Sullivan, e foi transformado em Gilbert O'Sullivan em referência aos músicos da era Vitoriana W. S. Gilbert e Arthur Sullivan. Após o fim do contrato com a CBS (após três singles sem destaque), ele assina com a MAM Records e entra nos anos 70 com consideráveis sucessos. "Clair" e "Get Down" são dois exemplos. Mas, com certeza, a mais tocante é "Alone Again (Naturally)".


A música tem um clima bem melancólico. Mas também não é pra menos: a letra se trta de um homem que foi largado no altar, questiona a existência de Deus, fala sobre a morte de seus pais e que quer o suicídio! A vida na Irlanda não deve ser fácil mesmo. Tudo bem que Gilbert O'Sullivan não deve ter nem metade da metade da fama de outros artistas do mesmo país como o U2. Mas quem disse que fama é tudo? Muitos excelentes músicos morrem no anonimato - como Eric Clapton já enfatizou certa vez. E a notoriedade de O'Sullivan infelizmente não é lá muito grande.

A introspectividade da música desperta uma tristeza genuína, como de quem realmente trata a música como algo mais que um mero trabalho, trata como arte. Um grande trabalho. A canção foi escrita e produzida pelo próprio O’Sullivan.