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domingo, 30 de junho de 2013

AMR - Whistle (Flo Rida)

Análise: Terceiro single do álbum Wild Ones, do Flo Rida. Lançado em Abril de 2012, alcançou #1US e #2UK.


Se fosse apenas assovios, seria mais agradável...

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Para mim o Flo Rida é mais um caso de sucesso inusitado e injustificado. Rida faz parte de um grande saco, misturado meramente com toda aquele conteúdo homogêneo. Traduzindo: todos farinha do mesmo saco. Flo Rida é um dos designados do momento, da mesma forma que Eminem e Snopp Dogg foram em suas épocas — hoje eles são estão em, digamos, cargos eméritos do Rap no mundo da música.

De qualquer forma, ele acabou por se consolidar, juntamente com outros como Lil Wayne e T-Pain. Eles estão lá e não há muito o que fazer senão esperar que entrem em decadência ou ganhem seus cargos eméritos para bater cartão uma vez ou outra. Neste ínterim, vamos ouvindo o que eles produzem para tentar achar algo bom. Bom?


O single "Whistle" é um projeto bem mais Pop do que os raps que ele normalmente faz. Aqui ele saiu daquele clima meio underground que o Rap encobre as canções. E honestamente, apesar do rap, a canção não é ruim. Interessante ser lançada uma versão instrumental. DJ Frank E ajudou na produção, sendo ele também um dos responsáveis por "Right Round". Porém, como ele é rapper, tinha que ter alguma coisa: a letra da música tem várias referências ao sexo oral. Assoviou, blowjow, sacaram?

Não tenho grandes esperanças destes nichos. Na verdade, o ideal mesmo seria viver dos discos de vinil e fitas K7. Quem sabe um dia algo que valha realmente a pena salte por sobre o som dos toca discos e nos faça se mexer como acostumava ocorrer?

segunda-feira, 17 de junho de 2013

AMR - Can't Hold Us (Macklemore)

Análise: Terceiro single do álbum The Heist, do Macklemore. Lançado em 16 de Outubro de 2011.



E quem quer?

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E o rapper com cara de vilão dos filmes do 007 continua suas aventuras pelos charts da Billboard. Depois de um single muito bem sucedido e divertido ter ficado um mês e meio em primeiro lugar, ele conseguiu o prodígio de erguer das profundezas de 2011 o single "Can't Hold Us". É, a força de "Thrift Shop" é mesmo imensa!

A temática do "novo" single é bem diferente do single que lançou o rapaz ao estrelato. Um clima mais sério, uma produção mais centrada. Diria até mesmo contagiante, sem aquela irritação que alguns como Ludacris consegue incutir no ouvinte. Se no trabalho anterior poderíamos ter uma certa comparação com os momentos engraçadinhos do Eminem (nem tanto, claro), aqui temos algo que pode se assemelhar ao single "I'm Not Afraid", também do Eminem.


Apesar de estar começando a aparecer agora, ainda consigo enxergar melhores méritos musicais nele do que no Eminem, por exemplo. Talvez este álbum seja o magnum opus, com toda a inspiração possível que Macklemore pôde juntar. Enquanto Eminem já deixou para trás o que de melhor poderia ter feito faz tempo. Uma renovação no combalido e saturado mercado do Rap é algo bom e necessário.

Se você é fã do Eminem, não fique bravo. Acredito que as chances de você gostar do trabalho de Macklemore são grandes. A distinção não é lá tão grande. Até mesmo as semelhanças físicas (embora poucas) são notáveis.

Obs: Pensando bem, ele não lembra um vilão da série 007. Ele lembra uma lésbica...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

AMR - 2000's Jukebox 11

Artista: Shaggy (22/10/1968)
País de Origem: Jamaica
Hits: "Boombastic", "It Wasn't Me", "Angel"
Hit da Jukebox: "It Wasn't Me" (2000, #1US - #1UK)



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O Shaggy tem uma voz chata. Se tratando dos rappers em geral, o que eu disse não acaba sendo qualquer novidade. Todavia, existem casos onde a qualidade musical pode traspassar a mediocridade vocal do sujeito. Isso, claro, é raro. O primeiro grande hit de Shaggy, "Boombastic" (1995), era de fato interessante, porém não havia o suporte vocal de algum outro artista cantando para amenizar a chatice da cantilena rapper. A canção não se sustentava por si apesar do potencial e desestimulava o ouvinte. Chegar ao seu fim meio que tornava-se um suplício.

Cinco anos depois do álbum Boombastic (que, aliás, levou um Grammy de Melhor Álbum Reggae!), Shaggy veio com um ainda mais bem sucedido, o Hot Shot. Dele saíram canções como "It Wasn't Me" e "Angel" (esta última, contendo partes de "Angel of the Morning" de Merrilee Rush, samples "The Joker" de Steve Miller e vocais de Rayvon). Outros single foram hits menores e não representativos. Mas o que com certeza pode-se destacar do Shaggy é "It Wasn't Me".


Escrita por Shaggy e outros escritores adjuntos (incluindo o vocalista da faixa, Rikrok), esta canção não estava nos planos da gravadora para ser single. Primeiramente "Dance & Shout" (que contém samples de "Shake Your Body" dos Jacksons, 1978) foi lançada. Porém "It Wasn't Me" acabou se tornando muito mais popular e então foi lançada. E como o Shaggy não seria capaz de segurar uma canção sozinho, Rikrok foi o (bem) designado para cumprir a tarefa de vocalizar decentemente a canção. Cumpriu seu papel com êxito.

E o mais surpreendente é que a melhor canção do Shaggy não utiliza nenhuma outra como base de forma alguma! De fato, isso foi um feito e tanto. Depois do álbum Hot Shot, o rapper nunca mais conseguiu alcançar qualquer nesga deste sucesso. Mas de qualquer forma, deixou um single legal nas paradas, um que vale a pena.

sábado, 11 de maio de 2013

AMR - Feel This Moment (Pitbull)

Análise: Quarto single do álbum Global Warming, do Pitbull. Lançado em Fevereiro de 2013, alcançou #8US e #5UK.




Sinta! É o momento de ir embora...

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Quem é que nunca ouviu "I Know You Want Me (Calle Ocho)" (bastante associada ao Pânico na TV) ou "Hotel Room Service"? Foram canções que marcaram o ano de 2009 e também encheram bastante o saco de tanto que tocou. Apesar do rapper Pitbull (que estupidez é essa de colocar nome artístico como de raças de cão? pior que isso talvez só o Snoop Dogg) já ter lançado trabalhos desde 2004, ele só chegou a ser mundialmente conhecido com o álbum Rebelution.

Mas é válido lembrar que dificilmente (não consigo me recordar de nenhum) um rapper consegue segurar um álbum inteiro sozinho. Baseado nisso, eles são muito ouvidos em gravações de outros artistas como participação especial. É uma maneira do ouvinte não ficar de saco cheio de tanto ouvir ladainha e poder apreciar algo melodioso na gravação. Os maiores exemplos no caso do Pitbull: "I Like It" com Enrique Inglesias, "DJ Got Us Fallin' in Love" com o Usher, "On the Floor" com a Jennifer Lopez e "Rabiosa" com a Shakira. Fora várias outras participações menos cotadas.


Pitbull tem o auxílio de Christina "Gordinha" Aguilera e também deve agradecer e muito ao pessoal do A-Ha por autorizarem o sample da canção "Take On Me", clássico da banda. O rapper aqui se utilizou de dois grandes artifícios que salvaram a canção: os vocais de uma cantora tecnicamente boa e uma base consagrada. De resto, ele não precisou fazer muito esforço. Aliás, ele não ter participado, deixando linhas para Aguilera cantar, sequer faria grande diferença - principalmente que a voz dele não é lá muito agradável, talvez de fato um pitbull possa latir mais afinado do que este cara "canta".

A canção não é ruim, de verdade. Não é a grande maravilha do ano de 2013, mas de qualquer maneira o pessoal das pistas de dança têm aqui um grande produto para usufruir. Seus singles de destaque, vindos do começo da carreira, foram esmagadores (dentro do limite do possível), mas não foram, de forma alguma, tão bons em qualidade quanto este...

sábado, 4 de maio de 2013

AMR - 90's Jukebox 14

Artista: Coolio (01/08/1963)
Origem: Estados Unidos da América
Hit da Jukebox: "Gangsta's Paradise" (#1US - #1UK, 1995)



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Bem, eu execro o Rap. Acho um estilo pedante, limitado e que pode funcionar bem quando reduzido às corriqueiras participações especiais. Três ou quatro minutos da ladainha recitada dá nos nervos -salvo raríssimas exceções, como "Rapper's Delight(com samples de "Good Times" do Chic) e "Apache" (se bem que esta não se sustenta tanto assim) do Sugarhill Gang . Resumindo, o Rap é como um trompete: tem momento certo pra ser usado, e saindo disso, fica insuportável.

Coolio (Artis Leon Ivey Jr) teve seu primeiro álbum lançado em 1994, mas foi em 1995, com o álbum Gangsta's Paradise, que ele obteve reconhecimento. O single de mesmo nome foi o grande projeto de sua carreira (até hoje), sendo primeiro lugar nas paradas em vários países do mundo. Fez parte da trilha do filme Mentes Perigosas, com Michelle Pfeiffer (inclusive com participação da mesma no vídeo-clipe). Aliás, o vídeo foi vencedor do MTV Video Music Awards de 1996 por Melhor Vídeo-Clipe de Rap - Coolio disse que o grupo Bone Thugs-n-Harmony que merecia o prêmio, mostrando uma humildade não característica dos rappers que acabam sendo representados por egos inflados como Kanye West...


Mas devo dizer que a estatueta do Grammy de Melhor Performance de Rap Solo que Coolio ganhou tem que ser, em partes, dividida em mérito. Tudo porque a base da canção foi emprestada de "Pastime Paradise" de Stevie Wonder, do álbum Songs in the Key of Life de 1976. Coolio projetou o clima da canção para uma atmosfera desolada, tratando da vida de um membro de gang afro-americano insatisfeito com sua condição criminosa (eles se intitulam "gangsta", numa possível e chula referência aos gangsters). Já a canção de Stevie Wonder nos remete à paz e tranquilidade. Wonder chegou a cantar com Coolio e L.V. (outro envolvido na canção) durante o Billboard Awards de 1995.


Outro momento marcante envolvendo a canção foi a paródia feita pelo divertido Weird Al Yankovic, cantor e parodista conhecido por fazer versões bem humoradas de várias canções. A chamada "Amish Paradise", de 1996, brinca com o povo Amish (grupo religioso cristão famoso por uso restrito de equipamentos eletrônicos, vivendo de uma maneira que lembra bastante séculos atrás). E não é que a paródia ficou tecnicamente melhor que o parodiado?

Coolio ficou bravo e reclamou dizendo que Yankovic não lhe pediu permissão para fazer a paródia (embora isso não seja legalmente necessário e que Yankovic tenha pedido, sim, autorização para lançar o single para a gravadora). Yankovic acabou pedindo desculpa que foram aceitas de má vontade. Mas pelo visto os problemas não mais existem, pois os dois participaram de um evento juntos na época do ocorrido (e até mesmo anos depois, quando já não havia mais nenhum interesse comercial no encontro). Após este ocorrido, Weird Al passou a pedir autorizações diretamente para o artista, afim de evitar conflitos do tipo.

Weird até mesmo zoou o cabelo do Coolio!

Em 2006, após dez anos...

No final das contas temos uma conta balanceada. Uma canção muito bela de um artista lendário, uma versão desta em Rap que não é ruim para um Rap, e uma divertida e bacana versão parodiada por um grande nome do gênero. Coolio nunca mais alcançou a marca que chegou com "Gangsta Paradise" e Weird Al Yankovic seguiu fazendo suas divertidas versões e medleys polka. Mas também, com tantos rappers por aí, quem vai dar por falta?

Stevie Wonder - Pastime Paradise


"Weird" Al Yankovic - Amish Paradise

domingo, 17 de março de 2013

AMR - Thrift Shop (Macklemore)

Análise: Quinto single do álbum The Heist, do rapper Macklemore. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #1US e #1UK.



Isso parece uma vinheta da MTV

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Bem, o único motivo para eu ter cogitado resenhar este single é que ele acabou por chegar ao primeiro lugar de várias paradas musicais do mundo. Esclarecido isso, vamos para uma micro-biografia do rapper. Macklemore (nascido Ben Haggerty, em Junho de 1983), iniciou-se na música em 1999, produzindo suas canções de maneira independente. Chegou a lançar um EP no começo da carreira e um álbum independente um tempo depois. Seu primeiro álbum só foi sair agora em 2012, gerando, um total de 5 singles. Através do produtor Ryan Lewis que Ben conseguiu uma maior projeção.

Bem, o tal de Macklemore é curioso. Ele tem cara de vilão dos filmes do James Bond, é um rapper branco, como o Eminem (este comentário foi do tipo "caras brancos não sabem enterrar", hahaha...), e teve que vencer um período de 14 anos até conseguir sua oficial e "magnânima" estreia. Considerando a demora para chegar ao sucesso, esse cara vai chegar no nível de um Jay-Z aos 80 anos...


Eu fico pensando no seguinte fato. Foram necessários 5 singles para ele finalmente chegar no pináculo da glória, o sucesso reconhecido. Fico pensando se os quatros singles anteriores eram realmente tão ruins assim ou se foi apenas uma escolha errônea na ordem ou nos títulos lançados. Se for a primeira opção, incompetência do Ryan Lewis. Se for a segunda, incompetência de quem selecionou os singles.

Mas se concentrando agora na música em si, tenho que dizer: é legal! Bem, é a mesma pompa de sempre na hora de recitar o Rap (é difícil se livrar deste tipo de chatice), mas num contexto geral, fica muito acima da média. A coisa toda meio que não se leva a sério. Tipo alguns "clássicos" feitos pelo Eminem. Só que em vez de utilizar os outros como escada, Macklemore consegue fazer algo interessante a sua maneira. Pelo menos enquanto a megalomania não tomar conta...

Um rapper ficar a cima da média é algo surpreendente, embora não abra qualquer esperança para o futuro. Só o torna mesmo chato e tortuoso. Agora é só esperar ele produzir mais coisas interessantes e vê-lo atuar como um vilão na série 007.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AMR - That's All She Wrote (T.I.)

Análise: Terceiro single do álbum No Mercy, do T.I.. Lançado em Janeiro de 2011, alcançou #18US e #158UK.




Ela escreveu: what the fuck?

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Honestamente, se T.I. continuar neste ritmo, as pessoas vão começar a se perguntar do que diabos se trata quando ele for citado. Isso se tal suposição já não estiver ocorrendo. Acredito que os trabalhos mais reconhecidos de T.I. tenham sido com Justin Timberlake (este que, aparentemente, largou o mundo da música para se dedicar ao cinema, num gesto de sensatez musical e insensatez cinematográfica) e Rihanna (com a péssima e horrorosa "Live Your Life", onde resgatam das profundezas do inferno musical a canção "Dragostea Din Tei"). Muito para os outros artistas, pouco para o rapper.

Tenho que dar crédito ao fato de T.I. ser um dos melhores em sua área. Sua colaboração no single "My Love" do Justin Timberlake foi acima da média, não sendo chato ou pedante e terminando na hora certa. Mas isso faria dele um mero "One Rap Wonder" desprezível. No que tenho que me perguntar: seria ele capaz de ser mais relevante do que isso?




Tirando a batida característica do Hip Hop, a canção tem um fundo musical até que promissor. Mas esta impressão logo desaba com a parte vocal, que não passa de mais do mesmo - a mesma cantilena homogênea de sempre. E o rap de T.I. está apenas adequado ao projeto, sem nenhum tipo de maneirismo ou diferencial para diferir as coisas. Eminem é o Eminem, e enquanto ele não desistir de tentar qualquer projeto sério pra voltar ao engraçadinho, ele vai se manter na falta de interesse na qual se encontra.

De um modo geral, a canção não é tão ruim assim - existem exemplares bem piores do gênero vindo de qualquer direção (obviamente não é novidade alguma). Mas pra um mercado saturado e com um apelo não tão popular, não é o suficiente para sair das sombras e buscar um lugar ao sol (o pessoal da Inglaterra entendeu bem isso). Até porque no caso destes caras haveria muita fumaça cobrindo o sol, se é que me entende...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

AMR - Desastres do "Pop" 6 - Grillz

Grillz. Quem vive aqui no Brasil está acostumado com coisas que viram moda e são esfregadas na nossa cara com um rótulo de obrigatoriedade. Desde coisas mais banais como aquele maldito brinquedinho que é uma corda com duas bolas na ponta que ficam batendo uma na outra fazendo um baralho irritante, passando por mini-skates de dedo,iô-iô, até o mundo da moda que anda cada vez pior. Mas deve dizer que a moda ser algo idiota e constrangedor não é exclusividade nacional - especialmente se você acompanha aquela futilidade abismal que é o mundo fashion das passarelas. E o que quero dizer é que lá por 2005, um acessório tornou-se muito popular nos Estados Unidos (e talvez até fora de lá). Seu nome? Grills. Seria uma espécie de dentadura ou aparelho móvel feito de "ouro", que te deixa parecendo alguém que, por falta de sorte ou descuido puro, perdeu todos os dentes e teve que substituí-los por estas próteses.

Este discurso todo é pra dizer que este improvável e ostentador acessório viu tema de música. E claro que algo tão metido a besta e de mal gosto só poderia ser cultuado por rappers. E o cara da vez foi o Nelly que conseguiu se consagrar e se superar, produzindo uma das piores coisas já ouvidas nesta década que passou. Sobre Nelly, acho que dispensa apresentação. Estourou em 2002, com destaque para "Dillema", com participação da esquecida Kelly Rowland, saída do seu segundo álbum, Nellyville. Fora que o cara já angariou até mesmo o prêmio Grammy. Bem, ele precisava derreter alguma coisa pra fazer seu grills...


Grills poderia ser uma máscara, pra cobrir toda a cara logo...

|Este veículo escroto de mal gosto chegou em primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos e ainda foi indicado a um Grammy!!|

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O rapper Nelly (nascido Cornell Iral Haynes Jr, em 2 de Novembro de 1974) começou sua carreira nos anos 90, no grupo de Rap St. Lunatics e saiu para carreira solo em 2000. Seu primeiro álbum saiu em Country Grammar, ainda em 2000.
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Não que as coisas tenham de fato melhorado no mundo da música, mas 2005 foi um ano de destaque musical, negativamente falando. O estouro do Charmillionaire, 50 Cent estava mais em destaque que nunca e RBD existia. Era muita coisa ruim pra um ano só. E como é de se reparar, um ano de boa safra (se é que isso é possível) para o Rap e Hip-Hop. Poucas coisas poderiam ter sido tão idiotas e inacreditáveis quanto "Candy Shop" do 50 Cent - uma daquelas balas que ele tomou deve ter se alojado no cérebro pra ele ter feito algo assim, só pode...


Porém, por incrível que pareça, algo conseguiu ultrapassar este single medíocre. Sim, algo  teve a capacidade de ser pior. E isso veio de um lugar obscuro. Foi do Nelly que saiu mais uma tragédia musical do novo século. E tirando uma parceria com a Fergie no single "Party People", ele não conseguiu nada mais relevante que isso. Muito tempo antes, Nelly fez um single bem divertido, que acabou indo parar na trilha sonora do filme Todo Mundo em Pânico 2, chamado "Ride Wit Me" com seu antigo grupo, o St. Lunatics. E basicamente, qualquer coisa que possa ter qualquer interesse ou relevância na carreira do Nelly acaba exatamente aqui.


"Grillz" tem aquele clima banal e desolado que parece fazer a alegria dos produtores e artistas do Rap. Nada de realmente interessante ou inovador. Apenas a mesma cantilena tediosa e participações de outros rappers que nada ajudam o acrescentam ao projeto - o Nelly poderia fazer tudo sozinho que a coisa toda ia ficar na mesma. A propósito: o quão idiota e estúpido você tem que ser para dedicar tanto tempo e dinheiro em uma  música que fala sobre um tipo de dentadura que deixa o usuário com uma aparência de boca podre? É realmente muita falta de assunto ou um poder de futilidade incrível...


...

Participando da canção (não creditados) e do vídeo-clipes, temos Paul Wall e Ali & Gripp, o que significa menos que nada. Até o Big Boi do Outkast apareceu no vídeo-clipe e pergunto: e daí? O Jermaine Dupri foi responsável por esta baderna e agora entendo o fim do seu relacionamento com a Janet Jackson... Só não consigo entender uma indicação ao Grammy. É realmente muita falta de algo relevante...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

AMR - Everyday is Money (Soulja Boy)

Análise: Primeiro single do álbum Maserati Boys, do Soulja Boy com Ja-Bar). Lançado em 2011.



Ou "Massante Boys"...

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É... Por incrível que parece, o arremedo de rapper Soulja Boy continua na ativa mesmo após o fracasso de The DeAndre Way e alguns shows cancelados por falta de público. Aliás, o próximo álbum solo é intitulado Promise, e eu digo: promete ser tão ruim quanto o último. O fato de se unir, tão cedo, a outro artista da mesma estirpe, dividindo um projeto, mostra a a falta de cacife do jovem rapper para seu duvidoso futuro.

Eu ainda não consegui descifrar o grande mistério de "Crank That (Soulja Boy)". É, simplesmente, uma das piores coisas já surgidas no gênero e quiça da música como um todo. Mesmo assim fez todo mundo dançar usando aquele passinho ridículo. Nesta boleia desajeitada já foram muitos outros como T-Pain e Lil Wayne, todos com resultados tão desastrados e constrangedores quanto - e infelizmente com o mesmo potencial popular. (E depois dizem que o Rock é que é do diabo...)


De qualquer maneira, "Everyday is Money" não é exatamente a cara de um projeto do Soulja Boy, o que é compreensível. Afinal, se ele continuasse com aquele estilo pedante, egocêntrico e babaca, a única coisa que ele conseguiria seria a falência. O fato de outro artista estar envolvido ajuda muito. Pois se não soa como algo do Soulja Boy já é uma vantagem e tanto! Mas, olhando sobre uma vista geral, não passa de mais um projeto de Hip Hop sem qualquer originalidade ou inventividade - coisa que já virou uma característica do gênero (cada vez mais saturado). Ouvir algo vindo de um artista como Soulja Boy esperando algo inovador é realmente perda de tempo. "Crank That" foi o cartão de visitas e "música engraçadinha" por 5 minutos e nada mais que isso. O próprio Soulja provou isso quando tento repetir a fórmula em "Pretty Boy Swag" e amargou um fracasso constrangedor.

Se você é fã da mais comercial "Kiss Me Through the Phone" tem que passar longe desta. Você não vai encontrar nada aqui, apenas perda de tempo na vida. E se você se pergunta "mas o que o Soulja Boy ainda está fazendo no mundo da música?", pode perfeitamente se perguntar: "quem diabos é Ja-Bar?". Ainda insisto que o melhor possível é ouvir o que o Sugarhill Gang produziu a décadas atrás...

Ps: você que é fã de Rap e defende coisas como isso, já sequer ouvir falar de Sugarhill Gang?

terça-feira, 29 de maio de 2012

AMR - Desastres do "Pop" 5 - Money Maker

Depois de mais de um ano, o Desastres do "Pop" aqui se encontra para botar o dedo em riste contra o lixo tóxico que a indústria musical insiste em derramar nos nossos ouvidos! Pode parecer preconceito, mas parece que o Hip-Hop e Rap insistem em andar na linha da ruindade. É realmente difícil você ouvir alguma coisa que possa chegar perto de satisfatório neste ramo - dedos sobram. E é exatamente isso o que acontece quando se junta o Ludacris e o Pharrell em um mesmo estúdio, numa mesma gravação.

Seu primeiro lugar na parada saiu do terceiro álbum, Chicken-n-Beer, e chama-se "Stand Up" - que com certeza não teve graça alguma. E depois do seu segundo topo com "Money Maker", felizmente ele não conseguiu mais chegar lá. E a culpa não é atribuída apenas a ele, mas também ao Pharrell e o The Neptunes.


Exatamente, o negócio é sempre o dinheiro...

|Este legítimo desastre se tornou um grande sucesso nos Estados Unidos e ainda faturou um Grammy!|

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O rapper Ludacris (nascido Christopher Brian Bridges, em 11 de Setembro de 1977 - olha a data de nascimento do rapaz!) começou sua carreira nos anos 90, mas especificamente em 1998 e conseguiu lançar um trabalho oficialmente em 2000, com o álbum Back for the First Time.

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Estamos em 2006, um ano muito produtivo para o campo do Hip Hop e Rap. Produtivo não por ter forjado verdadeiros clássicos do gênero, mas sim por uma cambada de gente querer ganhar dinheiro em cima disto e, por consequência, saturar um mercado que já está injustificadamente "bem" preenchido. Temos Timbaland destilando toda sua falta de modéstia e Justin Timberlake achando que realmente é um grande artista. Um ano nada fácil para a música.


Aparentemente, precisavam de um hit de verão para preencher tal lacuna. E adivinhe só o que é que foi escolhido para ingrata tarefa? Misturar Ludacris e Pharrell um mesmo projeto deveria ser considerado atentado ao violento aos ouvidos... Num ano que o ritmo estava em alta e que ambos estavam na onda da badalação, o desastre iminente era inevitável. Talvez tão ruim seria uma união entre Lil Wayne e T-Pain ou Flo-Rida com o diabo, sei lá... Apenas para termos uma ideia de como as coisas estavam na época, "Money Maker" tirou "SexyBack" do Timberlake do primeiro lugar e depois foi substituído por "My Love", também do Justin! Sem contar "Grillz" do Nelly, "Ridin'" do Chamillionaire e "London Bridge" da Fergie.




Uma coisa que eu sempre falo, e até mesmo já posso incluir como vetor de ruindade, é o fato de rappers não se conterem quando estão em um estúdio e berrarem ao fundo como se fosse alguma comunicação tribal. Isso é de extremo mal gosto de muito irritante. Fora que chamar o Pharrell para participar cantando é algo meio inócuo. Tirando a sua participação em "Beautiful" do Snoop Dogg, seus vocais são ínfimos - na sua participação no single "Give It 2 Me" da Madonna, se você espirrar não percebe que ele está lá. Um intérprete de linguagem de sinais seria mais notado.




Sem comentários...


Aparentemente esta foi uma espécie de releitura do clássico de Elmore James, "Shake Your Money Maker". Se isso era pra ser uma homenagem, talvez ficar quieto seria a melhor maneira de homenagear. Clássicos não precisam de releitura, por mais que os "gênios" da atualidade pensem o contrário.


Diz aí, Elmore!



segunda-feira, 14 de maio de 2012

AMR - Pass At Me (Timbaland)

Análise: Segundo single do álbum Shock Value III do Timbaland. Lançado em Setembro de 2011, alcançou #104US e #40UK.



Timba quem mesmo?

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Engraçado pensa que a pelo menos uns 5 anos o Timbaland saia por aí dizendo que era o melhor produtor de sua geração, tirando vantagem de seus feitos na indústria pelos cantos e esbanjando seu egocentrismo e falta de modéstia por todos os lados. E agora a situação parece ter se voltado contra ele. O desaparecido Timbaland chamou para participar do seu álbum o aparecido Pitbull, o famoso rapper arroz de festa. Se JK queria fazer 50 anos em 5, Timbaland resumiu um carreira inteira neste mesmo tempo. Vale lembrar que Quincy Jones tem mais de 50 anos de carreira e, apesar de não ter os holofotes sobre si (até porque, a esta altura, ele não quer nem precisa disso), continua requisitado e notório.

O terceiro álbum de Timbaland continua sobre o projeto "Shock Value", que consiste em composições misturando o Rap e o Hip Hop com outros estilos, geralmente relacionados aos artistas convidados. E como se pode analisar, a fórmula está desgastada e enfraquecida, já que partimos de um primeiro álbum consideravelmente bem sucedido, passando por um segundo álbum de pouquíssima repercussão e chegamos em um terceiro álbum que ainda não foi lançado, mas pelo fato de Timbaland correr o risco de ter que se apresentar novamente para pessoas que podem ter esquecido quem ele é já nos dá uma visão da coisa. (Se bem que só o fato dele não precisar explicar que não é um cosplay do Sherman Klump, o Professor Aloprado, já é uma grande coisa.)


O single em questão é basicamente um tipo de projeto pré-moldado já específico. O que significa que todas as canções do Pitbull tem que ter mais ou menos 50% de similaridade. E o fato de Timbaland ter dividido a produção com o David Guetta e mais algum agregado e a coisa soar como uma música do grupo LMFAO (um dos nomes mais estúpidos já dados a um projeto musical) só deixa a coisa mais confusa, com gosto de chiclete mascado. Pelo menos não teve nenhuma participação nada especial de gente como Lil Wayne pra deixar a coisa mais densa. Já se ouviu isso por aí antes e não há necessidade de repetição - já foi feito melhor e pior do que isso, o que torna tudo "encher linguiça".

Eu ia me perguntar o motivo de o Timbaland não sair por aí dizendo que é o cara, o melhor no que faz e etc nestes últimos dias, mas lembrei que primeiro ele tem que lembrar o pessoal de que eles está vivo. Já Pitbull vai continuar faturando por aí com suas aparições e dificilmente vai fazer algo igual a "I Know You Want Me (Calle Ocho)" e "Hotel Room Service" outra vez. David Guetta vai continuar exatamente na mesma por tempo indeterminado e a vida vai correndo. Fico me perguntando se o sumiço da Nelly Furtado e do Justin Timberlake tem algo a ver com o agouro do rapper...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AMR - Stupid Hoe (Nicki Minaj)

Análise: Segundo single do álbum Pink Friday: Roman Reloaded, da cantora e rapper Nicki Minaj. Lançado agora em Dezembro de 2011, alcançou #59US e #63UK.


Auto-crítica?

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Vejamos... quem diabos é Nicki Minaj? Primeiro, seu verdadeiro nome é Onika Tanya Maraj. E, para não ajudar muito, revelo o fato de a moça ser natural de Trinidad e Tobago. Ou seja, nem se o sujeito fosse um artista do Rap saído, sei lá, de Plutão ele seria tão underground. Talvez esta seja uma espécie de tentativa de resposta ao fato de uma cidade como Zanzibar, na África, ter gerado um artista como Freddie Mercury. Só que aqui tivemos algo beeem diferente. Tipo: o que Trinidad e Tobago tem? A Nicki Minaj, mas veja bem, nossas praias são tão lindas...

Minaj conseguiu grande projeção com seu álbum, Pink Friday. O que teve de maior destaque nele foi o single "Super Bass". E apenas por isso ela já vem sendo considerada uma grande revelação do Pop mundial. Por muito menos tiver alçada a um estrelato injustificado gente como Britney Spears, mas enfim. Cada país tem a estrela Pop que merece (nós temos o Michel Teló e o Luan Santana - o que prova que deus não é brasileiro).


Basicamente, a carreira de Nicki se reveza entre dois itens básicos: ora uma melodia Pop fácil e grudenta, ora a utilização de uma figura bizarra e pouco convencional - mais ou menos o que Lady Gaga faz. Porém a coisa toda acaba soando com gosto de chiclete mascado. Você já viu aquilo uma vez, da segunda vez não vai ter graça. E no fundo eu vejo que a real necessidade de entretenimento dos norte-americanos é uma figura mais bizarra e qualquer coisa para assoviar, em detrimento de algo realmente valoroso.

E o vídeo-clipe de "Stupid Hoe" está gerando polêmica (quem se presta a gerar polêmica é um babaca qualquer, na boa) e censura nos EUA por causa da palavra "hoe" (que significaria "vadia") e outras coisas. Pra mim esta censura é pela ruindade da coisa toda, pois babaca mesmo é a canção, com a artista mostrando uma limitação irritante no seu "cantar". Minaj se enquadra perfeitamente em qualquer categoria que se possa rotular como bizarro. É uma das piores coisas feitas neste ano que passou, sem dúvidas.

E no final, eu digo: esta canção é uma auto-crítica? Bem, considerando o fato dela ter se esfregado num cara sem camisa no vídeo-clipe de "Super Bass" sem motivo aparente, sim, só pode ser. Ela nunca ouviu "Stupid Girls" da P!nk?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

AMR - Can a Drummer Get Some? (Travis Barker)

Análise: Primeiro single do álbum Give the Drummer Some, do baterista Travis Baker, do Blink-182. Lançado em Fevereiro.


Hum, talvez...

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O Blink-182 era (ou é, já que estão voltando) uma banda legal. Tinham canções interessantes e atitudes inusitadas e divertidas. Porém, por um lado, quem pode ser considerado um cara legal de verdade é seu baterista, Travis Baker. Certa vez, no começo da carreira, o Blink-182 ia fazer um show, quando foi abandonados pelo baterista e Travis assumiu as baquetas e teve de aprender o set todo do espetáculo em aproximadamente 25 minutos antes de pisar no palco. É... além de um cara legal, ele entende bem da coisa.

Logo após o fim do Blink-182 em 2005, Travis se envolveu em vários projetos, como por exemplo a banda +44 (que também tinha como membro Mark Hoppus, seu antigo companheiro de Blink), que tinha o um single legal ("When Your Heart Stops Beating". Fora seu envolvimento com vários artistas do Hip Hop, que influenciou bastante no seu projeto solo. O álbum recebeu o nome de Give the Drummer Some e contou com a participação de artistas como Ludacris, Lil Wayne, Pharrell, Snoop Dogg, Lupe Fiasco e Swizz Beatz. Ou seja: analisando este cast, imagina-se que o resultado final do projeto é uma bela merda...


E ouvindo "Can a Drummer Get Some", apenas ouvimos um tipo peculir: um Rock meio desolado, alternativo, em meio aos "relatos" tradicionais dos rappers. Lil Wayne, Rick Ross, Swizz Beatz e Game estiveram nesta "pérola", o que dá a impressão de haver muito mais gente do que deveria. Talvez apenas um deles fosse o bastante para dar o recado da maneira correta e encerrar a conta. Mas como Barker é muito amigo desse pessoal, ele resolveu encher o estúdio. Claustrofobia pura...

Nada de novo saiu daqui e nem era de se esperar. Travis Barker é apenas um bom baterias com grande inclinação para o Rap e Hip Hop e que quis lançar um projeto no ramo. Não é algo vistoso e ele sabe disso - e obviamente não era intenção nem pretensão dele ser algo grande. Quem gosta muuuuuito deste estilo ou é chegado em um dos artistas envolvidos pode ouvir sem riscos. Agora, o resto do mundo pode esperar a volta do Blink-182...

sábado, 21 de maio de 2011

AMR - 2000's Jukebox 7

Artista: Diddy (04/11/1969)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Hip-Hop, R&B, Rap
Hits: "Can't Nobody Hold Me Down", "I'll Be Missing You", "I Need a Girl (Part One & Two)", "Last Night"
Hit da Jukebox: "Last Night" (2007, #10US - #14UK)


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Bom, primeiramente, Diddy é um artista bem conhecido. Mas como a canção em questão é realmente do meu agrado, resolvi inclui-la nesta Jukebox. A mais rica figura da história do Hip-Hop (não, não é o Jay-Z, por incrível que pareça),com toda sua pompa e arrogância típica dos artistas do gênero - e sendo artista deste gênero - conseguiu produzir canções interessantes. A homenagem ao falecido rapper Notorius B.I.G., "I'll Be Missing You" (que sampleia "Every Breath You Take" do The Police) é bem bonita, mas por ser um sample de um grande clássico dos anos 80 e a contribuição de Diddy sendo seu rap, dificilmente dá pra colocar os créditos nele. Já na mais recente "Last Night" o crédito também não pode ser muito bem direcionado a ele pela participação de Keyshia Cole, que salva a canção por cantar, pura e simplesmente.

Mas verdade seja dita: a batida e a atmosfera criadas por Diddy e Mario Winans (produtor, cantor e multi-instrumentista e trabalhou predominantemente com Diddy, mas já teve trabalhos com Tamia e Lil Flip) é envolvente, sem ser tediosa - apesar de ser um tantinho repetitiva em alguns momentos. Poucas vezes o Hip-Hop conseguiu ser tão interessante, minimalistamente falando, quase conceitual. O que, vindo de um artista que é bem famoso, mas não tem grandes trabalhos e reconhecimentos no mainstream (mais ou menos o Jay-Z sendo casado com a Beyoncé, por exemplo) é bem relevante.


Mas é claro que quando se trata do mundo maravilhoso do Rap e Hip-Hop (e, claro, de Diddy), ele não poderia receber muitos créditos (que já lhe foram tirados em 50% por Keyshia Cole, no caso desta canção). "Last Night" utiliza como sample uma variação da batida de uma canção relativamente desconhecida: "Erotic City", do Prince, canção lançada originalmente em 1984 com um lado B. Mas tudo bem, não vou só meter o pau... O que Diddy e Mario fizeram é bem mais interessante e atrativo do que a canção do Prince. Algo que vale a pena ouvir.

quarta-feira, 23 de março de 2011

AMR - Look At Me Now (Chris Brown)


Análise: Segundo single do álbum
F.A.M.E., do Chris Brown. Lançado em Fevereiro, alcançou #11US.


Olhar pra qual dos três patetas?

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Bem, como todo mundo quer acreditar, "águas passadas não movem moinhos". E se tem alguém que está desesperadamente atrás do cumprimento deste ditado é Chris Brown. Ele está na situação "desci a sova na minha namorada, mas a vida continua" - e um julgamento que pode pôr Brown atrás das grades por 5 anos. Tudo bem, as pessoas erram e se arrependem, mas se você aí está pensando em dar um cassete na sua namorada, para pra pensar que ela não tenha a sua mesma estatura para aguentar...

Voltando para a música, o que se ouve dos trabalhos dele não nos inspira a acreditar que ele quer colocar a carreira nos trilhos. O caminho um tanto quanto alternativo e nada comercial que ele andou ciscando não serviu de nada para que ele mostre o que supostamente sabe fazer de melhor: fazer música. "I Can Transform Ya" mais parece uma demo gravada em fita K7 antiga (do tipo toda embolorada) e "Yeah 3x", apesar de ter mais ânimo (e meio que tentar emular de alguma forma a sua "Forever", não colou.


O que veio a seguir é uma colaboração com outros artistas do Hip-Hop. No caso, foram chamados Lil Wayne e Busta Rhymes. Geralmente a presença destes caras apenas garante uma chatice sem limites (como se o Chris Brown sozinho já não fosse o bastante), mas o projeto é levado parecendo mais uma espécie de disputa para ver quem consegue se dar melhor como narrador de rodeio - a velocidade com o qual eles fazem seu rap (especialmente Busta Rhymes) chega até a ser divertido (provavelmente por não se entender nada do que está sendo dito).

O clima cadenciado, intimista e cheio de climas clichês do Hip-Hop permeiam e simplesmente estão ali - não dão destaque nem chamam a atenção por qualquer motivo; e, considerando o fato de que o objetivo da coisa é comercial e que Chris Brown precisa voltar para o mainstream, a coisa toda parte para um suicídio comercial. Fora que o vídeo-clipe é underground demais e mostra uma coisa que nos vídeos anteriores não estava muito claro: Brown está começando a se mostrar um dançarino limitado, relegado a um estilo só, sem grandes surpresas. O cara já não canta bem, bate em mulher e ainda por cima não tá mais dando certo dançando? Ele vai acabar sendo apresentador de programa dominical ou integrante do programa Lengedários, tamanha inanição artística...

Enquanto Phil Collins se aposenta, e outros artistas estão na estrada apenas expondo seu imenso portefólio artístico (como Eric Clapton, Elton John e Stevie Wonder - os dois primeiros, apesar de ainda lançarem material, já não têm a mesma reinvenção de suas carreiras), gente sem brilho como Chris Brown vai continuar tentando se manter no topo com trabalhos inócuos. Vale lembrar que Brown começou com 16 anos. Justin Bieber também. Tudo o que podemos dizer é:

1 - Cuidado, Selena Gomez!

2 - Nada está tão ruim que não possa piorar...