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sexta-feira, 21 de junho de 2013

AMR - What About Us (The Saturdays)

Análise: Single do EP Chasing the Saturdays, do grupo The Saturdays. Lançado em Dezembro de 2012, alcançou #1UK.



É... dão um caldo...

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A Inglaterra tem uma propensão incrível a gostar de grupelhos vocais. Westlife, Five, Spice Girls, Girls Aloud e mais uma infinidade que não vale apena citar são sucesso garantido entre os súditos da rainha. No final dos anos 90 em diante, este estilo musical dominou as paradas. Hoje em dia não é tão forte, mas ainda existem representantes dos movimentos.

E um destes representantes é o grupo The Saturdays. Criado em 2007, tem integrantes que com idades que variam dos 23 anos até os 31 e apenas dois dos quinze singles lançados no Reino Unido não foram top 10 nas paradas. Certamente é o tipo de coisa que deixa Liam Gallagher e seu Beady Eye tão furiosos...


E após seis anos de existência, elas finalmente alcançaram o topo com o single "What About Us". Uma canção puxada para o Electropop, porém com uso abusivo do artifício do de quem não sabe cantar: o Auto-tune. De qualquer forma, é uma canção interessante. Especialmente para quem gosta deste tipo de som.

Não são o futuro da música nem vão melhorar nada no combalido mercado atual. Mas dá pra se divertir. Mas devo lembrar que só vai funcionar para iniciados e simpatizantes. Caso contrário, volte para o Rock, ou o Blues, Jazz, Frevo, e até o odioso Sertanejo Universitário. Cada um é cada um...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

AMR - Blow (Ke$ha)

Análise: Segundo single do álbum Cannibal, da Ke$ha. Lançado em Fevereiro de 2011, alcançou #7US e #32UK.


Job! huahuahuahaa...

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Kesha. Ou Ke$ha, tanto faz. Honestamente, eu a considero uma espécie de mistério musical universal. Mistério de como ela conseguiu alcançar tal projeção, mistério de como ela conseguiu tocar no Rock in Rio 4 (se bem que isso não é bem um mistério, o $ no nome artístico dela responde esta), mistério as pessoas continuam ouvindo mesmo após o período de novidade. Além do álbum de estréia, Animal (de onde saiu seu grande hit, "Tik Tok"), ela também seguiu a estranha onda atual de lançar EPs, e se saiu com Cannibal (Animal, Cannibal, sacou?), que é de onde foi tirado o single em questão.

Se você não gosta da Ke$ha tem que ir se "keishar" com o Flo Rida que a colocou para fazer backing vocal no seu single "Right Round" (tá certo que foi não creditado, até porque ela não era ninguém para ter seu nome estampado na capa do single). Ele não sabia o que estaria por vir: música quase tão ruim quanto a dele. Pelo menos mais pegajosa, devo frisar.


"Blow" tem um excesso de efeitos sonoros e trabalha ostensivamente em cima daquelas bases já bem conhecidas de músicas eletrônicas. Sendo que os efeitos não são altos o bastante para sobrepujar a voz e os maneirismo vocais irritantes da Ke$ha - quando havia de fato um bom motivo para eles estarem lá, não são usados da maneira correta. Não há qualquer novidade na interpretação dela - é o mais do mesmo, jogando na retranca, não mexendo no time que (supostamente) está ganhando.


Este projeto, que claramente foi feito para pistas de dança sabe-se lá de que tipo de lugar, é apenas isso e se assume como tal. Ou seja: não venha buscar aqui o que encontrou em "Tik Tok", porque as coisas estão bem distantes. Se os produtores queriam algo próximo do primeiro grande single da Ke$ha, eles beberam uísque demais...


terça-feira, 7 de junho de 2011

AMR - On The Floor (Jennifer Lopez)

Análise: Primeiro single do álbum Love? da Jennifer Lopez. Lançado em Fevereiro, alcançou #3US e #1UK.


Jennifer Lambada?

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Após o álbum Brave se tornar sua pior investida comercial e Jennifer Lopez tentar comover seu público cantando sobre sapatos em "Louboutins", a chamada J-Lo agora está recorrendo ao passado para tentar se manter e aparecer. Isso é mais ou menos o que quase todo mundo anda fazendo por aí e o que os rappers já deixam anotado em seus bloquinhos de como fazer um rap. Agora eu pergunto: tendo as duas alternativas anteriores fracassado (o single "Louboutins" foi tão mal sucedido que deixou o posto de single carro-chefe e ficou de fora do álbum Love? e ajudou a encerrar o contrato com a Epic Records), será que a terceira é relevante?

Bem, vamos voltar aos anos 80. Em 1981 uma banda Folk da Bolívia, Los Kjarkas (que existem desde meados dos anos 60) lançou uma canção chamada "Llorando Se Fue". A princípio, não é exatamente uma canção muito fácil ou popular - mas houveram, ainda sim, várias outras versões feitas através dos anos 80 e até mesmo posteriormente.

E a mais famosa e mais bem sucedida versão veio de 1989 de um grupo francês chamado Kaoma. Como é que é? Kaoma é francês?? Sim, em partes. Os membros do grupo são de Martinica, Guadalupe e Brasil. E a vocalista, Loalwa Braz é a parte brasileira da coisa (carioca, pra ser mais específico). Um dos maiores sucessos da Lambada no Brasil é cantado por uma brasileira com um grupo formado na França. Isso sim é globalização!

Ou seja, de uma certa maneira, Jennifer Lopez se apoiou na lambada para seu próximo projeto. Só falta um dueto com o Beto Barbosa para a coisa ficar completa.


A presença do Pitbull ficou meio irrelevante. Esse cara já tá enchendo o saco - tá parecendo uma espécie de Timbaland versão cubana (ele tá muito, muito longe do que fez em sua participação no single do Usher, "DJ Got Us Falling in Love", que deve ser seu único momento memorável). Se tivesse colocado, sei lá, um cactus, um charuto (cubano) no lugar dele, muito provavelmente nem se notaria...

A canção é um Electropop ajustado ao estilo da chamada J-Lo, seja lá o que isso signifique. Entrega o que o pessoal quer: uma batida onde possam dançar enquanto enchem a cara. E apesar de alguns poucos momentos soar como algo dos anos 90 ou algo feito pelo Bob Sinclair (poucos, bem poucos momentos, devo ressaltar), Lopez não se saiu mal não. Esta é possivelmente sua melhor canção desde, sei lá, "I'm Glad" de 2003 ou "Love Don't Cost a Thing" de 2000.

Nos Estados Unidos, ela está sem um #1 desde 2003 (o que deve ter piorado as coisas entre ela e a Epic). Se ela continuar assim, pode voltar aos trilhos. Mas acredito que ela pode ser melhor ainda evitando duas coisas: falar de assuntos idiotas como sapatos e pele de animais.


Obs: Até mesmo um joguinho de Nintendo chegou a samplear "Llorando Se Fue". O game Parasol Stars, de 1991:

domingo, 15 de maio de 2011

Quick - Capas Exóticas 6

Ela se mostrou uma das maiores revelações da música Pop internacional nesta nova década. Com músicas interessante e também elaboradas, ela desperta o interesse não só por sua boa voz, mas também por dominar as teclas brancas e pretas com uma habilidade nada comum - uma entertainer bem completa. Mas é claro que isso não a isenta de certos deslizes: a capa de seu novo e tão aguardado álbum, Born This Way, ilustra com perfeição o que quero dizer. E aí vai, Lady Gaga!

Nome do álbum: Born This Way
Ano de lançamento: 2011
Estilo: Pop, Electropop


Bem, todo mundo caiu de pau em cima disso aí, pois pra um álbum tão aguardado, esperavam mais do que "uma montagem pobre no Photoshop" (sic). E eu tenho que concordar que esta capa mais parece uma daquelas montagens aleatórias envolvendo artistas que você encontra na internet do que um material consistente de divulgação. Até mesmo para Gaga isso aí soou meio inadequado.

Talvez a ideia de que muita gente queira montar na Lady tenha inspirado a coisa (sim, no sentido sexual). Claro que a montagem é perfeitamente interpretável se você centrar no título do álbum ou na faixa título. Mas se a ideia era de fato alguma alusão sexual, seria mais adequado (em todo e qualquer sentido no qual você queira aplicar) a capa do single (mesmo com estas protuberâncias na cara que mais lembram um ser alienígena e este corpo seco).


Se você for do tipo mais bem humorado vai concordar que a capa do álbum combina e seria mais engraçado se fosse associado a gente como, sei lá, Weird Al Yankovic?

sábado, 12 de março de 2011

AMR - Ching Ching Ching (Nikka Costa)

Análise: Primeiro single do álbum PRO WHOA!, de Nikka Costa. Lançado em 2010, alcançou #77 nas paradas da Alemanha.


Ching? Hã?

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A filha do Don Costa cresceu. Se você não sabe de quem eu estou falando, muito provavelmente isso vai refrescar sua memória:


Se por um acaso isso não serviu, você deveria cogitar a hipótese de morar em outro lugar que não seja uma caverna...

Enfim, anos se passaram após a estréia desta estrela mirim, mais especificamente uns 30 anos! Algumas estrelas baixinhas conseguem uma carreira brilhante demonstrando muito talento para a coisa - Stevie Wonder e Michael Jackson, para citar dois grandes exemplos. Também há estrelas que não são exatamente um exemplo de qualidade artística genuína - Justin Timberlake, Bow Wow... e Justin Bieber? E existem os que acabaram ficando, digamos, em cima do muro.

Nikka Costa pode ser alocada nesta terceira categoria. Lançou ao todo 8 álbuns em toda sua carreira. E nunca mais se ouviu falar dela desde "On My Own". Ela é uma espécie de One Hit Wonder precoce. Seu pai, Don Costa, que é constantemente lembrado por seu trabalho com Frank Sinatra, lançou a carreira de sua filha - e acabou reforçando o título de One Hit Wonder após não ter influenciado mais sua vida artística - Costa faleceu em Janeiro de 1983, quando Nikka tinha 10 anos.


Após tantos anos, Nikka investiu na sua carreira percorrendo basicamente ritmos como Funk, Soul e Blues - o que denota que ela realmente queria tirar algo de qualidade de sua carreira. Porém ela nunca mais teve o destaque de outrora (excetuado um círculo fechado de poucos fãs legítimos).

Agora, aparentemente seguindo a moda, Costa lança seu novo single com uma pegada mais puxada pro... Electropop? Nah, não chega a tanto. Mas a parte do Electro é verdadeira. Talvez imaginando alcançar um público maior - ou simplesmente querendo seguir uma nova direção em sua carreira - ela resolveu realizar esta mudança. E "Ching Ching Ching" é apenas comum - principalmente se você considerar que ela já teve coisas muito melhores em sua carreira antes de tomar este novo rumo (exemplo: "Push And Pull" do álbum Everybody Got Their Something de 2001, que lembra a canção "Broken" da extinta banda feminina Antigone Rising).


A canção é uma balada agitada e bonitinha, assim como era bonitinho o rostinho infantil de Nikka (pegaram a referência)? Se você for considerar apenas "Ching Ching Ching", não houve algo que possa ser chamado de grande evolução - um retrocesso quando muito. Claro que é válido a vontade dela em querer aparecer mais, seja por uma maior projeção artística, $eja por algun$ outro$ motivo$ de$conhecido$, mas neste caso faltou talvez um pouco mais de ousadia.

Resumindo, Nikka e sua voz são sim boas. Mas eles combinam muito mais com um violão do que com artifícios eletrônicos...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

AMR - Acapella (Kelis)

Análise: Primeiro single do álbum Flesh Tone, da Kelis. Lançado agora em Fevereiro, alcançou #5UK.


Eu te conheço de algum lugar...


Ahh!

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Já perdi a conta de quantos artistas estão saindo do Hip-Hop para adentrar o Electropop com o objetivo de ganhar uns trocados a mais. Claro que se compararmos ambos os estilos, veremos que não é um negócio apenas bom para o bolso, mas também uma evolução artística - é só ver o caso do The Black Eyed Peas, que depois que "mudou" do Hip-Hop pro Electro/Dance, ficou metade de 2009 no topo das paradas.

Kelis é a mais nova proprietária de seu novo Electropop. Mas, como sempre, nos confrontaremos com a pergunta clássica - aquela mesma feita para o The Black Eyed Peas - sobre essa mudança: a coisa toda melhorou ou piorou? Bem, considerando o fato de a Kelis ser a autora do pior Milkshake da história, fica óbvio que a mudança de estilo lhe fez bem. Mas isso não significa que ela tenha se tornado a salvação da música...


"Acapella" mostra alguma evolução vocal relevante de Kelis com relação a "Milkshake". Até parece que na segunda, Kelis realmente não estava se levando a sério, como se tivesse brincado com os amigos, desafiando: "quer apostar quanto que eu entro em um estúdio que gravo uma música chamada milkshake?". Pois em certos momentos da nova canção, Kelis faz algo próximo de cantar, sério.

A propósito: quem chama "Milkshake" de R&B tinha que ser trancafiado em alguma masmorra para sempre, tamanha heresia!


A produção de David Guetta ajudou na transição de estilos de Kelis, mas apesar de conseguir extrair algo diferente e até divertido dela, soa muito repetitivo e enjoado. Mais uma derrapada dessas e Guetta mostrará que é um produtor tão limitado quanto pode ser aquele tipo de DJ que chega na festa/evento, coloca um disco pra rodar e vai procurar o que fazer até a festa acabar. Oops...

O single seguinte, "4th of July (Fireworks)", é "musicalmente" superior. Talvez Guetta devesse tentar aprender algo com o produtor da faixa, o DJ Ammo - que foi co-produtor de "Your Love Is My Drug" da Kesha e que já trabalhou com artistas como Pitbull e Jordin Sparks.

Lembrem-se: Qualquer coisa é melhor do que tomar um milkshake da Kelis...

domingo, 27 de junho de 2010

AMR - All The Lovers (Kylie Minogue)

Análise: Primeiro single do álbum Aphrodite, de Kylie Minogue. Lançado agora em Junho, alcançou #4UK.


Hum, que tal "Oh, the lover!"?

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Kylie Minogue é uma artista Pop razoavelmente reconhecida. Tendo uma carreira iniciada no final dos anos 80, tem um canções Pop e Dance bem divertidas. Seus destaques nos Estados Unidos sempre foi extremamente limitado, podemos citar "The Loco-Motion" - versão de uma canção escrita pela consagrada artista Carole King e pelo letrista Gerry Goffin, originalmente gravada pela cantora Little Eva. Vindo em segundo, "Can't Get You Out of My Head", que apesar de pegar um #7US, chegou em primeiro em vários países do mundo - inclusive impedindo que "You Rock My World", de Michael Jackson, alcançasse o topo das paradas na Inglaterra.


Destaco três canções na carreira de Minogue:

1ª - "Can't Get You Out of My Head", obviamente, por ser um hit simples e efetivo. Uma faixa dançante, nada pretensiosa e com um forte apelo Pop. Foi o mais alto momento na carreira dela, no distante ano de 2001.

2ª - "Where the Wild Roses Grow", onde Kylie foi convidada por Nick Cave (ex-Birthday Party, com sua banda The Bad Seeds) para cantar. Cave escreveu esta canção especialmente para Minogue cantar, por achar sua voz adequada para o projeto. A canção se trata de um diálogo entre vítima e assassino. Bela e profunda.

3ª - "In My Arms", uma música bem Pop, muito puxada para o Electropop até. Bem divertida, sem nenhum comprometimento de Kylie em fazer algo épico, apenas pra dançar mesmo. A figura de Minogue no vídeo-clipe e na capa do álbum nos remete à uma artista bem em alta por aí hoje em dia...


Mas infelizmente o atual single, "All The Lovers", não vai entrar na lista ocupando um 4º lugar. O arranjo futurista da canção, que lembra muito o Pet Shop Boys, soa um tanto datado. O problema parece ser justamente esse: lembrar demais alguma coisa ruim ou não aproveitável dos Pet Shop Boys. A produção poderia ser mais centrada em algo próximo do que foi feito em "In My Arms", algo menos intimista.

E pelo visto a pretensão de Kylie é mesmo ser Afrodite, a deusa do amor. No vídeo-clipe, os amantes aparecem aos montes de roupas intimas. Tudo com Minogue ao topo.

Kylie - que também participou da nova versão de "Everybody Hurts" para arrecadar fundos para as vítimas do desastre no Haiti - acaba abraçando algo mais moderno no seu novo trabalho mesmo soando anacrônica - tipo um vovô dançando break. O que acaba sendo bastante estranho. Mas mata a curiosidade de como seria a carreira de Kylie vinda dos início dos anos 80 na leva dos Pet Shop Boys ou como seria se ela se juntasse aos mesmos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

AMR - Can't Be Tamed (Miley Cyrus)


Análise: Primeiro single do álbum Can't Be Tamed, de Miley Cyrus. Lançado neste mês de Maio, alcançou, até o momento, #8US.


O Billy Ray Cyrus bem que tentou...

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Miley Cyrus continua na sua jornada para tentar se desvencilhar de Hannah Montana. Afinal, temos que concordar que se fosse pra ela basear sua carreira apenas na personagem que a consagrou, ela não iria mesmo muito longe. Então é hora de mostrar que é capaz de ser algo mais que uma garota que fica mudando de peruca!

"Cant' Be Tamed", para variar, é mais um exemplar de Electropop - com pitadas de Synthpop. O clima desolado no qual a canção foi construída condiz com a letra: "não posso ser domesticada". É Miley atirando para os lados de maneira a afastar qualquer vestígio de perucas e seriados da Disney. E é realmente notável um single tão obscuro ser o carro-chefe de um novo projeto de uma artista como Miley.


Agora, com tantas vertentes Pop correndo nas veias de Cyrus e de seus projetos (incluindo este em questão), é de se estranhar a seguinte notícia:

"Miley Cyrus dispara: 'Não escuto música Pop'"

Bem, ou ela não presta atenção no que ela mesma toca, o esqueceram de especificar na notícia se isso é opinião da Miley Cyrus ou da Hannah Montana...

Cyrus tem uma voz distinta, positivamente falando. Não é uma distinção como a de Britney Spears, por exemplo. Não desagrada com maneirismos vocais, indo direto ao ponto. Em resumo: Miley tem vocais acima da média.


Vamos ver o que mais ela prepara para o público. Apesar de supostamente não gostar de Pop, gosto muito do seu exemplar Pop maior, "Start All Over". Fora o fastígio de "The Climb", que mostra que se ela não gosta, os produtores dela adoram música Pop.


Em tempo:

Espero que as citações a respeito de Miley e Britney não vão além das referências nesta resenha. Porém, certas coisas vistas por aí não me animam muito...


Que Miley não vire uma boneca de plástico, se é que me entendem...

domingo, 30 de maio de 2010

AMR - Ride (Ciara)

Análise: Primeiro single do álbum Basic Instinct, da Ciara. Lançado agora em Abril pela LaFace (de Babyface), alcançou #79US.


Ela realmente gosta de se parecer com homens (Versão Vileiro)

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Ciara com certeza é um tipo de artista que dificilmente é lembrada quando o assunto é "as cantoras norte-americanas mais relevantes". Não que seu trabalho seja simplesmente inócuo. Acontece que ela faz parte de um gênero lotado, com uma concorrência acirrada. Para se destacar, aparecer (e parecer importante) realmente é preciso ser bom ou saber se promover.

Bem, dentre alguns de seus hits, estão "Goodies" (com Petey Pablo, em 2004 - #1US e #1UK), "Like You" (com seu ex-namorado Bow Wow - que apelido! - #3US e #19UK), "Get Up" (com Chamillionaire, em 2006 - #7US e #187UK), "Like a Boy" (seu primeiro exemplar travestido, em 2007 - #19US e #16UK) e a trágica (no sentido de ruim mesmo) "Love Sex Magic" (com Justin Timberlake, em 2009 - #10US e #5UK). Em minha opinião, o atual single, "Ride", é a sua canção mais relevante desde "Get Up". E não sei se dá pra dizer se houve melhora ou piora com relação a troca de Chamillionaire por Ludacris...


A canção foi produzida por Tricky Stewart (que tem em seu extenso currículo vários hits como "Me Against The Music" de Britney Spears e Madonna, 2003 - #35US e #2UK, "Umbrella" de Rihanna e Jay-Z, 2007 - #1US e #1UK, "Touch My Body" e "Obsessed" de Mariah Carey, 2008 [#1US e #5UK] e 2009 [#7US e #52UK], "Single Ladies" de Beyoncé, 2008 - #1US e #7UK, "Louboutins" de J-Lo, 2009, e a possível auto-referencial "Baby" de Justin Bieber, 2010 - #5US e #3UK). Também participa da produção o cantor The-Dream, que trabalha constantemente com Tricky e participou da produção de alguns hits citados acima.

Bem, olhando para a lista aí em cima, dá pra imaginar como poderia ser o novo single de Ciara. Vamos lá...

Primeiramente, parece que Ciara resolveu se redimir do desastre "Love Sex Magic". Afinal, ficar se esfregando com Justin Timberlake enquanto cantam não garante sucesso pra ninguém. Talvez se esfregar em Justin Timberlake enquanto APENAS ELA canta melhorasse a coisa em uns 90%. "Ride" não se sai nem com metade da pretensão de "Love Sex Magic" e possivelmente por isso é bem mais agradável.


Com uma grande semelhança com a canção "Rock With U" da Janet Jackson (que parece uma espécie de pré-Electro-Pop), acaba perdendo (por pouco) para a mesma, apesar da capacidade vocal das duas cantora ser muita parecida: ambas são um tanto fracas no quesito. Ao menos a canção da Janet remete à pista de dança - o foco principal das duas. Detalhe: Ciara participou do remix da canção "Feedback", da Janet e dá pra confundir os vocais.

Se tivessem substituído a parte do rap de Ludacris por uma gravação de narração de rodeio ou não teria feito diferença ou a canção teria tido um destaque a mais. Tenho que admitir que Chamillionaire - o filhote-de-cruz-credo e rascunho-do-mapa-do-inferno-de-ponta-cabeça - é bem menos irritante.


Resumindo: se Ciara quiser algo mais relevante, pode tentar fazer coisas inversas a "Love Sex Magic" e trabalhar com artistas inversamente proporcionais à Justin Timberlake. Se não é sucesso garantido ao menos não é constrangedor.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

AMR - Louboutins (Jennifer Lopez)

Análise: Primeiro single (oficial) do álbum Love? de Jennifer Lopez. Lançado em Dezembro de 2009, alcançou posição apenas no US Billboard Hot Dance Songs Chart (#1).


Tão importante quanto um par de sapatos pode ser...

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Jennifer Lopez (mais conhecida pela "sigla" J-Lo, que também pode ser comparada a coisas como o símbolo que dava nome ao Prince, de tão escroto) sempre foi uma artista meio perdida musicalmente, na minha opinião. Só falta uma interrogação tatuada na testa dela na capa de seus álbuns e singles. Com sua carreira artística iniciada como atriz, Jennifer resolveu trilhar os caminhos da música. Ao menos dá pra dizer que foi uma empreitada mais segura do que carreiras como a de Scarlett Johansson - em resumo J-Lo tem voz (ou pelo menos bem mais voz) para tanto.


Então, desde 1997 ela vem lançando projetos musicais. Canções como "If You Had My Love", "Love Don't Cost a Thing", "I'm Real", "All I Have", "I'm Glad" e, mais recentemente, "Get Right" estabilizaram Lopez no ramo - mesmo não sendo realmente projetos relevantes (principalmente "Get Right"). Na verdade, sua carreira musical anda em baixa (Brave, seu álbum anterior, não chegou nem a 700 mil cópias vendidas, considerando On the 6 com 7 milhões de cópias, J.Lo com 8 milhões, This Is Me... Then com 6 milhões de cópias, Rebirth com 3 milhões de cópias e até mesmo um disco de remixes oficial com também 3 milhões de cópias. Temos em Love? uma tentativa de re-estabilizar Jennifer num mercado que na verdade ela nunca foi totalmente relevante ou integrante - apesar das altas vendagens (que claro, não têm nada a ver com sua beleza e sensualidade, cof cof).

"Louboutins" é mais um exemplar do famigerado e aparecido Electropop (o que reforça a teoria de que J-Lo tá fazendo uma força pra voltar aos trilhos). Todo mundo quer uma fatia do bolo, integrando este estilo e vendendo como se fosse banana na feira. Porém a canção até que não se sai tão mal - pelo menos soa um pouquinho menos pretensiosa que "Not Myself Tonight" da Christina Aguilera.


A música inclui até mesmo instrumento de sopro! (dá até para, maldosamente, associar isso com seu marido, Marc Anthony, mas acho que ele realmente se casou por amor, pois se fosse considerar gostos...) Aparentemente numa "discreta" tentativa de soar um tanto triunfal. A voz de Jennifer está mais "bem cuidada" aqui (ainda insisto sobre Scarlett Johansson!), conseguindo até nos fazer pensar em levar a sério. Em resumo: Lopez está na média com seus vocais e a canção realmente não é ruim.


Enfim, o grande problema de "Louboutins" é justamente esse. A maior parte do interesse vai dar um passeio sem volta quando se presta atenção no que ela está cantando. Sapatos! Realmente um tanto decepcionante. Agora eu quero ver mesmo é a toda poderosa Jennifer "J-Lo" Lopez cantando sobre casacos feitos com peles de animais...

A canção: