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sexta-feira, 26 de abril de 2013

AMR - Your Body (Christina Aguilera)

Análise: Primeiro single do álbum Lotus, da Christina Aguilera. Lançado em Setembro de 2012, alcançou #34US e #16UK.



E ela continua insistindo nisso...

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Christina Aguilera, a única coisa que prestou saída do Clube do Mickey (tendo dentre os pares Justin Timberlake e Britney Spears, fica fácil) é uma excelente cantora. Sério. Especialmente se comparada com muitos de sua geração, que começaram na mesma época que ela. Tem uma voz bonita e potente, sem precisar de recursos artificiais para conseguir algum tipo de atenção. É, de fato, uma cantora (ouviu, Demi Lovato?).

Ela lançou várias canções consideráveis no mundo Pop, como "Genie in a Bottle" (1999, single de estréia que ficou em primeiro lugar nas paradas dos EUA e da Inglaterra), a bela "I Turn to You" (2000) e a tocante "Beautiful" (2002). Porém, ela foi direcionada pelo marketing a se portar como uma tradicional vadia do mundo da música bem ao gosto de Madonna. Resultado? O álbum Stripped (#2US/#2UK) vendeu mais de 10 milhões de cópias (não tanto quanto o homônimo de estreia, que chegou ao número expressivo de 17 milhões de cópias, mas ainda bom resultado), sendo sua época de maior exposição. Após 4 anos, ela volta com Back to Basics (#1US/#1UK), onde deixa a persona vagabunda de lado e se concentra em qualidade musical. No quesito qualidade foi muito bem, mas fraco comercialmente, com 4 milhões de cópias pelo mundo - apesar de liderar nas paradas.


Sentindo que a fase lasciva fazia falta nas vendas, em 2010 é lançado o álbum Bionic (#3US/#1UK), sendo puxado pelo single "Not Myself Tonight". Aqui ela faz um reload da fase Stripped, porém muito pior, de mal gosto redobrado. As vendas foram as piores até então,  sendo que nos EUA não passou a faixa de 500 mil cópias e na terra da rainha sequer 100 mil. Números ridículos se comparados com um álbum de estreia tão bem sucedido. Dois anos após isso, Lotus soa como uma tentativa de erguer sua carreira. E o que ela tentou desta vez?

Temos uma Aguilera ainda com a voz impecável, mais contida sexualmente (especificamente comparando com "Not Myself Tonight") e se utilizando da Electronica de uma maneira mais amena. Ou seja: ela abriu mão da putaria imperante, mas manteve um pouco da sonoridade (embora de maneira diferente do que vinha fazendo), apostando na máxima que diz que "em time que está vencendo, não se mexe".

O problema é que no meio deste ping pong entre algo mais agressivo e sexual e algo diferente deste campo, Christina acaba perdida, sem grande interesse - excetuando fãs incondicionais. A canção apenas recebe o ônus da dúvida, tal esta que só esperando para ver (e ouvir) o que pode vir a acontecer - muito longe das grandes canções a levaram Aguilera à consagração. O Mickey deve estar profundamente desapontado...

domingo, 30 de setembro de 2012

AMR - Gangnam Style (Psy)

Análise: Primeiro single do álbum PSY's Best 6th Part 1, do cantor coreano Psy. Lançado em Julho, alcançou #11US e #3UK.




Jackie Chan + Hambúrgueres + Judson Laipply = ...

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E de onde menos se espera, pode sair algo de proporções gigantescas. E se tratando de país asiático, não estou falando de tsunamis quando digo algo gigantesco: estou falando de música. Mas aí você pergunta em qual sentido esta proporção gigantesca se encaixa. Eu digo que tanto em popularidade quanto em diversão descompromissada. Aí está uma mistura perfeita, almejada por muitos, alcançada por poucos, e mantida por quase nulos. E neste caso, o alvo em questão é um cantor e rapper (???) sul-coreano de 34 anos chamado Park Jae-sang.


A tão celebrada e famosa canção já alcançou, até o momento, mais de 320 milhões de visualizações e quase 3 milhões de "likes" no Youtube - um número espantosamente expressivo para uma canção e um artista longe do tio Sam e da Rainha. Aparentemente a fórmula mágica para se fazer muito sucesso e ser muito popular (pelo menos na internet) é ninguém entender o que você está dizendo e se utilizar de uma coreografia inventiva em lugares e cenários inusitados.




A canção, que é um misto de Electro House com K-Pop (é... os sul-coreanos têm seu próprio Pop!), não parece passar de mais um exemplar deste tipo de música, no começo. Mas prestando mais atenção, você consegue ouvir algo mais substancial, algo mais atrativo.  Não demorará muito para que a popularidade vá se esvaindo, mas este projeto cumpre bem sua função como Pop: diverte com irreverência.

E como este single explodiu no mundo inteiro, não poderia deixar de acontecer: oportunistas se escalam em ombros alheios para parecerem mais altos. No caso, nosso "ilustre artista", o cantor Latino, sampleou a canção de Psy, cometendo a esdrúxula versão de Gangnam Style, "Despedida de Solteiro" - versão esta que foi escrachada por todos os lados. Mas isso é assunto para outro post, que dissecará a situação geral.

sábado, 11 de agosto de 2012

AMR - Sexy and I Know It (LMFAO)

Leia também: AMR - Party Rock Anthem (LMFAO)

Análise: Terceiro single do álbum Sorry for Party Rocking, do LMFAO. Lançado em Setembro de 2011, alcançou #1US e #5UK.


Hahahahaha...

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O LMFAO é realmente um duo improvável. Redfoo e SkyBlu iniciaram a parceria em 2006 e lançaram um álbum em 2009, Party Rock, sem grandes alardes ou qualquer expectativa, mas até que o #33US nas paradas pode ser minimamente considerável. Desde aquela época eles já tinham  em suas letras o clima de festividade e a aparência esquisitona puxada dos anos 80. E apesar do início discreto, o primeiro álbum teve uma indicação ao 52º Grammy na categoria Melhor Álbum Dance/Eletrônico.

"Apadrinhados" por Will.I.Am, os dois insistiram e, dois anos depois, se saíram com Sorry for Party Rocking (que com este título mais parece um pedido de desculpas pelo que produziram no passado). E desta vez eles foram bem mais longe, com o álbum chegando a #5US e #8UK. E até mesmo com uma aparição no Super Bowl com a Madonna eles mostraram que ganharam o mundo. Tá, tô exagerando, lógico. Mas de qualquer maneira, eles ganharam o ouvido da galera com "Party Rock Anthem" e "Sexy and I Know It".


Diferente do que aconteceu em "Part Rock Anthem", o LMFAO (abreviação para a ridícula frase "Laughing My Fucking Ass Off") conseguiu fazer algo realmente divertido e atrativo, perfeito para pistas de dança e para agitar. Sim, vocês não estão lendo errado: estou, de fato, elogiando algo. Obviamente, falo isso sem citar o tema tacanho e egocêntrico do qual trata o single. Talvez pior que isso seja o vídeo-clipe, que mostra homens (incluindo RedFoo e SkyBlu) chacoalhando as, digamos, "pistolas". Ou seja, é tão babaca e constrangedor que chega a ser divertido e engraçado. Sério. Dentre as participações no vídeo, estão o ator Jamie Foxx e, ora vejam só, Ron Jeremy - que deve entender mais do que qualquer um ali como chacoalhar a "pistola" (que no caso dele seria uma mangueira de bombeiro).

Aliás, o RedFoo está lembrando bastante o Weird Al Yankovic - o este vídeo parece muito algum projeto humorístico dele...

Minha conclusão final é que aquie eles acertaram o alvo. Porém, isso foi o suficiente apenas para lhes dar o ônus da dúvida. No single anterior eles apareceram, e neste mostrar serviço. Resta agora esperar e ver se conseguem manter a terceira parte do ciclo: manter-se.

sábado, 24 de dezembro de 2011

AMR - We Found Love (Rihanna)

Análise: Primeiro single do álbum Talk That Talk, da Rihanna. Lançado agora em Setembro, alcançou #1US e #1UK.


Achou, é? Sei...

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A primeira conclusão que chego após ouvir a canção "We Found Love" é que Rihanna quer porque quer esfregar na cara de Chris Brown que está bem e feliz longe do jovem boxeador rapper. O vídeo-clipe é a prova filmada disso. Mas a moça não precisava ter gasto tempo e dinheiro para demostrar algo tão óbvio e simples, afinal, todo mundo fica bem e feliz não tomando porrada. Bem e feliz na vida pessoal e profissional. No último citado Brown já não está indo lá muito bem. Mesmo com a ajuda de Bieber (outro que tá próximo de tomar uma sova de Chris, afinal, se parece mulher), como se isso fosse lá grande coisa. Daqui a pouco o rapper vai pedir ajuda pro Luan Santana...

Mas voltando ao assunto que realmente interessa: Rihanna está em ritmo acelerado, lançando uma média de um álbum por ano. Todos nós sabemos que quantidade não reflete necessariamente em qualidade. Ou Rihanna está com um acúmulo criativo gritante ou tá precisando arrecadar grana urgente. Michael Jackson lançava um álbum a cada 4 anos e conseguia colher seus frutos durante todo este período. Certa a Rihanna que não quer correr o risco de ter uma queda de popularidade como Britney Spears, que teve que correr atrás e sair do turbilhão de escândalos e falta de interesse.




"We Found Love" investe mais na parte Electro, House da coisa. E digo que, tirando a parte vocal da Rihanna que evoluiu muito (felizmente), consigo sentir falta da época em que ela era uma cantora com um jeito mais ingênuo e simplista cantando canções meio R&B, meio Reggae. A impressão que tenho é que Rihanna nunca consegue manter a balança equilibrada: se o vocal melhora, a parte instrumental (quando é de fato utilizado algum instrumento) cai por terra. O fundo sintetizado é repetitivo, sem criatividade, mas remete ao que interessa.

Os primeiros lugares nas paradas foram injustos na minha opinião. Mas como isso não é definido por critério técnico e sim por gosto musical, não há o que se fazer. Os EUA gostam de pôr cada tipo tocando nas rádios que até mesmo se Rihanna cantasse Bolero ou Bossa Nova seria algo simpático de se ouvir. Já a terra da rainha não sei nem o que dizer. Acho que o sucesso deste single ocorreu devido falta de concorrentes - alguma coisa tinha que ficar no topo.

No final, Rihanna continua com sua popularidade em alta e longe de ser uma artista ruim - e isso com certeza é algo considerável, pois se não está ajudando pelo menos não está atrapalhando. E Chris Brown continua sem poder ir para alguns países fazer shows por causa de sua vontade de fazer caca. O povo destes países agradece e muito. Enquanto Akon, Justin Timberlake e Timbaland não estão enchendo o saco, Rihanna tem toda a liberdade para tocar sua carreira com algo que com certeza é mais instigante do que o que esses caras podem fazer...


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

AMR - Party Rock Anthem (LMFAO)

Leia também: AMR - Sexy and I Know It (LMFAO)

Análise: Primeiro single do álbum Sorry for Party Rocking, do LMFAO. Lançado em Janeiro, alcançou #1US e #1UK.


LMFAO? WTF!!

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A primeira coisa que me veio quando ouvi este single foi: o povo norte-americano e inglês ou estão ouvindo qualquer coisa ou a falta do que ouvir está realmente alcançando um nível alarmante (obrigado Chris Brown, Justin Bieber, Akon e todas as outras porcarias disponíveis que não suprem nem um pouco a demanda musical). Afinal, a canção não é de todo o ruim, mas liderar as paradas dos EUA por cinco semanas é um grande exagero.

Bem, você pode ver sopros parecidos com isso na música atual em canções como "Only Girl (In the World)" da Rihanna ou "Like a G6" do Far East Movement - e até alguma coisinha da Lady Gaga também. O que me faz pensar que, depois desta onda imensa de Rap e Hip-Hop (que pelo visto, infelizmente, não tem data específica para acabar) o Electro vai ser a nova música do momento. É menos irritante que Rap e Hip-Hop, mas com certeza pode ser considerado um retrocesso. É simplesmente música Pop servindo o seu papel: você pega, ouve, curte por 5 minutos e parte para a próxima que te agradar - igual a um chiclete. Algo do Pop dura mais que isso, claro. Dura décadas, aliás. Mas a coisa se resume a pegar o que já foi feito, usar e abusar tentando manter o mais comercial e atrativo possível e acabou. Nada contra quem quer se divertir, mas o problema é quando isso se torna excessivo e meio que perde parte do seu sentido. O conceito fica de lado...



Além do LMFAO (que seria Laughing My Fucking Ass Off - eu tinha saudades quando bandas e grupos tinham nomes mais criativos e trabalhads), que consiste nos rappers, DJs e dançarinos Redfoo e SkyBlu, temos a participação da cantora Lauren Bennett e do cantor e produtor GoonRock. Mas ao ouvir a coisa toda, temos a impressão de que o projeto teve a participação de apenas uma pessoa para ser feito - quiçá meia pessoa. Igual semelhante ao que foi feito no já citado "Like a G6"...

Se você por ventura não gostar da música, o vídeo-clipe pelo menos tem coreografias bem interessantes e chamativas. Mas já vou avisando: você acessar um vídeo-clipe no Youtube exclusivamente pela coreografia sem grandes relações com a música lhe dá um sinal: mais sorte da próxima vez.

O post não foi muito profundo. Assim como o single.