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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Quick - Capas Exóticas 20

Trocadilhos. Alguns são bons, interessantes, engraçados. Outros são bestas, infames e idiotas. Enfim, eles existem aos montes e das mais variadas maneiras. Podem passar a mensagens com eficiência ou serem descartados em segundos. Existe especialmente no mundo do humor, mas na música não poderia ser diferente. Geralmente trocadilhos musicais são transmitidos através das músicas, mas há espaço para representações gráficas também. E é aqui que entrar mais um Capas Exóticas com o Lords of Acid.

Nome do Single: "Pussy"
Ano de lançamento: 1998
Estilo: House


Hahaha! Uma interessante e bem reproduzida piada, um trocadilho de uma clássica palavra de duplo sentido. A palavra pussy, que pode significar tanto bichano quanto vagina. Para os não iniciados, a piada fica no ar, sem qualquer chance de entendimento direto. Fica difícil dizer que é uma capa "fofinha", não?

A propósito: existe uma versão censurada da capa que também é igualmente engraçada e até inteligente. Segue:


segunda-feira, 13 de junho de 2011

AMR - 2000's Jukebox 8

Artista: Röyksopp (1998)
País de Origem: Noruega
Estilo: Electronica, Trip-Hop
Hits: "Eple", "Remind Me", "What Else Is There?"
Hit da Jukebox: "What Else Is There?" (2005, #32UK)


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Provavelmente você já ouviu por aí muitos duos ou trios que se dedicam a fazer Electronica, Dance e derivados. Temos o Chemical Brothers, o Daft Punk e até alguns sujeitos mais antigos que deram suas contribuições para o surgimento da coisa, como o grupo Kraftwerk e gente como Giorgio Moroder e Patrick Cowley. Alguns perduram outros apenas têm um rápido brilho, deixando uma marca grande ou pequena em cada era que atua.


E um destes projetos que acabaram por produzir algo interessante é o Röyksopp. Os noruegueses eram do tipo que gostavam de fazer música experimental e em cima disso fundaram seu duo. E um dos seus projetos, "What Else Is There?", faz uso de um outro ritmo pouco conhecido e longe do mainstream: o Trip-Hop. E também faz uso de outro recurso: Karin Dreijer Andersson, vocalista de outro duo de Electronica, o The Knife.


O clima sombrio construído em cima do Trip-Hop e a voz lamuriosa, chorosa e triste de Karin dão um clima obscuro e sinistro pra coisa toda. A batida, o riff de guitarra que combina com a tristeza, os sintetizadoes, tudo contribui para algo diferente do usual. E toda a ambientação criada no vídeo-clipe, incluindo o visual de Karin (que, na verdade, já estranho ao natural) é bem ao estilo dos filmes de terror mais modernos (tipo aqueles japoneses).

Se você é fã deste tipo de música, talvez ache um tanto quanto diferente. E acredito que esta seja a potencial vantagem no caso. Mas de qualquer maneira, dá pra curtir sem problemas.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AMR - 90's Jukebox 6


Artista: Julian Lennon (08/04/1963)

País de Origem: Inglaterra
Estilo: Rock
Hits: "Too Late for Goodbyes", "Valotte", "Say You’re Wrong", "Saltwater", "I Don’t Wanna Know"
Hit da Jukebox: "I Don’t Wanna Know" (1998, #125UK)


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Julian Lennon ficou inativo por grande parte dos anos 90. Lennon abriu os anos 90 com seu álbum Help Yourself, de 1991, que gerou um hit em seu país, "Saltwater" (um #6UK). Como não deve ser novidade alguma, o álbum foi bem recebido na Inglaterra e solenemente ignorado nos Estados Unidos - John Lennon se não era o maior astro do momento na terra do Tio Sam, teve lá seus dois #1US (uma ajuda do Elton John em "Whatever Gets You Thru the Night" em 1974 e "Just Like Starting Over", seu último single lançado antes de sua trágica morte).

Enfim, após o lançamento deste álbum, Lennon se retirou do mundo da música para se dedicar somente a... hum, qualquer coisa. Acho que ele tava meio de saco cheio e resolveu tirar longas férias do meio musical. Boatos sobre Julian se juntar aos três remanescentes Beatles surgiram, mas que foram negados por eles durante a produção do álbum Anthology, em 1995.


Passados 7 anos, Julian, o rapaz responsável pelo hit "Hey Jude", se sai com Photograph Smile, em 1998. Este álbum foi melhor recebido nos Estados Unidos, mas ainda sim algo abaixo do esperado até mesmo na Inglaterra. E apesar do pouco rebuliço que o então novo trabalho do filho mais velho do líder dos Beatles causou, acabou sendo criado seu mais interessante single desde "Too Late for Goodbyes", de 1985.

"I Don't Wanna Know" caminha pelo lado mais Rock tradicional a la Beatles do que o Rock mais sintético que caminhou seu primeiro hit. Sua voz continua a denotar que ele é filho de John Lennon e talvez isso seja de fato um defeito. Não pela voz de John ser tecnicamente inferior ou coisa do tipo, mas sim por simplesmente a carreira de Julian possivelmente ter sido cimentada por fãs desesperados de seu pai que colocaram nas costas do rapaz a responsabilidade de ser uma espécie de continuação, parte 2 do que foi o trabalho de seu pai.


Mas de qualquer maneira, este single soa mesmo como Beatles e é um Rock interessante, sem rodeios nem enrolações. É bem produzido e convidativo, bom de ouvir. Aparentemente o longo descanso de Julian acabou gerando algo legal - pena que para fazer algo assim ele tenha demorado 8 anos! Fora que o vídeo-clipe ironiza todo o império em torno da chamada Beatlemania e traz esta faixa para mais perto ainda de seu pai e do trabalho do mesmo.

Pode ouvir sem medo se você não for algum fã beatlemaníaco que pragueja contra Mark David Chapman todos os dias da sua vida. Os Beatles não vão voltar...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

AMR - Desastres do "Pop" 4 - Dragostea Din Tei/Live Your Life

O AMR - Desastres do "Pop" desta edição será duplo. Em resumo posso dizer que se a ruindade aqui não foi piorada, com certeza foi perpetuada. Se não dá pra deixar pior, então vamos manter ruim e ativo. E é o que acontece nestes projetos tendo três envolvidos: o grupo Pop O-Zone, vindos da Moldávia (???), o rapper Clifford Harris (mais conhecido como T.I.) e a cantora Rihanna. Ou seja, o projeto original e o sample feito em cima dele. Um prato cheio. Cheio de algo indigesto, diga-se de passagem...

O O-Zone surgiu em 2004 com seu cretino hit "Dragostea Din Tei". Apesar de não ter sido muito bem vindo nos Estados Unidos (#74US), acabou sendo acolhido pelos ingleses (#3UK). Bom, não dá pra esperar muito de quem curte Five e Westlife... O fato é que o single conquistou os ingleses e consequentemente conseguiu um "lugar ao sol" no mundo. Talvez a Inglaterra não tenha errado tanto desde a carreira solo do Mick Jagger (com honrosa excessão para a canção "Goddess in the Doorway" - excluindo, claro, suas contribuições com outros artistas).


"MA-I-A Hi..." é o efeito que a música causa no cérebro...

|Essa porra virou uma febre na Inglaterra, Alemanha, França, Suiça, Itália e principalmente Japão... Provando que o mal gosto provém de várias partes do mundo e que infelizmente nenhum país é imune|

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O O-Zone foi formado em 1998 como um duo pelos membros Dan Bălan e Petru Jelihovschi. Porém Jelihovschi logo saiu, dando espaço para Arsenie Todiraş e, logo após, Radu Sîrbu. O grupo lançou 3 álbuns (sendo que apenas o último, DiscO-Zone, fez sucesso) antes de encerrar atividades em 2005.

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O ano é 2004. No mundo da música, via-se coisas como a palhaçada do show de Janet Jackson com Justin Timberlake no Super Bowl, onde orquestradamente Janet deixou um seio à mostra. O casamento de Britney Spears com o arremedo Kevin Federline. Avril Lavigne em alta com seu disco Under My Skin. Enfim, nada de muito relevante nem que fosse salvar a música.


Então que parece um hit cretino de um país improvável. Aqui no Brasil, alguns acabaram conhecendo mesmo esta canção atráves de outra entidade cretina: o cantor Latino. O hit brasileiro "Festa no Apê" (onde temos linhas clássicas como "hoje é festa lá no meu apê/pode aparecer/vai rolar bunda lê-le") define bem sua carreira artística: reciclagem de terceira com material de quinta. Fora que ele agora vive de fazer canções usando trocadilhos e citações ridículas como "vamos bebemorar", "enquanto não encontro a mulher certa, me divirto com as erradas" e "Cátia Catchaça". Constrangedor é pouco... A única coisa de verdadeira relevância que Latino fez foi o hit "Me Leva", que na verdade soa extremamente datado e nostálgico para os dias de hoje - fora que não dá pra saber quando a voz do Latino era pior, antigamente ou agora.

O fato é que, seja em romeno, em português o qualquer outra língua, "Dragostea Din Tei" tocou tanto que encheu o saco do mundo inteiro. É o legítimo e perfeito exemplar da tão temerosa categoria "Pop Chiclete". Aquilo que é vazio e inconsistente em conteúdo e musicalidade, mas que gruda no cérebro de uma maneira irritante. O hit gerou até mesmo um meme, com um jovem, ultra popular gordinho nerd chamado Gary Brolsma:


Cada um tem a fama que merece...

No final das contas, o grupo se dissolveu em 2005 (no ano seguinte ao lançamento da música e do álbum!!) e desde então nunca mais se ouviu falar neles. E a canção acabou ganhando o merecido limbo, podendo dar lugar aos próximos designados Pops Chicletes da vida.

Porém...


É.. que tal viver a sua vida de deixar os velhos hits cretinos enterrados?

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|Essa outra porra aqui conquistou o topo de vários charts pelos Estados Unidos, principalmente pela participação de Rihanna; ganhou um MTV Video Music Awards de 2009 por melhor vídeo-clipe masculino|

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T.I. (Clifford Joseph Harris, Jr.) tem quase dez anos de estrada, sete álbuns lançados e vinte singles (dois deles #1US). Com algumas passagens pela polícia, T.I. foi detido recentemente por porte de drogas juntamente com sua esposa, a também artista Tameka "Tiny" Cottle-Harris.

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Depois de conseguirmos enterrar "Dragostea Din Tei" (mas infelizmente demorando mais um pouco pra enterrar o Latino e seu Apê), as coisas pareciam em paz. Coisa irritantes como Daddy Yankee e sua malfadada "Gasolina" apareceram para ocupar o posto de porcaria da vez. Mas é claro que ninguém esperava o que viria quatro anos depois...

O rapper T.I., conhecido até o momento pela sua parceria com Justin Timberlake no single "My Love" (onde teve destaque, conseguindo fazer um rap ser mais interessante que a parte cantada da música - se bem que se é o Timberlake o cantor, não dá pra dar muito mérito...) e sua participação em "I'm a Flirt", projeto originalmente do Bow Wow com o R. Kelly, em remake feito com o próprio Kelly e T-Pain. Após estas e várias outras parecerias, ele foi crescendo mais e mais, aparecendo mais na cena Hip-Hop.


Mas então o rapper aqui teve a "brilhante" ideia de ressuscitar um cadáver podre que não deveriam sequer lembrar da existência. Quem assistiu o remake do filme A Múmia feito em 1999 deve se lembrar de quando os personagens acordam uma múmia nojenta e nauseabunda. Pois é, aqui acontece o mesmo, e o pior: com efeitos de Rap e Hip-Hop!

Você pode entrar em um estúdio e encontrar uma infinidade de instrumentos e ferramentas para produzir sons e efeitos; até mesmo bater nas paredes ou jogar uma guitarra na mesa de som. Mas por que ficar gritando "êeee" bem alto de maneira insistente? Os rappers têm esta vontade idiota de ficar gritando como se tivessem fazendo bagunça em algum lugar e isso não ajuda em nada.

Tirando o sample cretino, "Live Your Life" não passa de mais uma canção do gênero, sem nada em especial. No fim das contas, tira mesmo uma boa carona do sucesso injustificado que foi a canção do grupo O-Zone - apesar do seu rap em "My Love" ser realmente legal, T.I. é quando muito medíocre, sem atrativos. E, se não foi T.I. quem teve a ideia, a pessoa que sugeriu a canção sabia do potencial "chicletoso" dela. Ou seja, os méritos só podem ir para o O-Zone e para a Rihanna, que como estava/está em ascensão, vai atrair a atenção e ouvidos nada exigentes para qualquer coisa onde coloque sua voz.


No final, fica a lição: deixem o que não presta no lugar. Assim manteremos coisas como o Vanilla Ice (que já foi "cutucado"), Felipe Dylon e outros menos cotados bem longe de nossos ouvidos!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

AMR - Everything to Me (Monica)

Análise: Primeiro single do álbum Still Standing, da cantora Monica. Lançado em Fevereiro, alcançou #44US.



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Cantora negra de voz bonita, diria até forte. Dá pra fazer uma lista grande com estes quesitos. Mas no caso vamos pegar a Monica. Hum, Monica? Primeiramente, um prólogo...

Em 1998, LaShawn Daniels, Fred Jerkins III e Rodney Jerkins, o Darkchild, inseparável trio (que já trabalhou com artistas como o Rei do Pop, Michael Jackson), juntamente com a Brandy - outra cantora negra de voz bonita - escreveu uma canção (produzida pelo Darkchild) com o título "The Boy Is Mine" para o álbum homônimo da Monica. A canção seria uma versão feminina do clássico de Michael Jackson e Paul McCartney "The Girl Is Mine", do álbum Thriller. Na verdade, não foi de fato uma versão, as semelhanças estão apenas no título e na ideia, ou seja, sem samples.


O fato é que se formos comparar a ideia original com este projeto, e até mesmo no geral, Darkchild foi no máximo mediano. A canção tem elementos de Hip-Hop demais, destoando do clima, Ou seja, certas coisas dos anos 90 são realmente chatas, e o Hip-Hop na época estava em seu auge. Claro que isso não impediu do single chegar em #1 nos Estados Unidos e #2 na Inglaterra, vendendo 2 milhões e 400 mil cópias em cada país, respectivamente. Brandy e Monica foram catapultadas para o topo, tendo a chance de fazer suas carreiras decolarem.

O álbum The Boy Is Mine foi um sucesso com 3 milhões de cópias e três #1 nos Estados Unidos. Monica se viu no alto, confortável para manter sua carreira. Porém, All Eyez on Me, After The Storm e The Makings of Me não tiveram o mesmo êxito. Darkchild participou dos dois primeiros, enquanto último ficou a cargo de gente como Jermaine Dupri e Missy Eliott. Basicamente é esta a carreira da Monica.


Então, em 2010, é lançado o single "Everything to Me" com a Missy Eliott na produção. Temos um sample (praticamente toda ela) da canção "Silly", Deniece Williams - que tira boa parte dos poucos méritos de Missy Eliott e Monica. Mesmo com estas duas no comando, o Hip-Hop não está presente neste trabalho, que está direcionado para algo mais Soul, um R&B as antigas. O tratamento vocal foi bem cuidado, Monica queria mesmo mostrar que sabe cantar. Este com certeza foi o maior acerto da canção, apesar do #44US, que faz Monica completar 11 anos sem estar no topo pelas mãos de Darkchild.

Talvez seja a hora de Monica chamar Rodney Jerkins e Brandy (que também não andou tendo lá muita sorte) novamente e desenvolverem uma outra nova versão de algum clássico, talvez "Ya Mo B There", de Michael McDonald e James Ingram. Pensando melhor, é melhor deixar pra lá...

Pergunto-me ironicamente o que Monica quis dizer com o título do álbum, "Still Standing".