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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

AMR - Hold It Against Me (Britney Spears)

Leia também: AMR - 3 (Britney Spears)
AMR - I Wanna Go (Britney Spears)

AMR - Criminal (Britney Spears)



Análise: Primeiro single do futuro novo álbum de Britney Spears. Lançado agora no dia 11 de Janeiro de 2011, alcançou #1US.


[ironia mode on] Poxa, do que será que ela está falando? [ironia mode off]

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Extra: Inacreditavelmente, o single alcançou um #1US (mereceu? não, não mesmo). Fora que não foi apenas isso! Foi a estréia de single mais bem sucedida financeiramente vinda de uma artista. Agora, se a média de hits dela continuar assim, veremos um outro destes apenas em 2028...


E parece que Britney Spears está a fim de voltar ao trabalho. Ela havia lançado o single "3", que foi usado em 2009 como suporte para a coletânea de singles The Singles Collection e que chegou ao primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos (assim como a 'chicletosa' "...Baby One More Time" de 1998 e "Womanizer" de 2008). Agora, abrindo o ano de 2011, a cantora lança um exemplar de Dance - mais uma vez tentando se mantendo afastada daquele irritante rótulo de Pop Chiclete.

Embora os críticos tenham recebido bem o single (Pô, a música mal foi absorvida e os caras já estão conseguindo fazer discussões filosóficas sobre o item em questão?), deve ficar bem claro que este projeto é menos acessível do que outros como "Piece of Me" ou "If U Seek Amy". Parece que Spears está querendo se levar mais a sério - porém considerando o que foi o início da carreira dela, ela tem que fazer isso mais lentamente, pois vai ser difícil engolir isso de cara...


Para a produção, foram chamados produtores como um tal de Billboard (responsável por alguns projetos da cantora Robyn), Max Martin (que foi um dos produtores de "3" - em time que se está ganhando não se mexe) e Dr. Luke (que, assim como Max Martin, já trabalhou com uma infinidade de artistas, inclusive produzindo "Circus" da Britney). Apesar de parecer uma mistura com potencial para fazer algo grande, o destaque final fica apenas no nível mediano.

Este single parece, de alguma maneira, com aquela expectativa inicial de "Womanizer", pórem após ouvir o resultado final, tudo acaba soando um tanto quanto anacrônico. E considerando que Spears já tem mais de 10 anos de carreira, esta sensação é compreensível. Não é chato como, sei lá, "Toxic", e talvez por isso apesar de todos os contras este projeto mereça algum destaque positivo.


Espero que no final das contas possamos ter uma sequência de singles tão regular quanto foi a dos dois últimos álbuns. Afinal, não dá pra ficar fazendo música descartável o tempo todo e ainda sair impune. No final das contas, George Michael acabou aprendendo bem isso...

Alguém ainda tem dúvidas do motivo pelo qual não deixa a voz da Britney soar limpa, sem qualquer tipo de efeito digital ou modificações? Se ainda há, assista ao vídeo onde ela canta com Michael Jackson no show comemorativo de 30 anos de carreira solo do Rei do Pop. A canção é "The Way You Make Me Feel".

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AMR - 80's Jukebox 9

Artista: Toni Basil (22/09/1943)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Pop, New Wave
Hits: "Mickey", "Shoppin' From A to Z"
Hit da Jukebox: "Mickey" (1982, #1US - #2UK)


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O single "Mickey" pode representar bem grande parte do que foi a música Pop dos anos 80. Canção de sucesso da atriz, cantora e coreógrafa Toni Basil, este single contribui para a formação da enorme rede de artistas One Hit Wonder através dos tempos. E neste caso é realmente um One Hit Wonder, pois nada que Basil tenha lançado conseguiu chegar perto do impacto Pop de "Mickey". A propósito, o nome do projeto nada tem a ver com o personagem da Disney.


Este também é um exemplar perfeito do chamado Pop Chiclete na onde New Wave. A maioria do pessoa pode dizer que isso está na linha do totalmente descartável - e de fato, é. Mas vamos tentar fazer um exercício de boa vontade e comparar músicas assim com qualquer coisa vinda do Latino. Pronto! "Mickey" vira o novo clássico universal...

Dá pra perceber que o vídeo-clipe é até mais marcante e simbólico que a própria canção e isso obviamente não é por um acaso. Pelo fato de Toni ser coreógrafa, esta parte do projeto está cuidada com mais esmero. Como vocalista, ela é adequada, nada de muito destaque - no final das contas acaba até divertindo sem nenhum prejuízo ou sensação de que se perdeu o tempo equivalente ao da música na vida.

Dá para reparar uma clara influência desta canção em um hit mais recente. Estou falando de "Girlfriend" da Avril Lavigne (a batida de fundo, sendo mais direto). Aliás, esta canção da Lavigne tem tanta, digamos, referência alheia que com certeza vai ser alvo de um post do Conicidências.

Só não saia dançando por aí vestida de líder de torcida. Você não está nos anos 80 nem em algum filme-musical norte-americano...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

AMR - Desastres do "Pop" 4 - Dragostea Din Tei/Live Your Life

O AMR - Desastres do "Pop" desta edição será duplo. Em resumo posso dizer que se a ruindade aqui não foi piorada, com certeza foi perpetuada. Se não dá pra deixar pior, então vamos manter ruim e ativo. E é o que acontece nestes projetos tendo três envolvidos: o grupo Pop O-Zone, vindos da Moldávia (???), o rapper Clifford Harris (mais conhecido como T.I.) e a cantora Rihanna. Ou seja, o projeto original e o sample feito em cima dele. Um prato cheio. Cheio de algo indigesto, diga-se de passagem...

O O-Zone surgiu em 2004 com seu cretino hit "Dragostea Din Tei". Apesar de não ter sido muito bem vindo nos Estados Unidos (#74US), acabou sendo acolhido pelos ingleses (#3UK). Bom, não dá pra esperar muito de quem curte Five e Westlife... O fato é que o single conquistou os ingleses e consequentemente conseguiu um "lugar ao sol" no mundo. Talvez a Inglaterra não tenha errado tanto desde a carreira solo do Mick Jagger (com honrosa excessão para a canção "Goddess in the Doorway" - excluindo, claro, suas contribuições com outros artistas).


"MA-I-A Hi..." é o efeito que a música causa no cérebro...

|Essa porra virou uma febre na Inglaterra, Alemanha, França, Suiça, Itália e principalmente Japão... Provando que o mal gosto provém de várias partes do mundo e que infelizmente nenhum país é imune|

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O O-Zone foi formado em 1998 como um duo pelos membros Dan Bălan e Petru Jelihovschi. Porém Jelihovschi logo saiu, dando espaço para Arsenie Todiraş e, logo após, Radu Sîrbu. O grupo lançou 3 álbuns (sendo que apenas o último, DiscO-Zone, fez sucesso) antes de encerrar atividades em 2005.

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O ano é 2004. No mundo da música, via-se coisas como a palhaçada do show de Janet Jackson com Justin Timberlake no Super Bowl, onde orquestradamente Janet deixou um seio à mostra. O casamento de Britney Spears com o arremedo Kevin Federline. Avril Lavigne em alta com seu disco Under My Skin. Enfim, nada de muito relevante nem que fosse salvar a música.


Então que parece um hit cretino de um país improvável. Aqui no Brasil, alguns acabaram conhecendo mesmo esta canção atráves de outra entidade cretina: o cantor Latino. O hit brasileiro "Festa no Apê" (onde temos linhas clássicas como "hoje é festa lá no meu apê/pode aparecer/vai rolar bunda lê-le") define bem sua carreira artística: reciclagem de terceira com material de quinta. Fora que ele agora vive de fazer canções usando trocadilhos e citações ridículas como "vamos bebemorar", "enquanto não encontro a mulher certa, me divirto com as erradas" e "Cátia Catchaça". Constrangedor é pouco... A única coisa de verdadeira relevância que Latino fez foi o hit "Me Leva", que na verdade soa extremamente datado e nostálgico para os dias de hoje - fora que não dá pra saber quando a voz do Latino era pior, antigamente ou agora.

O fato é que, seja em romeno, em português o qualquer outra língua, "Dragostea Din Tei" tocou tanto que encheu o saco do mundo inteiro. É o legítimo e perfeito exemplar da tão temerosa categoria "Pop Chiclete". Aquilo que é vazio e inconsistente em conteúdo e musicalidade, mas que gruda no cérebro de uma maneira irritante. O hit gerou até mesmo um meme, com um jovem, ultra popular gordinho nerd chamado Gary Brolsma:


Cada um tem a fama que merece...

No final das contas, o grupo se dissolveu em 2005 (no ano seguinte ao lançamento da música e do álbum!!) e desde então nunca mais se ouviu falar neles. E a canção acabou ganhando o merecido limbo, podendo dar lugar aos próximos designados Pops Chicletes da vida.

Porém...


É.. que tal viver a sua vida de deixar os velhos hits cretinos enterrados?

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|Essa outra porra aqui conquistou o topo de vários charts pelos Estados Unidos, principalmente pela participação de Rihanna; ganhou um MTV Video Music Awards de 2009 por melhor vídeo-clipe masculino|

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T.I. (Clifford Joseph Harris, Jr.) tem quase dez anos de estrada, sete álbuns lançados e vinte singles (dois deles #1US). Com algumas passagens pela polícia, T.I. foi detido recentemente por porte de drogas juntamente com sua esposa, a também artista Tameka "Tiny" Cottle-Harris.

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Depois de conseguirmos enterrar "Dragostea Din Tei" (mas infelizmente demorando mais um pouco pra enterrar o Latino e seu Apê), as coisas pareciam em paz. Coisa irritantes como Daddy Yankee e sua malfadada "Gasolina" apareceram para ocupar o posto de porcaria da vez. Mas é claro que ninguém esperava o que viria quatro anos depois...

O rapper T.I., conhecido até o momento pela sua parceria com Justin Timberlake no single "My Love" (onde teve destaque, conseguindo fazer um rap ser mais interessante que a parte cantada da música - se bem que se é o Timberlake o cantor, não dá pra dar muito mérito...) e sua participação em "I'm a Flirt", projeto originalmente do Bow Wow com o R. Kelly, em remake feito com o próprio Kelly e T-Pain. Após estas e várias outras parecerias, ele foi crescendo mais e mais, aparecendo mais na cena Hip-Hop.


Mas então o rapper aqui teve a "brilhante" ideia de ressuscitar um cadáver podre que não deveriam sequer lembrar da existência. Quem assistiu o remake do filme A Múmia feito em 1999 deve se lembrar de quando os personagens acordam uma múmia nojenta e nauseabunda. Pois é, aqui acontece o mesmo, e o pior: com efeitos de Rap e Hip-Hop!

Você pode entrar em um estúdio e encontrar uma infinidade de instrumentos e ferramentas para produzir sons e efeitos; até mesmo bater nas paredes ou jogar uma guitarra na mesa de som. Mas por que ficar gritando "êeee" bem alto de maneira insistente? Os rappers têm esta vontade idiota de ficar gritando como se tivessem fazendo bagunça em algum lugar e isso não ajuda em nada.

Tirando o sample cretino, "Live Your Life" não passa de mais uma canção do gênero, sem nada em especial. No fim das contas, tira mesmo uma boa carona do sucesso injustificado que foi a canção do grupo O-Zone - apesar do seu rap em "My Love" ser realmente legal, T.I. é quando muito medíocre, sem atrativos. E, se não foi T.I. quem teve a ideia, a pessoa que sugeriu a canção sabia do potencial "chicletoso" dela. Ou seja, os méritos só podem ir para o O-Zone e para a Rihanna, que como estava/está em ascensão, vai atrair a atenção e ouvidos nada exigentes para qualquer coisa onde coloque sua voz.


No final, fica a lição: deixem o que não presta no lugar. Assim manteremos coisas como o Vanilla Ice (que já foi "cutucado"), Felipe Dylon e outros menos cotados bem longe de nossos ouvidos!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Especial - Fearless (Taylor Swift)



Detalhe importante : a análise se dará em cima da versão PLATINUM do CD – contendo, portanto, 19 canções.

Quem é Taylor Swift? Se sabemos de algo sobre a cantora, sabemos o seguinte : sucesso absoluto em 2008 e 2009, foi nomeada a 69 prêmios em seu curto tempo de carreira – desbancando nomes como Beyoncé, Lady GaGa e até mesmo Michael Jackson – levando para casa 40 destes. O que pode ter levado a tamanho sucesso? Parte da resposta pode talvez estar no álbum Fearless. E, claro, na máfia adolescente que a acompanha desde seu lançamento comercial.

2° álbum de estúdio de Swift, Fearless é teoricamente country – mas é só ouvir a primeira faixa do CD para perceber que o country puro não existe mais. Shania Twain e Faith Hill deram muito suor – e umbigos de fora – para que fosse assim, e o resultado do esforço repercute até hoje. Indo um pouco mais longe, chega a ser semelhante aos trabalhos de Miley Cyrus/Hannah Montana : é puro teen pop – ou country teen pop, sei lá. E, posto isso, estranho a longa lista de premiações : o que teria levado um trabalho tão “comum” a levar tantos prêmios assim? Comum sim, pois quantas Spice Girls, Britney Spears, Backstreet Boys não cantaram sobre adolescentismos – que são os grande temas do álbum – e não levaram tantos prêmios pra casa? Será que transcender um tema comum para um estilo musical “menor” tem tanto valor assim?

Se Taylor falasse de um homem em cada canção, teríamos 19 exemplares destes bem aqui. O grande hino do álbum é esse : o amor – adolescente, mais especificamente. A simplicidade das letras é, em certos momentos, agradável e emocionante, como na faixa Fifteen, em que ela diz :


‘Cause when you’re fifteen
And somebody tells you they love you
You’re gonna believe them

Mas não se enganem : como vocês devem imaginar, tanto pop chiclete uma hora dá nos nervos. A impressão que temos é que Taylor volta aos 15 anos para escrever ou coescrever 13 das 19 letras do CD e isso tem dois significados diferentes pra quem vai escutar o trabalho : para quem está na faixa dos 15 anos, é um retrato perfeito dos sentimentos de garotas apaixonadas; para quem está abaixo ou acima dessa faixa etária, é como ouvir sua irmã mais nova dar xilique com os pais ou ver aquela sobrinha adolescente sem experiência alguma achando que vai casar com o namoradinho da escola.

Além das letras, o arranjo : é como assistir àqueles desenhos antigos, em que, quando os personagens estão correndo, o cenário de fundo se repete infindavelmente. Praticamente todas as músicas têm o mesmo bendito arranjo; um violãozinho, um banjo de vez em quando e os violinos típicos da música country; estes mesmo que de forma disfarçada. O que dá o mínimo tom de diferença entre as canções é a construção da melodia feita pela voz de Taylor – que possui um timbre bem sereno e bonito (quem sabe se um dia sua carreira for por água abaixo ela não consiga um bico naqueles CDs de meditação?). Talvez por causa do círculo vicioso da composição do CD, tenha sido lançada uma segunda versão de Love Story que contém – segurem-se em suas cadeiras – UMA GUITARRA! Angus Young deve ter ficado orgulhoso nesse momento!

A voz e a beleza de Taylor e a falta de pretensão aparente das canções, em contrapartida, causam um certo fascínio : é como se a cantora estivesse musicalizando uma espécie de diário, num mundo encantado, só a fim de compartilhá-lo com quem queira lê-lo. Talvez tamanha sinceridade seja uma das chaves para o sucesso do CD; não é todo dia que alguém pode fazer o que quiser nos primeiros álbuns da carreira; apesar de que apostar em temas adolescentes é sempre receita de sucesso. Por exemplo : Rihanna aparentemente só pôde mudar de estilo musical e visual nos últimos tempos. Se bem que eu não me espantaria se Taylor começasse a mostrar as coxas no próximo videoclipe – aconteceu com Britney, não?

De modo geral, os destaques do álbum (ou seja, canções em que Taylor consegue remendar o dano do arranjo com variações vocais) são : Hey Stephen, Jump Then Fall, The Other Side Of The Door, Fifteen, Love Story e You Belong With Me – agradáveis de se ouvir, mas não muito viciantes. É um bom exemplo de trabalho morno : não destacou-se muito, mas também não caiu na irrelevância completa. Dito isso, espero que a cantora abandone o fofuxismo de Fearless no próximo álbum – pois, afinal, o CD já é um tratado perfeito sobre o assunto.