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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AMR - Just a Kiss (Lady Antebellum)

Leia também: AMR - Need You Now (Lady Antebellum)


Análise: Primeiro single do álbum Own The Night, da banda Lady Antebellum. Lançado em Maio de 2011, alcançou #7US e #78UK.



Buuu!

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Apesar de eu não gostar de Country, tenho que admitir que este grupo é algo que falta bastante na cena musical atual. O Lady Antebellum não tem o canto característico de arrasto que permeia o Country normalmente. Se querem um exemplo do que digo, basta ouvir dois estandartes do gênero: Alan Jackson e Garth Brooks. Isso porque eu resolvi na tocar no nome de Willie Nelson. O fato é que, em boa parte dos momentos, eles se deixam levar de corpo e alma por aquela sonoridade bovina que, aparentemente, está ficando em segundo plano, numa espécie de metamorfose musical bem positiva. O que me faz lembrar de Shania Twain (devo citar a Taylor Swift?).

Do mesmo modo que, em alguns momentos, Twain não parece ser uma artista Country, o Lady Antebellum vai pelo mesmo caminho. Eles fazem um estilo meio Power Ballad ou um Ballad com um pré-rótulo qualquer. O fato é que, independente de qualquer rotulação imprecisa, o placar geralmente está em cima da média - o que, não canso de repetir, se tratando da atual cena musical, é algo de extrema relevância e importância.


"Just a Kiss" foi escrita pelos três membros da banda (na ordem da foto acima: Charles Kelley, Hillary Scott e Dave Haywood) e Dallas Davidson, um cantor e compositor Country de carreira recente, mas já relativamente conhecido como compositor. E a canção nasceu apartir de um riff tocado num teclado por Dave Haywood. Daí para frente foi apenas o produtor Paul Worley (que foi o cara que descobriu as Dixie Chicks) lapidar todo o projeto para o então resultado final.

A canção é bonita e tem uma bela interpretação e harmonia vocal por parte dos três integrantes. Fora que foi de fato realmente bem produzida. Mas se é para comparar com outros produtos do gênero, digo: infelizmente não conseguiu chegar no mesmo nível emocional que "From This Moment" e "Still The One" da Shania Twain nem na acessibilidade pop de "Love Story" da Taylor Swift. Mas isso não exatamente depõe contra eles, pois os pontos positivos ainda são muitos.

Afinal, hoje em dia, ouvir uma canção Country sem imaginar a baba do boi já é uma grande coisa...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

AMR - Need You Now (Lady Antebellum)

Análise: Primeiro single do álbum Need You Now, do grupo Country Lady Antebellum. Lançado em Agosto, alcançou #2US e #21UK.


Lady o que??

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A banda Lady Antebellum (sim, é uma banda e não o nome artístico da cantora, como eu imaginava) foi criada em 2006 pelo membros Charles Kelley, Dave Haywood e Hillary Scott. São representantes da atual cena Country dos Estados Unidos (junto com bandas como LoneStar). Diga-se de passagem, são bastante bons no que fazem.

Mas o que chamou a atenção da banda junto ao público (nível mundial, não só os caipiras Norte-americanos que gostam de ficar na cadeira de balanço com seu cachorro do lado curtindo Willie Nelson) foi a canção "Need You Know". E posso dizer que, na minha opinião, isso aconteceu justamente por este single não lembrar nada muito Country. Apenas parece uma canção easy nova. A propósito, ela conseguiu ser a segunda canção Country mais baixada na net, perdendo apenas para "Love Story" de Taylor Swift.

Não tendo muitos atributos Country e sendo uma canção bonita, calma e fácil de tomar os ouvidos, Lady Antebellum consegue algo bem feito o suficiente para pelo menos dar uma passeada pelo mainstream e, quem sabe, fazer uma moradia de longa estada por ali. Isso é perfeitamente possível de acontecer - ou vocês realmente acreditavam que Lady Gaga iria conseguir passar de "Poker Face" e Katy Perry de "I Kissed a Girl"?


Tá bem... no fundo a análise não teve muito contexto devido a diferença entre temas e estilos, mas foi uma tentativa de analisar o mercado no geral (lembrem-se da força que o Country tem na terra do Tio Sam mas, porém, do quão fraco é fora de lá). No final das contas, se tratando do lado comercial e de onda atual, todo mundo vai acabar recorrendo à Taylor Swift...

A banda produziu a canção juntamente com o produtor Country Paul Worley (que já trabalhou com as Dixie Chicks), mantendo um certo esmero na produção - pelo visto, a banda já é instintivamente cuidadosa neste quesito, possivelmente característica do estilo musical. Cada instrumento está em seu lugar fazendo seu papel direitinho. Os vocais também são bons, apesar de eu achar que os do Charles Kelley poderiam ser omitidos em prol dos vocais da Hillary Scott, que sem dúvida poderia levar a canção sozinha numa boa.

Se você gosta de Country, baladas românticas e canções de banda de Country que não parecem Country, pode ouvir "Need You Now" do trio Lady Antebellum sem medo, sem problema nenhum. Vai fundo, eu recomendo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Especial - Fearless (Taylor Swift)



Detalhe importante : a análise se dará em cima da versão PLATINUM do CD – contendo, portanto, 19 canções.

Quem é Taylor Swift? Se sabemos de algo sobre a cantora, sabemos o seguinte : sucesso absoluto em 2008 e 2009, foi nomeada a 69 prêmios em seu curto tempo de carreira – desbancando nomes como Beyoncé, Lady GaGa e até mesmo Michael Jackson – levando para casa 40 destes. O que pode ter levado a tamanho sucesso? Parte da resposta pode talvez estar no álbum Fearless. E, claro, na máfia adolescente que a acompanha desde seu lançamento comercial.

2° álbum de estúdio de Swift, Fearless é teoricamente country – mas é só ouvir a primeira faixa do CD para perceber que o country puro não existe mais. Shania Twain e Faith Hill deram muito suor – e umbigos de fora – para que fosse assim, e o resultado do esforço repercute até hoje. Indo um pouco mais longe, chega a ser semelhante aos trabalhos de Miley Cyrus/Hannah Montana : é puro teen pop – ou country teen pop, sei lá. E, posto isso, estranho a longa lista de premiações : o que teria levado um trabalho tão “comum” a levar tantos prêmios assim? Comum sim, pois quantas Spice Girls, Britney Spears, Backstreet Boys não cantaram sobre adolescentismos – que são os grande temas do álbum – e não levaram tantos prêmios pra casa? Será que transcender um tema comum para um estilo musical “menor” tem tanto valor assim?

Se Taylor falasse de um homem em cada canção, teríamos 19 exemplares destes bem aqui. O grande hino do álbum é esse : o amor – adolescente, mais especificamente. A simplicidade das letras é, em certos momentos, agradável e emocionante, como na faixa Fifteen, em que ela diz :


‘Cause when you’re fifteen
And somebody tells you they love you
You’re gonna believe them

Mas não se enganem : como vocês devem imaginar, tanto pop chiclete uma hora dá nos nervos. A impressão que temos é que Taylor volta aos 15 anos para escrever ou coescrever 13 das 19 letras do CD e isso tem dois significados diferentes pra quem vai escutar o trabalho : para quem está na faixa dos 15 anos, é um retrato perfeito dos sentimentos de garotas apaixonadas; para quem está abaixo ou acima dessa faixa etária, é como ouvir sua irmã mais nova dar xilique com os pais ou ver aquela sobrinha adolescente sem experiência alguma achando que vai casar com o namoradinho da escola.

Além das letras, o arranjo : é como assistir àqueles desenhos antigos, em que, quando os personagens estão correndo, o cenário de fundo se repete infindavelmente. Praticamente todas as músicas têm o mesmo bendito arranjo; um violãozinho, um banjo de vez em quando e os violinos típicos da música country; estes mesmo que de forma disfarçada. O que dá o mínimo tom de diferença entre as canções é a construção da melodia feita pela voz de Taylor – que possui um timbre bem sereno e bonito (quem sabe se um dia sua carreira for por água abaixo ela não consiga um bico naqueles CDs de meditação?). Talvez por causa do círculo vicioso da composição do CD, tenha sido lançada uma segunda versão de Love Story que contém – segurem-se em suas cadeiras – UMA GUITARRA! Angus Young deve ter ficado orgulhoso nesse momento!

A voz e a beleza de Taylor e a falta de pretensão aparente das canções, em contrapartida, causam um certo fascínio : é como se a cantora estivesse musicalizando uma espécie de diário, num mundo encantado, só a fim de compartilhá-lo com quem queira lê-lo. Talvez tamanha sinceridade seja uma das chaves para o sucesso do CD; não é todo dia que alguém pode fazer o que quiser nos primeiros álbuns da carreira; apesar de que apostar em temas adolescentes é sempre receita de sucesso. Por exemplo : Rihanna aparentemente só pôde mudar de estilo musical e visual nos últimos tempos. Se bem que eu não me espantaria se Taylor começasse a mostrar as coxas no próximo videoclipe – aconteceu com Britney, não?

De modo geral, os destaques do álbum (ou seja, canções em que Taylor consegue remendar o dano do arranjo com variações vocais) são : Hey Stephen, Jump Then Fall, The Other Side Of The Door, Fifteen, Love Story e You Belong With Me – agradáveis de se ouvir, mas não muito viciantes. É um bom exemplo de trabalho morno : não destacou-se muito, mas também não caiu na irrelevância completa. Dito isso, espero que a cantora abandone o fofuxismo de Fearless no próximo álbum – pois, afinal, o CD já é um tratado perfeito sobre o assunto.