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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

AMR - Angel (Akon)

Análise: Primeiro single do álbum Akonic, do Akon. Lançado agora em Novembro, alcançou até o momento #56US.


Anjo é? Sei...

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É... dá pra ver que não é só o Chris Brown que está se esmerando na arte de criar singles e álbuns inexpressivos - além de, é claro, se esmerar na arte de agredir as pessoas por aí(1,2). O Akon está nadando na mesma maré que não leva a lugar nenhum senão ao suicídio comercial. Se por um acaso isso está se tornando um tipo de modinha, com certeza é a modinha mais estranha que já apareceu no meio artístico. Mickey Rourke largou a carreira de ator para ser boxeador nos anos 90. Fica a dica para os dois...


Ouvindo essa canção dá pra imaginar que o David Guetta e o Sandy Vee não estavam com vontade nenhuma de trabalhar na produção do single. Guetta até que costuma ser criativo, mas não foi o caso aqui, nem de longe. Para se ter uma ideia, Akon - que costuma ser um chart-topper - conseguiu um distante #56US com este projeto. Bem distante dos #1US com "I Wanna Love You" e a horrível "Don't Matter". E pensar que quando eu estava começando a achar que com o Akon quieto demais, ele iria acabar vindo com algum single explosivo e grudento para encher a paciência. Felizmente errei, pois ele veio com um single chato que não faz nem cócegas e nem tem aquele "poder" que faz as pessoas tocarem suas músicas bem altas dentro dos ônibus (obrigando quem não tem nada a ver com isso a ouvir).

Alguns estão rotulando "Angel" como Europop. Se isso realmente se mostrar certo, o Europop nunca foi tão chato ou equivocado. E pensar que coisinhas legais e divertidas como o trio Afro-dite com seu single "Never Let It Go" (criado para competir no festival Eurovision 2002) e até outros artistas do ramo como o Eiffel 65 ("Blue Da Ba Dee" e "Move Your Body") saíram deste estilo. Akon tenta transitar por vários campos da música, mas acaba escorregando demais. Até mesmo pra cantar isso aconteceu - sendo que na verdade ele é no máximo um rapper e não um cantor. São coisas muito, muito diferentes...


Na minha opinião, Akon não deveria ter sequer saído da proporção que a canção "Mr Lonely" criou em sua carreira. Um sample que estragou a canção original e que serviu de porta de entrada para o rapper - e esta é uma linha onde muitos rappers ficaram. Pelo menos naquela época ele apenas fazia rap, não tentava cantar - como as coisas podem piorar...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AMR - Only Girl (Rihanna)

Leia também: AMR - Russian Roulette (Rihanna) e Prós/Contras Divas 1: Rihanna

Análise: Primeiro single do álbum Loud, da Rihanna. Lançado em Setembro, alcançou #1US e #1UK.


Sem calcinha? Who cares??

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A pressa no tipo "ejaculação precoce" na hora de lançar trabalhos inéditos em que Rihanna está atualmente me lembrou artistas como Lady Gaga (que resolveu se conter um pouco e lançar um EP em vez de álbum - mas que recebeu tanta divulgação e marketing quanto um álbum mesmo) e a banda Fall Out Boy (que se não tivessem algum tipo de freio, teriam lançado um álbum a cada 6 meses). Seu álbum anterior, Rated R foi lançado ano passado e mal teve tempo de, digamos, esfriar. Desde que sua carreira começou, Rihanna ficou apenas o ano de 2008 sem lançar um álbum de inéditas! E eu paro pra pensar que Michael Jackson podia se dar ao luxo de lançar um álbum a cada quatro anos - ele era capaz de colher os frutos de um álbum durante todo este período!

Outro comentário que posso fazer sobre o trabalho da Rihanna é que, aparentemente, ela resolveu explorar um pouco mais seu potencial vocal. Ou seja, resolveu aprender a cantar melhor. Isso já estava surpreendentemente visível no single "Russian Roulette" (talvez o único single realmente memorável do álbum, com exceção talvez de "Te Amo"), mas em "Only Girl" vemos que ela tá querendo mesmo levar a coisa a sério. Ela podia ganhar uma grana extra em cima do assunto dando aulas de motivação pra gente como Akon e Justin Timberlake (quem sabe eles não resolvem aprender a cantar de verdade?).


Rihanna recheia esta mistura de Europop com Dance com seus vocais caprichados numa canção que, apesar de ser curta (tanto de consumo quanto de sobrevida) consegue ser competente em seu objetivo. O refrão tem força e é o que mais chama a atenção no projeto. Eu vi muita gente ficando surpresa ao descobrir que a Rihanna é a intérprete desta canção - o que me faz pensar que minha teoria sobre a Rihanna ser uma vocalista um tanto limitada estava correta. Bem, espero poder manter este "estava" sempre que for me referir a ela.

O vídeo-clipe é um tanto surreal, com a Rihanna de cabelos mais compridos (aêeee) e vermelhos ("Parecendo o Ronald McDonald" - By Ms. Valentini). Bem, certeza de que não era pra fazer sentido mesmo, então a coisa tá no caminho... Obviamente sobram cenas onde Rihanna mostra toda sua beleza (mas que dá saudades do vídeo-clipe de "If It's Lovin' that You Want", isso é!).


Se interessar: "Only Girl" é o primeiro single na história dos Estados Unidos a chegar em primeiro lugar depois que o segundo single do álbum ("What's My Name?") atingiu a posição. Curioso ou apenas impacto musical de efeito retardado?